tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post7920153110928624040..comments2024-03-28T08:44:02.415+00:00Comments on Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74 - P16357: Notas de leitura (865): (D)o outro lado do combate: memórias de médicos cubanos (1966-1969) - Parte V: o caso do clínico geral Amado Alfonso Delgado (I): queria ir para o Vietname foi parar ao Fiofioli...Luís Graçahttp://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-68266327456881801512016-08-05T17:52:19.899+01:002016-08-05T17:52:19.899+01:00Zé Camaara:
A mata do Fiofioli, na margem direit...Zé Camaara: <br /><br />A mata do Fiofioli, na margem direita do Rio Corubal, era uma zona de difícil acesso... Já em 1968/69 constava que o PAIGC tinha lá um "hopsital de mato" (leia-se: uma pequena "enfermaria") com "enfermeiras" (cubanas!)... Puro delírio nosso!... Que eu saiba, nunca hoje "enfermeiras" cubanas no TO da Guiné"...<br /><br />Afinal, este médico e cirurgião Amado Alfonso Delgado andou por lá nessa altura e tem muito para contar... <br /><br /><br />https://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/search/label/Fiofioli<br /><br />O Fiofioli estava ligada à "base" de Mina, e estava devidamente referenciado pelas NT... A mata era com alguma frequência bombardeado pela FAP. No meu tempo, só os páras podiam lá ir, helitransportados... Desde que saíssemos do Xime (ou do Xitole), éramos imediatamente detetados, e perdíamos o efeito surpresa... <br /><br />Segundo o depoimento (insuspeito) do cubano, o "hospital" do Fiofioli ("hospitalito", no original, em castelhano, ou seja, pequeno hospital de campanha) terá sido destruído 4 vezes pelas NT no tempo dele... Uma dessas veses foi na operação de dez dias, a Op Lança Afiada, já aqui amplamente descrita... (Decorreu de 8 a 19 de março de 1969).<br /><br />https://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/search/label/Op%20Lan%C3%A7a%20AfiadaTabanca Grande Luís Graçahttps://www.blogger.com/profile/06648868058767002743noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-59590973130262203652016-08-04T21:41:37.741+01:002016-08-04T21:41:37.741+01:00Amigos e camaradas,
Na entrevista aqui publicada, ...Amigos e camaradas,<br />Na entrevista aqui publicada, certamente por incúria do entrevistador, o médico cubano não abordou se o referido hospital foi sempre evacuado antes de ser destruído por quarto vezes. Assumo que sim pois viveu para o contar.<br />Na Mata dos Madeiros também construímos duas enfermarias. Já publiquei várias fotos sobre o acampamento.<br />No ar fica a pergunta para quem sabe: para além do Hospital Militar 241, em Bissau, quantos hospitais foram construidos pelas nossas Forças Armadas na Guiné?<br />Cumprimentos,<br />José Câmara<br /><br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-25624110250380254232016-08-03T15:31:17.634+01:002016-08-03T15:31:17.634+01:00Como vês, Alcídio, o Mundo é Pequeno e a nossa Tab...Como vês, Alcídio, o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca é... Grande... <br /><br />Quanto a este médico cubano, constato que ele esteve no nosso setor L1, e em especial nos subsetores do Xime e do Xitole. Escapou à morte um triz na mata do Fiofioli, onde se confirma a existência de um pequeno hospital que ele garante ter sido destruído pelas NT 4 vezes... Pelo que li, por alto, no original em castelhano, o homem estava no Fiofioli aquando da Op Lança Afiada, em março de 1969... Lá chegaremos... Parece-me um testemunho credível... LGTabanca Grande Luís Graçahttps://www.blogger.com/profile/06648868058767002743noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-313038564259530522016-08-03T11:22:20.770+01:002016-08-03T11:22:20.770+01:00Conheci o ditador Fulgêncio Batista em Fevereiro d...Conheci o ditador Fulgêncio Batista em Fevereiro de 1960 na ilha de Porto Santo.<br />Cheguei à ilha de aviâo em 1 de Outubro de 1959, para trabalhar no escritório da Construtora do Tâmega, que construiu o aeroporto. Quando cheguei o gerente Manuel Natal, que tinha andado na primária comigo, distribui-me uma carrinha citroen 2 <br />cavalos, que um tratorista (Machado) me deu umas lições de condução durante a tarde do dia da chegada, um domingo.<br />Nos primeiros dias de Fevereiro de 60, apareceram uns barcos de carga, que desceram na ponte-cais três ou quatro carros grandes americanos, como viamos nos filmes, homens e mulheres, falando espanhol e caixotes e mais caixotes.<br />Então fomos informados que se tratava do ditador de Cuba e sua comitiva<br />Na ilha as únicas autoridades eram: um sub-chefe da PSP, um 2º Sargento e 4 praças da GNR, um comodoro da MARINHA (Leitão) e um inspector-chefe da PIDE, (o celebre PORTO).<br />Um ou dois dias depois da chegada, ao fim da tarde quando ia a conduzir, sózinho,na carrinha da Vila Baleeira para a ponta da calheta, vejo um oldsmobile parado na berma da estrada, reduzi a velocidade e sou parado por um tal, Martinez, com cinturão tipo cowboy, que me pediu o favor de o levar à vila para encher um jarrican de gasolina, pois haviam ficado sem combustivel.<br />Apresenta-mo-nos e toca a voltar para trás, para reabastecer de gasolina.<br />Conversa puxa conversa, e eles ficaram a saber que eu já estava apurado para a tropa, mas não sabia a data incorporação que seria em julho 1961.<br />Uma noite, quando ia para a Calheta, ao passar junto ao Pico Ana Ferreira, ouvi um tiroteiro e curioso fui indagar, e vi os meus amigos cubados. Na mala do carro havia pistolas (Parabellum ou Luger 45,e outras), espingardas(Tompson de tambor e sem, PPSH (costureirinha), simonov, steyr e Winchester), caçadeiras, revólveres(38 e 45)Smith and Weston. Isto é, um prefeito arsenal.<br />Claro que eles me convidaram a dar uns tiros ao alvo, o que eu não me fiz rogado. Aí começou o meu treino para a Guiné. O próprio Fulgencio Batista convidou alguns dos que nos encontrava no convivio do café-esplanada, para diversos almoços e jantares. Passados uns meses, que não recordo quando, embarcaram tudo e foram para<br />o Funchal. Quando todos os quinze dias ia ao Funchal, buscar dois mil contos (notas e moedas) encontrava-me com os capangas do ditador. Mal sabia eu que anos mais tarde ia enfrentar algumas daquelas armas.<br />Alcidio Marinho<br />C.Caç 412<br /><br /><br />Anonymousnoreply@blogger.com