tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post7902369441976082693..comments2024-03-29T12:00:35.957+00:00Comments on Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74 - P15702: A guerra vista do outro lado... Explorando o Arquivo Amílcar Cabral / Casa Comum (16): Três referências a ações do PAIGC contra as NT em NhalaLuís Graçahttp://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-22713447065884548932016-02-05T01:10:14.611+00:002016-02-05T01:10:14.611+00:00Como curiosidade. Os dois primeiros documentos são...Como curiosidade. Os dois primeiros documentos são escritos pela mesma pessoa<br />embora remetidos por 'Marga' e 'Iafai Camará' ou tratava-se de uma transcrição<br />de transmissão via rádio/morse? (daí o Stop). O terceiro documento, do 'Gazela',<br />parece escrito por alguém com Curso Superior muito habituado a escrever.<br />É evidente, que em tempo de guerra, as forças beligerantes utilizavam métodos de<br />informação/contra informação para iludir o IN e empolgar as suas tropas.<br />Cheguei a ouvir a rádio do PAIGC relatando um ataque a Canquelifá, numa noite em<br />que eu lá estava, mas eu nunca sofri nenhum ataque em Canquelifá.<br />Estes documentos não deixam de ser muito importantes mas, no meu ponto de visto,<br />devem ser analisados como informação/contra informação.<br />Valdemar QueirozValdemar Silvahttps://www.blogger.com/profile/05689472408827405131noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-91599486464870726872016-02-04T21:12:34.517+00:002016-02-04T21:12:34.517+00:00É por estas e por outras que o editor LG fez a seg...É por estas e por outras que o editor LG fez a seguinte observação:<br /><br /><br />(...) "Reprodução feita aqui com a devida vénia, e para fins exclusivos do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. A divulgação destes documentos não implica a validação da sua informação ou a sua aceitação, mas tão apenas o reconhecimento do seu eventual interesse documental para os nossos leitores (e para a historiografia da presença portuguesa em África).<br /><br />"Compulsados os elementos de que dispomos, para as datas em questão (20/1/1969, 23/3/1969 e 26/7/1971), só encontramos um morto, das NT, em combate, em 20/1/1969: trata-se do sold at Alberto Gonçalves Pinto, natural de Semelhe, Braga, que pertencia à CART 1744, 20/7/1967 - 25/5/1969... Mas esta companhia esteve no norte, na região do Cacheu, em São Domingos, não no sul, em Nhala, ao que apurámos... (LG)"<br /><br /><br />... Amigos e camaradas: para mim, que sou sociólogo, e investigador na área das ciências sociais em saúde, todos os arquivos são "valiosos", o que não quer dizer que tenhamos que considerar, à partida, que a informação que lá vamos encontrar á válida e fiável... Nos arquivos, não há sequer informação, há dados, que depois de "tratados" e "analisados" podem e devem dar origem a informação e conhecimento, ou seja, "produto científico"... É o caso dos arquivos da PIDE/DGS, ou do arquivo pessoal de Salazar e dos outros, milhares, de arquivos que estão na nossa Torre do Tombo, a nossa "memória coletiva"...<br /><br />Espero que daqui a 100 anos, o nosso blogue também sirva para alguma coisa... LGLuís Graçahttps://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-44911105627236133662016-02-04T20:54:10.010+00:002016-02-04T20:54:10.010+00:00Olá Camaradas
Volto à antena para lembrar que a Fu...Olá Camaradas<br />Volto à antena para lembrar que a Fundação Mário Soares é tida como uma entidade fiável.<br />Porém é capaz de não ser bem assim...<br />É mau que assim seja e que esteja recheada com "pérolas operacionais" deste tipo.<br />Será uma maneira de agranelar a nossa memória colectiva. Dentro de alguns anos, estes "relatórios" serão valorizadíssimos por investigadores "independentes" oriundos da Suécia ou de outro país democrático similar que se fundamentarão em documentos como estes para contraditar o que os documentos militares portugueses disserem.<br />Não será uma maneira muito curial, mas la´que vai dar resultado, isso vai...<br />Um Ab.<br />António J. P. Costa António J. P. Costahttps://www.blogger.com/profile/07403205474965953291noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-32091954510791385612016-02-04T19:03:36.671+00:002016-02-04T19:03:36.671+00:00Os comunicados do PAIGC eram assim passe a publici...Os comunicados do PAIGC eram assim passe a publicidade (com Dum-Dum não escapa um). A companhia de caçadores 557 no Cachil na noite de 16 de Novembro de 1964 no noticiário no dia 17 da emissora voz da liberdade os militares colonialistas tinha sido dísimados não escapou um! De facto fizeram um ataque ao quartel em 16-11-1964 mas nem um unico ferido sofremos nessa noite.José Botelho Colaçohttps://www.blogger.com/profile/05420413482127077271noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-780563975101275162016-02-04T17:40:51.696+00:002016-02-04T17:40:51.696+00:00É imensamente útil para a história que um dia este...É imensamente útil para a história que um dia este "Luisgraca" vai deixar para a posteridade, estas transcrições arquivadas na Fundação Mário Soares.<br /><br />Vários motivos: Um dos motivos, enorme contradição, este arquivo pertencer à Fundação de Mário Soares,figura anticolonialista a toda a prova, e que em Bissau, MS ser muito pouco apreciado quer pelos antigos guerrilheiros do PAIGC, quer pelos sobreviventes à matança sofrida pelos comandos guineenses que lutaram ao nosso lado (posso explicar noutro lugar esta minha constatação, se interessar) <br /><br />Outro motivo é que os relatos estão escritos em Português correctíssimo, idioma que corre sérios riscos por aquelas bandas, sempre fica a memória que ali alguém falava um bom português.<br /><br />Estes relatos também servem para mostrar que não havia áreas libertadas.<br /><br />Poderia apenas áreas abandonadas, o que não era a mesma coisa.<br /><br /><br /><br />Antº Rosinhanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-49323334556007679382016-02-04T13:27:11.006+00:002016-02-04T13:27:11.006+00:00Não sei qual a utilidade prática da divulgação des...Não sei qual a utilidade prática da divulgação destes "documentos". É tal a aldrabice que nem de consolo servem a quem, à luz de hoje, é crítica à actuação da nossa tropa na guerra do ultramar ou colonial de então.<br />Carlos Vinhal<br />Leça da Palmeira<br />Carlos Vinhalhttps://www.blogger.com/profile/02513603707400841996noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-4070735737454678642016-02-04T11:53:08.840+00:002016-02-04T11:53:08.840+00:00Ola´Camaradas
O problema é que, enquanto nós fazí...Ola´Camaradas<br /><br />O problema é que, enquanto nós fazíamos relatórios verdadeiros no que aos feridos e mortos dizia respeito, o "insidioso, ardiloso e mauzinho In" tinha que "apresentar serviço" <br />Daí que os camaradas (guerrilheiros/patriotas/revolucionários) "matassem que se fartava"(como o Shelltox) e destruíssem tudo, ou quase tudo, nos Campos Entrincheirados dos Colonialistas, Salazaristas, Fascistas e Lacaios do Imperialismo. <br />Aquela dos dois helicópteros a descer por duas vezes é de partir a moca. E uma mensagem manuscrita com a palavra STOP a servir de ponto final é-o ainda mais.<br />Claro que, com amigos como estes o povo guineense, hoje não precisa de inimigos.<br />Um Ab.<br />António J. P. CostaAntónio J. P. Costahttps://www.blogger.com/profile/07403205474965953291noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-45615168007673917892016-02-04T11:30:25.595+00:002016-02-04T11:30:25.595+00:00Caros amigos.Há aqui qualquer coisa que na bate
ce...Caros amigos.Há aqui qualquer coisa que na bate<br />certo.Estive enm Nhala entre novembro 68 meados<br />de janeiro 69.O meu pelotão foi rendido por um <br />outro da minha companhia,a 2382.É possível que<br />os meus camaradas tivessem sido atacados em 20<br />de janeiro,mas tenho a certeza absoluta que não <br />houve nenhum morto,nem tao pouco feridos.....zé manel cancelanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-1878070290102932982016-02-04T09:30:24.902+00:002016-02-04T09:30:24.902+00:00António, fiz questão de te fazer esta surpresa, a ...António, fiz questão de te fazer esta surpresa, a ti e aos camaradas que passaram por Nhala... Todos estes topónimos (Nhala, Mampatá, Nhacobá, Quebo...) bem como do outro lado do rio Corubal, já no leste, onde operou a minha companhia, a CCAÇ 12 (1969/71) - do Saltinho à Ponta do Inglês -, todos estes topónimos estão na nossa memória e no nosso imaginário... E ainda hoje me emociono quando os leio ou ouço alguém dizê-los: Nhabijões, Buruntoni, Poindom, Ponta Varela, Fiofioli, Satecuta, Mansambo, Xitole, Ponte dos Fulas, Quirafo...<br /><br />Gosto, por isso, de ir de vez em quando ao Arquivo Amílcar Cabral, fazer uma ou outra pesquisa, e encontrar nomes que me são familiares... Afinal, a guerra existiu, tu estiveste lá, eu estive lá, e há arquivos que testemunham isso, os "nossos" e os dos "outros"... E, claro, há o nosso blogue que é um testemunho (vivo) de que a guerra existiu e deixou marcas...<br /><br />Em boa hora, os técnicos da Fundação Mário Soares (Lisboa, Portugal), em colaboração com a Fundação Amílcar Cabral (Praia, Cabo Verde), e com a historiadora Iva Cabral, filha mais velha de Amílcar cabral, "salvaram", organizaram, digitalizaram e puseram à nossa disposição o Arquivo Amílcar Cabral, constituído por 10241 documentos (incluindo 1357 fotografias), assim distribuídos:<br /><br /><br />Arquivo Amílcar Cabral 10247I<br /> 01. Amílcar Cabral 74<br /> 02. Antecedentes 207<br /> 03. Movimentos Anti-Coloniais 361<br /> 04. PAI/PAIGC 1683<br /> 05. Organização Militar 1262<br /> 06. Organização Civil 180<br /> 07. Organizações Internacionais 128<br /> 08. Correspondência 4790<br /> 09. Independências 44<br /> 10. Biblioteca Digital 5<br /> 11. Fotografias 1357<br /> 12. Imprensa/Recortes 21149<br /><br /><br />Sobre este arquivo leia-se o seguinte no portal "Casa Comum":<br /><br /><br />(...) "O Arquivo Amílcar Cabral, essencialmente organizado em Dakar e em Conakry, é constituído por documentação de cariz político, militar e diplomático produzida pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e pelo seu fundador, Amílcar Cabral. <br /><br />A documentação de carácter político engloba também os movimentos anti-coloniais africanos (MAC, FRAIN, UGEAN e CONCP) e, de modo menos significativo, os movimentos de libertação de outras ex-colónias portuguesas (MPLA e FRELIMO).<br /><br />O acervo reúne documentos essenciais do partido (como as decisões do I Congresso do PAIGC em Cassacá), vasta correspondência entre os responsáveis políticos e militares, e um conjunto de fotografias de Amílcar Cabral (desde os estudos em Lisboa), fotografias da luta pela independência na Guiné, da construção do Estado nas regiões libertadas e da luta diplomática no exterior. Nos manuscritos de Amílcar Cabral é possível encontrar o rascunho de documentos emblemáticos como Unidade e Luta ou O papel da cultura na luta de libertação.<br /><br />O Arquivo Amílcar Cabral contém documentação de outras origens, directamente relacionada com os temas nele tratados, designadamente Pedro Pires, Iva Cabral, Aristides Pereira, Luís Cabral, Vasco Cabral, Manuel dos Santos e Bruna Polimeni.<br /><br />O âmbito cronológico do arquivo situa-se entre 1956 e 1973, com excepção dos documentos posteriormente incorporados por sua Filha, Iva Cabral, que se referem a actividades profissionais de Cabral e, também, a acontecimentos posteriores à sua morte.<br /><br />Importa destacar o empenho na salvaguarda dos Documentos Amílcar Cabral de sua filha Iva Cabral e ainda de Aristides Pereira e Pedro Pires." (...)<br /><br />http://casacomum.org/cc/arquivos?set=e_2617<br /><br />Luís Graçahttps://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-34793046248440664752016-02-04T00:33:36.352+00:002016-02-04T00:33:36.352+00:00Era aos camaradas que sofreram todas estas agruras...Era aos camaradas que sofreram todas estas agruras, e que durante anos nos antecederam naquele Sector, que me referia num Poste recente, a propósito da conclusão da estrada alcatroada Buba-Quebo,(não a estrada/picada que é referida nos relatórios:<br />"Se esta estrada pudesse ter um nome, bem que podia – e devia – ser um tal, que homenageasse todos aqueles que, integrando os batalhões que nos antecederam neste chão, fizeram de cada viagem pela picada temerosa uma odisseia, muitas vezes lá perdendo companheiros".<br /><br />Bela surpresa, esta de ver aqui tão significativas referências a Nhala.<br /><br />Obrigado, Luís.A. Murtahttps://www.blogger.com/profile/01511603296974213608noreply@blogger.com