tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post3617443990988356572..comments2024-03-29T15:34:51.550+00:00Comments on Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74 - P15464: Caderno de Notas de um Mais Velho (Antº Rosinha) (40): "A colónia onde todas as Fatumata tinham de se chamar Maria" -Guiné Bissau (Sobre a reportagem do jornal Público)Luís Graçahttp://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-12624839353453611222015-12-09T21:15:02.920+00:002015-12-09T21:15:02.920+00:00Em relação ao colonialismo português aconselho viv...Em relação ao colonialismo português aconselho vivamente a leitura Cadernos de Memórias Coloniais de Isabela de Figueiredo.<br /><br />6 edições pela editora Angelos Novus 2009<br />Reedição em versão melhorada na editorial Caminho mais completa com prefácios de Paulina Chiziane e José Gil.<br /><br />Sobre a 1ª edição escreve Eduardo Pita- Publico- Uma obra imprescindível para compreender o sentido (ou sem sentido) da nossa presença em África.<br /><br />Isabela é Moçambicana veio para Portugal em 1975. Escreve sobre o que lá deixou e o que foi chegar a Portugal com 12 anos viajando para um país desconfiado, atrasado, a meio de de uma revolução. Chegar assim sozinha para o seio de famílias que não conhecia, que viviam em casas sem quaisquer condições para a acomodar foi mínimo traumático para ela.<br /><br />Ex jornalista do DN, estudou Línguas e Literaturas Lusófonas, Sociologia da Religiões e Questões de Género.<br />É autora de "Conto é Como Quem Diz", novela que recebeu o prémio da Mostra Portuguesa de Artes e Ideias, em 1988<br />Presentemente é professora de português e é a criadora do Blogue Novo Mundo. <br /><br />Dito isto acrescento que as poucas vezes que estive em Bissau, não deu para me aperceber o que se lá passava em matéria de exclusão e preconceito. Não me custa porem aceitar, que algum havia em especial para um nativo aceder a um lugar na administração publica ou privada.<br />Em Galomaro havia um professor negro , rapaz novo e cheio de idealismos, que o PAIGC não deve ter lá muito bem aceite, que teimava em pôr nomes portugueses aos alunos. Assim por lá devem ter aparecido umas Fatumatas,Bintas, Salimatos que se passaram a chamar Maria, Isabel, Fátima e uns Mamadú que passaram ser Manuel, Joaquim, José etc.<br />Está claro que só chamavam assim na escola <br /><br />Quanto há forma de vestir em Galomaro andavam sempre "primorosamente" bem vestidos<br /><br />Um abraçoJuvenal Amadohttps://www.blogger.com/profile/08971775182863900123noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-47440049145832080872015-12-09T20:46:26.533+00:002015-12-09T20:46:26.533+00:00Caros amigos,
O Rosinha faz uma interessante leit...Caros amigos,<br /><br />O Rosinha faz uma interessante leitura "entre parentesis" do tema e trabalho em apreco, que se eh verdade, tambem eh preciso saber que nem tudo foi assim tao linear e tao rigoroso ao longo dos tempos. <br /><br />Ate a independencia nao se verificou uma ruptura global e completa do 'status quo' ou do paradigma colonial, mas a situacao nao foi sempre a mesmo por ex. se considerarmos o period que vai de 1969 a 1974 e que coincide com o period de governacao do Gen. spinola.<br /><br />Eu, por ex. fui matriculado na escola portuguesa em 1969 e fui registado em 1972, mas nao me impuseram a adopcao de um nome portugues. Mas tarde, no quartel, para agradar e conseguir um lugar de faxina escolhi livremente o nome de Francisco, isto porque o portugues de entao fosse ele militar ou civil tinha uma grande aversao a nomes que nao soassem a portuguesa e isto eh tao verdade que em muitos casos os oficiais dos registos civis simplesmente escreviam o que calhava e sempre numa logica que hoje se pode considerar racista e/ou etnocentrica.<br /><br />Portanto havia casos e casos de modo que nao podemos pegar tudo e botar no saco da discriminacao racial, as vezes eram simples atoitudes de excesso de zelo, de prestar servico a bem da nacao.<br /><br />Cherno Balde<br /><br /> Cherno ABnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-8728156760657994212015-12-09T19:05:37.931+00:002015-12-09T19:05:37.931+00:00ARTIGOS RECENTES da Joana Gorjão Henriques (que es...ARTIGOS RECENTES da Joana Gorjão Henriques (que escreve no Público e The Guardian)<br /><br />Vídeo<br />No tempo em que ser guineense não era suficiente para ser cidadão<br />JOANA GORJÃO HENRIQUES , SIBILA LIND e FREDERICO BATISTA 06/12/2015<br /><br /><br />Nos tempos do colonialismo português, o guineense tinha de vestir-se como um europeu para provar que tinha direito a ser cidadão. Tinha de assimilar a cultura portuguesa, abdicando da sua identidade. Durante o período colonial, na altura em que era Guiné Portuguesa, estas foram apenas algumas das imposições que marcaram a Guiné-Bissau. Quarenta e dois anos após a independência, para a qual o país avançou unilateralmente, é fácil para os guineenses encontrarem vestígios dessa dominação. Segundo capítulo da série Racismo em Português<br /><br /><br />A colónia onde todas as Fatumata tinham de se chamar Maria<br />JOANA GORJÃO HENRIQUES (texto, em Bissau, Bafatá e Cacheu), ADRIANO MIRANDA (fotos) e FREDERICO BATISTA (vídeo) 06/12/2015<br /><br />Havia um sino que mandava os negros sair do centro da cidade, e até bem tarde dominou o trabalho forçado. A Guiné-Bissau, onde os cabo-verdianos eram usados como capatazes, foi o primeiro país africano a libertar-se de Portugal.<br /><br />Vídeo<br />Luís Fernando: "Em Angola não há presos políticos"<br />JOANA GORJÃO HENRIQUES e RICARDO REZENDE 11/11/2015<br /><br />Entrevista a Luís Fernando, administrador do grupo MediaNova, sobre os 40 anos da independência de Angola.<br /><br />Vídeo<br /><br />José Patrocínio: "As pessoas têm medo de falar"<br /><br />JOANA GORJÃO HENRIQUES e RICARDO REZENDE 11/11/2015<br />Entrevista a José Patrocínio, fundador da ONG Omunga, sobre os 40 anos de independência de Angola.<br /><br />Vídeo<br /><br />Luaty Beirão: "É preciso romper com paradigma que nos arrasta para um abismo"<br />JOANA GORJÃO HENRIQUES e RICARDO REZENDE 11/11/2015<br />Entrevista a Luaty Beirão, rapper e activista, sobre os 40 anos de independência de Angola.<br /><br />Vídeo<br /><br />Elias Isaac: "A maioria da população está completamente excluída"<br /><br />JOANA GORJÃO HENRIQUES e RICARDO REZENDE 11/11/2015<br /><br />Entrevista a Elias Isaac, Director da Open Society Iniciative of Southern Africa em Luanda, sobre os 40 anos de independência de Angola.<br /><br />(...)<br /><br />http://www.publico.pt/autor/joana-gorjao-henriquesLuís Graçahttps://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-11554787675628586942015-12-09T19:04:41.162+00:002015-12-09T19:04:41.162+00:00Racismo "português" ? O racismo agora te...Racismo "português" ? O racismo agora tem "nacionalidade" ? Há uma escala de racismo ? Em que lugar é que estamos ? Acima ou abaixo da mediana ? <br /><br />Não gosto desta categorização... Não há povos mais racistas ou menos racistas do que outros, há é individuos racistas, portugueses, espanhois, franceses, alemães, chineses, e por aí fora... <br /><br />Quanto à nossa história, tivemos de tudo: nunca fomos meninos de coro, mas em geral podemos dizer que somos um povo aberto ao outro... Pela nossa história, geografia, cultura, idiossincrasia... Ou são "mitos" que autoalimentamos ?Luís Graçahttps://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-12635186070281552242015-12-09T19:01:43.115+00:002015-12-09T19:01:43.115+00:00ARTIGOS RECENTES da Joana Gorjão Henriques (que es...ARTIGOS RECENTES da Joana Gorjão Henriques (que escreve no Público e The Guardian)<br /><br />Vídeo<br />No tempo em que ser guineense não era suficiente para ser cidadão<br />JOANA GORJÃO HENRIQUES , SIBILA LIND e FREDERICO BATISTA 06/12/2015<br /><br /><br />Nos tempos do colonialismo português, o guineense tinha de vestir-se como um europeu para provar que tinha direito a ser cidadão. Tinha de assimilar a cultura portuguesa, abdicando da sua identidade. Durante o período colonial, na altura em que era Guiné Portuguesa, estas foram apenas algumas das imposições que marcaram a Guiné-Bissau. Quarenta e dois anos após a independência, para a qual o país avançou unilateralmente, é fácil para os guineenses encontrarem vestígios dessa dominação. Segundo capítulo da série Racismo em Português<br /><br /><br />A colónia onde todas as Fatumata tinham de se chamar Maria<br />JOANA GORJÃO HENRIQUES (texto, em Bissau, Bafatá e Cacheu), ADRIANO MIRANDA (fotos) e FREDERICO BATISTA (vídeo) 06/12/2015<br /><br />Havia um sino que mandava os negros sair do centro da cidade, e até bem tarde dominou o trabalho forçado. A Guiné-Bissau, onde os cabo-verdianos eram usados como capatazes, foi o primeiro país africano a libertar-se de Portugal.<br /><br />Vídeo<br />Luís Fernando: "Em Angola não há presos políticos"<br />JOANA GORJÃO HENRIQUES e RICARDO REZENDE 11/11/2015<br /><br />Entrevista a Luís Fernando, administrador do grupo MediaNova, sobre os 40 anos da independência de Angola.<br /><br />Vídeo<br /><br />José Patrocínio: "As pessoas têm medo de falar"<br /><br />JOANA GORJÃO HENRIQUES e RICARDO REZENDE 11/11/2015<br />Entrevista a José Patrocínio, fundador da ONG Omunga, sobre os 40 anos de independência de Angola.<br /><br />Vídeo<br /><br />Luaty Beirão: "É preciso romper com paradigma que nos arrasta para um abismo"<br />JOANA GORJÃO HENRIQUES e RICARDO REZENDE 11/11/2015<br />Entrevista a Luaty Beirão, rapper e activista, sobre os 40 anos de independência de Angola.<br /><br />Vídeo<br /><br />Elias Isaac: "A maioria da população está completamente excluída"<br /><br />JOANA GORJÃO HENRIQUES e RICARDO REZENDE 11/11/2015<br /><br />Entrevista a Elias Isaac, Director da Open Society Iniciative of Southern Africa em Luanda, sobre os 40 anos de independência de Angola.<br /><br />(...)<br /><br />http://www.publico.pt/autor/joana-gorjao-henriquesLuís Graçahttps://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-64682487658010004692015-12-09T18:57:30.813+00:002015-12-09T18:57:30.813+00:00Rosinha, há aí miúdas e miúdos a fazer bom jornali...Rosinha, há aí miúdas e miúdos a fazer bom jornalismo, a escrever bem... E nem todos têm a espinha torta de tanto se curvarem perante o poder económico e político detido pelos patrões dos "media"... <br /><br />Sairiam de Portugal, viram munto, estudaram (ou aprofundaram os seus estudos) lá fora... São "estrangeirados" ? Tudo bem, é preciso lê-los, saber lê-los, e naturalmente saber criticá-los... <br /><br />Claro que alguns têm "pedigree", vêm de boas famílias, seguramente com tetravôs esclavagistas e colonialistas ... Mas quem não os tem, na grande família portuguesa ? Como têm judeus sefarditas, bérberes e africanos no património genético... <br /><br />Seguramente que alguns destes jovens jornalistas não beberam a "água do Geba" como tu e eu... Mas isso não é argumento para combater ideias, meu mais velho Rosinha. <br /><br />Considero um excelentre trabalho o da Joana Gorjão Henriques (que, confesso, só li por alto)... E os nomes dos guineenses que foram entrevistados merecem-me todo o respeito, a começar pelo historiador Leopoldo Amado, nosso grã-tabanqueiro da primeira hora... (É pena que ele tenha deixado de aparecer por cá, a última vez que o vi em Lisboa estava a trabalhar numa universidade de Cabo Verde). <br /><br />Não se pode, todavia, começar a falar de esclavagimso, de racismo e de colonialismo (, temas sensíveis, complexos e interligados) sem começar por ouvir as suas "vítimas"... Muitos de nós, que fizemos a guerra colonial na Guiné, mal sabíamos do que se estava a falar, quando fomos para lá... Concordo com a jornalista (que também é socióloga) quando diz que a cantiga do lusotropicalimo ainda nos vai embalando... Mas seria interessante que a jornalista também nos ouvisse, aos "tugas" que fizeram a guerra colonial... O mundo e a história não são feitos a preto e branco, a Joana sabe isso...<br /><br />Sobre a jornalista, ler aqui alguma informação biográfica, bem comp alguns títulos de trabalhos mais recentes:<br /><br />http://www.publico.pt/autor/joana-gorjao-henriquesLuís Graçahttps://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-43559917079220778902015-12-09T17:27:31.601+00:002015-12-09T17:27:31.601+00:00"Rosinha, há aí miúdas e miúdos a fazer bom j..."Rosinha, há aí miúdas e miúdos a fazer bom jornalismo, a escrever bem..!<br /><br />Luís Graça, para mim esta reportagem é do melhor que há para nos elucidar sobre o que pensam os entrevistados, (africanos,todos eles).<br /><br />Esta reportagem é de gente profissional e que dá margem total aos entrevistados, e margem para os leitores fazerem a sua própria leitura. <br /><br />Como vês, até aqui o n/ BS já fez um pequeno juízo do que leu.<br /><br />Jornalistas destes já nos começam de facto a mostrar coisas sem teias de aranha.<br /><br />Eu não comentei os entrevistadores, comentei os entrevistados.<br /><br />Mas aqui deixo o meu aplauso aos jornalistas pela qualidade deste trabalho, pelo meu ponto de vista.<br /><br />Cumprimentos<br /><br /><br />Antº Rosinhanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-86032756539912662772015-12-09T12:39:09.787+00:002015-12-09T12:39:09.787+00:00Só mesmo a título de comentário, para dizer que na...Só mesmo a título de comentário, para dizer que nasci em 1950, numa cidade do Alentejo e sempre me lembro de ser proíbido andar descalço na cidade e que me lembre só havia dois pretos (filhos de um caçador branco que os enviara para os avós criarem) e andavam comigo na escola primária. Não seria esta uma norma estabelecida pelo regime, independentemente do local?<br />BSAnonymousnoreply@blogger.com