tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post3375860333094251989..comments2024-03-28T08:44:02.415+00:00Comments on Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 61/74 - P22192: 17º aniversário do nosso blogue (10): por que é que das "lavadeiras" ao "sexo em tempo de guerra" vai um passo ? (Carlos Arnaut / Cherno Baldé / Luís Graça)Luís Graçahttp://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-21625959322157504722021-05-13T18:03:33.332+01:002021-05-13T18:03:33.332+01:00Carlos Arnaut (by email)
13 mai 2021 16:39
Volt...Carlos Arnaut (by email)<br />13 mai 2021 16:39<br /> <br /><br />Voltando a este assunto, quero em primeiro lugar cumprimentar o nosso tabanqueiro Cherno Baldé que no seu comentário quase propõe um estudo aprofundado das relações bajudas/expedicionários ao longo do conflito.<br /><br />A sua preocupação em não deixar nada por explicar, patente em todas as suas intervenções, é um contributo valioso e que tenho seguido com muito interesse.<br /><br />Seria de facto matéria de estudo, se para tanto houvessem dados estatísticos fiáveis, perceber o peso que as tropas portuguesas tiveram na evolução e, ou, transformação, dos hábitos e costumes do povo Guineense, discriminado naturalmente por etnias e, neste caso, com realce para a população feminina. <br /><br />Quando abordo o tema dos contratos com as lavadeiras e sugiro haver uma diferença na facilidade da obtenção de favores de cariz sexual entre bajudas fulas e balantas, esta minha opinião deriva da observação de algumas situações vividas de perto e que a meu ver se justificam pela individualidade de cada uma das etnias.<br /><br />Quando digo que às bajudas fulas "pelas razões conhecidas, o sexo pouco ou nada dizia," o Luís Graça desde logo percebeu o subentendido, pois a tradição do fanado condenava adolescentes e mulheres jovens a não ser mais do que incubadoras, em uniões de conveniência, em que o acto de procriação era mais uma sujeição que um prazer.<br />Em contraponto a esta realidade comportamental, as bajudas balantas eram desinibidas, gostavam de sexo, o que sob o ponto de vista afectivo fazia toda a diferença.<br />Foi assim natural testemunhar cenas de ciúme bem aguerridas, o que com bajudas ou mulheres fulas era de todo improvável acontecer.<br /><br />Vivências com diferenças comportamentais profundamente enraizadas onde a religião tem um papel preponderante, sobretudo nas etnias de confissão muçulmana pela intransigência dos seus dogmas.<br /><br />É claro que o assunto não se esgota aqui, o meu comentário original resulta de uma infinidade de conversas informais, ouvindo relatos de encontros e desencontros amorosos, as mais das vezes fruto de imaginações delirantes já tarde da noite e bem regadas.<br />Sinto no entanto que me resta alguma autoridade no que inicialmente escrevi, pois tal foi fruto também do muito que ouvi dos meus soldados que, como sabem, eram nativos e de etnias diversas.<br /><br />Um grande abraço<br />C.A.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-35842196222697122082021-05-11T19:47:35.931+01:002021-05-11T19:47:35.931+01:00Caros amigos,
O interessante na análise que o Arn...Caros amigos,<br /><br />O interessante na análise que o Arnaut faz é que se, por um lado, existia um grupo com cujas mulheres era fácil chegar ao que chama de contrato com clausula "todo corpo" ou "lava-tudo" e outro cujas mulheres era impossivel acontecer a mesma figura contratual (se é que eram contratos), então, lógicamente, somos levados a concluir que o elevado numero de filhos (de vento?) com soldados portugueses só poderia resultar de violações sexuais, facto que hoje, passado mais de meio século ninguém quer admitir.<br /><br />Todavia, a meu ver, o fenómeno deve ser visto e analisado do ponto de vista demográfico, pois parece haver uma certa correlação entre a importância dos grupos populacionais e a dimensão do fenómeno a nivel do país e dentro do mesmo grupo.<br /><br />A nossa abordagem inicial (a minha e penso que Arnaut, também) não tem nada a ver com o problema da MGF, com todo o respeito que tenho para com os seus activistas de terreno e defensores de causas humanitárias.<br /><br />Abraços,<br /><br />Cherno BaldéAnonymousnoreply@blogger.com