segunda-feira, 28 de julho de 2014

Guiné 63/74 - P13442: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XVII: 4 episódios recordados pelo José Joaquim da Costa Fonseca, ex-sold at inf,1º pelotão entre elas uma dramática saída para o mato em 29 de abril de 1970, ou aquela outra em que o Vieito "perdeu" a G3 na confusão de um ataque ao aquartelamento


Pormenor da capa do documento,  "Histórias da CCAÇ 2553". que reune cerca de 6 dezenas de episódios narrados por oficiais, sargentos e praças da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farinm, 1969/71).  A brochura, com 115 pp. (mais 30 inumeradaas, com fotografias,) foi  impresso na Tipografia Lessa, na Maia, propriedade do Joaquim Lessa, ex-militar da CCAÇ 2533, e um dos organizadores dos convívios anuais do pessoal.












1. Histórias da CCAÇ 2533 > Parte XVII (José Joaquim da Costa Fonseca, sold at inf, 1º pelotão):

Continuamos a publicar as "histórias da CCAÇ 2533", a partir do documento  editado pelo ex-1º cabo quarteleiro, Joaquim Lessa, e impresso na Tipografia Lessa, na Maia (115 pp. + 30 pp, inumeradas, de fotografias). (*)

Registe-se, como facto digno de nota, que esta publicação é uma obra coletiva, feita com a participação de diversos ex-militares (oficiais, sargentos e praças) daquela  companhia.

A brochura chegou-nos às mãos, em suporte digital, através do Luís Nascimento, que vive em Viseu, e que também nos facultou um exemplar em papel. Até ao momento, ele é o único representante da CCAÇ 2533, na nossa Tabanca Grande, apesar dos convites, públicos, que temos feito aos autores cujas histórias vamos publicando.

Temos autorização do editor e autores para dar a conhecer, a um público mais vasto de amigos e camaradas da Guiné, as aventuras e desventuras vividas pelo pessoal da CCAÇ 2533, companhia independente que esteve sediada em Canjambari e Farim, região do Oio, ao serviço do BCAÇ 2879, o batalhão dos Cobras (Farim, 1969/71).

Desta vez publicamos 4 pequenas histórias, contadas pelo sold at inf José  Joaquim da Costa FosnecaTomás Costa, : (i) uam saída para o mato em 29 de abril de 1970 (p. 71); (ii) O Vieito que "perdeu" a arma num ataque ao aquartelamento (p. 72); (iii) Um dia aziago de janeiro de 1970 em que tivemos dois mortos , além do burro que transportava rações de combate (p. 73); e, por fim,  (iiv) uma história com o Ramalho (p.74)...

2. É pena que a malta da CCAÇ 2533, que produziu este livrinho com mais de 6 dezenas de histórias do dia a dia de Canjambarim e Farim, ainda não tenha respondido ao meu convite para se sentarem, também eles, à sombra do poilão da nossa Tabanca Grande. Só preciso do seu OK e das duas fotos da praxe (uma atual e outra do tempo da tropa; basta digitalizá-las e mandámos por email).

Estes camaradas são credores da nossa admiração e apreço. E são um exemplo a seguir  pelos demais combatentes da Guiné por partilharem, deste modo, as suas experiências, vivências e recordações.
Já aqui reproduzimos textos dos seguintes camaradas da CCAÇ 2533, por ordem cronológica:

(i) Cap inf Sidónio Nartins Ribeiro da Silva, cmdt de companhia, hoje cor ref;

(ii) Fur mil at inf Fernando J. do Nascimento Pires, 3º pelotão;

(iii) Fur mil minas arm Avelino da C. Meneses Pereira, 4º pelotão;

(iv) Alf mil inf Armando Manuel H. Gabriel da Mota, cmdt 1º pelotão;

(v) Sold at inf José Tomás Costa, 1º pelotão.

(vi) Sold at inf José Joaquim da Costa Fonseca, 1º pelotão)

Mas ainda há mais autores, uns sete... Para todos eles, vão os nossos parabéns e o nosso alfabravo. LG
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2 comentários:

Luís Graça disse...

Camarada Joaquim, parabéns pelas tuas 4 histórias... Recordar é viver duas vezes...

Quanto ao teu camarada Vieito... Eu sei que, num cenário de guerra, perder a "canhota" era grave, e o que deve ter acontecido, no gabinete do capitão, todos nós imaginamos o que tenha sido: uma "piçada" das valentes, daquelas de pôr um homem a chorar...

Não se o Vieito é vivo (e eu espero bem que sim) e se nos está a ler (oxála!), de qualquer modo, e a título de consolo, quero-lhe dizer que já aqui, neste blogue que tem dez anos, se contaram histórias semelhantes de camaradas, não menos valentes, que foram parar ás valas, nus em pelota, em arma sem cartucheiras. em ataques e flagelações ao aquartelamento... E quantos no mato não largaram armas, granadas e até camisa e calças ao fugir de ataques de abelhas selvagens assassinas!... A mnalta tinha mais medo dos ataques das abelhas do que do fogo do PAIGC!... Desbaratavam um batalhão...

A essas cenas assisti eu, por mais do que uma vez, em pleno mato, em operações...

Quando se regressava para recolher o armamemto e demais equipamento, havia sempre material que se tinha perdido para sempre, espalhado pelo capim... Nessas ocasiões, não havia cabos quarteleiros... diligentes como o Peralta...

Em suma, acho que não fomos treinados para lidar com o pânico... Aliás, quem de nós ia bem preparado para "lidar" com aquela maldita guerra insidiosa, naquele terreno e naquele clima que não era para europeus ?!... O que vale é que nós não éramos europeus... Aliás, ainda não o somos...

Luís Graça disse...

2 oficiais, 2 sargentos, 2 praças... Até à data temos alguma "paridade" na elaboração das histórias da CCAÇ 2533...O que quer dizer que o gosto e o jeito para contar histórias do tempo da tropa e da guerra, não depende das divisas e galões ou das habilitações literárias do passado... Haja vontade, antes de demais!...

Não concordo com os camaradas que nos dizem, a mim e ao Carlos Vinhal, por ocasião dos nossos encontros ou ao telefone, que não t~em nada de interessante para contar ou não têm jeito para contar,,,

Todos temos jeito, embors uns tenham mais jeito do que outros para a escrita (devido ao treino, à profissão, etc.). Como tudo na vida, aprende-se fa<endo. Neste caso,escrevendo... E porque não pedir uma ajudinha, uma opinião, ao filho, ao neto, ao amigo ?... Os nossos editores, de resto, estão cá para dar uma ajudinha no português.

Meus amigos, a CCAÇ 2533 é um exemplo a seguir por todos nós.... O seu exemplo é se não único, pelo menos raro, e é de seguir por todos nós...

Espero que nos mandem pequenas histórias como estas que temos vindo a publicar, e que preciaamos, como pão para a boca, para alimentar o nosso blogue, nomeadamenmte no mês de agosto que está aí à porta...

Boas férias, bom descanso, muita saúde LG