tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post5264078708277223071..comments2024-03-28T18:30:49.770+00:00Comments on Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74 - P15910: Fotos do álbum da minha mãe, "Honra e Glória" (Abílio Duarte, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Nova Lamego e Paunca, 1969/70) - Parte IIILuís Graçahttp://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-5947778671586293592016-03-30T22:02:46.867+01:002016-03-30T22:02:46.867+01:00Manuel L. Lomba, sem contraditório, é chato trazer...Manuel L. Lomba, sem contraditório, é chato trazer para aqui a guerra de Angola.<br /><br />Era tão diferente a realidade angolana da realidade guineense, que para se fazer uma pequena ideia, os últimos 5 anos antes do 25/A, eu e várias dezenas de colegas meus vivemos de tenda de campanha às costas, uns para sul, outros para norte outros para leste, sem qualquer protecção militar.<br /><br />Quem nos protegia e nos avisavam se houvesse perigo, eram as populações.<br /><br />Não havia nenhuma guerra ganha, mas quem a tinha perdido naquela altura já eram os pobres angolanos com aqueles três movimentos armados uns contra os outros, MPLA, FNLA e UNITA.<br /><br />Seguiram-se 30 anos terríveis com as armas mais modernas, em lugares onde desde o tempo das pacificações havia a maior tranquilidade que tarde se torna a repetir em África.Antº Rosinhanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-2541084980716796682016-03-29T23:43:35.412+01:002016-03-29T23:43:35.412+01:00A guerra do Ultramar apresentava uma estratégica c...A guerra do Ultramar apresentava uma estratégica constante e variantes tácticas, consoante o seu teatro - Guiné, Angola e Moçambique.<br />A malta do PAIGC que lançou o ataque de armas pesadas a Piche, a partir da sua pista de aviação, seguramente comandada pelo Bobo Quetá, comandante da Frente Leste, ex-alfaiate em Nova Lamego, terá partido de Koundara, a 30 km da fronteira, contornado Buruntuma, e andado outros 30 km. para dar porrada em Piche.<br />E ninguém deu por nada?<br />Claro. Os nossos iluminados estrategas deixaram que o PAIGC desertificasse o espaço entre Buruntuma e Piche; Camajabá não terá passdo um destacamento militar.<br />Em Angola era diferente - o Rosinha poderá corroborar: Deixava-se o IN entrar, ganhar profundidade, havia sempre alguem a detectá-lo, a tropa começava por lhe cortar as linhas as de reabastecimento e fazia o seu trabalho<br />Abraço.Manuel Luís Lombanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-5038782406077051402016-03-29T11:05:07.370+01:002016-03-29T11:05:07.370+01:00Abilio Duarte
28 mar 2016 23:25
Tens razão, Luís...Abilio Duarte<br />28 mar 2016 23:25 <br /><br />Tens razão, Luís, quem podia ir a Bafatá, tinha muito por onde se distrair.<br /><br />Eu tive o privilégio, assim como a maior parte dos graduados da minha Companhia, de durante perto de 6 meses, que estivemos em Contuboel, na instrução das nossas Companhias, que como sabes era uma boa Zona, mas, quando aos sábados, íamos, para Bafatá, para a piscina e almoçar no Restaurante do portuga, era uma alegria, e só regressávamos ao por do Sol. <br /><br />E depois já operacional, quem nos queria ver era a caminho do Xime, na semana de descanso em Nova Lamego, o Comdte. do Batalhão lá estacionado, enviava sempre o nosso pelotão para fazer a respectiva protecção a várias colunas. E obviamente passávamos por Bafatá e Bambadica, onde o José Carlos Lopes me dava guarida. <br /><br />Sinceramente penso que, das Companhias no Leste, a nossa foi a que mais vezes foi ao Xime, e não era pera doce. Por vezes ainda sonho que tenho que lá ir. Manga de Ronco. .<br /><br />Abraços.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-29957974872761710522016-03-29T00:03:44.867+01:002016-03-29T00:03:44.867+01:00Viva Duarte.
Grandes fotos.
Aquela, nº.5, vista a...Viva Duarte.<br />Grandes fotos. <br />Aquela, nº.5, vista aérea de Nova Lamego dá para ver o novo<br />Quartel, à dirt. em baixo na foto. Em abril/70 já havia novo Quartel? Não<br />me lembro.<br />A foto de Piche é extraordinária, lembro-me perfeitamente de tudo.<br />Lembras-te, quando o libanês dos matraquilhos estava fechado havia ataque?<br />É o que diziam que eu quando por passei nunca tive problemas.<br />O Patrício Ribeiro pode publicar as fotos, actualizadas, de Piche e Bafatá, ou<br />outras lá da zona, que ficamos agradecidos.<br />Abraço<br />Valdemar QueirozValdemar Silvahttps://www.blogger.com/profile/05689472408827405131noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-46913933292308876852016-03-28T23:42:16.906+01:002016-03-28T23:42:16.906+01:00O quartel de Piche, ainda tem lá as paredes,todo o...O quartel de Piche, ainda tem lá as paredes,todo o seu espaço, mas não telhados ou portas. <br /><br />A estrada para Gabú está óptima, foi reparada nas últimas semanas, entre Gabú e Buruntuma.<br />Piche vai ter água com bomba solar, em novos fontanários, dentro em breve.<br />A praça principal de Piche esta arranjada e caiada.(tenho fotos) <br /><br />A rampa, (rua principal) de Bafatá, foi alcatroada e está em muito bom estado, moro lá...<br />Um abraçoPatricio Ribeironoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-50429750012916651252016-03-28T19:43:42.770+01:002016-03-28T19:43:42.770+01:00E como se vê pelas fotos aéreas, aquela terra não ...E como se vê pelas fotos aéreas, aquela terra não era para europeus... Vejam só a quantidade de água que havia, já no fim da época (, estamos em abril de 1970), a época das chuvas só começava em maio... Um homem, de Piche, para a vir a Bafatá, a umas escassas de dezenas de quilómetros, com Nova Lamego pelo meio, tinha que vir em coluna, bem armado, ou então "by air"... E uma vez em Bafatá, onde havia um arzinho de civilização, quem é que queria voltar para Piche ? É o voltas!Luís Graçahttps://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-73990476669689473162016-03-28T18:05:38.818+01:002016-03-28T18:05:38.818+01:00"O primeiro ataque foi para nos testar. Viera..."O primeiro ataque foi para nos testar. Vieram pela pista de aviação com morteiros 82, RPG-7, metralhadoras pesadas..."<br /><br />Deslocar morteiros 82 (conheci só o 81 e carreguei o prato, pesa para o caraças) e metralhadoras pesadas e respectivas munições no mínimo dez ou 11 Klm, da fronteira mais próxima, instalarem-se a 100 metros de Pitche, pista de aviação, e as populações não detectarem nem denunciarem já em 1970 (?) era a prova de que não tínhamos a arma mais apropriada para aquela guerra.<br /><br />Essa arma era o diálogo e a informação em língua fula, balanta, mandinga etc.<br /><br />Era o divórcio, onde nem sequer tinha havido casamento.<br /><br />Exactamente o oposto que tinha acontecido em Angola, onde desde comerciantes e muitos militares e até PIDE (angolanos), já havia comunicação nas diversas linguas.<br /><br />Como eu pessoalmente nunca cheguei a aprender nenhuma língua africana por incapacidade minha, vi que quem falava línguas conseguia coisas incríveis, até certos negócios...diamantes, marfim etc.<br /><br />Houve muitos oficiais metropolitanos que passaram os 24 meses sem distinguir um bailundo de um cuanhama, ou um Mandinga de um Fula, e o mesmo teria acontecido com muitos caboverdeanos do PAIGC, que também não se entenderam muito bem.<br /><br />O crioulo também era muito complicado para se entenderem em condições.Antº Rosinhanoreply@blogger.com