tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post7974387959891605514..comments2024-03-28T18:30:49.770+00:00Comments on Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74 - P15738: Notas de leitura (807): “Spínola”, de Luís Nuno Rodrigues, A Esfera dos Livros, 2010 (1) (Mário Beja Santos)Luís Graçahttp://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-58197097558379154762016-02-14T12:50:19.380+00:002016-02-14T12:50:19.380+00:00Olá, camaradas!
Partilho alguns paradoxos da Guerr...Olá, camaradas!<br />Partilho alguns paradoxos da Guerra da Guiné,escapados aos investigadores geralmente "politicamente correctos".<br />De derrota em derrota, o PAIGC alcançou a vitória final...<br />De vitória em vitória, o Exército Português conseguiu a derrota final...<br />Quantos combates militares ganhou o PAIGC nos 4500 dias e noites da sua guerra?...<br />O general Spínola foi verdadeiro ao escrever a Salazar que a guerra da Guiné podia ganhar-se com base nas qualidades dos nossos soldados... <br />Foi com base nessa malta que D. Afonso Henriques construiu Portugal, D. Nuno lhe garantiu a independência, em 1385, os nossos líderes do século XV-XVI ousaram transformar o Atlântico e Índico em "lagos portugueses", os de 1640 aguentaram os 28 anos das guerras da Restauração e o punhado que, em 1973, enxotou a invasão e o cerco do PAIGC montado a Pirada (sem menosprezo por tantos outros e suas circunstâncias)...<br />O desfecho da guerra da Guiné terá resultado da associação da incompetência do regime político com a dos militares profissionais no seu comando e da emergência da clandestinidade de outro EP??...<br />A vitória do PAIGC terá resultado da sua incompetência militar, ao investir todos os seus meios materiais e humanos em Guidaje e Guileje-Gadamael?<br />E da omissão da reacção em extensão e profundidade a esses eventos, por parte das Fa portuguesas?...<br />abraço. Manuel Luís Lombanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-31933803461495959602016-02-13T16:50:08.073+00:002016-02-13T16:50:08.073+00:00Camaradas,
Durante o meu tempo - 1970/71 - a guerr...Camaradas,<br />Durante o meu tempo - 1970/71 - a guerra não estava perdida. O moral não era elevado, pudera, e para isso contribuía em boa parte o ambiente de desconfiança que havia na minha Companhia relativamente ao capitão e a dois de três sargentos, individuos sem escrúpulos, que roubavam no rancho, na gasolina, em tudo o que pudessem. Entre os milicianos falávamos de paz, líamos Brecht, mas não encarávamos virar as costas ou agitar um pano branco em caso de guerra. Para além da desconfiança, também se registava com demasiada evidência a incompetência do capitão - manipulado pelos dois sargentos - e a atitude de cobardia pois nunca saíu para o mato.<br />Governaram-se com a negligência dos altos comandos, que nunca fiscalizaram nem controlaram o ambiente e as actividades da Companhia. Portanto, pela parte daqueles profissionais a Nação estava a ser atraiçoada, nos fins e nos meios (a gasolina e o rancho, sobretudo).<br />Entretanto, em Angola vivia-se um ambiente de paz generalizada, do que decorria um comprovado caminho de progresso. Ora, se a situação tivesse tido outra evolução autónoma, sem a oposição aberrante dos "ultras" (desconhecedores e mal informados, para além de também carregarem múltiplos vícios), talvez que o epílogo do ultramar tivesse sido diferente do que conhecemos, um golpe corporativista e criminoso pela forma assumida e pelos resultados supervenientes.<br />As coisas correram como se sabe, e do golpe resultou de facto a derrota. Mas não foi só a derrota: a economia estava organizada e progredia com base nas matérias-primas e produções ultramarinas, do que resultavam grandes fluxos financeiros, apesar das vendas a sub-preço espelhadas nos relatórios do Banco de Angola. Os cofres estavam cheios, mas foi necessário fazer face à desorganização instalada com o golpe, e ao pagamento dos produtos importados. Nunca mais foi diferente. A nossa geração passou a pedir emprestado, para viver com o possível conforto, ostentação e o mínimo esforço. Nunca se preocupou com os destinos do país, não é interveniente, nem manifesta sentido crítico, tanto que revitaliza o "sistema" em sucessivas eleições desde que não lhe faltem as comodidades a que entretanto tivera acesso principalmente por via do crédito, que se afigura outra conquista da liberdade. <br />Durante as viagens que posteriormente fiz pela antiga África portuguesa, encontrei inúmeros habitantes com orgulho na preservação dos cartões de identidade civis e militares da nossa nacionalidade. Só entre os fardados e os da administração pública encontrei arrogância, tal como os governantes andaram a refugiar-se no colonialismo como justificação da incompetência ou locupletanço.<br />Teremos que estar atentos a tanta manipulação - de cá e de lá - para não cairmos em tentações fáceis para justificar as alterações sócio-políticas verificadas. É só a minha opinião. <br />Abraços fraternos<br />JD JDhttps://www.blogger.com/profile/10393580315863639344noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-57735204854905665242016-02-13T10:21:23.087+00:002016-02-13T10:21:23.087+00:00Beja Santos, quando escreveres a tua história da G...Beja Santos, quando escreveres a tua história da Guiné Portuguesa, não te esqueças de mencionar que no fim da nossa guerra, já com Marcelo Caetano, este homem nunca teve os generais unidos à volta dele para uma solução final, de "ou sim ou sopas".<br /><br />Porque andamos há anos com salamaleques, e já está na hora de falarmos sem ficar corados de vergonha.<br /><br />Tens que dizer que os nossos generais nunca se uniram à volta do homem que deportaram para as colónias num chaimite, e que esses generais estavam ideologicamente, egoisticaamente divididos entre si à procura de dividendos e louros.<br /><br />Temos os casos escandalosos do não entendimento no 25 de Abril entre Spínola, Costa Gomes e Rosa Coutinho.<br /><br />Tiveram os generais e mesmo os capitães um comportamento à francesa na Argélia como Degaulle e Salan por exemplo. <br /><br />Os ingleses em questões nacionais são mais unidos e consensuais.<br /><br />Eu como estava em Angola e sou retornado e tive que abrir o olho e dar corda aos sapatos, porque o Rosa Coutinho me aconselhou quando me disse que aquela terra não era a minha, nem sequer direito à casa que eu tinha com o meu dinheiro, não fui de chamite mas fui de Varig Luanda-Rio.<br /><br />BS, tu que foste simples alferes, com responsabilidades de general, e estavas junto do povo africano,dá mais importância ao povo do que aos políticos e generais.<br /><br />Nunca julgues o povo como gente não pensante, como os «inteligentes» sempre insinuam.<br /><br />E à vista do que hoje se passa, repisa sem corar, que aguentámos até à exaustão para não abandonar as nossas ex-colónias como fizeram as outras potências coloniais.<br /><br />cumprimentos<br /><br />Antº Rosinhanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-66360840936132308972016-02-12T19:14:26.873+00:002016-02-12T19:14:26.873+00:00De derrota em derrota até à derrota final, segundo...De derrota em derrota até à derrota final, segundo o especialista Mário Beja Santos.<br />A realidade é que não houve derrota nenhuma.<br />Abraço,<br /><br />António Graça de Abreuantonio graça de abreunoreply@blogger.com