tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post2340622248917273536..comments2024-03-28T18:30:49.770+00:00Comments on Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 61/74 - P16948: Brunhoso há 50 anos (11): Crasto, Fraga do Poio e Rio Sabor (Francisco Baptista, ex-Alf Mil da CCAÇ 2616 e CART 2732)Luís Graçahttp://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-82759901818927608372017-01-13T22:38:37.271+00:002017-01-13T22:38:37.271+00:00Muito obrigado ao amigo anónimo que escreveu sobre...<br /><br /> Muito obrigado ao amigo anónimo que escreveu sobre o forte declínio demográfico, de Brunhoso e de todo o concelho de Mogadouro. Estes dados com o rigor que lhe reconheço e todos podemos comprovar, ajuda também a compreender o meu texto. Noutro texto já falei sobre este assunto mas sem este rigor estatístico em números e percentagens confesso. Em 1960 atinge-se um pico demográfico que começa a pesar bastante na qualidade de vida da maior parte das famílias mais desfavorecidas da terra, a dos "jeireiros" (trabalhadores agrícolas por conta de outrem). Brunhoso, tal como muitas aldeias e vilas de Trás-Os-Montes, sempre gerou mais filhos do que aqueles a que podia dar trabalho e alimentar. A solução para esse crescimento demográfico sem planeamento, era a emigração, sobretudo para o Brasil, ora em meados da década de cinquenta, o Brasil fechou as portas aos emigrantes, pelo que sem esse escape ou outra alternativa, aconteceu esse crescimento anormal que trazia consigo a fome. Contra esse situação desesperada os trabalhadores da terra de Trás-Os-Montes, do Minho e em parte das Beiras raianas forçaram a emigração clandestina, a salto, para a França e outros países ricos da Europa. Outros se seguiram. Na década de 60 e um pouco na de 70, os trabalhadores mais válidos de Brunhoso , e eram muitos, emigraram todos. Por outras causas que se prendem com a pobreza dos solos e com as políticas agrícolas dos governos da nação e da CEE, a aldeia nunca mais conseguiu recuperar dessa fuga dos seus naturais, pelo contrário ela foi-se acentuando. <br />Hoje acredito que os habitantes de Brunhoso já não são 200, pois desde o último censo já morreram bastantes e nasceram bem poucos. Há horas do dia em que se percorrem as ruas da aldeia e não se vê nem se ouve vivalma e Brunhoso parece uma terra abandonada.<br /> Agradeço os comentários simpáticos dos meus amigos e camaradas, sois vós que me dais força e coragem para continuar a escrever no blogue: Carvalho de Mampatá, Luís Graça, Jorge Rosales, José Botelho Colaço, José Belo, José Câmara e outros que sem opinarem, tiveram a paciência de me lerem.<br /> Um abraço. Francisco Baptista Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-79163825716679944562017-01-13T00:20:03.558+00:002017-01-13T00:20:03.558+00:00Vejo, pelos dados dos censos, que a população da f...Vejo, pelos dados dos censos, que a população da freguesia de Brunhoso está hoje reduzida a um terço relativamente há 50 anos... Tem 216 habitantes (censo de 2011) contra 610 em 1960, o que equivale a cerca de 35,4%. <br /><br />Este declínio demográfico é mais acentuado em Brunhoso do que no concelho de Mogadouro: a população concelhia de 2011 (9542) representava cerca de 48,8% da população que existia em 1960 (19571). Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-66782646328601341872017-01-12T23:26:18.140+00:002017-01-12T23:26:18.140+00:00Amigo Francisco,
Adoro a paixão que impregnas naqu...Amigo Francisco,<br />Adoro a paixão que impregnas naquilo que escreves e nos prende na leitura do texto. Pelas razões que conheces a tua terra também é um pouco minha. Um dia, só Deus sabe, talvez tenha a oportunidade de a visitar.<br />Abraço transatlântico.<br />José Câmara<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-82252340342518563652017-01-12T21:42:44.313+00:002017-01-12T21:42:44.313+00:00A viver há muitas décadas demasiado longe do nosso...A viver há muitas décadas demasiado longe do nosso querido Portugal sinto, ao ler os teus textos,um misto de melancolia e saudade dos valores,sentimentos,"olhares exteriores"(e näo menos,interiores!)com que täo bem tens sabido descrever o Portugal profundo das nossas raízes colectivas.<br /><br />Cruzámo-nos,infelizmente por curto tempo,em Buba.<br /><br />Um abraco do José Belo.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-17602542581534725372017-01-12T18:36:20.043+00:002017-01-12T18:36:20.043+00:00Francisco que grande capacidade para transcreveres...Francisco que grande capacidade para transcreveres para o papel aquilo que te vai na alma e que outrora contemplaste e viveste, lugar do Crastro, a Fraga do Poio O rio Sabor, todas as palavras pecam por defeito para definir elogiar a delícia da tua prosa. Uma Só obrigado.José Botelho Colaçohttps://www.blogger.com/profile/05420413482127077271noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-63249878211585144562017-01-12T17:34:28.599+00:002017-01-12T17:34:28.599+00:00Francisco
A tua prosa dá para "ver" a p...<br />Francisco<br /><br />A tua prosa dá para "ver" a paisagem do Brunhoso e do Sabor...,que não esqueces.<br /><br />Fica bem...<br /><br />Jorge Rosales<br /><br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-33289542744949662322017-01-12T11:05:25.652+00:002017-01-12T11:05:25.652+00:00Francisco, não tens que pedir desculpa aos leitore...Francisco, não tens que pedir desculpa aos leitores por te deixares trair pela emoção, podias pôr um vídeo sem som nem legendas, mas não era a mesma coisa... São os nossos "olhos" que constroem a realidade... Conceitos como beleza ou grandiosidade são objetos abstrato-formais que construímos intelectualmente para poder apreender e conhecer (ciência) a natureza e depois dela nos apropriarmos (tecnologia)... <br /><br />As pessoas da sociologia, como eu, gostam, de dizer que a "realidade não fala por si", somos nós que a "construímos" através da nossa linguagem, e dos nossos conceitos, teorias, métodos e técnicas (ciência & tecnologia)...<br /><br />Se tu não "existisses". se tu nunca tivesses aparecido na nossa Tabanca, e escrito sobre a tua terra e a tua região, eu nunca, muito provavelmente, tomaria conhecimento de Brunhoso e das suas gentes, nem sentiria vontade de lá ir um dia...<br /><br />Hoje "conheço" Brunhoso e tenho vontade de lá ir, graças a um filho de Brunhoso, que sabe falar com ternura, emoção, carinho, sensibilidade e talento da terra que o viu nascer e crescer e que o moldou como homem, transmontano e português!...<br /><br />Sobre os "crimes ecológicos" que temos cometido, incluindo o aproveitamento hidro-elétrico dos nossos rios, não tenho um "pensamento definitivo", é um dossiê complexo e contraditório: o nosso desafio, enquanto país, é como conciliar ambiente, recursos finitos, desenvolvimento, qualidade de vida, equidade, liberdade e sustentabilidade... Preocupa-me, por exemplo, saber o que vai acontecer daqui a 100 anos às nossas barragens... E sobretudo se haverá "transmontanos" puros e duros como tu... Reconheço que a tua região pagou um preço muito elevado pelo "plano de eletrificação" do país, desenhado em 1945 pelo prof eng Ferreira Dias, o tecnocrata de Salazar que lançou as bases da "modernização industrial" do país... Recorde-se que a primeira grande barragem é a de Castelo de Bode, em 1951...Numa vilória do oeste estrememho, a maior parte das casas, como a minha, não tinha luz... Aprenmdi a ler e a escrever, à noite, com o candeeiro a petróleo...<br /><br />Tardiamente ou não, os "donos disto tudo", como a EDP, vem agora falar-nos em "desempenho ambiental"... Eu entendo o teu "luto": o Sabor, o rio da tua infância já não existe... Tal como os "moinhos de vento" dos cabeços da Estremadura da minha infância...Deram lugar às eólicas... A p... da vida é um jogo de deve e haver, e no final, acho que perdemos sempre. (Mas não faças caso, ser "saudável" é desligar o complicómetro...). <br /><br />http://www.a-nossa-energia.edp.pt/centros_produtores/desempenho_ambiental.php?item_id=1&cp_type=&section_type=desempenho_ambientalTabanca Grande Luís Graçahttps://www.blogger.com/profile/06648868058767002743noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-67104031878117082082017-01-12T10:56:21.678+00:002017-01-12T10:56:21.678+00:00Caro Francisco
Bem-vindo. Quem, ao falar daquilo...Caro Francisco <br /><br />Bem-vindo. Quem, ao falar daquilo que é ontologicamente seu, que constitui o seu presépio, pode ser imparcial e objectivo. Nestas circunstâncias, a parcialidade e o subjectivismo só pode enriquecer a narração. Adorei mais esta tua revisita ao berço onde foste gerado e moldado.<br />Um abração<br /><br />Carvalho de MampatáAnonymousnoreply@blogger.com