tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post2708440559366222688..comments2024-03-28T18:30:49.770+00:00Comments on Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 61/74 - P18685: Agenda cultural (638): Lançamento do novo livro de Catarina Gomes, "Furriel Não É Nome de Pai: Os filhos que os militares portugueses deixaram na Guerra Colonial" (Tinta da China, 2018, 224 pp.): Em Lisboa, na Feira do Livro, domingo, 3 de junho, 16h00; no Porto, Mira - Artes Performtivas, sábado, dia 2 de junho, 15h00Luís Graçahttp://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-49446869590963536142018-05-29T12:48:48.710+01:002018-05-29T12:48:48.710+01:00Catarina:
Estou curioso de ler o livro e espero nã...Catarina:<br />Estou curioso de ler o livro e espero não colher a decepção do alinhamento pelas turmas de "cientistas sociais", na sua descoberta de que não houve Descobrimentos - já existia tudo - mas sim a expansão dos portugueses e das suas malandrices.<br />A atitude de não reconhecer os seus filhos é atitude do indivíduo, tão anti-natural como crime; a omissão do Estado português em não os reconhecer de facto e de direito e em não lhes conceder a cidadania e às suas mães ainda será mais que isso.<br />Qual a dimensão do caso? Os militares deixaram assim tantos "filhos do vento" ou "restos de tuga"?<br />No meu tempo de tropa, a disciplina militar velava por esses assuntos.<br />Em Tavira havia poucos homens - em 1 200 instruendos havia apenas um tavirense - enquanto as mulheres abundavam nas janelas, varandas, ruas, janelas, jardins e esplanadas, expondo a sua famigerada formosura, apelativa a "lançarmos a escada". O conhecimento foi-nos transmitido logo na palestra da recepção, em linguagem de caserna, mais ou menos nestes termos: "As mulheres daqui são um perigo; o nosso comandante (o tavirense major Castro e Sousa) não perdoa. Tenham cuidado! Lembrem-se que muitas já fizeram algumas recrutas..."<br />Não obstante, houve casamentos coercivos, que a caserna comentava: fulano vai daqui miliciano e chifrudo...<br />Na Guiné o procedimento era idêntico e diz-se que o General Spínola ainda o tornara mais rigoroso.<br />Abr.<br />Manuel Luís Lomba Manuel Luís Lombanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-50415642234727950062018-05-28T21:53:43.809+01:002018-05-28T21:53:43.809+01:00"Filhos de tuga" não é uma escolha de no..."Filhos de tuga" não é uma escolha de nome, estes filhos sempre foram insultados com este termo, chamavam-lhes "filhos de tuga" ou "restos de tuga". Mas na Guiné decidiram usar recentemente essa expressão insultuosa para se dignificarem criando a associação Filho de Tuga, cuja história conto no livro.<br />Catarina Gomes<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-56523253716398750932018-05-28T14:33:44.089+01:002018-05-28T14:33:44.089+01:00Lamento vir a terreiro discordar do título do livr...Lamento vir a terreiro discordar do título do livro, desculpem, mas a interpretação, queira-se ou não pesa sobre os furriéis, quando o José Saúde, e bem, em meu entender tinha chamado a todos aqueles filhos de portugueses brancos que por lá ficaram "filhos do vento".<br />Não me compete nem tenho que o fazer, defender uma classe que acredito até poder ter sido a que mais contribuiu para esses "filhos sem pais", mas como título de livro discordo completamente, até porque todos sabemos que houve outras realidades.<br />Não conheço o conteúdo do texto, espero que seja mais feliz e realista que o título agora apresentado, independentemente dos prémios jornalísticos da sua autora.<br />Acredito que tudo tenha sido feito na melhor das intenções, por isso espero que corresponda minimamente à realidade e ajude a escrever mais uma página séria sobre este assunto.<br />BSAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-87303796495151550252018-05-28T00:13:55.761+01:002018-05-28T00:13:55.761+01:00Como querem dignificar esses filhos chamando-lhes ...Como querem dignificar esses filhos chamando-lhes filhos de tuga, se tuga 'e um termo pejorativo que já vem do tempo dos "nossos amigos anti-colonialistas.<br />J.Dias<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-77247922050277833042018-05-27T22:23:37.974+01:002018-05-27T22:23:37.974+01:00Zé Saúde:
Já em tempos reconheci os teus pergami...Zé Saúde: <br /><br />Já em tempos reconheci os teus pergaminhos como pai... do termo "filhos do vento"... N arealidade, terás sido tu o primeiro a usar, no nosso blogue, a expressão "filhos do vento"... Que fique aqui registado para a história ou para memória futura, como se diz agora... Se um dia vieres a precisar deste dado, por qualquer motivo, para pôr no teu vasto e riquíssimo "currriculum vitae", passo-te uma declaração (*)....<br /><br />E a propósito, também escrevi mais ou menos isto, há cinco anos atrás (**):<br /><br />(...) "Filhos do vento" é uma metáfora, uma expressão que nada tem de romãntico ou de desculpabilizador, como já vi escrito por aí, algures... "Children of dust", dizem os anglo-saxónicos... "Filhos do pó" é até bem mais duro, ou depreciativo... Enfim, concordo que é um eufemismo, ajudando-nos de algum modo a suportar melhor o "desconforto" destas situações... <br /><br />E na altura, eu já defendia a opinião favorável à atribuição da nacionalidade portuguesa a todos os "filhos do vento" bem como a "todos os nossos camaradas da Guiné"... Embora fosse cético em relação às consequências práticas... Seria mais uma "reparação moral"....<br /><br />Se isso tivesse acontecido, no devido tempo, ter-se-ia evitado algums das tragédias do pós-independência, como os julgamentos populares e os fuzilamentos... Ou não ?<br /><br />Não sei... Acho que fomos, todos ou quase todos, ingénuos em relação à "boa fé" dos dirigentes do PAIGC pós-indepemdência... Mas, provavelmente, os carrascos do PAIGC teriam pensado duas vezes, se tivessem que execuyar "cidadãos portugueses"...<br /><br />Também é verdade que o PAIGC, logo a seguir à indepemdênica da Guiné, poderia não estar disposto a ter 27 mil estrangeiros, nascidos na Guiné, e que serviram a pátria do "tuga"... <br /><br />Repatriá-los para Portugal ? E as suas famílias ? E as suas raízes ? E os seus poilões ? E os seus antepassados ?... (Além de que, do ponto económico e logístico, não era uma operação fácil...).<br /><br />Na realidade, era fácil fazer mapas a regra a esquadro, nos gabinetes da geopolítica colonial; é fácil (mas perigoso) era usar, "avant la lettre", a folha de Excel sem nenhuma "modelo de análise"... Enfim, é sempre grande a tentação de reduzir tudo (e sobretudo as pessoas) a números... <br /><br />E a verdade é que os fulas, os manjacos, etc. nunca foram nem poderiam ser tugas de alma e coração...<br /><br />_______________<br /><br />(*) Vd. poste de 19 de setembro de 2011<br /><br />Guiné 63/74 - P8798: Memórias de Gabú (José Saúde) (3): “Filhos do vento”: reflexos de uma guerra que deixou marcas no tempo<br /><br />https://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2011/09/guine-6374-p8798-memorias-de-gabu-jose.html<br /><br /><br /><br />(**) Vd. poste de 14 de julho de 2013<br /><br />Guiné 63/74 - P11838: Os filhos do vento (13): Em busca do pai tuga: um reportagem, 3 vídeos, 19 histórias, 19 rostos, 19 nomes à procura do apelido paterno... Hoje no "Público", domingo, dia 14. A não perder.<br /><br />https://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2013/07/guine-6374-p11838-os-filhos-do-vento-13.htmlTabanca Grande Luís Graçahttps://www.blogger.com/profile/06648868058767002743noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-61713908034952186522018-05-27T21:26:04.484+01:002018-05-27T21:26:04.484+01:00Catarina, companheira das lides jornalistas
Uf, q...Catarina, companheira das lides jornalistas<br /><br />Uf, que o tempo, sem tempo, é sobejamente merecedor de inegáveis realidades conhecidas e que jamais ofuscarão certezas vividas por jovens soldados entregues à sorte nas três frentes de guerra em solo africano: Angola, Moçambique e Guiné. <br /><br />Ousei trazer à opinião pública um mundo de crianças, hoje homens e mulheres, que por lá ficaram e que transportaram ao longo das suas vidas a incógnita interrogação em saber, e conhecer, o homem que lhes deu o ser. <br /><br />Sei, e reconheço, que a receção da notícia não foi consensual. Todavia, hoje sinto-me feliz pela brilhante ideia, assim como na indeclinável persistência que coloquei num tema quiçá intitulado de tabu. <br /><br />"Filhos do vento", desígnio do qual fui pai, movimentou através de ti, Catarina, um mar de notícias que resvalaram para certezas que o mundo agora conhece. Força, amiga e segue em frente quando as nossas convicções são porta estandartes de realidades e não de utopias. <br /><br />Que o teu livro seja um sucesso. Ah, o nosso blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné é, afinal, um armazém de indeléveis notícias feitas por camaradas que estiveram no terreno. <br /><br />Um abraço,<br /><br />José SaúdeJosé Saúdenoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-73032086663686952462018-05-27T16:00:09.802+01:002018-05-27T16:00:09.802+01:00Catarina, você é formidável!...Uma verdadeira corr...Catarina, você é formidável!...Uma verdadeira corredora de fundo.. Parabéns!... <br /><br />É uma boa altura para finalmente se lançar a petição pública à Assembelia da República com vista à atribuição da nacionalidade portuguesa aos filhos dos militares que fizeram a guerra colonial... <br /><br />Infelizmente, não poderei estar nem no Porto nem em Lisboa, para o lançamento do seu livro... De 30 de maio a 4 de junho, estarei pelo Norte, e a 3 estarei em Candoz, numa festa de família... <br /><br />Entretanto, daremos o máximo de cobertura ao livro, no blogue e no facebook... Mande mais qulquer coisa (um xecrto, uma nota, uma história...) para publicação no blogue... <br /><br />Ainda há dias falámos em si...<br /><br />Um beijinho. Luis Tabanca Grande Luís Graçahttps://www.blogger.com/profile/06648868058767002743noreply@blogger.com