tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post1154011034823440641..comments2024-03-28T18:30:49.770+00:00Comments on Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74 - P14342: Brunhoso há 50 anos (1): As Autoridades (Francisco Baptista, ex-Alf Mil da CCAÇ 2616 e CART 2732)Luís Graçahttp://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-9212600274323223582015-03-12T20:53:04.819+00:002015-03-12T20:53:04.819+00:00Caro Francisco,
Muito obrigado pelas simpáticas pa...Caro Francisco,<br />Muito obrigado pelas simpáticas palavras que me diriges, talvez a roçar o exagero. Acertas, porém, quando referes como prezo a amizade camarada (naquele sentido que António Lobo Antunes referiu a propósito do passamento tragico de um amigo comum, que foi publicado aqui no Blogue.<br />Na Magnífica Tabanca da Linha manda S.Exa. o Senhor Comandante que, naturalmente, não se ocupa de todos os assuntos, delegando funções a diferentes correlegionários. Mas nisso ele é muito exigente, no cumprimento escrupuloso de cada função atribuída. S.Exa. não é um monobloco, frio e insensível, pelo contrário, é humanista e apoia cada um dos seus.<br />Assim, estou à vontade para te convidar a partilhares connosco do magnifico panorama de Oitavos. Será um prazer ficar à conversa contigo, dada a admiração que grangeaste por força da tua sensibilidade, educação, e determinismo, que ainda não te conheço bem. <br />Nestes termos, faz o favor de apresentares à tua comandante principal, o pedido que lhe dirijo para que te autorize à experiência, que ela própria poda partilhar, e ficar-te-á muito bem a simpatia de a convidares para também desfrutar da paisagem.<br />Sobre o Com-Chefe Luís Graça, +e conhecida a simpatia que dedica à Magnífica, porém, os seus afazeres, quando não interrompidos por dificuldades físicas, não lhe têm permitido maior assiduidade, e nem sei se dia 19 poderá juntar-se na comedoria da bianda.<br />Vá lá, se sim, podes contactar-me pelo telefone 913 673 067, ou ao Sr Comandante, salvaguardadas as cerimónias de apresentação, pelo nº.914 421 882.<br />Um abraço amigo<br />JDJDhttps://www.blogger.com/profile/10393580315863639344noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-52393552749600585202015-03-12T10:22:54.994+00:002015-03-12T10:22:54.994+00:00O Francisco Baptista não chegou a estrear a escoli...O Francisco Baptista não chegou a estrear a escolinha do centenário do Salazar.<br /><br />É e era a sina do atraso do interior do país.<br /><br />Mas os nossos pais que tivessem tido a sorte de terem ido à escola, antes do Salazar governar, tinham que cotizar-se entre todos, e ajudar a pagar o aluguer de uma qualquer parte de casa, que ficava à responsabilidade do professor organizar.<br /><br />É que o professor se quisesse dar escola, tinha que proceder ao aluguer de uma sala, muitas vezes uma parte da casa em que morava ele próprio.<br /><br />Temos que escrever a nossa história, e o que está a fazer Francisco Baptista e nós todos, porque antes de nós pouca gente escrevia porque não havia as escolas do centenário e não sabiam ler.Antº Rosinhanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-37454416773174227802015-03-11T22:11:30.571+00:002015-03-11T22:11:30.571+00:00
O Carvalho de Mampatá dá-me sempre o apoio e ...<br /><br /> O Carvalho de Mampatá dá-me sempre o apoio e o abração, como irmãos da corda de Buba, Nhala Mampatá, Aldeia Formosa e doutra rota, Porto, Medas, Souto da Velha, Brunhoso. Pelos caminhos percorridos que nos marcam pelos cheiros e pelas paisaigens, tenho que ter uma especial simpatia por ele.<br /> O luís Graça que sendo um grande camarada eu tenho-o por um amigo especial, bem sei que é especial para muitos, para mim continuará a ser também, porque eu sei que ele se pode desdobrar. Estamos a ficar velhos, quase todos gostamos duma palmada nas costas, para nos ajudar a subir a encosta. Grande camarada agradeço-te muito a força que me continuas a dar, mesmo quando eu insisto em voltar às minhas origens, quando deveria falar mais do nosso passado comum africano.<br /> Meu caro amigo, gostaria tanto de conhecer a Guiné, dos meninos, das bajudas, dos adolescentes e dos homens grandes. Infelizmente, culpa minha, que não vou poder explicar agora, vim de lá quase tão ignorante como fui.<br /> Do José Manuel Matos Dinis tenho a ideia que ele já me desafiou pelo menos uma vez para um confronto verbal. Eu confesso que acabei por não responder ao repto por um certo cansaço não relacionado com estas vivências. Gosto da tua jovialidade, das tuas intervenções muito personalizadas, da tua frontalidade, penso que tu és um amigo de todos e meu amigo também.<br /> Sei que dia 19, está anunciado, vai haver um almoço da Tabanca da Linha, gostaria de ser admitido nesse almoço, está claro com a permissão do comandante Rosales. Se o Luís Graça, por vontade dele e com a vossa permissão estivesse presente seria bom. Tudo isto é uma ideia que ainda não sei se terá aprovação familiar. <br /> Todos nós fomos tropas, os nossos sargentos e capitães gritavam muito alto na parada, mas em casa falavam baixinho, porque aí não mandavam.<br /> Conclusão não é fácil conseguir um passaporte.<br /> <br /> Um grande abraço<br /><br /> Francisco Baptista<br /> <br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-73862805876628485372015-03-11T19:55:14.638+00:002015-03-11T19:55:14.638+00:00Camaradas,
Também saúdo o Francisco por estas narr...Camaradas,<br />Também saúdo o Francisco por estas narrativas transmontanas, sobretudo de Brunhoso onde terá crescido e se fez homem. Arriscaria afirmar que esta peça foi escrita pelo Carnaval, e que o levou a recordações antigas, relativas ao divertimento masculino local, que não dispensava uma bela bezana.<br />Eu, quase lisboeta, se lá tivesse estado, estaria sob o olhar atento dos circunstantes locais, e poderia candidatar-me a bombo da festa. Mas na minha terra periférica da capital era quase o mesmo, e a malta aproveitava todos os pretextos para gozar. E era gozo indiscriminado, às vezes até com desvalidos, o que não era prática saudável.<br />Para além desta viajem aos costumes, também fica registada uma incursão política, da qual avulta a dúvida, se o regedor, como o presidente da Junta eram eleitos, ou nomeados pela autarquia. Se a resposta incidir nas eleições, ouso dizer que seria uma prática de democracia avançada, pois hoje em dia, com as tricas e jogos de influência partidária, ou os mais válidos se abstêm de cargos públicos, ou podem constar de listas menos votadas.<br />Abraços fraternos<br />JDJDhttps://www.blogger.com/profile/10393580315863639344noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-57022660912036225472015-03-11T16:55:37.259+00:002015-03-11T16:55:37.259+00:00A minha formação sociológica e a minha sensilidade...A minha formação sociológica e a minha sensilidade cultural levam-me a valorizar muito estes relatos da nossa infância e adolescência... <br /><br />Esta é nossa geração, a que lê e faz este blogue, e que combateu na Guiné, entre 1961 e 1974, nos anos 40, uns mais para o princípio, outros mais para o fim... Vamos lá, os "piras", já nasceram em 1950, 51, 52... <br /><br />Mas é tudo geração do pós-guerra, quando mais de metade da população portuguesa ativa trabalhava no setor primário (agricultura, silvicultura, caça e pescas; minas e pedreiras)... Numa economia fracamente monetarizada, e com uma forte componente de autossubsistência: em casa, fazia-se as tamancas para calçar; cultivava-se o linho para tecer e fazer as camisas e os lençois: matava-se o porquinho que era o governinho da casa para o ano interior... "E patacão cá tem"... Nos campos ganhava-se por dia, na melhor das hipóteses, um "santo antoninho" (vinte escudos), até finais dos anos 60!...<br /><br />Vivia-se no interior do país, em pequenas vilas e aldeias, onde em muitos casos só chegava o médico na hora da morte...<br /><br />É esse Portugal, hoje periférico, pobre, interior, envelhecido, que irá fornecer, há 50 anos atrás os mancebos que fizeram a guerra, a mão de obra que há de alimentar a emigração, maçiça, para a Europa "dos 30 gloriosos" (as três décadas de crescimento económico ininterrupto, do milagre francês, alemão, italiano...)...<br /><br />E igualmente a emigração interna que vai ajudar a desenvolver o eixo litoral, industrializado, Sines-Setúbal-Lisboa-Coimbra-Porto-Braga-Viana do Castelo... <br /><br />Todas as memórias da nossa infância, adolescência e juventude são bem vindas a este blogue...<br /><br />E dou os parabéns ao Francisco por querer partilhar com os seus camaradas as recordações de Brunhoso connosco...Luís Graçahttps://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-27661152116068822202015-03-11T01:45:20.452+00:002015-03-11T01:45:20.452+00:00Mais uma página da vida das aldeias de Portugal, r...Mais uma página da vida das aldeias de Portugal, redigida pelo Francisco Batista com a mestria que se tornou já habitual. É uma forma de nos revelarmos como fomos que nos ajudará a compreender como somos. Era o Portugal da autoridade indiscutível e da austeridade absoluta.<br />Um abração<br />Carvalho de Mampatá.<br />Anonymousnoreply@blogger.com