tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post5113523313999391152..comments2024-03-29T11:09:01.579+00:00Comments on Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/73 - P15183: O nosso querido mês de férias (12): Era para entrar de Licença em Agosto, mas fui vítima de uma injustiça, acabando por a gozar de 22 de Setembro a 26 de Outubro (Mário Vitorino Gaspar)Luís Graçahttp://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-11660614651914344882015-10-01T16:33:00.583+01:002015-10-01T16:33:00.583+01:00Caros Camaradas
O texto com diz Hélder Valério é ...<br /><br />Caros Camaradas<br /><br />O texto com diz Hélder Valério é extenso, mas mais ainda seria se narrasse todas peripécias, discussões e até batalha de luta livre, e pormenores que só um ser entregue a uma realidade que acreditava.<br />Foram dias sofridos e gozados e em 35 dias gastei 35 contos. <br />“O Cais 14” existe e era um local que os moradores da terram prezavam e prezam. Como diz o Valério, refere um N.º que tem a ver com a Administração-Geral do Porto de Lisboa. É um centro da terra. Existe, para além dos cais desportistas, o “Cais Padeirinho”, mas em ruínas. Alhandra deixou perder as suas Fragatas, é pena.<br />O “Zé Barbeiro” era depois do “Zé dos Frangos”, que o seu filho destruiu, um dos locais mais concorridos da então vila. Verdade que era local perigoso – a PIDE andava por lá – mas entrava e os poucos tostões que restavam do meu grupo – o Hélder Valério conhece, não davam para passar por lá muito tempo. <br />O seu filho Vladimiro, conheci bem de perto, e estudou no mesmo período emigrou e, disseram-me que regressou após o 25 de Abril e foi-se embora por não gostar naquilo que o 25 de Abril veio dar. <br />O “Restaurante Típico Maioral” era o local de encontro do Meu Grupo, como o proprietário era com amabilidade que nos deixava permanecer tomando ou não uma “bica”, criaram-se laços de amizade com os empregados e era um local bem frequentado, tendo lá visto grandes personagens da vida artística portuguesa, incluindo Simone de Oliveira. Frequentado pelos matadores de Toiros José Júlio (no auge da sua carreira), por Mário Coelho e outros. Entre esses outros, um indesejável, Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira – Nazareth. Um dia este senhor retirou das minhas mãos o jornal “Século”. Todos os amigos do Grupo da Tertúlia – não vale a pena mencionar seus nomes – ficaram ofendidos com aquele atentado. Levantei-me com calma, era o rei das calmas, dirigi-me à sua mesa e retirei-lhe o jornal. Todos os amigos do grupo presentes riram de modo ao senhor presidente não o perceber. O senhor presidente dirigiu-se à mesa onde eu estava e ameaçou-me que a Câmara retiraria a bolsa de estudo do Externato Sousa Martins. Respondi-lhe que não o podia fazer e ele ria descaradamente. Respondi que ele não podia retirar-me a Bolsa pela única razão que era o meu pai que pagava ao Externato, não sendo bolseiro. Esta personagem é referida pelo escritor Jorge Reis no seu Livro “Matai-vos uns aos outros”, deve ter sido publicado em 1962. O Escritor Neo-realista era da terra mas viveu em Paris por ser preso pela PIDE foi para Paris. <br />A "Lezíria", foi também um local que frequentámos, mas entretanto já andávamos nos encontros semanais no União Desportivo Vilafranquense, e a ideia do Clube era criar uma Secção Cultural. O escritor Alves Redol reunia connosco – um grande escritor e um enorme homem – este movimento teve continuidade e fez história, e é aí que entram os camaradas José Brás – que esteve comigo na Guiné e lá estivemos perto um do outro e almoçámos e jantámos – e o camarada Hélder Valério, deram continuidade. Deste Grupo destacaram-se politicamente dois camaradas, o Brás e o Valério conhece.<br /><br />Mário Vitorino Gaspar<br />sardinha75https://www.blogger.com/profile/04198667168934866568noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-27522447687537230562015-10-01T13:32:37.352+01:002015-10-01T13:32:37.352+01:00Caro camarada Mário Gaspar
Li o teu relato sobre,...Caro camarada Mário Gaspar<br /><br />Li o teu relato sobre, essencialmente, as tuas primeiras férias.<br />É um relato longo, pormenorizado, que necessita de fôlego para ser apreciado.<br /><br />Retenho alguns pormenores, que mais me dizem. <br />O "Cais 14" que referes pode ser uma designação estranha para quem desconhece. É essa a designação do Cais de Alhandra de acordo com a nomenclatura (de então, pois não sei se ainda é assim) da AGPL (Administração-Geral do Porto de Lisboa), que superintendia a esse Cais. <br />O "Zé Barbeiro" era de facto um local muito concorrido por "caçadores e outros mentirosos", situado numa esquina da Rua Principal, então chamada de "Palha Blanco" e hoje "Alves Redol", voltada para o lado do Mercado. Fui 'utilizador', a horas mais tardias, mas dos bitoques na frigideira.<br />O "Maioral". Sim, por esses tempos, o "Maioral" era um local em que boa parte da juventude estudantil da terra se reunia para trocar opiniões. Mas também era um local de permanência dos "terratenentes" da região. Aquela mistura, quase promiscuidade, levou-me a, conjuntamente com os amigos, por sinal ambos já falecidos, Horácio Rufino e Carlos Macieira, sair dessa rotina e começara a usar a "Lezíria", dando origem assim, passe a imodéstia, à valorização desse espaço como ponto de referência, a partir de 67/68.<br /><br />Hélder S.Hélder Valériohttps://www.blogger.com/profile/03759122662265632841noreply@blogger.com