tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post988881490306484382..comments2024-03-29T13:19:18.714+00:00Comments on Luís Graça & Camaradas da Guiné: Guiné 63/74 - P3925: Efemérides (16): Portugal e o Futuro, de António Spínola, um best-seller há 35 anosLuís Graçahttp://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-42639152621069043992009-02-25T19:55:00.000+00:002009-02-25T19:55:00.000+00:00Já agora, lembro também os escritos de Henrique Ga...Já agora, lembro também os escritos de Henrique Galvão sobre as colónias, e a publicação, em 1962, de "Portugal, o Ultramar e o Futuro", de Manuel José Homem de Mello, com prefácio de Craveiro Lopes..Ou seja, não faltou quem chamasse a atenção para os problemas provocados pela "politíca ultramarina" de Salazar, que deu no que deu.<BR/>Spínola mexeu com as águas, percebeu-se, com a publicação do seu livro, que andavam coisas no ar.<BR/>Foi um militar e um homem controversos, que apreciava ser visto como um cabo de guerra, à alemã - recordo-me de a revista "Paris Match" ter feito capa com ele, com o seu monóculo, de camuflado, em pose marcial, chamando-lhe o "Von" não sei quantos português. Tentou, esforçadamente, contrariar a independência das colónias, procurando ressuscitar movimentos e líderes que o ajudassem a esbater a predominância do PAIGC, MPLA, Unita, FNLA e Frelimo nas negociações com Portugal. Em S.Miguel, Açores, tínhamos um angolano exilado, Simão Toco, fundador de um movimento religioso denominado "tocoísmo", que fora desterrado por receio de que levasse os seus seguidores à contestação ao regime. Feito o 25 de Abril, recebemos instruções de Lisboa - eu trabalhava no então Emissor Regional dos Açores, da EN - para entrevistarmos Simão Toco, entrevista que foi transmitida a nível nacional. A ideia era transformá-lo num líder com estatuto, para intervenção nas negociações, mas o homem queria era falar com Jesus.. <BR/>E quando Spínola provocou o encontro com Nixon na ilha Terceira, sabe-se que a intenção era garantir o apoio dos americanos aos projectos do general, mas o presidente dos EUA já estava demasiado enredado no Watergate..Tendo estado na Terceira nessa altura, ainda hoje estou convencido de que o Jorge Jardim também lá estava, fazendo-se passar por oficial paraquedista..mas essa é outra história.<BR/>Concluindo: julgo que ainda há muito por saber sobre Spínola..<BR/><BR/>João Coelhojoão coelhohttps://www.blogger.com/profile/02836452386931560560noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-89405974532867081912009-02-24T13:07:00.000+00:002009-02-24T13:07:00.000+00:00Camaradas,Sobre o federalismo como solução para as...Camaradas,<BR/>Sobre o federalismo como solução para as colónias, e as condicionantes da política colonial portuguesa, proponho a quem se interessar pela matéria, que leia "A Pátria em Perigo", do Cunha Leal. Trata-se de uma obra de 1962 com sentido patriotico, que, afrontando o Situacionismo, analisa a história colonial, as nuances políticas introduzidas desde a Sociedade Das Nações até à Carta Das Nações Unidas, bíblia da O.N.U., organização onde Portugal conseguiu participar a partir de 1956, após a emenda constitucional de 1954, golpe de esperteza que tenderia a perpetuar a nação do Minho a Timor, constiruída pela metrópole e pelas provincias ultramarinas. <BR/>Quanto ao "Portugal e o Futuro", foi uma pedrada no charco, apesar de não lhe reconhecer qualidade substantiva, apenas porque a oposição lhe atribuíu relevo especial.<BR/>Abraços fraternos<BR/>José DinisAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-35943748697468078082009-02-23T23:39:00.000+00:002009-02-23T23:39:00.000+00:00Eu sou um dos que comprou o livro, mas não consegu...Eu sou um dos que comprou o livro, mas não conseguiu digeri-lo. Foi para mim, apenas um sinal de que algo ia mudar, mais dia menos dia, porque deu um rombo na estrutura militar. A "brigada do reumático" apareceu de seguida a bajular o Poder politico. Honra aos dois homens que tiveram a coragem de dizer-assim,não.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-90677953789636090172009-02-23T21:54:00.000+00:002009-02-23T21:54:00.000+00:00COMO LI O LIVRO DE SPINOLA:Um antigo 1º sargento q...COMO LI O LIVRO DE SPINOLA:<BR/><BR/>Um antigo 1º sargento que trabalhava no 25 de Abril, na vida civil, tirou do fundo de um velho baú um livro proibido pela censura, de NORTON DE MATOS, e disse para uns amigos, entre eles eu: O PORTUGAL E O FUTURO, está todo, capítulo por capítulo, aqui neste velho livro.<BR/><BR/>E era verdade, até a ordem dos capítulos era semelhante. <BR/><BR/>Só que Norton de Matos disse as mesmas coisas com menos páginas.<BR/><BR/>Luis Graça, o que sou eu se tantos doutores e jornalistas e políticos de 1ª água, alguns super dotados que já sabiam a solução para todos os males da governação não o fazem, para fazer uma afirmação em que Spínola não fez mais que transcrever algo que um antigo militar já escrevera?<BR/><BR/>Antº RosinhaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-31481247928149047222009-02-23T19:47:00.000+00:002009-02-23T19:47:00.000+00:00Enconteri o seguinte "curriculum vitae" do José Ma...Enconteri o seguinte "curriculum vitae" do José Manuel Barroso, aqui citado neste poste:<BR/><BR/><BR/><BR/>José Manuel Barroso<BR/><BR/>José Manuel Barroso é jornalista de profissão, desempenhando<BR/>actualmente as funções de Administrador Executivo da Agência de Notícias Lusa. <BR/><BR/>Iniciou a sua carreira na imprensa regional, no semanário «Comércio do Funchal», em 1967. Trabalhou depois nos diários «República», «Diário de Lisboa» e «Jornal Novo». <BR/><BR/>Foi Director das agências noticiosas ANOP, Notícias de Portugal e Lusa, entre 1977 e 1987. <BR/><BR/>Regressou à imprensa diária, como director do jornal «O Primeiro de Janeiro» e, depois, como editor-executivo do «Diário de Notícias», no Porto, entre 1987 e 1992. Regressou à redacção deste matutino, em Lisboa, do qual foi grande repórter e Director Interino.<BR/><BR/>Entre 1972 e 1974 prestou serviço militar em África, na Guiné-<BR/>Bissau, como capitão miliciano, trabalhando directamente com o<BR/>general António de Spínola. Foi membro da Comissão Coordenadora<BR/>do Movimento das Forças Armadas, na Guiné. <BR/><BR/>Foi, ainda, dirigente<BR/>do Sindicato dos Jornalistas, candidato a deputado pela Oposição<BR/>Democrática, em 1969, e, nos tempos de universidade, presidente da Associação de Estudantes do Instituto Superior de Ciências<BR/>Económicas e Financeiras.<BR/><BR/>No «Diário de Notícias», desenvolveu trabalhos de investigação jornalística sobre a Guerra Colonial, a Descolonização e a Revolução do 25 de Abril, alguns dos quais foram reunidos no livro «Segredos de Abril».<BR/><BR/>Fonte: Página do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI) / Universidade Nova de Lisboa (UNL)<BR/><BR/>http://www.ipri.pt/eventos/pdf/CV_JMB_PT.pdfLuís Graçahttps://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-67199735293265142062009-02-23T15:15:00.000+00:002009-02-23T15:15:00.000+00:00É triste que gente como esse vilaverde cabral quei...É triste que gente como esse vilaverde cabral queira vir retirar o mérito a quem escreveu o livro e sobretudo a quem por ele deu a cara.<BR/><BR/>É a "trampa" da política...<BR/><BR/>Abraço camarigo do<BR/>Joaquim Mexia AlvesAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-12632634841972874222009-02-23T13:54:00.000+00:002009-02-23T13:54:00.000+00:00Quanto ao livro, deixo para os estudiosos...Agora,...Quanto ao livro, deixo para os estudiosos...<BR/>Agora, enviar tropa macaca para o "inferno"...<BR/>Onde é que andavam os seus meninos bonitos!!!<BR/>Um abraço<BR/>Bernardo GodinhoAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-68278245868779171692009-02-23T11:35:00.000+00:002009-02-23T11:35:00.000+00:00Meu caro Vasco (da Gama), grande Tigre de Cumbijã:...Meu caro Vasco (da Gama), grande Tigre de Cumbijã:<BR/><BR/>Adorei a tua foto de "timoneiro", apontando o caminho... ao Com-Chefe... Como eu costumo lembrar, o líder - etimologicamente falando - é "o que vai à frente, mostrando o caminho"...<BR/><BR/>Um Alfa Bravo. LuísLuís Graçahttps://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-60058940654525024542009-02-23T11:29:00.000+00:002009-02-23T11:29:00.000+00:00Meu caro Torcato: Não tenho dúvidas que foi uma pe...Meu caro Torcato: <BR/><BR/>Não tenho dúvidas que foi uma pedrada no charco... Sabe-se que o Spínola a 18 de Fevereiro de 1973, antes de sair nas livrarias, ofecereceu uma cópia autografada ao Marcello Caetano com quem, de resto, tinha uma relação afável, se não mesmo amistosa. Há correspondência epistolar que atesta isso. <BR/><BR/>No Brasil, no exílio, Marcello afirmaria, em depoimento, que ao ler o livro do Spínola ficou com a certeza do princípio do fim... O título era, só por si, inquietante, Portugal e o Futuro...A sociedade portuguesa e a elite do Estado Novo estavam exangues, sem ideias, sem imaginação, sem homens, sem recursos, para continuar o esforço de guerra... E sobretudo sem cabos de guerra. Houve quem apostasse no Spínola para dar a volta por dentro. Caso do Sá carneiro. Mas já era demasiado tarde. <BR/><BR/>Tu e eu e muitos de nós fomos testemunhas da incrível onda de esperança que despertou o livro (que o Ministro do Ultramar fez questão de dizer que não tinha lido, mesmo dando luz verde à sua publicação ...). E de mobilização de gentes e de vontades. O livro vendia-se porta a porta...<BR/><BR/>Creio que na altura o impacto do livro do Spínola acabou por ser subestimado, sobretudo pela chamada oposição democrática, sendo ultrapassado pela vertigem dos acontecimentos... 16 de Março, 25 de Abril... Foi pena não ter aparecido em 1961, o mais tardar 1968/69... Mas nunca poderia ter sido escrito antes, sem a experiência guineense de Spínola e da sua 'entourage'...Luís Graçahttps://www.blogger.com/profile/02855689880579087551noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29087476.post-46385115646800580152009-02-23T10:33:00.000+00:002009-02-23T10:33:00.000+00:00Meu Caro Luís:merece um comentário, não tão apress...Meu Caro Luís:merece um comentário, não tão apressado.Há dias enviei dois mails- Artigo da Visão que citas -Não é por ser a 22 ou 23 que o livro saiu - é, isso sim por nesse artigo vir, cito de cor, "que raramente haviam combates frontais, as principais razões das baixas das NT erm as minas e os acidentes de viação...a defesa era feita em aldeias estratégicas ...recorriam, as NT claro, aos massacres e ao napalm".<BR/>Agora afirmo que:ou o livro ou uma tomada de posição eram esperadas, nesse tempo (73) por muitos. Quando apareceu o livro abriu-se uma janela de esperança...não totalmente lido pela maioria, eu incluido, em parte ao correr da página, até por discordância com o conteúdo. Foi uma bandeira ou um marco. A partir dali e com o que estava a acontecer nada iria ficar na mesma. Mas O General Costa Gomes aprovou e era o CEMGFA. Certamente outros estavam de acordo;possivelmente foi"escrito" ou transcritas as ideias de Spinola por outros.O importante foi a pedrada no charco e o ficar bem plasmado que o problema colonial tinha uma solução politica e não militar.<BR/>Merecia um comentário mais extenso e um conteúdo mais aprofundado. Não ha espaço ou tempo. Há mérito e posterior demérito...mas os Generais Spinola e Costa gomes são figuras incontrnáveis ddo nosso País, da guerra colonial e do pós 25 de Abril. Páro por agora,<BR/>Abraços TorcatoAnonymousnoreply@blogger.com