tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post8171725813327438189..comments2024-03-28T18:30:49.770+00:00Comments on Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74 - P14324: Efemérides (182): 5 de março de 1973, Guileje: a morte de um herói, o alf mil Victor Paulo Vasconcelos Lourenço, da CCAV 8350, natural de Torre de Moncorvo (Hélder Sousa / Manuel Reis)Luís Graçahttp://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-66850799799441737442016-03-22T15:15:40.024+00:002016-03-22T15:15:40.024+00:00Fui o ultimo a ver o camarada com vida, pois prese...Fui o ultimo a ver o camarada com vida, pois presenciei a cara a ser estilhaçado por uma rajada. Consta por aí que os Para quedistas me foram resgatar e aos mortos. Não é verdade. Embora muitos devam a vida ao Grandes Para Quedistas, aí não foi o caso. Os ultimos a aguentar a fogachada IN foram o Soldado Borges e eu, e só depois de eu dar ordem de retirar é que o Borges suspendeu o tiro a tiro e eu as rajadas e retiramos....estávamos sós. Chegados ao Quartel saíram os Para quedistas e recuperaram os 4 corpos...DixitJOSE CASIMIRO CARVALHOhttps://www.blogger.com/profile/15139069136986930538noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-61077359028658835932015-03-06T23:31:28.716+00:002015-03-06T23:31:28.716+00:00Obrigado a todos, e em especial ao Hélder Sousa, a...Obrigado a todos, e em especial ao Hélder Sousa, ao Manuel Reis e ao J. Casimiro Carvalho...Fui "desenterrar" o emocionado comentário do Manuel Reis, inserido no poste P11908, de 6 de agosto de 2013, que logo na altura deveria ter sido transforamdo em poste... Mas em agosto não é a melhor altura para o trabalho de edição.<br /><br />Gostaria também que aparecesse mais informação sobre o nosso malogrado camarada Branco.<br /><br />Luís Graçahttps://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-14039624488893550212015-03-06T18:18:08.881+00:002015-03-06T18:18:08.881+00:00O meu abraço solidário para todos os que viram e/o...O meu abraço solidário para todos os que viram e/ou sentem a dor dos camaradas que partiram por causa de uma guerra estúpida...<br /><br />Um abraço especial para o Manuel Reis e para o Casimiro Carvalho.<br />BSAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-42183787953919903512015-03-06T11:22:01.647+00:002015-03-06T11:22:01.647+00:00Ficou a dor Manuel Augusto, porém, temos o privilé...Ficou a dor Manuel Augusto, porém, temos o privilégio de estar vivos e termos esta "janela"para mitigar a dor. <br />Forte abraço "Bairrradino".<br />VPVasco Piresnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-57559107843029339552015-03-05T22:53:51.522+00:002015-03-05T22:53:51.522+00:00O Torcato diz e bem: "passados estes anos ain...O Torcato diz e bem: "passados estes anos ainda se fica amarrotado". O caso não é para menos, trazemos connosco os corpos esventrados e os olhos mortiços...trazemos connosco os sonhos interrompidos e os gemidos, os gemidos suplicantes. Estamos todos contigo Manuel Reis.<br />Eu ouvi, durante uma semana consecutiva, os bombardeamentos sobre Guiledge. Ouviam-se em Colibuia, onde estive destacado.<br /><br />Um abração.<br />Carvalho de Mampatá<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-65506458761005029222015-03-05T21:13:08.317+00:002015-03-05T21:13:08.317+00:00Para vocês o meu abraço camaraqda e solidário.
Li...Para vocês o meu abraço camaraqda e solidário.<br /><br />Li e sem por isso dar estava a "ver" a morte de outros camaradas. Parei e só escrevi para o envio do abraço.<br /><br />Foram mortes dsemais e um fulano, tantos anos dsepois, ainda fica...amarrotado.<br /><br />Ab,T.<br />Torcato Mendoncahttps://www.blogger.com/profile/03477854535563511120noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-86847725562150434642015-03-05T20:43:28.875+00:002015-03-05T20:43:28.875+00:00Amigo Hélder!
Não sei como agradecer-te. A ti, ao...Amigo Hélder!<br /><br />Não sei como agradecer-te. A ti, ao Luís, ao Carlos Vinhal e ao meu amigo e camarada José Carvalho o meu BEM-HAJAM.<br /><br />Por mais de uma vez descrevi, neste espaço, a ocorrência do referido acidente. Não me é fácil falar disto, mas o Carvalho levantou algumas dúvidas quanto ao desenrolar dos acontecimento, que vou ajudar a esclarecer.<br /> <br />A minha cumplicidade com o malogrado Lourenço era de tal ordem, que à noite falámos sobre a reabertura da picada, que fazia a ligação ao Mejo e as possíveis consequências, que acabaram por se verificar posteriormente. Os nossos melhores africanos Camisa Conté e Sátala Colubali foram desfeitos por uma mina anti-carro lá colocada para o efeito.<br /><br />Procurámos a melhor opção e essa passaria para nos afastarmos dos capinadores. O Major acompanhou os trabalhos desde manhã e os capinadores trabalharam a bom valer. Ainda de manhã, como estava de serviço ao aquartelamento, aproveitei para conversar com ele.Estava irritado com a situação, acalmei-o e a conversa foi curta pela existência de uma armadilha, já desactivada, mas cuja granada era necessário colocar em segurança. Fumava Português Suave ( sem filtro) e deu-me a arma.<br /><br /> A alavanca soltou-se sem fazer o habitual clik o que deve ter iludido o Lourenço. Das possíveis hipóteses que se poderiam questionar, apenas se pode afirmar que ele sacrificou a vida em detrimento dos seus camaradas, de modo muito particular a mim, que me localizava a um metro dele.<br /><br /> Do resto mais nada vi, o camarada Carvalho já descreveu o que aconteceu nos momentos seguintes.<br /> <br />Para todos um grande abraço e mais uma vez os meus agradecimentos ao Hélder, pela dedicação e carinho que colocou neste trabalho.<br /><br />Manuel Reis Manuel Reisnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-46234591321064281672015-03-05T19:44:06.614+00:002015-03-05T19:44:06.614+00:00Hélder Valério Sousa
5 mar 2015 19:01
Caros amig...<br />Hélder Valério Sousa<br />5 mar 2015 19:01<br /><br /><br />Caros amigos<br /><br />Obrigado pela publicação no dia.<br />Era isto que eu queria 'oferecer' ao Manuel Reis que, como escrevi, ainda hoje, e para mais 'na data', fica bastante abalado.<br />Do texto dele percebe-se bem as razões: amizade, cumplicidade, sonhos comuns, desempenhos complementares, convivência nos mesmos aposentos, envolvimento deles e suas então namoradas em jantar de despedida, o facto de estar literalmente ao lado, etc. Tudo isto seria mais que suficiente para explicar as emoções do Reis.<br />Mas acresce ainda que lhe calhou recolher os seus haveres e fazer chegar aos familiares. E também a tarefa de manter o contacto com a mãe dele. <br />Como estávamos longe dos 'apoios psicológicos' que hoje, felizmente, existem!<br /><br />Olhem, já agora, acho que no "P11908" a foto que está a seguir à que foi colocada, evocando, e bem, a CCAV 8350, é a da placa com o nome "Parada Alf. Lourenço" que eles, os seus camaradas, edificaram em sua homenagem e que penso também ficaria bem no post publicado.<br />Abraços<br />Hélder SousaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-49205987892245706762015-03-05T19:26:54.432+00:002015-03-05T19:26:54.432+00:00Caro Camarada José Carvalho.
Quando em meados de ...Caro Camarada José Carvalho.<br /><br />Quando em meados de maio de 1974 cheguei a lisboa, já não sei exactamente porquê, fui ao ministério do exército, localizado na Praça do Comercio, fui abordado por um furriel que ao saber que eu tinha chegado recentemente da Guiné me questionou se sabia alguma coisa sobre Alf. Branco. Disse-lhe que concretamente não sabia nada, apenas o que se dizia na província, que na essência era o seguinte: que tinha sido "apanhado à mão" e que posteriormente o corpo tinha encontrado e recuperado com sinais de extrema violência e crueldade. Depois o furriel acrescentou que a família do Branco queria, e compreende-se porquê, saber mais sobre a perda do filho. E que lá iam insistentemente na esperança de saber noticias. Também soube que o Branco tinha poucos meses de comissão, que era atleta do SCP e que era uma das suas primeiras saídas à mata.<br /><br />José Carvalho, ao ler as tuas palavras recordei esse episódio que ocorreu há mais de 40 anos.<br />Um passado que partilhamos com alguns pontos em comum. <br /><br />Desconheço se no blogue já foi feito alguma referência ao Branco. Eu não o faço por não ter conhecimento dos factos.<br /><br />Um Abraço<br /><br />João Silva, ex- furriel mil, at. inf. Ccv 3404, Cabuca, Ccaç 12, Xime e Bambadinca. 72-74jpscandeiashttps://www.blogger.com/profile/02381644932880726360noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-86997003942955336352015-03-05T18:45:15.390+00:002015-03-05T18:45:15.390+00:00Caro José Carvalho
Estamos de acordo.
O Alf. Lou...Caro José Carvalho<br /><br />Estamos de acordo. <br />O Alf. Lourenço é (foi) de facto um herói e como tal deve ser recordado e homenageado.<br />Ao conhecer, ainda que não na totalidade e muito menos 'in loco' as situações que geraram o acontecimento e que bastante me impressionou, achei por bem prestar-lhe esta homenagem para que a sua memória se possa 'estender' no tempo.<br /><br />Quanto ao "último", pois já sei que tens razão. Se esse Alf. Branco foi substituir o Lourenço e se faleceu, só pode, obviamente, ter sido depois. Mas essa do 'último' foi o que recolhi da listagem que tinha sido publicada.<br /><br />Já agora, não deixa de ser intrigante que o substituto do Lourenço também viesse a 'dar a vida pela Pátria', sendo que era ainda um 'periquito'.<br /><br />Abraço, amigo<br />Hélder S.Hélder Valériohttps://www.blogger.com/profile/03759122662265632841noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-75625588605461715802015-03-05T16:01:21.911+00:002015-03-05T16:01:21.911+00:00JOSÉ CARVALHO
5 mar 2015 15:28
Sou (fui) um do...JOSÉ CARVALHO<br />5 mar 2015 15:28 <br /><br /><br />Sou (fui) um dos intervenientes desse triste e doloroso episódio na História da CCAV 8350. <br /><br />Decidiram reabrir a estrada para o Mejo. Tinham que "capinar",por esse motivo havia que manter a segurança aos trabalhos (eu estava com o meu Grupo emboscado, ali, bem na ZA). De repente ouvi/senti, uma violenta explosão. Fui-me inteirar do sucedido. Deparei com o corpo do malogrado Alferes Lourenço estendido, sem metade da cara, e com as "tripas" expostas (já estou a chorar)...<br /><br />Que aconteceu ????...obviamente, conjecturas, muitas, só ele poderia explicar o que se passou, o resto são isso mesmo, conjecturas. <br /><br />No entanto depois de me inteirar "in loco" do sucedido, fiquei com dois ou três "filmes"... <br /><br />Ao desarmadilhar/desactivar uma granada/armadilha, em que é necessário reintroduzir os dois pernos/cavilha, ao mesmo tempo que se segura a alavanca da granada, pode ter havido uma falha na pressão da mão e ter activado o percutor do fulminante. <br /><br />«In dúbio», ele deve ter-se apercebido que "algo não estava bem", tinha duas opções, atirar a granada para longe dele, e ferir dezenas de militares e civis, ou naquele nano-segundo optar por segurar...sempre com a 2ª hipótese, que era, não havia problema "estava tudo bem". <br /><br />Morreu com esse glorioso alferes...a resposta. Eu penso que ele , ao afastar a granada da cara, estendendo o braço, sem largar a mesma, poderia ter ficado na dúvida do eminente perigo, ou não. <br /><br />Para mim ele foi/é um Mártir/Herói da guerra. Provavelmente tentou minimizar "os danos colaterais", não pensando em si, e é essa imagem que guardo. <br /><br />O que se seguiu, é digno da "bolinha vermelha", já no Quartel, fui um dos voluntários para pegar no cadáver e transportá-lo/depositá-lo...na Capela. Eramos dois, eu peguei nos braços, outro camarada nas pernas, ao levantar o corpo, o mesmo dividiu-se em dois.... Que dor, eu fiquei com a cabeça, os braços e o torso, o outro camarada, com as pernas e a bacia. <br /><br />Encostei-me na Capela a chorar e com convulsões, que ainda hoje, transporto comigo. <br /><br />O meu respeito e a minha memória estão com o "Alferes Lourenço" . <br /><br />Quanto a ser o Último Alferes a morrer, não é verdade. O Último foi o Alferes Branco, que o veio substituir, morreu , numa patrulha que fez comigo (a primeira que fez), em Gadamael...<br /><br />Tenho tudo isso gravado na minha cabeça. Nunca me esquecerei dos meus Heróis.<br /><br />José Carvalho <br />ex fur mil Op EspAnonymousnoreply@blogger.com