tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post1684762576840100313..comments2024-03-29T07:56:00.657+00:00Comments on Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74 - P15719: Fotos à procura de... uma legenda (68): cinco fotos históricas do cmdt da Op Mabecos Bravios, cor inf Hélio Felgas, na retirada de Madina do Boé (Cortesia da revista Camões, abr-jun 1999, nº 5)Luís Graçahttp://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-83697003696391313512016-02-09T15:16:09.807+00:002016-02-09T15:16:09.807+00:00A referência a Dien Bien Phu que Luís Graça, faz a...A referência a Dien Bien Phu que Luís Graça, faz aqui acima, deviamos dissecá-la por alguem que conheça bem aquela tragédia francesa, para nos ajudara a compreender um pouco a descolonização apressada e errada de toda a África.<br /><br />A tal descolonização falswa que os nossos embaixadores portuguêses teimavam denunciar na ONU enquanto nós, o povo teimavamos em não abandonar as nossas colónias.<br /><br />Alguem que se debruce sobre Dien Bien Phu e também Argélia.Antº Rosinhanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-24321484548774140142016-02-09T03:44:21.871+00:002016-02-09T03:44:21.871+00:00Caros Camaradas
Será esta a verdade?
E as mortei...Caros Camaradas<br /><br />Será esta a verdade?<br /><br />E as morteiradas que caíram durante o período da jangada percorrer o Rio?<br />Quantos minutos tinha a Reportagem? Quantos tem hoje?<br /><br />Mário Votorino GasparMário Vitorino Gasparnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-73728872265886587352016-02-08T14:56:48.009+00:002016-02-08T14:56:48.009+00:00No relatório do destacamento F [CCAÇ 2405], não há...<br />No relatório do destacamento F [CCAÇ 2405], não há qualquer referência a "morteiradas":<br /><br /><br /><br />(...) Extractos de: Guiné 68-70. Bambadinca: Batalhão de Caçadores nº 2852. Documento policopiado. 30 de Abril de 1970. c. 200 pp. Classificação: Reservado. Cap. II. 36-38.<br /><br />(...) Iniciada a Op Mabecos Bravios, em 1 [de Fevereiro de 1969], com a duração de 8 dias, para retirar as nossas tropas de Madina do Boé. Entre vários destacamentos, tomou parte no Destacamento F a CCAÇ 2405 [Comandante: Cap Mil José Miguel Novais Jerónimo; 1º Grupo de Combate – Alf Mil Jorge Lopes Maia Rijo; 3º Grupo de Combate – Alf Mil Rui Manuel da Silva Felício; 4º Grupo de Combate – Alf Mil Paulo Enes Lage Raposo].<br /><br />(...) Desenrolar da acção [...]:<br /><br />(...) Em D + 3 [5 de Fevereiro de 1969] por volta das 7.30h recebemos ordens do PCV [Posto de Comando Volante] para a abandonar a nossa posição e seguir ao encontro da coluna. Uma hora depois atingimos o campo de aviação de Madina [do Boé] onde fomos reabastecidos de água e r/c [rações de combate].<br /><br />Pelas 9.00h a coluna pôs-se em movimento e meia hora depois 4 carros da rectaguarda tiveram um acidente. Não obstante, a coluna prosseguiu e o pessoal do Dest F mais os mecânicos resolveram a dificuldade.<br /><br />Entretanto, o final da coluna pôs-se em movimento acelerado para apanhar as viaturas da frente e deixaram a guarda da rectaguarda isolada no mato, num momento particularmente difícil em que precisávamos evacuar 2 soldados vencidos pelo esgotamento físico e nervoso (2 noites seguidas sem dormir, ataque de abelhas em D +1, intenso calor).<br /><br />O Comandante da coluna ordenou que se fizesse a evacuação e o reabastecimento de água. Feitos estes, iniciou-se a marcha e a breve trecho tomámos contacto com a coluna e tudo correu normalmente até ao Cheche. A cobertura aérea pareceu-me impecável.<br /><br />Próximo de Cheche recebi ordens para ocupar a posição que ocupara que tivera em D / D+1 porque o Exmo. Comandante da Operação [, cor inf Hélio Felgas,] entendeu dever poupar alguns quilómetros ao Dest F e D, bastante atingidos pela dureza dos respectivos percursos. Essa foi a razão porque não transpus o [Rio] Corubal em D + 3 [ 5 de Fevereiro], só o vindo a fazer em D + 4 [6 de Fevereiro] por volta das 9.00h.<br /><br />O IN continua sem se manifestar (ou sem se poder manifestar). Durante a transposição do Corubal a jangada em que seguiam 4 Gr Comb [da CCAÇ 2405 e da CCAÇ 1790], respectivos comandos e tripulação afundou-se espectacularmente acerca de um terço da largura do rio, provocando o desaparecimento de 17 militares do Dest F e grandes quantidades de material perdido.<br /><br />Por voltas das 10.00h de D+ 4 [6 de Fevereiro] saímos de Cheche para Canjadude que atingimos por volta das 16.30h com o pessoal deste Dest embarcado.<br /><br />Descansou-se e em D + 5 [7 de Fevereiro] às primeiras horas a coluna pôs-se em movimento para Nova Lamego que foi atingida por volta das 11.00h. Às 12.00h as tropas ouviram uma mensagem do Exmo. Comandante-Chefe [, brig António Spínola,] que se deslocou propositadamente para a fazer.<br /><br />Permaneci em Nova Lamego para organizar a coluna do dia seguinte. Às primeiras horas de D + 6 [8 de Fevereiro] iniciei o movimento para Galomaro onde cheguei cerca das 10.30h.<br /><br />[Revisão de texto: L.G.l<br /><br /> <br />Vd. poste de 13 DE JULHO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11837: Op Mabecos Bravios (1-8 de fevereiro de 1969): a retirada de Madina do Boé, com o trágico desastre no Cheche, na travessia do Rio Corubal, foi há 44 anos (1): Relato do cmdt da CCAÇ 2405 / BCAÇ 2852 (Galomaro e Dulombi, 1968/70)<br /><br />http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2013/07/guine-6374-p11835-op-mabecos-bravios-1.htmlLuís Graçahttps://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-27457501098521155032016-02-08T14:39:41.121+00:002016-02-08T14:39:41.121+00:00Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto...
V...Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto...<br /><br />Vd. aqui a reportagem publicado no Expresso, em 16/9/2015, com a assinatura do jornalista Luís Pedro Nunes e fotografia do fotojornalista Alfredo Cunha:<br /><br />Um 'fuzo' esquecido junto aos mortos do Corubal<br /><br />16.09.2015 às 19h5934<br /> <br />http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-09-16-Um-fuzo-esquecido-junto-aos-mortos-do-Corubal<br /><br /><br />Há quase meio século que um homem espera sentado numa canoa na margem do rio Corubal. Não tem nada. Apenas a mágoa de ter sido abandonado, uma revista antiga e um velho cartão de combatente. Espera pelos antigos companheiros que o venham buscar, junto às águas que servem de cemitério para dezenas de portugueses<br /><br />Luís Pedro Nunes<br /><br />Alfredo Cunha<br /><br /><br /><br />(...) É assim que se percebe o poder brutal da corrente do Corubal, que levou a vida a 47 militares portugueses na noite de 5 para 6 de fevereiro de 1969. A companhia de Caçadores 1790 já tinha percorrido os 30 quilómetros entre o quartel e a margem, com forte apoio aéreo para não ser atacada. O atravessamento do material militar e das viaturas foi feito exatamente com pirogas dessas, com lacas de madeira e um zebro de borracha a empurrar. Foram 28 viaturas pesadas, 100 toneladas de munições, três autometralhadoras e 500 homens. Já de madrugada, na última passagem, quando a jangada vinha carregada de homens, o comandante da operação decide mandar umas morteiradas para uns alegados locais do PAIGC. Os homens a meio do rio entram em pânico por não saberem de onde vem a fogachada. A barcaça começa a cuspir homens vestidos e carregados de munições. Morreram 47. A maioria ficou para sempre naquele rio. Alguns foram enterrados nas margens. (...)Luís Graçahttps://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-59641306635747240362016-02-07T22:20:03.872+00:002016-02-07T22:20:03.872+00:00Imagens impressionantes neste poste.
São só por s...Imagens impressionantes neste poste.<br /><br />São só por si História embora também horror e morte.<br /><br />Que descansem e PazJuvenal Amadohttps://www.blogger.com/profile/08971775182863900123noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-37498989044447918272016-02-07T20:35:01.616+00:002016-02-07T20:35:01.616+00:00Quando cheguei à Guiné em finais de maio de 1969, ...Quando cheguei à Guiné em finais de maio de 1969, o "trauma" deste desastre ainda estava bem presente nos nossos espíritos e nas nossas conversas, logo em Bissau, nas ruas e esplanadas e no Depósito Geral de Adidos, e depois em Contuboel, para onde marchámos, em 2 de junho de 1969, para dar instrução de especialidade (e fazer a IAO) aos nossos soldados do recrutamento local... <br /><br />Madina do Boé (a par de Gandembel) eram dois dos grandes "mitos" de que se falava na altura... Ambos tinha sido retirados pelas NT, mas havia outros: Beli, Ponta do Inglês... <br /><br />Pronunciávamos estes topónimos (Madina do Boé e Gandembel, mas já também Guileje...) com reverência e temor... Com o exagero próprio de quem estava, apesar de tudo, longe do sítio, e era completamente ignorante da história da guerra da Indochina, Madina do Boé era comparada nessa altura a Dien-Bien-Phu!!!...<br /><br />A batalha de Bien-Dien-Phu, a última da guerra da Indochina, travou-se de 13 de Março a 7 de Maio de 1954, entre o Viet Minh e o corpo expedicionário francês... <br /><br />"Após 8 semanas de duros combates as tropas do Vietname do Norte, que numa força de cerca de 80 mil homens sofreram 7 900 mortos e 15 000 feridos, venceram as tropas da União Francesa. Dos franceses, que registaram 2293 mortos e 5 193 feridos na batalha, 11 721 soldados ficaram prisioneiros e a maioria não sobreviveu ao cativeiro, tendo sido repatriados apenas 3290."...<br /><br />https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Dien_Bien_Phu<br /><br />... A única possível semelhança com Madina do Boé, só podiam ser, vagamente, as colinas do Boé... Mas contavam-se histórias medonhas, em Bissau, quando lá chegámos... <br /><br />Sei que na altura, quando fui para o leste, em junho de 1969, o raio do fantasma de Madina do Boé/Dien-Bien-Phu não me saía da cabeça... E tenho registos disso no meu diário... <br /><br />Enfim, a ignorância é que está, quase sempre, na base do medo... Mesmo tiro o meu quico a todas as vítimas daquele horrível desastre, no Cheche!... E já agora a todos os nossos camaradas, que morreram, foram feridos e sofreram nesse famigerado triângulo do Boé (Nova Lamego, Beli, Madina do Boé), como lhe chama o Zé Martins (que esteve em pleno coração do triângulo, em Canjadude, na CCAÇ 5, os Gatos Pretos)...<br /><br />119 mortos entre 1963 e 1974, segundo as contas do Zé!<br /><br /><br /> 6 DE FEVEREIRO DE 2016<br />Guiné 63/74 - P15713: Efemérides (210): Triângulo do Boé, num total de 119 militares tombados, 47 só no dia 6 de Fevereiro de 1969, no Rio Corubal, no desastre da jangada, na sequência da retirada de Madina do Boé (José Martins)<br /><br />http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2016/02/guine-6374-p15713-efemerides-210.htmlLuís Graçahttps://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.com