A nau "Portugal", uma das principais atrações
de canhões, e , três mastros.
(Fonte: Ilustração Portuguesa,nº 979, 7 de setembro de 1940,. pág, 6 (cortesia de Hemeroteca Municipal de Lisboa)
1. Ainda não tínhamos nascido, a maior parte de nós em 1940. Em plena II Guerra Mundial, Portugal era, milagrosamente (?), um oásis de paz. Precário, é certo. Milhares de refugiados fugidos da barbárie nazi, nomeadamente judeus, chegavam a Portugal, país neutral, na esperança de conseguir um visto e uma passagem para o Novo Mundo, e em especial os EUA.
O Duplo Centenário (1140, "fundação da nacionalidade"; e 1640, "restauração da independência") foi o pretexto, genial, para a organização de um grande evento político-cultural de consagração do regime de Estado Novo.
Toda sociedade portuguesa e a sua elite (incluindo os seus melhores arquitetos, engenheiros, escultores, decoradores, pintores, artesãos, escritores, jornalistas, poetas, cineastas, etc.) foram mobilizados: cinco mil trabalhadores sob as ordens do arquiteto Cottinelli Telmo (1897-1948) ergueram um espaço equivalente a 50 campos de futebol, no tempo recorde de um ano. Em Belém, na zona ocidental de Lisboa.
De 23 de junho a 2 de outubro de 1940, a Exposição do Mundo Português, em Belém, teve 3 milhões de visitas. Gente de todo o país vinha em excursão a Lisboa. Era quase obrigatório. O ingresso custava 2 escudos e 50 centavos.
Hemeroteca Municipal de Lisboa > Efemérides | Exposição do Mundo Português (1940) (excerto) (com a devida vénia)
(...) Em plena guerra civil de Espanha, quando os regimes autoritários pareciam impor-se na conturbada cena política europeia, o Estado Novo consolidava-se.
É neste ambiente que, em 27 de Março de 1938, Salazar anuncia a realização, em nota oficiosa, de uma grande comemoração do duplo centenário da independência (1140) e da restauração (1640), para o ano de 1940.
A iniciativa assumiu então, em termos de recursos materiais e humanos, uma dimensão inédita, tornando-se o mais importante acontecimento político-cultural do Estado Novo.
O empenho político nas comemorações resulta da compreensão do que estava em jogo: passar ao acto (em forma de comemoração) a consagração pública de uma legitimidade representativa própria, desta feita, eminentemente ideológica e histórica.
Ao invés da legitimidade eleitoral dos regimes democráticos, esforçou-se o Estado Novo por associar os traços mais marcantes do seu nacionalismo – autoritarismo, elitismo, paternalismo e conservadorismo – a um passado mítico legitimador do presente.
Mais, buscou, pela mão dos artistas e a pena dos historiadores, difundir, com «a clareza» possível, essas linhas invisíveis da continuidade, que uniam a grandeza do passado, do presente e do futuro de Portugal.
Corolário de uma «política de espírito», lançada na década anterior pelo audacioso director do Secretariado de Propaganda Nacional, António Ferro, assiste-se à mais conseguida conciliação da arte com a política no Estado Novo. Efémera e irrepetível, contudo.
Ninguém escondia o valor propagandístico da exposição que o próprio António Ferro sintetizaria: «1140 […] explica 1640, como 1640 prepara 1940».
Evocação histórico-ideológica dos momentos edificantes, recheados de heróis e lições exemplares. Espécie de fábula contada em imagens, símbolos, frases e palavras. A exposição ficaria como marco crucial da cumplicidade dos artistas com o Estado Novo ensaiada nos anos 30 e, simultaneamente, o seu ponto final e de viragem.
O certo é que, enquanto em Junho os portugueses assistiam pacíficos à inauguração da sua «cidade mítica», nas chancelarias acendera-se já o alarme – a guerra alastrava por toda a Europa.
Quatro anos volvidos, e o jovem e vigoroso regime atravessaria a sua primeira crise política. A exposição viera afinal comemorar, em apoteose, o fim do ciclo mais sólido da sua existência.
Para saber mais, ver:
BARROS, Júlia Leitão de, “Exposição do Mundo Português”, in BRITO, J. M. Brandão de, e ROSAS, Fernando (dir.), Dicionário de História do Estado Novo, Lisboa, Círculo de Leitores, 1996, vol. 1, pp. 325-327;
MÓNICA, Maria Filomena, “Exposição do Mundo Português”, in BARRETO, António, e MÓNICA, Maria Filomena (Coord.), Dicionário de História de Portugal, Vol. 7, Lisboa, Livraria Figueirinhas, 1999, pp. 710-711. (...).
Fonte: excertos de © 2005 | Hemeroteca Municipal de Lisboa
Vd. também: RTP Ensina > Exposição do Mundo Português, vídeo: 23' 42''
2. A nau “Portugal” (vd. foto acima), idealizada pelo cineasta Leitão de Barros (1896-1967), construída em 1940 para a Exposição do Mundo Português, foi pensada como um símbolo grandioso da epopeia marítima e do imaginário dos Descobrimentos.
No entanto, muitos historiadores e críticos culturais olham para ela como uma "encenação", uma versão romantizada e artificial de um passado que o regime do Estado Novo queria promover. Há quem, mais radical, não esconda que foi uma caricatura de um "império de papel".
De facto, a Exposição do Mundo Português (1940) foi, em grande parte, uma obra de arte efémera (e sobretudo de arquitetura), se bem que que tenha sido também um grande êxito, enquanto evento cultural e propagandístico, prestigiante para o País e para o Estado Novo. Seis dezenas de anos depois, só a Expo 98, também em Lisboa, lhe poderia pedir meças.
Muitos dos pavilhões e estruturas foram construídos com materiais baratos e temporários, tais como madeira, estuque / gesso, pasta de papel (incluindo papelão moldado e reforçado), fibrocimento, telas pintadas, revestimentos decorativos não duráveis, etc,
Estes materiais permitiam criar uma cenografia monumental a baixo custo, dado que as estruturas não eram pensadas para durar após o encerramento da exposição.
Contudo, alguns elementos mais importantes, como partes do Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, já existentes, ou certas infra-estruturas de apoio, como o jardim colonial, a Praça do Império, o espelho de água, o padrão dos Descobrimentos, o Museu de Arte Popular, etc., são marcas que ainda hoje nos falam desse momento de glória, irrepetível, que foi, para Portugal e o Estado Novo, a Exposição do Mundo Português.
3. O que infelizmente não chegou aos nossos dias foi a pobre nau "Portugal". (Tal como.o a nau "Catrineta", teria hoje muito que contar.)
Topicos a reter sobre a Exposição do Duplo Centenário e o papel da nau "Portugal" que mimetizava um galeão quinhentista:
Depois do acidente inicial, a história da nau “Portugal” continua a ser, de certa forma, tão simbólica como o próprio projeto.
Depois de ter adornado, logo após o lançamento à água, a embarcação teve de ser endireitada e estabilizada: foram feitas modificações de emergência para permitir que o navio pudesse cumprir minimamente a função decorativa e cénica que lhe tinha sido atribuída na Exposição do Mundo Português.
E foi, de facto, uma das grandes atrações da Exposição, servindo como cenário flutuante, mais ornamental do que funcional, e tornado-se parte do percurso expositivo que celebrava a epopeia marítima...
Hoje a nau "Portj é lembrada sobretudo como uma "anedota", uma peça de propaganda estética do Estado Novo; um símbolo da tentativa de recriar um passado grandioso com materiais frágeis; e um caso curioso de engenharia naval que revelou os limites entre o mito e o realidade. (Na década de 1940 Portugal não tinha acesso a planos originais detalhados de galeões quinhentistas: ou não existiam muito simplesmente ou não eram incompletos.)
De 23 de junho a 2 de outubro de 1940, a Exposição do Mundo Português, em Belém, teve 3 milhões de visitas. Gente de todo o país vinha em excursão a Lisboa. Era quase obrigatório. O ingresso custava 2 escudos e 50 centavos.
Hemeroteca Municipal de Lisboa > Efemérides | Exposição do Mundo Português (1940) (excerto) (com a devida vénia)
(...) Em plena guerra civil de Espanha, quando os regimes autoritários pareciam impor-se na conturbada cena política europeia, o Estado Novo consolidava-se.
É neste ambiente que, em 27 de Março de 1938, Salazar anuncia a realização, em nota oficiosa, de uma grande comemoração do duplo centenário da independência (1140) e da restauração (1640), para o ano de 1940.
A iniciativa assumiu então, em termos de recursos materiais e humanos, uma dimensão inédita, tornando-se o mais importante acontecimento político-cultural do Estado Novo.
O empenho político nas comemorações resulta da compreensão do que estava em jogo: passar ao acto (em forma de comemoração) a consagração pública de uma legitimidade representativa própria, desta feita, eminentemente ideológica e histórica.
Ao invés da legitimidade eleitoral dos regimes democráticos, esforçou-se o Estado Novo por associar os traços mais marcantes do seu nacionalismo – autoritarismo, elitismo, paternalismo e conservadorismo – a um passado mítico legitimador do presente.
Mais, buscou, pela mão dos artistas e a pena dos historiadores, difundir, com «a clareza» possível, essas linhas invisíveis da continuidade, que uniam a grandeza do passado, do presente e do futuro de Portugal.
Corolário de uma «política de espírito», lançada na década anterior pelo audacioso director do Secretariado de Propaganda Nacional, António Ferro, assiste-se à mais conseguida conciliação da arte com a política no Estado Novo. Efémera e irrepetível, contudo.
Ninguém escondia o valor propagandístico da exposição que o próprio António Ferro sintetizaria: «1140 […] explica 1640, como 1640 prepara 1940».
Evocação histórico-ideológica dos momentos edificantes, recheados de heróis e lições exemplares. Espécie de fábula contada em imagens, símbolos, frases e palavras. A exposição ficaria como marco crucial da cumplicidade dos artistas com o Estado Novo ensaiada nos anos 30 e, simultaneamente, o seu ponto final e de viragem.
O certo é que, enquanto em Junho os portugueses assistiam pacíficos à inauguração da sua «cidade mítica», nas chancelarias acendera-se já o alarme – a guerra alastrava por toda a Europa.
Quatro anos volvidos, e o jovem e vigoroso regime atravessaria a sua primeira crise política. A exposição viera afinal comemorar, em apoteose, o fim do ciclo mais sólido da sua existência.
Para saber mais, ver:
BARROS, Júlia Leitão de, “Exposição do Mundo Português”, in BRITO, J. M. Brandão de, e ROSAS, Fernando (dir.), Dicionário de História do Estado Novo, Lisboa, Círculo de Leitores, 1996, vol. 1, pp. 325-327;
MÓNICA, Maria Filomena, “Exposição do Mundo Português”, in BARRETO, António, e MÓNICA, Maria Filomena (Coord.), Dicionário de História de Portugal, Vol. 7, Lisboa, Livraria Figueirinhas, 1999, pp. 710-711. (...).
Fonte: excertos de © 2005 | Hemeroteca Municipal de Lisboa
Vd. também: RTP Ensina > Exposição do Mundo Português, vídeo: 23' 42''
2. A nau “Portugal” (vd. foto acima), idealizada pelo cineasta Leitão de Barros (1896-1967), construída em 1940 para a Exposição do Mundo Português, foi pensada como um símbolo grandioso da epopeia marítima e do imaginário dos Descobrimentos.
No entanto, muitos historiadores e críticos culturais olham para ela como uma "encenação", uma versão romantizada e artificial de um passado que o regime do Estado Novo queria promover. Há quem, mais radical, não esconda que foi uma caricatura de um "império de papel".
De facto, a Exposição do Mundo Português (1940) foi, em grande parte, uma obra de arte efémera (e sobretudo de arquitetura), se bem que que tenha sido também um grande êxito, enquanto evento cultural e propagandístico, prestigiante para o País e para o Estado Novo. Seis dezenas de anos depois, só a Expo 98, também em Lisboa, lhe poderia pedir meças.
Muitos dos pavilhões e estruturas foram construídos com materiais baratos e temporários, tais como madeira, estuque / gesso, pasta de papel (incluindo papelão moldado e reforçado), fibrocimento, telas pintadas, revestimentos decorativos não duráveis, etc,
Estes materiais permitiam criar uma cenografia monumental a baixo custo, dado que as estruturas não eram pensadas para durar após o encerramento da exposição.
Contudo, alguns elementos mais importantes, como partes do Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, já existentes, ou certas infra-estruturas de apoio, como o jardim colonial, a Praça do Império, o espelho de água, o padrão dos Descobrimentos, o Museu de Arte Popular, etc., são marcas que ainda hoje nos falam desse momento de glória, irrepetível, que foi, para Portugal e o Estado Novo, a Exposição do Mundo Português.
3. O que infelizmente não chegou aos nossos dias foi a pobre nau "Portugal". (Tal como.o a nau "Catrineta", teria hoje muito que contar.)
Topicos a reter sobre a Exposição do Duplo Centenário e o papel da nau "Portugal" que mimetizava um galeão quinhentista:
- Propaganda do Estado Novo: a Exposição de 1940 tinha como objetivo enaltecer a “missão civilizadora” de Portugal e reforçar a narrativa de um país com um destino imperial, por desígnio divino (imperial mas não "imperialista"....); a nau servia mais como peça cénica do que como reconstrução museográfica rigorosa;
- Falta de autenticidade e rigor históricos: embora se inspirasse nos galeões quinhentistas, a nau incorporava elementos estilizados e não seguia fielmente aas técnicas de construção naval da época nem adoptava os materias originais; daí a perceção de “caricatura”;
- Símbolo de um império já decadente: em 1940, Portugal já não tinha o império que proclamava; a nau torna-se assim um símbolo paradoxal: imponente à vista, mas representante de um poder mais mítico do que real, um "império de faz-de-conta", gerido a distância;
- Valor cultural atual: apesar do seu evidente caráter propagandístico, a nau “Portugal” podia continuar a ter interesse enquanto objeto histórico, revelando como o país (o regime, falando em seu nome) quis representar-se a si próprio naquele momento político, numa conjuntura internacional de excepcional gravidade (estava-se em plena guerra e as democracias ocidentais estavam em sério risco de se desmoronarem).
Recorde-se, entretanto. que entre a união ibérica, monarqua dual ou III dinastia (filipina) (1580–1640) e a independência do Brasil (1822), Portugal enfrentou um período de enorme pressão de potências europeias (sobretudo Holanda e Inglaterra) mas também do próximo oriente (como Omã), perdendo vários territórios, praças e feitorias estratégicas do seu império oriental e africano, ou alienando outras (como as praças de Tanger, no Norte de África, e de Bombaim, na Índia, parte do dote da princesa Catarina de Bragança...). Eis os principais: territórios perdidos:
- Ceilão (Sri Lanka)
- Cochim, Quilon, Cananor e feitorias menores na Índia
- Fortes no Coromandel
- Ormuz (Irão)
- Mascate (Omã)
- Mombaça (Quénia) e domínio na costa suaíli, etc,
O império português reduziu-se sobretudo no Índico e no Golfo Pérsico, devido à ascensão holandesa, inglesa e omanita. E em 1822 perdeu a sua joia da coroa, que era o Brasil. A "redescoberta" de África vem depois da independência do Brasil, a única colónia do Novo Mundo.
Mas voltando à nau "Portugal"... Acabou por tombar mal do saiu do estaleiro, na Gafanha da Nazaré, no chamado dia do "bota-abaixo"... E esse episódio (caricatural) reforça ainda mais a ideia simbólica de fragilidade do “império” que o Estado Novo tentava encenar com pompa e circunstância.
De facto, assim que a nau “Portugal” foi lançada à água, adornou devido ao mau cálculo do casco e ao desajuste do centro de gravidade (defeitos conjugados também com um eventual erro de manobra).
Mas voltando à nau "Portugal"... Acabou por tombar mal do saiu do estaleiro, na Gafanha da Nazaré, no chamado dia do "bota-abaixo"... E esse episódio (caricatural) reforça ainda mais a ideia simbólica de fragilidade do “império” que o Estado Novo tentava encenar com pompa e circunstância.
De facto, assim que a nau “Portugal” foi lançada à água, adornou devido ao mau cálculo do casco e ao desajuste do centro de gravidade (defeitos conjugados também com um eventual erro de manobra).
Foi um embaraço público, especialmente porque a embarcação tinha sido concebida para representar a glória marítima portuguesa. E causou ghrande comoção entre o público que assistia a esse momento único.
Alguns aspetos relevantes para se entender este revés (de que vale a pena falar com mais detalhe na II Parte).
Alguns aspetos relevantes para se entender este revés (de que vale a pena falar com mais detalhe na II Parte).
- Erro técnico evidente: a construção foi feita com grande preocupação estética, mas menos rigor técnico; o resultado foi um navio visualmente imponente, mas estruturalmente desequilibrado;
- Reação na época: apesar de se tentar minimizar o episódio, ficou para a posteridade como símbolo do improviso, do efeito perverso da propaganda ( e talvez do "desenrascanço" lusitano, e até qhu
- Força simbólica posterior: alguns historiadores interpretam o acidente como uma metáfora involuntária: um projeto grandioso mas mal fundamentado, refletindo a discrepância entre a imagem do império projetada pelo regime e a realidade.
Depois do acidente inicial, a história da nau “Portugal” continua a ser, de certa forma, tão simbólica como o próprio projeto.
Depois de ter adornado, logo após o lançamento à água, a embarcação teve de ser endireitada e estabilizada: foram feitas modificações de emergência para permitir que o navio pudesse cumprir minimamente a função decorativa e cénica que lhe tinha sido atribuída na Exposição do Mundo Português.
E foi, de facto, uma das grandes atrações da Exposição, servindo como cenário flutuante, mais ornamental do que funcional, e tornado-se parte do percurso expositivo que celebrava a epopeia marítima...
Enfim, era mais um símbolo do que um navio. Tinha problemas estruturais persistentes: a embarcação nunca foi estruturalmente sólida. Era demasiado pesada no cimo, pouco estável e feita sobretudo para “parecer”, não para navegar, embora tivesse sido pensada como uma réplica navegável, para ser usada depois na promoção de produtos portugueses, como os vinhos (nomeadamente no Brasil).
Teve um triste fim: depois de cumprir o seu papel cénico num ambicioso programa propagandístico, a nau deixou de ter utilidade. Uns escassos meses depois, em fevereiro de 1941, sofreu danos irreparáveis devido ao ciclone que atingiu o país e sobretudo a região de Lisboa. O seu casco foi aproveitado para batelão ou barcaça para transporte de mercadorias no estuário do Tejo. E em 1952 acabou ingloriamente por ser abatida.
Hoje a nau "Portj é lembrada sobretudo como uma "anedota", uma peça de propaganda estética do Estado Novo; um símbolo da tentativa de recriar um passado grandioso com materiais frágeis; e um caso curioso de engenharia naval que revelou os limites entre o mito e o realidade. (Na década de 1940 Portugal não tinha acesso a planos originais detalhados de galeões quinhentistas: ou não existiam muito simplesmente ou não eram incompletos.)
(Pesquisa: LG + Net + IA / Gemini, ChatGPT)
(Condensação, revisão / fixação de texto: LG
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Nota do editor:
Último poste da série > 30 de novembro de 2025 > Guiné 61/74 - P27479: Recortes de imprensa sobre o império colonial (1): Sociedade Agrícola do Gambiel, Lda, Aldeia do Cuor, Bambadinca: entrevista a um administrador ("Portugal Colonial", nºs 55-56. set/out 1935)
Nota do editor:
Último poste da série > 30 de novembro de 2025 > Guiné 61/74 - P27479: Recortes de imprensa sobre o império colonial (1): Sociedade Agrícola do Gambiel, Lda, Aldeia do Cuor, Bambadinca: entrevista a um administrador ("Portugal Colonial", nºs 55-56. set/out 1935)
