terça-feira, 30 de setembro de 2014

Guiné 63/74 - P13672: In Memoriam (197): Comandante Alpoim Calvão (1937-2014): o funeral realiza-se na quinta-feira, dia 2, para o cemitério dos Olivais, após a missa de corpo presente no Mosteiro dos Jerónimos


Tira da banda desenhada “Operação Mar Verde”, da autoria de A. Vassalo, uma edição da Caminhos Romanos, 2012. Na introdução, o autor, o ex-fur mil comando Vassalo Miranda, nosso camaraada da Guiné,  escreveu o seguinte, que é seguramente um grande elogio ao homem e ao operacional que foi Alpoim Calvão:

“Na Guiné, em 1964, conheci um homem incrível, que me catapultou para o imaginário. Ambos pertencíamos a unidades de elite das Forças Armadas. Eu, furriel dos Comandos,  e ele, 1º tenente, comandante do 8º Destacamento de Fuzileiros Especiais. Homem valente, altruísta, desvalorizando situações constrangedoras, animando os seus homens e, sobretudo, de uma grande humanidade tanto para os seus como para os adversários. Qualquer um de nós seguíamo-lo sem questionar. Nasceu entre nós uma grande empatia que dura até hoje. Obrigado, comandante Alpoim Calvão".




1. Mais uma  notícia, triste, que corre pelas redes sociais, e que nos chegou através do Ipad do nosso camarada Rui Vieira Coelho_

 

Data: 30 de Setembro de 2014 às 17:18

Assunto: Falecimento de Alpoim Calvão

Faleceu hoje de manhã no Hospital de Cascais o Oficial da Armada mais condecorado da Marinha Portuguesa,  Sr Comandante Alpoim Calvão.

Foi o grande estratega e o comandante operacional da célebre "Operação Mar Verde" que invadiu Conakri e libertou o piloto da Força Aérea António Lobato e mais 26 soldados das nossas Forças Armadas.

A operação foi gizada e treinada na Ilha de Soga, de onde partiu no dia 22 de Novembro de 1970. Todos os prisioneiros foram resgatados e enviados posteriormente para Lisboa.

Perante o infausto acontecimento só me resta curvar-me perante a memória deste Grande Português, deste Grande Militar e que Deus lhe de "O descanço do guerreiro" a que tem direito.

Bem haja por tudo o que fez por este país, ditoso filho desta Pátria.


Rui Vieira Coelho [, médico reformado, ex-alf mil médico,  BCAÇ 3872 e BCAÇ 4518, Galomaro, 1973/74]


2. Segundo o semanário Expresso, "o funeral de Alpoim Calvão realiza-se na quinta-feira para o cemitério dos Olivais, após a missa de corpo presente no Mosteiro dos Jerónimos. Segundo disse à Lusa uma fonte familiar, o velório terá início esta quarta-feira, a partir das 17h. A missa de corpo presente está prevista para as 11h de quinta-feira e o funeral sairá às 11h45."

O nosso blogue tem cera de duas dezenas e meia de referências ao comandante Alpoim Calvão, de seu nome completo Guilherme Almor de Alpoim Calvão, 
nascido em Chaves, em 1937).

O jornal Público recorda-o nestes termos, enquanto comnbatente no TO da Guiné:

(...) "Nascido em Chaves, viveu em Moçambique, cursou Marinha na Escola Naval entre 1954/57, especializando-se em mergulhador sapador e navegação submarina. Voluntaria-se como fuzileiro e desembarca na Guiné no final de 1963, como comandante do destacamento de fuzileiros onde participa em diversas operações. De regresso a Lisboa, em 1965, entra na Escola de Fuzileiros onde chega a director de instrução. Ali se mantém até 1969, quando entra em conflito com o ministro da Marinha e deixa o cargo para regressar em comissão à Guiné.

A operação Mar Verde, em Novembro de 1970, que teve em Alpoim o principal arquitecto, previa um ataque a Conacri para libertar cerca de três dezenas de prisioneiros de guerra portugueses nas mãos do PAIGC - como o sargento piloto António Lobato que esteve preso vários anos - destruir equipamento do movimento independentista e liquidar o Presidente Sékou Touré. Só os dois primeiros foram conseguidos - ainda que o segundo não totalmente. Mas também terá papel relevante noutras missões como as operações Trovão e Tridente." (...).

As nossas sentidas condolências à família, aos camaradas da Marinha que serviram sob as suas ordenas e aos demais amigos. (LG)
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13 comentários:

Luís Graça disse...

No portal da Marinha, pode ler-se o seguinte comunicado;

COMANDANTE ALPOIM CALVÃO - "FUZILEIRO SEMPRE!"

Faleceu hoje, no hospital de Cascais, o Capitão-de-mar-e-guerra Guilherme Almor de Alpoim Calvão. Oficial mais condecorado da Marinha, foi dos poucos militares agraciados com a medalha da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, com Palma, que é atribuída por feitos em combate.


30 SET 2014, 16:10
Frequentou o curso de Marinha da Escola Naval entre 1954 a 1957, especializou-se em Mergulhador sapador e em navegação submarina, tendo-se voluntariado para cumprir comissão como Fuzileiro Especial.

O Comandante Alpoim Calvão distinguiu-se na guerra do ultramar, participando em diversas missões operacionais, tais como as Operações Trovão e Tridente, como Comandante do Destacamento de Fuzileiros Especiais Nº 8. Planeou e comandou a Operação Mar Verde que permitiu a libertação de prisioneiros portugueses.
Ficou desde sempre ligado à Guiné-Bissau.

O Comandante Alpoim Calvão foi um brilhante estratega e com elevadas qualidades militares provadas em campanha que o tornaram numa referência para os Fuzileiros, honrando a Marinha e as Forças Armadas Portuguesas.

"Quando chegar a hora decisiva,
Procurem-me nas dunas, dividido
Entre o mar e a terra."

Miguel Torga

http://www.marinha.pt/pt-pt/media-center/noticias-destaques/Paginas/Comandante-Alpoim-Calvao-Fuzileiro-sempre.aspx

José Marcelino Martins disse...

Não posso responder ao pedido dirigido pelo Luís Graça, na medida em que não tenho nada em arquivo sobre este camarada de armas.

Porém, nas redes sociais, há muitas referências a este militar que, enquanto pode, fez tudo pela Pátria onde nasceu.

Qual é a opinião de cada um sobre este homem?
Neste momento, todas as questões que se possam colocar, são de somenos importância.

Partiu, como muitos outros, e não voltará.

É um dos nossos que parte.
É um combatente que desaparece.

A história, que ainda não está escrita, o julgará. Todos, até nós, teremos o nosso julgamento.

Condolências à família e a todos os camaradas de armas.

José Botelho Colaço disse...

O 1º tenente Ribeiro Pacheco comandante do 7º destacamento de fuzileiros e o 1º tenente Alpoim Calvão (a compnhia de caç. 557 (da qual fiz parte) a eles ficou a dever muito pela os conhecimentos que partilharam sobre a guerra de guerrilha, nós maçaricos acabados de chegar e enviados para a operação tridente senão tivesse-mos tido o apoio a instrução destes valorosos militares quase de certeza que a compannia de caç.557 não teria granjeado o nome da temida companhia do Como.
Com este valoroso militar tive a oportunidade de confraternizar e falar falar com ele no museu do exército lançamento do livro do Amadú Djaló.
Condolências à família.

Anónimo disse...

Uma ronda matinal pela Net... LG
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(i))Na morte de Alpoim Calvão: Como é que os portugueses (não) souberam da Mar Verde?
Helena Matos
Observador, 30/9/2014
http://observador.pt/opiniao/na-morte-de-alpoim-calvao-como-e-que-os-portugueses-nao-souberam-da-mar-verde/

(ii)Morreu Alpoim Calvão, o comandante da “operação Mar Verde” na Guiné
Helena Pereira
Observador
30/9/2014
http://observador.pt/2014/09/30/morreu-alpoim-calvao-o-comandante-da-operacao-mar-verde-na-guine/

(iii) Morreu Alpoim Calvão, o operacional anticomunista

Luísa Meireles
30 de setembro de 2014
Expresso

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/morreu-alpoim-calvao-o-operacional-anticomunista=f891638#ixzz3Erxgz6B8

(iv)
Morreu o comandante Alpoim Calvão, líder da operação Mar Verde na Guiné-Conacri
Público,
Maria Lopes,
30/9/2014
http://www.publico.pt/politica/noticia/morreu-o-comandante-alpoim-calvao-lider-da-operacao-mar-verde-1671345

(v)Morreu Alpoim Calvão
TVI24
30/9/2014
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/comandante-alpoim-calvao/morreu-alpoim-calvao

Luís Graça disse...

O autor da banda desenhada "Operação Mar Verde" é o António Vassalo Miranda, um dos nove militares do CTIG que em outubro de 1963 seguiram para Angola, para receber instrução de tropa comando.

Dessa lista, referida no poste a seguir (P13673, do José Martins) fazia parte o nosso camarada e grã-tabanqueiro de longa data, o Mário Dias.

admor disse...

Foi também Comandante do COP 3 que englobava as Companhias que estavam instaladas em Barro, Bigene, Binta e Guidage pelo menos a partir de finais de 1969, até à nossa saída de Barro em Maio do ano seguinte. Fizemos várias operaçôes em conjunto com os fuzileiros na nossa Zona de acção. Foi um grande militar.
Que descanse em paz e condolências à Família.

Adriano Moreira

Abílio Duarte disse...

Estava em Paunca,na altura da Operaçâo Mar Verde, e vivia numa casa da tabanca, para onde ia de madrugada, depois de sair do abrigo.
Nessa manhã, o dono da casa acordou-me, sobressaltado; Furriel, os portugueses estão em Conackry.Eu muito parvo, perguntei a fazer o quê?
Ele estava a ouvir um rádio, já não sei se do Senegal se da Guiné Conackry, mas estavam a relatar em francês, o que se passava, e foi assim que tomei conhecimento daquelaOperação.
No entanto, eu e a minha Companhia CART. 11, também estramos nos preparativos da mesma operação.Como?
Umas semanas antes, andamos a fazer Colunas de Nova Lamego, até Buruntuma, levando uns africanos, que vinham de avião de Bissau, e os levávamos até é fronteira.
Vim mais tarde a saber que eram refugiados politicos, na Europa que vinham para o Golpe de Estado, que se pretendeu fazer, na Guiné-Bissau, e que fracassou.
Recordo-me também, da rendição do Ten. Januário, comandante dos Comandos Africanos, a falar na Radio Conackry, quando foi cercado e não teve alternativa, assim como os seus homens, e que vieram a ser todos mortos, por Sekou Touré.
São paginas da vida de todos nós, que passámos, pelos confins da Guiné.Como diria o outro é a vida.

manuel carvalho disse...

O meu respeito a este grande combatente.
Paz à sua alma condolências à família.

Manuel Carvalho

Anónimo disse...

Excerto do Correia da Manhã, com a devida vénia... LG
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CM 30.09.2014 11:50
Alpoim Calvão (1937-2014)
Operacional comandou a 'Operação Mar Verde' durante a guerra colonial na Guiné.


O comandante Alpoim Calvão morreu na madrugada desta terça-feira no Hospital de Cascais, onde estava internado. Tinha 77 anos.

Com apenas um ano de idade, Guilherme Almor de Alpoim Calvão deixou Chaves e partiu com os pais para Moçambique.

Ganhou em África o gosto pelo mar. Descendente de uma família de militares, tomou para si o chamamento da farda e nunca quis outra coisa que não fosse a Marinha.

Quando a Guerra Colonial rebenta em Angola, em 1961, Alpoim está colocado nos submarinos. Percebe que nunca seria mobilizado para a guerra, como tanto desejava, se continuasse nos submersíveis. Pede então para ser transferido para os fuzileiros. Em menos de um ano, está a comandar um destacamento na Guiné – onde se notabiliza pela destreza em combate.

Ao longo da Guerra Colonial, Alpoim Calvão recebe as mais altas condecorações por feitos em combate: tem uma insígnia da Torre e Espada e duas Cruzes de Guerra. Na segunda comissão na Guiné, já sob as ordens do comandante-chefe António de Spínola, assume o comando das operações especiais. Protagoniza acções espectaculares, como a operação ‘Mar Verde’, em que toma de assalto a capital da Guiné-Conacri para libertar 24 prisioneiros portugueses.

De regresso a Portugal, Calvão chega a comandante da Polícia Marítima. Em 1974, é convidado para se juntar ao Movimento dos Capitães, que fariam o 25 de Abril. Recusa entrar no golpe porque os militares "não tinham definido o futuro do Ultramar". É o início da luta contra a esquerda. Combate o PCP à bomba: acredita que "Portugal corria então o risco de se tornar um país comunista" – e assume-se como o cérebro operacional do MDLP. Exilado após o golpe falhado de 11 de Março de 1975, inicia uma carreira empresarial no Brasil e na Guiné-Bissau.

Com três filhos e sete netos, dizia-se "um homem em paz". (...)

http://www.cmjornal.xl.pt/mais_cm/obituario/detalhe/alpoim_calvao_1937_2014.html

Anónimo disse...

Tive a honra de o conhecer na Guiné em Binta em data que não sei precisar mas seguramente em meados de 1965. O Comandante Alpoim Galvão era contemporâneo do meu Capitão Alípio Tomé Pinto. Nunca mais o esqueci e falei-lhe, recordando essa passagem por Binta, num lançamento de um livro de um camarada em Lisboa. E fui por ele abraçado. Recordo esse momento como uma condecoração.
Foi um Militar Operacional digno do maior respeito pelo seu heroísmo e sentimento do dever.

Será referência na História do Portugal recente.
Até sempre, meu Comandante.
JERO

Luís Graça disse...

Dizem que a morte nivela, tudo e tudos. Comos se fora um buldózer.

Dizem que a morte apazigua.

Dizem que a morte relativiza e amorte ce os conflitos, as diferenças, os choques de personaiidade, os antagonismos, as vaidades...

Dizem que a morte consensualiza...

A morte obriga-nos a esquecer as querelas do passado. E até os ódios de estimação, que é uma coisa que se cultiva muito nos nossos "jardins"... Há ainda tantos ódios de estimação, que remontam à guerra colonial, à descolonização, ao 25 de abril, ao PREC, ao 25 de novembro, enfim, ao novo regime democrático que nasceu do 25 de abril...

A morte faz sobressair sobretudo o melhor dos homens. Depois vamos lembrar sobretudo os seus feitos, não os seus defeitos...

E ainda bem que é assim...Acontece com os nossos maiores, desde o fundador da Pátria até aos mais recentes "presidentes da república"...

Não conheci pessoalmente este combatente, capitão de mar e guera, com direito a usar o "título" de comandante"...Ou melhor, vi-o uma vez, na Fundação Mário Soares, no lançamento da biografia de Spínola... E no entanto ele é do teu tempo de Guiné...

Ficará, por certo, na história da guerra da Guiné como um dos seus grandes protagonistas. A par de Spínola e outros.

Estava longe de imaginar, em Bambadinca, no dia 22 (e seguintes) de novembro de 1970, que ele era o cérebro da Op Mar Verde, quando os meus vizinhos, de Fá Mandinga, a 1ª Companhia de Comandos Africanos, partiram para destino secreto (sabemos hoje, a Ilha de Soga, no arquipélago dos Bijagós, e dali até Conacri, em LDG)...

O Jorge Cabral, ("régulo" na altura da tabanca de Fá Mandinga, salvo erro...), é que vos poderá falar melhor desta história. E sobretudo o Amadu Djaló, que também lá foi, a Conacrti, aparentemente "à contre-coeur", como outros camaradas seus dos comandos africanos...

Depois vi-os regressar, e traziam trofeus de guerra: ofereciam Kalash aos tugas, novinhas em folha, por 500 pesos... Se eu fosse marado por armas, tinha comprado uma na altura...

Não tenho suficiente distância (e sobretudo conhecimento direto) sobre a Op Mar Verde... para falar "ex-cathedra" destes acontecimentos marcantes da história da Guiné...

Enfim, um dia a história nos julgará a todos... Ao nosso blogue não compete julgar ninguém, pelo seu comportamento na guerra, do ponto de vista operacional, militar, humano,
ético...

Registo com apreço que Alpoim Galvão tenha referido, antes de morrer, que agora era "um homem de paz". Espero que ele tenha podido efetivamente ter morrido em paz, ter feitos as pazes, consigo, com a história, com os outros, com a Marinha, com os fuzileiros, com o seu país, e com a Guiné-Bissau (que ele muito amava)...

Vejo agora que, para além do grande militar (mesmo controverso), ele foi sobretudo um homem, um cidadadão, um português, um de nós, e que também foi pai e foi avô...

Não gosto de mitificar os seres humanos. E tenho relutância em pô-los no Olimpo dos deuses. Heróis ou não, todos acabamos na campa rasa, com 7 palmos de terra por cima, ou reduzidos a um punhado de cinzas...

De qualquer modo, é mais um combatente, um bravo combatente da Guiné, que "da lei da morte se foi libertando"... Respeitemos a sua memória e ajudemos a sua família e amigos a fazer o luto.

Luís Graça

Manuel Luís Lomba disse...

O comandante Alpoim Calvão é um português de primeira água e foi um marinheiro da têmpera dos portugueses de outras eras. Como cidadão e como militar, deu sempre a cara e o corpo ao manifesto em prol do que acreditava como o melhor para o seu país. Lembro-me de haver alinhado com ele e com os seus fuzileiros no sul da Guiné, salvo erro numa batida e assalto à mata de Cafine. E a "Operação Mar Verde" ombreará com os feitos dos nossos antepassados.
Sentidos pêsames à família.
Até sempre, comandante!
Manuel Luís Lomba


Patricio Ribeiro disse...

Partem mais dois companheiros de aventuras, com quem nos últimos anos trabalhei, primeiro a Cláudia Sousa, e agora o Comandante Alpoim.
O outro lado do Comandante Alpoim: "um apaixonado pela Guiné".
Viajei com ele nos últimos anos para Bolama algumas vezes. Nas 7 horas da viagem para cada lado, dava para me contar os seus projectos empresariais. Nos últimos tempos já andava agarrado a uma bengala e caminhava com alguma dificuldade, devido a um atropelamento. Andava por toda a Guiné, sem qualquer problema.
Falava com paixão dos seus projectos para a Guiné:
Da fábrica de descasque de castanha de caju de Bolama, onde trabalhavam 200 mulheres, assim como diversos antigos Combatentes Portugueses, de origem Guineense.
Daquilo que fez anteriormente nos Bijagós, e que agora andava a fazer .
Das lindas vistas, das casas que tinha em Bolama para morar, onde por vezes também lá ia a família.
Na chatice que lhe arranjaram, com a cabeça da estátua do Ulisses.
A empresa de sucata em Bissau.
O projecto futuro que tinham para o Porto de Binta, (que está sem uso) já lá tem terrenos registados para uma nova fábrica, etc.
Do livro que estavam a escrever sobre ele e passado pouco tempo eu foi ao lançamento, e ele assinou-mo com uma dedicatória especial e um sorriso.
Há uns anos, solicitou-me para a Associação de Antigos Combatentes Portugueses da Guiné, a instalação de algumas T.V. Comunitárias a energia solar, nas escolas de algumas Tabancas incluído Binta e Bigene. Para que a população destes locais pudessem ver pela primeira vez, televisão.
Conheci-o pela primeira vez, na Escola de Fuzileiros em Vale do Zembro 68/69, como Comandante, durante a minha aprendizagem de caminhar em cima do lodo, nas pistas que eramos obrigados a fazer diariamente. Actividade que ainda hoje pratico na minha vida profissional, muitas vezes na Guiné.
Que descanse em paz.