tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post5912924517769559118..comments2024-03-28T18:30:49.770+00:00Comments on Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74 - P16248: A minha guerra a petróleo (ex-Cap Art Pereira da Costa) (18): Resposta ao Manuel Luís LombaLuís Graçahttp://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comBlogger14125tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-24936927326329535132016-06-30T23:42:58.317+01:002016-06-30T23:42:58.317+01:00
Jose Manuel Matos Dinis
30 jun 2016 21:41 (
(Co...<br />Jose Manuel Matos Dinis<br />30 jun 2016 21:41 ( <br /><br />(Continuação) <br /><br />Parte II<br /><br />Mas então a ideologia veio de onde, surgiu do quê? da Academia? Sim e não. Alguns da nossa geração lembram-se de que o regime ditatorial permitia a circulação de literatura sobre psicologia, ciências sociais, ideologia, etc., bem como a comunicação social fazia frequentes referências, em alguns casos contínuas, através de orgãos de comunicação quase especializados na subversão. Do PCP é que nada, só pela clandestinidade daria notícias. Estava proibido. Ora, aquela juventude virgem e generosa, lia umas coisas e pensava-se já dona da verdade, como ainda hoje acontece frequentemente, com grande desconhecimento dos tentáculos do poder oculto, que aos primeiros indícios controlavam os movimentos sociais e sugeriam-lhes direcções, do que resultava por vezes ficarem tolhidas ou submetidas as revoluções prometidas, mesmo no tempo de quando o povo era quem mais ordenava. Doces ilusões. Esses ciclos acabam por revelar-se manipulados, tal como os militares do Movimento foram manipulados numa aura de glória.<br /><br />Porque se não o tivessem sido, os puros contestatários da circunstância, os anti-situacionistas, pediam a passagem à reserva, ou desertavam, o que implicava alguns riscos para encontrarem actividades alternativas tão bem remuneradas, para mais em eventual concorrência com outros mais qualificados ou experimentados. Também por isso fizeram o golpe, para continuarem a ser militares, sem correrem riscos salariais, sem terem que se afastar das famílias. E disso lavam as mãos, sendo que ainda há quem lhes chegue a água e o sabão, gente manipulada, que confunde os interesses das classes, dos interesses, e das circunstâncias. Mas ninguém os obrigou à profissionalização militar.<br /><br />Para os que não têm noção sobre a dimensão do desastre em termos meramente humanos, que multiplicaram por muito as chacinas guineenses, deixo a indicação de alguns livros sobre o holocausto angolano, e onde se alude a elementos do MFA a acicatar pretos contra brancos, e pretos contra pretos. Mas a destruição do modelo económico nacional veio revelar que desde a primeira intervenção do FMI, com Mário Soares, Portugal não produz o suficiente para viver, ou de outra maneira, a nossa receita tem sido insuficiente para as crescentes despesas subtilmente ocultadas. E isso à custa da aniquilação de boa parte do nosso aparelho produtivo, dos empréstimos que reembolsamos pelo pagamento regular de prestações e juros, pelo pagamento das importações, pela exportação de capitais para offshores, e pela quota parte da participação em instituições internacionais que nos secam/condicionam a capacidade para criar riqueza através do investimento interno. E estamos reféns desta situação.<br /><br />Bibliografia: «Segredos da Descolonização de Angola». Alexandra Marques, 2013;«25 de Abril de 1974 - A Revolução da Perfídia», Gen. Silva Cardoso, 2008; «Angola - anatomia de uma tragédia», Gen. Silva Cardoso, 2000; «S.O.S. Angola - Os dias da ponte aérea». Rita Garcia, 2011; «Livro Negro da Descolonização», Luíz Aguiar, 1977. Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-55573581665580481732016-06-30T23:40:56.655+01:002016-06-30T23:40:56.655+01:00Jose Manuel Matos Dinis
30 jun 2016 21:41 (
Car...Jose Manuel Matos Dinis<br />30 jun 2016 21:41 ( <br /><br /><br />Caros Luís e Carlos,<br />Anexo um texto comentário ao p.16248. Não pretendo que seja fracturante, mas que traga novos argumentos com vista à apreciação do tema da revolução.<br />Abraços fraternos<br />JD<br /><br />Parte I<br /><br />Para o Camarada António José, Portugal chocou contra os ventos da história. Espatifou-se, e prontos. Uns tiveram azar, outros tiveram sorte. Há sempre alguém que se safa com o azar alheio. Dirá, certamente, que é a lei da vida. Mas afinal, o que foram os ventos da história? Os tais que espatifaram a nação? Foram alguns poucos oficiais das Forças Armadas, que aliciaram outros, formaram uma espécie de tertúlia onde debatiam as suas circunstâncias, e... lá vai disto!<br /><br />Os ventos da história, no caso particular dos que afectaram Portugal, foram alguns militares profissionais, que venceram a própria nação a que tinham jurado servir e defender. Portugal, naquela circunstância, não perdeu na luta, nem havia indícios de estar para perder em qualquer das três frentes da guerra. Podia estar dificil? Podia! Naturalmente em alguns sectores do ultramar. Mas situações difíceis não são situações derrotadas. Então, podemos concluir, Portugal perdeu por via de um golpe preparado por alguns dos seus oficiais, no momento histórico em que mais desenvolvia as provincias africanas, cujas, proporcionavam estabilidade económica e social à metrópole.<br /><br />Depois entraram em funcionamento cooperante com o turbilhão de desgraças e imprevistos, as máquinas inimigas, tanto de proveniência nacional como estrangeira, que exultavam os heróis do golpe traiçoeiro, e reconstruíam a ideologia através dos novos aparelhos ideológicos do estado, e passou-se da estabilidade e do progresso para a apropriação alheia e os mais disparatados saneamentos, já que sanear, deve ser criar condições de progresso.<br /><br />Isto é histórico, corresponde ao que aconteceu, e não me parece necessário invocar os milhares de crimes perpetrados em consequência, quer afectando os compatriotas emigrados em África, quer os que chegaram em condições dramáticas, testemunhas e vítimas do desprezo indigno dos revolucionários, só com a roupa que envergavam, quer, ainda, pelas perturbações que incidiram sobre os meios de produção, paralisando-a, do que resultou a breve trecho a exaustão das reservas financeiras. <br /><br />Enquanto se viviam dramas humanos, fomentava-se a rivalidade entre grupos sociais ou ideológicos, e os militares estiveram na primeira linha desses conflitos, estimulando-os, e esses revoltosos tornaram-se vedetas na comunicação social, ou eram vitoriados pelos militantes apaixonados de dois partidos, na maioria oportunistas, que antes do golpe não tinham noção ou interesse pela organização político-social, e logo constituíram a frente de quem "mais ordena" em aliança com o MFA. Louis Althusser, pensador comunista, ajuda-nos a compreender a ideologia, enquanto fanatismo que lavra as personalidades, de quem respigo esta pérola: « Aliás, é próprio da ideologia impor (sem o parecer, pois que se trata de "evidências") as evidências como evidências, que não podemos deixar de reconhecer». Julgo não enganar ninguém se concluir tratar-se de um dos axiomas da manipulação.<br /><br /> (Continua)Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-41425328456113659132016-06-30T18:19:21.041+01:002016-06-30T18:19:21.041+01:00A Nossa Guerra do Ultramar tem que ser enquadrada ...A Nossa Guerra do Ultramar tem que ser enquadrada com o fim (natural)da colonização europeia, França, Inglaterra, Espanha e Belgica.<br /><br />Tem é que ficar bem recalcado que fomos os últimos a desistir de algo que começou mal, (1880, conferência de Berlim) e acabou pior, abandono de populações africanas que se vão vingar invadindo a Europa e pedir satisfações durante séculos a esta Europa muribunda, por esse abandono.<br /><br />Se a Inglaterra estava cansada e sem paciência para colonizar, assim como a França e Bélgica, pelo menos que respeitassem aqueles povos e não nomeassem e protegessem sanguessugas (neo-colonialismo) que tornaram aquele continente inabitável para milhões de africanos.<br /><br />(Casos da Guiné-Bissau, Ruanda e Serra Leoa, R. Centro-Africana, cidades como Luanda, Lagos e Kinshassa, Etiópia e mesmo Quénia...stop, são milhões sem qualquer prespectiva de vida))<br /><br />Fizemos, nós os pequeninos tugas, aquilo que estava ao nosso alcance e dos nossos amigos africanos que resistiram 13 anos ao nosso lado.<br /><br />Mas o cinismo do mundo (ONU) não tem limites. <br /><br />E os quatro grandes da ONU fizeram o que lhe dava jeito naquela altura.<br /><br />Com esses sim,nós e os africanos que lutaram ao nosso lado, perdemos-a-puta-da-guerra.<br /><br />Eu vi, estava lá, em plena guerra do Ultramar, no dia 25 de Abril de 1974.<br /><br />Não vencemos o cinismo, mas a Europa vai pagar, ando a dizer isto neste blog, há mais de 6 anos.<br /><br />Os pretos-não-são-burros, têm memória e não se deixam enganar, embora pareça. <br /><br />A Europa vai pagar...,já começou há uns anitos a pagar e continua.Antº Rosinhanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-7453394456554305182016-06-30T17:44:44.344+01:002016-06-30T17:44:44.344+01:00Mas,Cam.Artilheiro
De cócoras com penico sobre o ...Mas,Cam.Artilheiro<br /><br />De cócoras com penico sobre o cérebro?<br /><br />Ainda se fosse de pé! Ainda se fosse de pé!<br /><br />Jorge S.Ramos<br /><br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-34459892531563201132016-06-30T17:39:26.706+01:002016-06-30T17:39:26.706+01:00Cam.M.L.Lomba
Infelizmente,a História,ou história...Cam.M.L.Lomba<br /><br />Infelizmente,a História,ou histórias que nos ensinavam nas aulas Primárias,ou mesmo nas Regimentais,tinham mais de "Lendas e Narrativas" do que realidade factual.<br /><br />Alguns de nós tiveram a pouca sorte de o estudar...mais tarde.<br />Nunca é agradável perderem-se "devaneios".<br /><br />Garantido está que,entre outros actos "fundatórios", fundámos o S.L.Benfica.<br />Mas a O.N.U.?<br /><br />Os "seculares compromissos" com os povos da Guiné?<br />Compromissos talvez,mas sempre pelas armas. As nossas!<br /><br />E,ironia da História factual,nunca ocupámos de facto, durante os tais séculos coloniais, tanto terreno na Guiné como aquando dos tempos das "zonas libertadas" pelo PAIGC.<br /><br />Jorge S.RamosAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-52096160192528846622016-06-30T14:45:39.383+01:002016-06-30T14:45:39.383+01:00Oh AGA!
Confessa que gostavas de ter uma ironia a...Oh AGA!<br /><br />Confessa que gostavas de ter uma ironia assim, como a minha.<br />Treina e pode ser que consigas.<br />Os chineses do tempo do Mao também faziam auto-críticas. Só não sei se era de cócoras e/ou com um penico na cabeça. Mas isso era "naquele" tempo.<br /><br />Um Ab.<br />António J. P. Costa António J. P. Costahttps://www.blogger.com/profile/07403205474965953291noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-55382073115658360682016-06-30T13:54:05.911+01:002016-06-30T13:54:05.911+01:00"Faço auto-crítica de cócoras e com um penico..."Faço auto-crítica de cócoras e com um penico na cabeça."<br /><br />A esclarecedora ironia do camarada António José Pereira da Costa.<br /><br />Abraço,<br /><br />António Graça de Abreuantonio graça de abreunoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-60634023315876202992016-06-30T09:24:26.384+01:002016-06-30T09:24:26.384+01:00OK J. Cabral
Faço auto-crítica de cócoras e com u...OK J. Cabral<br /><br />Faço auto-crítica de cócoras e com um penico na cabeça, mas desta vez passei-me e perdi muito tempo que me faz falta para outras tarefas.<br />Até acontece aos melhores, quanto mais a mim...<br /><br />Um Ab.<br />António J. P. CostaAntónio J. P. Costahttps://www.blogger.com/profile/07403205474965953291noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-72379792116011438202016-06-30T08:20:23.255+01:002016-06-30T08:20:23.255+01:00Ainda sobre Alcácer Quibir...
Uma batalha em que ...Ainda sobre Alcácer Quibir...<br /><br />Uma batalha em que morrem 3 reis (incluindo o nosso imberbe e louco Dom Sebastião), 5 a 6 mil mouros, 7 a 8 mil cristãos, e são feitos prisioneiros mais de 18 mil combatentes, de várias nacionalidades (incluindo boa parte da nossa nobreza...), o que é ? <br /><br />Um desastre nacional, histórico!...Tabanca Grande Luís Graçahttps://www.blogger.com/profile/06648868058767002743noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-81304496475887653822016-06-30T01:00:05.597+01:002016-06-30T01:00:05.597+01:00Pachorra de quem? De quem escreve ou de quem lê? H...Pachorra de quem? De quem escreve ou de quem lê? Há 10 anos no Blogue,confesso-me farto destas absurdas polémicas e tentado a abandonar de vez a Tertúlia. Abraço. J.Cabralalmahttps://www.blogger.com/profile/10394777514194050439noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-18105071224454057372016-06-30T00:09:23.665+01:002016-06-30T00:09:23.665+01:00Que grande pachorra, António José Pereira da Costa...Que grande pachorra, António José Pereira da Costa.<br />Cumprimentos<br />Valdemar QueirozValdemar Silvahttps://www.blogger.com/profile/05689472408827405131noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-90406001477193590342016-06-29T22:00:43.655+01:002016-06-29T22:00:43.655+01:00Olá Camarada
Não sou católico, mas Deus me livre ...Olá Camarada<br /><br />Não sou católico, mas Deus me livre de entrar em polémicas fracturantes.<br />Claro que se trata de conversas de caserna, mas creio que tudo tem limites... <br />Por mim fico-me por aqui.<br />Apresento as minhas mais cordeais saudações revolucionárias.<br /><br />Um Ab.<br />António J. P. CostaAntónio J. P. Costahttps://www.blogger.com/profile/07403205474965953291noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-15277093066545018922016-06-29T21:44:46.392+01:002016-06-29T21:44:46.392+01:00Como não perdi, nem ganhei nenhuma Guerra, não dev...Como não perdi, nem ganhei nenhuma Guerra, não devo ter estado na Guiné...Abraço. J.Cabralalmahttps://www.blogger.com/profile/10394777514194050439noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-45652881040075329272016-06-29T19:16:40.054+01:002016-06-29T19:16:40.054+01:00Manuel Luuís e Tó Pereira:
Uma regra de ouro, na ... Manuel Luuís e Tó Pereira:<br /><br />Uma regra de ouro, na Tabanca Grande, é a gente tratar-se por tu, como "camaradas de armas" que fomos (e que continuamos a ser, já que "conbatentes uma evz, combatentes para sempre")...<br /><br />Estamos de acordo, no essencial: o nosso velho país tem muitos pergaminhos (em sentido figurado, quer dizer foros e títulos de "fildalguia!")... Mas é bom, e é nosso dever, respeitar a verdade histórica... <br /><br />Gosto do meu país, de maneira saudável... mas não gosto de fazer batota com a história... o que convenhamos não é fácil... A história não tem uma escrita nem uma leitura únicas... Tinha, seguramente, no nosso tempo de meninos e moços... WEu, pelo menos, sou do tempo do "livro único"...<br /><br />Portugal, por exemplo, não foi membro fundador da ONU, cuja fundação remonta a 1945,s e nºão erro. Só entrámos dez anos depois, em 1955... E tudo isto por causa das "ligações" do Estado Novo à Alemanha nazi, à Itália fascista e à Espanha franquista... <br /><br />Os russos, um dos quatro vencedores da II Guerra Mundial, barraram a nossa entrada... Por outro lado, Salazar desconfiava das intenções da ONU... E tinha razões para temer que a ONU mão partilhasse das suas ideias sobre o Portugal uno, pluricontinental e plurirracional do Minmho a Timor...<br /><br />Fomos, sim, membros fundadores da OMS - Organização Mundial de Saúde, em 1946... O primeiro diretor da minha Escola (mais tarde, em 1967), Francisco Cambournac, fez parte dos "históricos constituintes" da OMS (que é um organismo especializado das Nações Unidas, mas que não se confunde com a ONU)... <br /><br />Não tenho grande pachorra para (nem devo como "fiel da balança" do blogue...) entrar nas nossas "polémcias" ditas "fracturantes"... Corremos sempre o risco de nunca nos entendermos sobre o alfa e o omega da História, a comneçar pela nossa história... <br /><br />Se isso comtribuir para um melhor conhecimento da nossa história, ótimo... Por exemplo, Alcácer Quibir... foi uma "guerra de baixa intensidade" ? Teve tremendas consequências, para o povo português e a nossa Nação... Não podemos ignorar ou escamotear o grande desastre nacional que foi Alcácer Quibir...Ficou lá a "nata" da Nação, a "fina flor" (como dizia o tenente Esteves,no CISMI, em Tavura, em 1968...).<br /><br />Enfim, o blogue é (e dever+a ser sempre) plural, polifómico, a muitas vozes... Todos os pontos de vista são aceitáveis e publicáveis... desde que respeitem o essencial das nossas regras editoriais... <br /><br />Mas factos são factos, e não devem passar em branco... Naturalmente, que não temos que saber tudo, nem de tudo...<br /><br />Uma boa continuação das nossas "conversas em caserna!... Um abraço grande, LGTabanca Grande Luís Graçahttps://www.blogger.com/profile/06648868058767002743noreply@blogger.com