tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post217762457380012542..comments2024-03-28T18:30:49.770+00:00Comments on Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74 - P15821: Notas de leitura (813): “A revolução portuguesa e a sua influência na transição espanhola”, tese de doutoramento de Josep Sánchez Cervelló, Assírio e Alvim, 1993; e Revista Africana, publicada pela Universidade Portucalense, número de Março de 1992 (Mário Beja Santos)Luís Graçahttp://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-36654101533882492102016-03-05T15:50:33.615+00:002016-03-05T15:50:33.615+00:00"E foi a falta de emprego, aliada a promessas..."E foi a falta de emprego, aliada a promessas sedutoras ou ameaças terríveis que obrigou muitos nativos a deixarem-se aliciar”.<br /><br />O Francisco Baptista toca aqui num ponto terrível em África, que foi ontem, é hoje e será amanhã, a falta de emprego.<br /><br />Só que nos anos 50/60, das emancipações daqueles países da África sub-sariana, no caso as nossas colónias objectivamente, sem indústrias, apenas alguma construção civil,agricultura e comércio dentro das nossas eternas limitações, só havia uma fuga para os jovens guineenses que quisessem "fugir" da tabanca para a cidade.<br /><br />Essa saída era, como se dizia em Lisboa: «Queres emprego? vai trabalhar para a estiva malandro»!<br /><br />E não é que era exactamente no porto do Pidjiquiti, onde se deu o massacre dos 50 marinheiros, o número do PAIGC, em 3/8/59, que se abrigavam já com os governos do PAigc, centenas e centenas de jovens, diariamente durante vários anos? não sei hoje se ainda será assim.<br /><br />Talvez não com a mecanização.<br /><br />Se países como nós aqui, que não nos entendemos e os jovens têm que emigrar, imagine-se o problema que está acontecendo com milhões de jovens em Bissau, Luanda e outras cidades super-habitadas de jovens, por toda a África.<br /><br />É muito mau, demasiado mau para África e para a Europa, vizinhos lado a lado, esta coisa do emprego sem alternativas, mesmo com ou sem estudos.<br /><br />Foi este problema um dos pontos fracos da governação de Luís Cabral na Guiné-Bissau.<br /><br />Mas no tempo colonial, e talvez ainda hoje, qualquer jovem seguia apenas o caminho que a família da tabanca decidia.<br /><br />Naquele tempo, Francisco Baptista, qualquer jovem que estivesse no tropa, ou era obrigado pelo chefe de posto imposto aos mais velhos, (pai, mãe, tio...) ou então voluntário com reunião da família.<br /><br />Ainda dei três recrutas a soldados I (indígenas) em Luanda.<br /><br />Dizia a vendedora do Bulhão que a antiga colega, dela, agora retornada, foi para Angola com uma mão atraz e outra à frente, mas depressa arranjou lá três criados, um para levar os meninos à escola, outra para descascar as batatas e outro para lhe lavar as costas. <br /><br />Enfim,também era dar emprego.<br /><br />Não era como nas minas dos diamantes ou do ouro mas era emprego.<br /><br />Cumprimentos.Antº Rosinhanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-56464356942242903052016-03-04T23:01:46.135+00:002016-03-04T23:01:46.135+00:00
As afirmações do tenente-coronel Hélio ...<br /><br /><br /> As afirmações do tenente-coronel Hélio Felgas sobre as motivações económicas dos soldados e milícias nativos vêm ao encontro de pensamentos idênticos que tenho tido ultimamente. Pensando bem que outras alternativas de trabalho remunerado havia em toda a Guiné, onde a agricultura e os serviços, da indústria nem vale a pena falar, estavam paralisados pela guerra. A necessidade de sustento de tantos milhares de guineenses acabou por fidelizá-los ao nosso comando e à nossa bandeira. Para muitos sobretudo para os que estiveram nas tropas especiais essa opção de vida, após a independência, revelou-se trágica.<br /> Um abraço. Francisco Baptista Anonymousnoreply@blogger.com