tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post7223903728886879648..comments2024-03-28T18:30:49.770+00:00Comments on Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 61/74 - P22651: "Diário de Guerra, de Cristóvão de Aguiar" (texto cedido pelo escritor ao José Martins para publicação no blogue) - Parte IX: Bissau e Contuboel. Consulta de psiquiatria. Poema "O Menino de Sua Mãe". Nascimento do primeiro filho. Exame em Bafatá de militares sem a instrução primária. Sedução da senhora professora, cabo-verdiana... (Set - dez 1966)Luís Graçahttp://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-7120065002464982282021-10-22T17:51:32.271+01:002021-10-22T17:51:32.271+01:00Aqui está um livro escolar da 1.ª classe, de 1972,...Aqui está um livro escolar da 1.ª classe, de 1972, para a Guiné:<br /><br /><a href="http://memoria-africa.ua.pt/Library/ShowImage.aspx?q=/geral/L-00000012&p=1" rel="nofollow">http://memoria-africa.ua.pt/Library/ShowImage.aspx?q=/geral/L-00000012&p=1</a><br /><br /><br />Os correspondentes cadernos de apoio para uso dos professores:<br /><br /><a href="http://memoria-africa.ua.pt/Library/ShowImage.aspx?q=/geral/L-00000015&p=1" rel="nofollow">http://memoria-africa.ua.pt/Library/ShowImage.aspx?q=/geral/L-00000015&p=1</a><br /><br /><a href="http://memoria-africa.ua.pt/Library/ShowImage.aspx?q=/geral/L-00000016&p=1" rel="nofollow">http://memoria-africa.ua.pt/Library/ShowImage.aspx?q=/geral/L-00000016&p=1</a>Fernando Ribeirohttps://www.blogger.com/profile/06216015556641622454noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-57349173841484988362021-10-22T17:34:54.460+01:002021-10-22T17:34:54.460+01:00Não, querido amigo e irmãozinho Cherno, aqui não f...Não, querido amigo e irmãozinho Cherno, aqui não funciona o "lápis azul",de má memória... Todas as censuras são más, castradoras, e em última análise contra-intuituivas ou contra-producentes... A força da liberdade é sempreor do que a da mordaça. <br /><br />O que estamos a publicar é o que o escritor, ainda em vida, entregou ao José Martins (, um excerto do seu diário) e que consta (na parte relativa à tropa, à guerra e ao regresso à vida civil...) no seu livro "Relação de Bordo (1964-1988), edição Campo das Letras, Porto, 1999, 425 pp.). <br /><br />"Braço Tatuado" é um livro de ficção, embora baseado na experiência de guerra do autor (CCAÇ 800, Contuboel, 1965/67).<br /><br />Matenhas. Obrigado pela tua chamada de atenção. Luis<br /><br />____________<br /><br />Braço Tatuado,<br />de Cristóvão de Aguiar<br />Lisboa, Dom Quixote,2008<br /><br />SINOPSE<br />Romance em torno das vivências do autor na guerra colonial, ferida que se mantém aberta na sua memória, após uma experiência traumatizante de dois anos na Guiné.<br />Um texto de ecos e lembranças que de forma onírica e fantástica dá conta do absurdo desse conflito armado.<br /><br />O cenário de horror, as emboscadas, as atrocidades cometidas, a voz da liberdade, as saudades e a perplexidade perante uma guerra que era obrigatório viver, fazem deste texto uma das mais interessantes narrativas sobre a guerra colonial.<br /><br />https://www.wook.pt/livro/braco-tatuado-cristovao-de-aguiar/201189<br /><br />Vd. também o poste de:<br /><br /> 25 DE FEVEREIRO DE 2008<br />Guiné 63/74 - P2580: Notas de leitura (8): Braço Tatuado-Retalhos da Guerra Colonial, de Cristóvão Aguiar (Victor Dores / Amaro Rodrigues)<br /><br />https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2008/02/guin-6374-p2580-brao-tatuado-retalhos.htmlTabanca Grande Luís Graçahttps://www.blogger.com/profile/06648868058767002743noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-23806434546228137112021-10-22T17:13:23.490+01:002021-10-22T17:13:23.490+01:00Lembro-me que quando dei instrução no Quartel de C...Lembro-me que quando dei instrução no Quartel de Chaves, a última hora da tarde estava reservada para a escola cujo professor era um colega Furriel. Creio que havia um toque do corneteiro a chamar o pessoal. Do meu pelotão só 4 é que ficavam comigo o resto ia tudo para a escola...<br /><br />Enfim!... contas de outro rosário...<br />Um abraço<br />Joaquim Costa<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-77961812311521260972021-10-22T17:10:30.981+01:002021-10-22T17:10:30.981+01:00Rosinha
'...belas escolas nossas, espalhadas p...Rosinha<br />'...belas escolas nossas, espalhadas pelo país inteiro vinte anos depois...', ou seja 1940 vinte anos depois de 1920 havia belas escolas espalhadas pelo país inteiro.<br />Mas trinta anos depois de 1940 estávamos em 1970 e tínhamos o seguinte registo:<br />- 49,8% dos 6.372.232 habitantes com 14 anos ou mais sem a instrução primária.<br />Quer dizer, quem tivesse nascido em 1956 teve o azar de estar longe do país inteiro com belas escolas. Essas belas escolas não foram construídas nas milhares de aldeias que foram sendo abandonadas devido, também a não haver escolas, a melhores condições de vida. <br /><br />Abraço e saúde<br />Valdemar QueirozValdemar Silvahttps://www.blogger.com/profile/05689472408827405131noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-23932804015477567622021-10-22T16:54:40.837+01:002021-10-22T16:54:40.837+01:00Antecipando parte de um capítulo das Memórias de G...Antecipando parte de um capítulo das Memórias de Guerra de um Tigre do Cumbijã:<br />….<br />Contudo, havia escola com alguns graduados a prepararem um grupo de soldados para realizarem o exame da 4ª classe. Exame esse que se realizou no Cumbijã com a deslocação de um professor primário, creio que de Bissau.<br /><br /> Reza a história que a coisa não estava a correr nada bem aos examinandos pelo que foi necessário simular um ataque ao destacamento fazendo dois disparos de obus com o professor a fugir em pânico, deixando tranquilamente acontecer a ajuda aos nossos bravos soldados acabando todos, obviamente, por passar…<br /><br />...Adaptando as estratégias do “copianço” às circunstâncias!…<br /><br />Um abraço<br />Joaquim CostaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-90715788169490361122021-10-22T15:03:54.262+01:002021-10-22T15:03:54.262+01:00Caros Editores,
Nesta recente republicaçao do Dia...Caros Editores,<br /><br />Nesta recente republicaçao do Diario de Guerra do Cristovao de Aguiar nao vi a parte em que ele descreve o tratamento dado nestas operaçoes ao Carresse e Oio aos Guias Prisioneiros e que, depois, resultou no livro com o titulo de "Braço tatuado", era interessante reler esta parte das suas memorias e conhecer o Capitao, Oficial do Quadro, que sentia prazer em liquidar sistematicamente os prisioneiros transformados em Guias ocasionais durante as operaçoes, pois ha quem pense que os tais "excessos" da Guerra eram apanagio dos militares Nativos "medalhados". Espero que nao tenha sido passado a lapis azul pelo Blogue com receio de eventuais reacçoes dos leitores mais sensiveis.<br /><br />Com um abraço amigo,<br /><br />Cherno BaldéCherno Baldénoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-5007751452587925492021-10-22T14:17:35.399+01:002021-10-22T14:17:35.399+01:00Luis Graça, o teu pai ao fazer a guerra de 1940, n...Luis Graça, o teu pai ao fazer a guerra de 1940, nasceu por volta de 1920, ao ter feito a 4ª classe era como que um doutor no nosso tempo da tropa, ou seja havia tanta gente com a 4ª classe no tempo dele, como havia doutores no nosso tem<br />Eram muito raros uns e os outros.<br /><br />Hoje há mais doutores do que pedreiros e canalizadores para mandar para a frança com a mala de cartão.<br /><br />Mas o teu velho pai não teve o privilégio de estudar naquelas belas escolas nossas, espalhadas pelo país inteiro vinte anos depois, as escolas do centenário.<br /><br />No tempo do teu pai, o professor que quisesse dar escola em qualquer aldeia, daquelas povoadíssimas aldeias daquele tempo, o próprio professor é que tinha que arrendar ou desenrascar uma sala para dar as suas aulas.<br /><br />Idade média.<br /><br />O pai ou a mãe, ou os dois, nascidos em 1920 em qualquer aldeia de Portugal, poucos viram uma escola na sua aldeia.Antº Rosinhanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-56663571301249671132021-10-22T13:01:28.176+01:002021-10-22T13:01:28.176+01:00Não tenho a certeza, mas julgo que os analfabetos ...Não tenho a certeza, mas julgo que os analfabetos apurados para o serviço militar eram obrigados a frequentar escola pra adultos na tropa. Ou era essa a "norma de intenções" sem grande tratamento nos Quarteis e de difícil cumprimento em teatro de guerra.<br />Na minha CART11 "Os Lacraus", pelo menos no meu 4º. Pelotão, ensinamos a ler/escrever aos soldados que seriam potenciais escolhidos para Cabos. Nós chamava-mos a escola de cabos e eu fui o professor, com um exame final feito por um militar que veio não me lembro donde. O exame foi interessante, com uma cópia e um ditado. Eu lembrei-me escrever no quadro "Cópia" e a transcrição do texto a copiar. Como o examinador estava a tratar da sede, resolvi fazer o ditado do mesmo texto da cópia, que era só substituir cópia por ditado. Um dos meus soldados, escolhido pelos outros por ser mais velho e ter alguma importância junto deles, não sabia/aprendia nada do que tinha sido ensinado. Ele escrevia as palavras "desenhando" sem saber o significado e até percebia mal português, conclusão: foi reprovado por ter dado muitos erros, ao ponto de escrever Ditado e a seguir o texto começando com a palavra Cópia que era assim que estava do quadro.<br />Visionando o P12820 pode-se observar a "Sala de Aulas" e o prof. Queiroz, numa extraordinária fotografia do meu camarada e amigo ex-fur.Cândido Cunha. Uma fotografia exatamente igual a esta foi publicada no livro "Fotobiografia-Guerra Colonial", de Renato Monteiro e outro, com uma diferença, quase indetectável, ser o Cunha a fazer de professor.<br /><br />Abraço e saúde<br />Valdemar QueirozValdemar Silvahttps://www.blogger.com/profile/05689472408827405131noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-16030045133848683602021-10-22T11:22:15.563+01:002021-10-22T11:22:15.563+01:00Rosinha, já tenho recordado aqui os tempos do meu ...Rosinha, já tenho recordado aqui os tempos do meu querido e saudoso meu pai,Luís Henriques (1920-2012), que fez a 4ª classe aos 9 anos e, orfão de mãe aos dois, arranjou logo um emprego (até aos 13) como "caixa registadora" e "máquina de calcular", na Pria da Areia Branca,em 1929... Em 1941 foi mobilizado, pelo RI 5, para Cabo Verde, São Vicente... E no Mindelo (a única ilha que tinha liceu) dava conta desta cena: rapazes cabo-verdianos, com o 7º ano, a engraxar as botas as "expedicionários" metropolitanos, e a ler-lhes as cartas que chegavam do vapor (de três em três meses)...A percentagem de analfabetos entre o contingente militar era elevada, o meu pai era o "escrba de serviço": escrevia, "pro bono", vinte e tal cartas por semana, a pedido dos camaradas que tinham mais dificuldades com as letras...<br /><br />Enfim, quantos dos nossos "heróis nacionais" não foram analfabetos, para não falar das "grandes mulheres" que estavam por detrás dos "grandes homens"...<br /><br />E a própósito da atitude (, algo insólita, mas corajosa e coerente) do alf mil Cristóvão de Aguiar, "menino de sua mãe", devo notar que tiveram mais sorte os homens da CCAÇ 800 (1965/67) do que os meus fulas da CCAÇ 12 (1969/71), que foram explorados até ao tutano como combatentes, não lhes sobrando tempo para frequentar as famosas "aulas regimentais"...De resto, não ficavam no quartel, quando vinham do mato, estoirados, iam direitos à tabanca, para junto das mulheres e filhos...Tabanca Grande Luís Graçahttps://www.blogger.com/profile/06648868058767002743noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-43522366558919327972021-10-22T11:02:02.129+01:002021-10-22T11:02:02.129+01:00A instrução primária para adultos naqueles anos da...A instrução primária para adultos naqueles anos da professora caboverdeana, e nos quarteis havia as "aulas regimentais", isto em África, mas penso que na metrópole era idêntico, constava para o exame da 4ªclasse, de um Ditado, Redacção e Problema.<br /><br />Como a 4ª classe era indispensável a partir de certa altura, que desde trabalhar para o Estado (policia, jardineiro da câmara, contínuo por esemplo) ou para a carta de condução, ou mesmo para ser futebolista profissional, tornou-se indispensável, imagine-se o corrupio de pequena "corrupção" para doutorar tanto analfabeto que havia nos anos 50 e 60.<br /><br />O alferes Cristóvão de Aguiar, não foi pela corrupção, foi pela sedução.<br /><br />A tropa ajudou muito na campanha nacional de alfabetização. <br /><br />Era nesta alfabetização que os caboverdeanos se gabavam que foram os primeiros a eliminar os analfabetos desde o Minho a Timor.<br /><br />Aliás, os "estudantes do império", eu chamo estudantes do império a tudo o que não fosse "indígena", mas aqui julgo que apenas eu tenho esse direito, porque estou nos antípodas, <br />mas diziam esses estudantes, anos antes de Março/61, que era uma vergonha sermos colonizados por analfabetos, dêem-nos a independência que nós governamo-nos melhor sabemos melhor o que fazer.<br /><br />Vivi de perto em Luanda essa campanha de alfabetização, familiarmente, Luanda parecia um depósito de analfabetos desde o Minho ao Pico passando pela Camacha.<br /><br />Antº Rosinhanoreply@blogger.com