quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Guiné 63/74 - P12292: Facebook..ando (31): Memórias da histórica vila de Cacheu, ao tempo do Destacamento de Fuzileiros Especiais Africanos, DFE 21 (Zeca Macedo, 2º tenente fuzileiro especial, DFE 21, Cacheu e Bolama, 1973/74, a viiver agora nos EUA)



Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Cacheu > Antigo Forte do Cacheu, de finais do séc. XVI. "O Forte de Cacheu, também conhecido como Fortim de Cacheu ou Reduto de Cacheu, localiza-se junto à foz do rio Cacheu, na cidade de Cacheu, região de Cacheu, no Noroeste da Guiné-Bissau". A sua contrução remonta a 1588 e tinha por função a "defesa da primeira feitoria fundada na região. Além de assegurar a presença militar Portuguesa, constituía-se em importante apoio ao comércio de tecidos manufaturados, marfim e escravos." (...)

(...) "O forte, de pequenas dimensões, apresenta planta na forma de um rectângulo, com 26 metros de comprimento por 24 metros de largura, com pequenos baluartes nos vértices. As muralhas, em pedra argamassada, apresentam cerca de quatro metros de altura por um de espessura. Encontrava-se artilhado com dezasseis peças. O Portão de Armas, com mais de um metro e meio de largura, é o seu único acesso.

(...) "Os trabalhos de recuperação do antigo forte colonial foram desenvolvidos de Janeiro a Março de 2004, com recursos da ordem de cem mil Euros, disponibilizados pela União das Cidades Capitais de Língua Oficial Portuguesa (UCCLA). Visando assegurar a sua utilização como área de lazer e cultura, além de promoção do turismo, foram promovidas a reurbanização de seu interior, onde foram instalados diversos equipamentos de lazer e recolocadas as estátuas dos navegadores portugueses Gonçalves Zarco e Nuno Tristão, os primeiros eurupeus a atingir as costas da Guiné, no século XV. Nas antigas edificações de serviço foram instaladas uma biblioteca e salas de convívio." (Fonte: Wikipédia > Forte de Cacheu).

Foto: © Tina Kramer (2011). Todos os direitos reservados.

Guiné > Região de Cacheu > Cacheu &g > Mapa de São Domingos (1953) > Escala 1/50 mil > Posição relativa da vila de Cacheu, na margem esquerda do Rio Cacheu. Na foz do Rio Cacheu, desembocam os Rios Grande e Pequeno de São Domingos. No seu ponto mais largo, o rio tem cerca de 2,5 km.

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2013).

Guiné > Região de Cacheu > Cacheu > DFE 21 (Cacheu e Bolama, 1973/74) > O Ten Fuzileiro Especial, Zeca Macedo,  frente ao quartel do DFE 21, com o seu amiguinho, o Pedro Silva Horta, filho do imediato 1º TN QP José Maria Silva Horta. Vestidos à maneira tradicional fula.

Foto: © Pedro Silva Horta (2013). Todos os direitos reservados. (Reproduzida com a devida vénia...)


Guiné > Região de Cacheu > Cacheu > DFE 21 (Cacheu e Bolama, 1973/74) > O Ten Fuzileiro Especial, Zeca Macedo, em 1973, com o  Pedro Silva Horta, à mesa do café... Voltaram-se a encontrar 39 anos depois, em Almada...

Foto: © Pedro Silva Horta (2013). Todos os direitos reservados. (Reproduzida com a devida vénia...)

Guiné > Região de Cacheu > Cacheu > DFE 21 (Cacheu e Bolama, 1973/74) > O  jovem Pedro Silva Horta,  de camuflado (, parece que o costureiro foi o Zeca Macedo), batento a pala com a mão esquerda. (Vd. aqui hoje a sua página no Facebook...)

Foto: © Pedro Silva Horta (2013). Todos os direitos reservados. (Reproduzida com a devida vénia...)


Guiné > Região de Cacheu > Cacheu > DFE 21 (Cacheu e Bolama, 1973/74) > O Ten Fuzileiro Especial, Zeca Macedo, com a sua bela moto, no cais da vila de Cacheu...

Guiné > Região de Cacheu > Cacheu > DFE 21 (Cacheu e Bolama, 1973/74) > O Ten Fuzileiro Especial, Zeca Macedo, com a sua Honda (?)...

Guiné > Região de Cacheu > Cacheu > DFE 21 (Cacheu e Bolama, 1973/74) > O Ten Fuzileiro Especial, Zeca Macedo com putos locais.

Guiné > Região de Cacheu > Cacheu > DFE 21 (Cacheu e Bolama, 1973/74) > O Ten Fuzileiro Especial, Zeca Macedo, com o cabo fuzileiro Adjuquite, seu guarda costas, em frente ao quartel do DFE 21.

Guiné > Região de Cacheu > Cacheu > DFE 21 (Cacheu e Bolama, 1973/74) > " Da esquerda para a direita:  "Alferes Silva (CCAÇ 3460), Tenente Castro Centeno (DFE 21), Furriel Lopes (CCAÇ 3460), Tenente Macedo (DFE21) e, em primeiro plano, Alferes Médico Moura (CCAÇ 3460 / BCAÇ 3863) no Quartel do DFE 21 em Vila Cacheu" (ZM). O Zeca também tem uma outra foto do dr. Moura, no rio Cacheu... Não temos ninguém, no blogue, a representar esta companhia.

Sobre o Cacheu e esta CCAÇ 3460, escreveu o António Graça de Abreu o seguinte, no seu Diário da Guiné (Canchungo, 30 de Setembro de 1972):

(...) "O capitão Morgado veio do Cacheu até cá, o que sucede com alguma frequência, para tratar de pequenas operações com o meu coronel ou de outros assuntos com o seu comandante de batalhão. O Morgado é miliciano e comandante da Companhia 3460, a que pertenci. Sempre mantivemos um bom relacionamento, é boa pessoa, afável no trato e nas ideias. Hoje dizia-me: 
- Você não sabe o que perdeu em não vir para a minha Companhia, aquilo lá no Cacheu é uma estância de férias formidável. -  E ria, ria. Não lhe falei nos fuzileiros mortos, recordei-lhe apenas a perna desfeita do alferes Potra, meu substituto. Já não riu, não me falou mais nas delícias do Cacheu.

"Mas é verdade que o lugar, uma das vilas mais antigas da Guiné, vive em paz, não é atacada. O problema é a Caboiana e Jopá, as zonas libertadas do PAIGC perto do Cacheu e de Canchungo. A companhia 3460 não vai lá, por isso vivem tranquilos.

"Sinal de paz e boa vida, o capitão trouxe-nos uns quilos de camarão cozido, fabuloso, grande, gostoso, pescado nas águas do rio Cacheu." (...)


Guiné > Região de Cacheu > Cacheu > DFE 21 (Cacheu e Bolama, 1973/74) > 1973 > O Zeca Macedo "esquiando  ao lado de uma canoa nhominca, nas águas do Rio Cacheu. Essas canoas vinham da Gâmbia com vários produtos que depois eram vendidos em Vila Cacheu pelos comerciantes Manjacos (...). Em Cacheu não havia Libaneses. Os Manjacos eram os principais comerciantes de roupas usadas (fukandjai), que vendiam na feira de Cacheu. (...) No meu tempo a casa Gouveia e a Ultramarina tinham Cabo-verdianos como gerentes.

Fotos: © Zeca Macedo  (2013). Todos os direitos reservados. (Reproduzidas com a devida vénia...)


2.º TEN FZE RN José Joaquim Caldeira Marques Monteiro de Macedo, 21.º CFORN  [, foto à esquerda,
quando jovem cadete da Escola Naval].

[Zeca Macedo: foi 2º tenente fuzileiro especial, DFE 21 (Cacheu e Bolama, 1973/74); nasceu na Praia, Santiago, Cabo Verde, em 1951; vive nos Estados Unidos, onde é advogado; é membro da nossa Tabanca Grande desde 13/2/2008].

1. O Zeca Macedo tem vindo a publicar na sua página do Facebook e na página do Facebook da Tabanca Grande algumas fotos do seu álbum, com memórias do Chacheu, onde esteve aquartelado o DFE 21, em 1973.

Com a devida vénia, e com um abraço (longo) ao nosso camarada, reproduzimos aqui algumas dessas fotos.

Temos esperança que ele ou algum camarada dele tenha fotos do centro histórico de Cacheu, incluindo o edifício da Casa Gouveia dessa época (1973/74), que terá funcionado, como passado, como "casa dos escravos".

Sobre a atividade operacional do DFE 21 (como dos DFE 22 e DFE 23, os três destacamentos de fuzileiros especiais africanos), ver o excelente dossiê disponível na página do nosso camarada Manuel Lema Santos, Reserva Naval.

O Manuel Lema Santos publica aqui a composição completa do DFE 21, o primeiro dos três a ser ativado (21/4/1970 - 24/8/1974).
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Nota do editor:

Guiné 63/74 - P12291: Agenda cultural (295): Apresentação do livro "Dona Berta de Bissau", de José Ceitil, dia 26 de Novembro de 2013, pelas 21h00 no Auditório da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira

C O N V I T E 

Apresentação do livro "Dona Berta de Bissau", de autoria de José Ceitil, dia 26 de Novembro de 2013, pelas 21h00 no Auditório da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira.

A apresentação do livro estará a cargo do Dr. Mário Beja Santos.


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Nota do editor

Último poste da série de 4 DE NOVEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12249: Agenda cultural (294): Lançamento do livro "Memórias de Quarenta", de autoria do nosso camarada José Eduardo Oliveira (JERO), a levar a efeito no próximo dia 16 de Novembro de 2013, pelas 15 horas, no Hotel de Santa Maria, em frente ao Mosteiro de Alcobaça

Guiné 63/74 - P12290: Crónicas das minhas viagens à Guiné-Bissau (José Martins Rodrigues) (5): O dia seguinte no Xitole com as pessoas

1. Quinto episódio da série do nosso camarada José Martins Rodrigues (ex-1.º Cabo Aux Enf.º da CART 2716/BART 2917, Xitole, 1970/72), dedicada às suas viagens de saudade à Guiné-Bissau, a primeira efectuada em 1998.




CRÓNICAS DAS MINHAS VIAGENS À GUINÉ-BISSAU



A PRIMEIRA VIAGEM - 1998

5 - O DIA SEGUINTE NO XITOLE COM AS PESSOAS

Após uma noite bem dormida e todos manifestamente bem dispostos, voltamos à estrada para mais um dia “fora de casa”, novamente a caminho do Xitole.
Aqui chegados, a motivação eram agora as pessoas. Sabiam que viríamos.

Os Homens e as Mulheres Grandes eram hoje em maior número. De muito poucos me lembrava. Uma Mulher Grande, de quem não recordava o nome, mas que reconheci sem grande dificuldade, era uma das esposas do proprietário dum camião civil que quase sempre integrava as colunas de reabastecimento ao Xitole. Ela e o Saido Baldé, eram os nossos principais interlocutores, talvez porque falando um Português, aqui e ali mesclado com o crioulo, facilmente se faziam entender.

Com uma mistura de sobriedade e de altivez, trajavam de vestes tradicionais e tinham uma memória soberba. Comecei a sacudir a poeira do baú das memórias. Ouvi falar de quem conhecera e dos que já haviam desaparecido. Ouvi falar de quem já não lembrava e daqueles que me foram mais próximos. Ouvi falar de quem esperava encontrar e que, por razões várias, não o consegui. Ouvi falar do antes e do agora das suas vidas. Ouvi os lamentos de uma vida dura e sem esperança e, ouvi falar com nostalgia dos tempos da nossa presença.

Saltavam os nomes do Capitão... do Alfero... do Furriel... que até tocava viola, do Formeiro... etc. etc. etc..
Era patente a alegria com que falavam desses tempos. Foi com alguma dificuldade que consegui disfarçar a emoção, sempre que faziam essas referências. Paternalismo ou outro qualquer “ismo”?

Naquele momento, eu tinha uma certeza. Era somente um ser humano, tocado pelos afectos forjados há muitos anos em circunstâncias particulares e que os deixava fluir sem mais “embrulhos”, na presença daqueles que a vida colocara no seu caminho. Estava feliz entre “a minha gente”.

O Saido Baldé era difícil esquecer. Com uma fisionomia muito peculiar, em que sobressaíam uns olhos que pareciam querer saltar a qualquer momento das órbitas, era um homem feliz. Não nos largava um minuto. Mas não tinha as notícias do Galé Djaló que eu esperava ouvir. Impunha-se uma nova ida a Quebo (Aldeia Formosa) na companhia do Saido. Voltaríamos a fazer o nosso almoço piquenique junto dos rápidos de Cussilinta, com nova paragem para um cafezinho no Saltinho. Quebo, era a derradeira tentativa para encontrar o camarada de “profissão” com quem privei, de forma quase fraternal, durante a minha permanência no Xitole. Um bom Camarada e Amigo, que a “sorte” não permitiu rever.

Se dúvidas houvesse, logo ali ficaram desfeitas. Eu tinha que voltar à Guiné. São tantos os motivos que nos “puxam” para aquela terra que, somados à necessidade de rever Galé, tornaram firme essa ideia. Eu sabia que iria voltar e, disso fiz promessa e anúncio em Quebo e o repeti no Xitole, para onde nos dirigimos novamente. Eram os nossos últimos momentos no Xitole.
Aproveitamos para dar mais uma vista de olhos, principalmente pelas redondezas do quartel. Sempre na companhia do Saido, aventuramo-nos ali para os lados da antiga picada, no sentido de quem vinha da “Ponte dos Fulas”, do antigo poço de que se abastecia o quartel e da casa do comerciante libanês Jamil. Ali por perto, a picada tinha virado trilho, o poço, que já fora substituído, estava abandonado e meio escondido e o alpendre da casa do Jamil ameaçava cair, apesar do interior estar em razoável estado de conservação. Ao que parece, esta casa teria sido utilizada para alojamento do pessoal da empresa que construiu a estrada alcatroada.

Não fora o novo posto de saúde e uma outra construção nova, e aquele local mais parecia uma cidade fantasma. Foi o último olhar sobre o Xitole. A despedida foi difícil. Algumas lágrimas envergonhadas caíram pelo meu rosto. Eram o tributo do meu carácter à reconciliação com as memórias do passado e, a expressão dos meus afectos pelas gentes do Xitole. Estava a despedir-me e já sentia saudades.

Desisti de procurar as explicações para o meu estado de alma. Era o “eu” de agora. Aquela mistura do “eu” com vinte e três anos e o “eu” com cinquenta e um anos de idade. Tantos e tantos anos a sonhar em voltar ao Xitole e já estava de partida. Emocionado, deixei aquelas gentes e aquela terra. Eu sabia que iria voltar, porque há mais mundo no nosso coração para além da nossa vida, neste cantinho à beira mar plantado. Os que me acompanhavam nesta viagem, estavam tão longe, ou não, de entenderem a guerra das emoções que estava a travar e que, com dificuldade, me esforçava por controlar.

Regressamos ao Capé para um resto de tarde na piscina e para dois dedos de conversa com os gestores do empreendimento turístico, senhor Fernando e D. Margarida. O senhor Fernando, para além de ter sido funcionário da Caixa Geral de Depósitos em Lisboa, era também um ex-combatente na Guiné. Gente simpática e com talento na arte de bem receber, e que decidira tentar a “sorte” na Guiné. O número de hóspedes tinha aumentado substancialmente. Contamos mais sete casais. Segundo o senhor Fernando, estes casais integravam médicos oriundos da Cidade do Porto e teriam vindo de avião até Dakar, prosseguindo depois de Jipe até Bafatá e, segundo nos confidenciou depois, estariam ali a expensas de um conhecido laboratório farmacêutico.

Talvez pelos muitos hóspedes, ou por ser a nossa última noite no Capé, fomos brindados durante o jantar e ao redor da piscina, com a exibição de um grupo de danças tradicionais da etnia Mandinga. Batuque forte e ritmado, jovens de ambos os sexos vestindo trajes tradicionais e dançando coreografias ancestrais. Espectáculo soberbo. No final, os hóspedes acabaram misturados com os “artistas”, na vã tentativa de os acompanharem.
Era a noite de despedida da região centro da Guiné-Bissau e dos locais que mais me marcaram. Fomos dormir. Amanhã, é o regresso a Bissau para a descoberta de uma “outra” Guiné.

Xitole - Antigo e atual enfermeiros

Xitole - Conversando, no local que era a entrada do quartel

Xitole - Reencontro com Saido Baldé

Xitole - Na escola, deixando material escolar

A minha primeira viagem à Guiné -1998 (3) - De Cussilinta, Saltinho, Ponte dos Fulas, até ao Cais do Xime

(Continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 7 DE NOVEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12260: Crónicas das minhas viagens à Guiné-Bissau (José Martins Rodrigues) (4): A caminho do Xitole, 26 anos depois

Guiné 63/74 - P12289: Filhos do vento (24): Associação de Solidariedade dos Filhos e Amigos dos Ex-Combatentes Portugueses na Guiné... Uma associação sem sede, sem sítio na Net, sem email, que precisa da nossa ajuda (Catarina Gomes, jornalista do Público)


Parte da capa da página do Público 'on lin', de 14/7/2013 > "Filhos do vento: guerra colonial; as histórias dos filhos que os portugueses deixaram para trás".  Uma reportagem dos enviados especiais do Público à Guiné Bissau, Catarina Gomes, Manuel Roberto e Ricardo Rezende. 


1. A pedido a da jornalista do Público, Catarina Gomes, que tem procurado dar voz aos "filhos do vento" da Guiné-Bissau.  Mensagem que nos chegou ontem:

Fernando Silva nasceu em 1968, Fátima Cruz em 1975, José Maria Indequi em 1971. São nomes que não vos dizem nada. Eu conheci-os. São filhos de ex-combatentes portugueses com mulheres guineenses que sonham em conhecer os seus pais, são adultos hoje com cerca de 30-40 anos que parecem tornar a ser crianças quando começam a falar do seu passado, do pai português de quem só ouviram falar mas cuja ausência os assombra. “Sinto-me meia-pessoa”, disse-me Fernando. Em apenas 10 dias na Guiné entrevistei mais de 20 filhos, tive que deixar muitos dos que me abordaram de fora. Posso dizer-vos que noite dentro, chegada ao hotel, tinha sempre mais alguém na recepção para me contar a sua história. Foi uma experiência avassaladora e emocional. Tinha meia dúzia de histórias antes de ir, lá havia sempre que conhecia alguém e mais alguém e mais alguém… 

Contámos algumas destas histórias numa reportagem publicada no Público em Julho. Criámos um email, filhosdovento@publico.pt, para tentar ir além da reportagem e tentar unir estes dois lados, filhos e pais que eventualmente queiram procurar/encontrar os filhos. Não recebemos nenhum email de um pai. Recebemos emails de vários irmãos a quem os pais um dia contaram que deixaram lá um filho, alguns pais já tinham morrido, recebemos alguns emails de filhos guineenses que continuam à procura do pai vivendo em Portugal.

Passados quase 4 meses, por causa da reportagem, alguns destes filhos decidiram criar uma associação para tentarem ser portugueses e descobrir os pais. Muitos dos que me lêem conhecem a Guiné melhor que eu, saberão que pouco mudou, que é um dos mais pobres países do mundo, que nem Bissau tem luz à noite. Consigo a custo falar com eles ao telefone, obviamente que a associação não tem sede, site, email de correspondência. Penso que eles precisam de ajuda deste lado de cá, em Portugal. Pergunto se alguém quer ajudar nesta busca pelos seus pais? Alguém quererá dar apoio jurídico para que eles tentem tornar-se portugueses como sonham?

Como dizia um ex-combatente em conversa comigo sobre este assunto, “daqui a 15 anos a sua reportagem seria irrelevante, agora ainda é tempo”. (**)

Catarina Gomes, Jornalista Público

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 6 de novembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12257: Filhos do vento (22): Criada a Associação de Solidariedade dos Filhos e Amigos dos Ex-Combatentes Portugueses na Guiné

(**) Último poste da série > 8 de novembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12266: Filhos do vento (23): ...ou da ventania (Juvenal Amado)

Guiné 63/74 - P12288: Parabéns a você (651): César Dias, ex-Fur Mil Sap Inf do BCAÇ 2885 (Guiné, 1969/71); Jacinto Cristina, ex-Soldado At Inf da CCAÇ 3546 (Guiné, 1972/74) e Maria Arminda Santos, ex-Tenente Enf.ª Paraquedista (1961/1970)

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Nota do editor

Último poste da série de 13 de Novembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12285: Parabéns a você (650): José Manuel Lopes, ex-Fur Mil Art da CART 6250 (Guiné, 1972/74)

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Guiné 63/74 - P12287: Memórias de Mansabá (30): Um nunca acabar de recordações (Ernesto Duarte)

1. Mensagem do nosso camarada Ernesto Duarte (ex-Fur Mil da CCAÇ 1421/BCAÇ 1857, Mansabá, 1965/67) com data de 9 de Novembro de 2013:

Olá amigo Carlos
Olá caro camarada Mansabense
Pois é tu estiveste duas semanas ausente, eu estou, ou ando a maior parte do tempo ausente!
O tempo é o grande mestre! Claro que ter deixado a minha serra e ter vindo trabalhar para Lisboa as escolhas eram muito poucas, e com aquele pequenino pormenor de o pais ignorar o que se passava no Ultramar, logo não se poder falar muito.

Entre a minha época e a tua já houve uma diferença, cada vez era mais difícil esconder as coisas. Mas quando me reformei não tive a noção das minhas limitações, e ao ter ficado com a casa que era dos meus pais soube muito bem e não me doíam os ossos, não me custava nada lá ir e ia com gosto e alegria, hoje aborrece-me muito, ou pelo menos já não tem a graça que tinha, mas não quero abandonar as coisas, e lá vou indo e isto tudo para dizer que só no principio da semana recebi o teu email que desde já agradeço, assim como agradeço, a fortificação de Cutia e o mapa da nossa área critica!
Mas antes faço um reparo a mim próprio eu esqueci-me um pouco que tu também lá estiveste em condições de “hospitalidade“ diferentes na rua, mas na prática iguais. Tenho lido muito e quando há tempos vi que andaste por Manhau, não senti como que uma necessidade de te fazer perguntas sobre aquilo, mas disse cá para os meus botões, mais um que lá andou a arriscar a pele.

Não sei se no teu tempo ainda havia uma serração a funcionar em Mansabá! Era logo à entrada à esquerda quando se ia de Cutia. O dono fez o favor de me convidar e a mais dois ou três para irmos lá almoçar, jantar! Não eram ofertas por pura simpatia, era a necessidade que ele tinha de se dar bem connosco, tendo as relações piorado muito, quando nós não trouxemos de Banjara um trator enorme de lagartas que lá tinha ficado quando ele fugiu de lá.
Esse senhor com meia dúzia de caçadores africanos, mais os lenhadores e mais uns loucos como eu que íamos à caça, cortava madeira na zona de Mansomine, não passava aquela zona sem floresta antes de Cucuto e também não se aproximava muito de Demba Só.

Imediações de Mansabá que a CART 2732 palmilhava frequentemente, não evitando mesmo assim o mau feitio da vizinhança. Vd. Carta de Farim 1:50.000
Legenda: CV

Para o lado de Morés, nada, e depois com um certo à-vontade em frente e para a direita em relação à pista de aviação. Eu falo disto com muita emoção, mas o engraçado, ultimamente quando vou ao Algarve já não levo computador, se levo não abro, até porque a banda larga é uma porcaria, eu leio e penso, tento recordar! Eu lembro-me de sair de casa, já camuflado, com uma mala numa mão e um saco ao ombro, mas não lembro emoções nenhumas nem de pessoas terem falado comigo. Só lembro uma enfermeira da terra que veio no mesmo comboio que eu, Lagos – Barreiro se preocupar muito comigo!

Depois de termos desembarcado na Madeira e nos últimos dias de viagem, eu comecei a sentir uma certa expectativa em relação a Bissau. Depois de tanto ter ouvido da história dos portugueses e seus feitos, eu ia finalmente pisar uma cidade, capital de província, deveria ter que ver. Não digo que foi uma desilusão, digo onde estás Bissau, não sei que se passa com meus olhos que te não enxergam, estou a passar por ti e não te enxergo.

Uns campos, uns montes de bagabaga e eis que estou noutra grande cidade, Mansoa!

Tiro-lhe o Man e fico com o soa!
Mas não soa
Não soa os ecos da cidade.
Soa o estrondo das armas
Não soam risos de crianças
Soam choros de criança
Não soam risos de gente feliz
Soam gritos de gente com raiva
Soa o silencio de uma cidade em guerra
Parto para Mansabá que tem algumas casas com traços de arquitetura mas com janelas e terraços tapados a tijolos de terra batida.
Mansabá com a sua rua principal chegava a ter alguma beleza, quando as acácias floriam e se enchia com o garrido das bajudas, talvez se passeando!
A Mansabá, tirando-lhe igualmente o Man fico com sabá
Sabá rainha do saber
Foste uma rainha para muitos de nós
Não pelo saber
Não pelos teus encantos
Mas pelo teu poder total
Porque nos prendeste
Porque nos acorrentaste
Porque nos escravizaste
Porque nos obrigaste a fazer coisas que não queríamos
Porque transformaste nossos cérebros
Porque transformaste nossas personalidades
Porque transformaste nossas vidas
Porque transformaste a vida dos nossos familiares
Porque dispuseste de nós como te apeteceu Incluindo deformar nossos corpos
Incluindo tirar nossas vidas
Nunca ouvindo nossos pedidos de clemência
Mas eu não te odeio
Se calhar até tenho saudades tuas

Carlos, o texto são mais umas linhas para juntares a tantas que tens recebido.
As fotos são para voltares a ver aquilo que nunca esqueces.

Um obrigada por tudo
Um abraço aqui de Mansabá
BCAÇ 1857 / CCAÇ 1421
Ernesto Duarte
Furriel Miliciano

 Ernesto Duarte em Mansabá(?)

O Fur Mil Ernesto Duarte junto ao memorial da sua Companhia (CCAÇ 1421), "Os Caveiras" 


 Duas vistas aéreas de Mansabá no tempo de Ernesto Duarte

Ernesto Duarte na "avenida" de acesso à Porta de Armas do aquartelamento de Mansabá, tão bem descrita com a sua alma poética, acima, no texto

Ernesto Duarte numa das paradas do aquartelamento de Mansabá

Fotos: © Ernesto Duarte. Todos os direitos reservados. (Edição e legendagem: CV)


2. Comentário do editor:

Caríssimo Ernesto Duarte
As tuas palavras, quando falas de Mansabá, são apaixonadas, deixando transparecer o quanto ficaste marcado por aquela "terra onde se arde vivo", assim designada no livro "Guiné 1965 Contra Ataque", de Amândio César. Compreendo-te porque ali permaneci 22 meses e 11 dias.
A minha actividade operacional e ocupação das "horas livres", ajudando na Secretaria, não dava para grandes convívios na tabanca. Conheci meia dúzia de civis, os nossos dedicados guias e milícias e nossos camaradas do Pel Caç Nat 57. Lembro-me bem dos domingos em que nos vestíamos umas horas à civil, para arejar a roupa, e íamos passear a tabanca. Sentia-se um ar diferente nestes dias. Quase só os pelotões de piquete e serviço estavam ocupados. Com a noite voltava o sentir da guerra e os sentidos entravam todos em modo de emergência.

As horas mal dormidas em alerta permanente; os sucessivos ataques ao aquartelamento e tabanca; as sempre perigosas colunas para Mansoa e Farim; a protecção, com emboscadas quase diárias, durante meses aos trabalhos de pavimentação do troço da estrada Bironque-K3; as emboscadas nocturnas no fim da pista e no Alto de Bissorã; os patrulhamentos diurnos e nocturnos, assim como as operações, são parte da nossa memória que se apagará só no último dia das nossas vidas.

Quanto à Serração de que julgo falares, no meu tempo estava já desactivada e era um local de passagem muito perigoso.
Havia contudo um branco, não sei se é do teu tempo, o senhor José Leal que, com uns quantos colaboradores locais, abatia árvores algures nas imediações de Mansabá. Não precisava de protecção e tanto quanto me lembro nunca foi atacado. Provavelmente explorava a área que referes. Sinceramente não me lembro se ele tinha alguma serração ou se trazia os toros já limpos do local. Lembro-me que a camioneta era muito velha, que só tinha a cabina em cima do chassi onde transportava os toros.
Fica aqui a sua foto para ver se te lembras dele. Morava do lado de fora, quase encostado ao arame que cercava o quartel, por trás da casa do gerador e da mecânica, quem ia para a tabanca do lado esquerdo, quando se saía a porta de armas.

Mansabá, Abril de 1971 - Senhor José Leal segurando a sua filhota, o Cap Mil Jorge Picado, ajuda, e o Alf Mil Manuel Casal, assiste.
Foto e legenda: © Caros Vinhal. Todos os direitos reservados.

Não de Mansabá, mas de Leça da Palmeira, recebe camarada mansabense Ernesto, um fraterno abraço e os melhores votos de boa saúde.
CV
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Nota do editor

Último poste da série de 14 DE OUTUBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12150: Memórias de Mansabá (29): A tabanca de Manhau já não existia em 1965 (Ernesto Duarte)

Guiné 63/74 - P12286: Memória dos lugares (253): Cacheu, centro histórico, antiga Casa Gouveia, futuro Memorial da Escravatura (Carlos Silva)


Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Cacheu > Zona histórica da vila > 2007 > Antiga Casa Gouveia



Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Cacheu > Zona histórica da vila > 2007 > O Carlos Silva, tendo por detrás a antiga Casa Gouveia; à esquerda  e antuga Casa Escada, à sua direita. Eram duas casas coemerciais importantes, no tempo da guerra colonial (1961/74).




Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Cacheu > Zona histórica da vila > 2009 > Foto a preto e branco da ntiga Casa Gouveia, em completo estado de abandono, vista de outra perspectiva


Fotos: © Caros Silva (2013). Todos os direitos reservados. (Edição e legendagem:  L.G.).


1. Duas mensagens do nosso querido amigo e camarada Carlos Silva, enviadas ontem por volta das 23h00:

Meus Caros Pepito e Luís:

(i) A propósito do post 12280 (*), compreendi agora o que pretendiam Tomem lá a casa dos escravos. Uma bela fotografia

(ii) Aqui vai outra foto,  noutra versão e a preto

Publiquem as 2 fotos para ajudar a identificar a casa, pois a partir da foto do Paulo Bastos (*)  é mais difícil.

Fabuloso, como diz o nosso amigo Pepito

Um abraço, Carlos Silva

2. Comentário (e apelo) de L.G.:

Já agradeci hoje, de manhã. ao Carlos Silva, nestes termos:

Carlos, grande régulo de Farim... e grande andarilho!... Diz-me lá aonde que ainda não foste na Guiné?!... Esta foto [, a preto e branco,] é mesmo espectacular... Obrigadão... É caso para repetir, sem imodéstia, que o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande. Luis

Agora dirijo-me aos restantes amigos e camaradas da Tabanca Grande e demais leitores do blogue:

As duas primeiras fotos, acima publicadas,  com a antiga Casa Gouveia. na vila de Cacheu, são de 2007. São do nosso camarada Carlos Silva a quem estamos muito gratos pela pronta resposta ao nosso pedido de ontem... Como veem, é uma casa de sobrado, que deveria ser imponente no nosso tempo (1961/74)... A foto a preto e branco é posterior, de 2009, mas dá-nos mais informação sobre o edifício que vai ser restaurado para ser instalado o Memorial da Escravatura.

Era importante descobrir uma foto com a fachada ainda em boas condições... se possível dos anos 60/70. Pede-se mais um esforço adicional aos camaradas que tenham passado pelo Cacheu... Pode ser que esteja ainda escondida nos vossos álbuns.

Em nome da AD - Acção para o Desenvolvimento e da Fundação Mário Soares, o nosso amigo dr, Alfredo Caldeira que está a coordenar a equipa técnica, já nos agradeceu as nossas diligências:

Caros Amigos: Muito obrigado pelo vosso esforço. Esta imagem [, a de 2009, a preto e branco,] , é, apesar de tudo, anterior ao actual estado de degradação. Mas 'precisávamos de ir mais atrás' - designadamente para perceber se a varanda que existiu na fachada ia de um lado ao outro, como parece depreender-se de alguns pormenores da fachada.
Os arquitectos que estão empenhados no projecto de restauro do edifício precisam de todos os pormenores...
Mais uma vez obrigado e um abraço, Alfredo Caldeira.

Fica aqui, mais uma vez, o apelo e agradecimento  a todos os amigos e camaradas que quiserem continuar a fornecer-nos imagens da antiga Casa Gouveia no Cacheu, de preferência do idos anos de 1960/70 em que a casa (comercial) ainda estava aberta e o edifício não estava degradado.  (**)

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Guiné 63/74 - P12285: Parabéns a você (650): José Manuel Lopes, ex-Fur Mil Art da CART 6250/72 (Guiné, 1972/74)

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Nota do editor

Último poste da série de 10 DE NOVEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12272: Parabéns a você (649): António Garcia de Matos, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2790 (Guiné, 1970/72) e Jorge Araújo, ex-Fur Mil Op Esp da CART 3494 (Guiné, 1972/74)

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Guiné 63/74 - P12284: Memória dos lugares (252): Bafatá ao tempo do Esq Rec Fox 2640 (1969/71) (Manuel Mata)



Guiné > Zona leste > Bafatá > Esquadrão de Reconhecimento Fox 2640 (1969/71) > Vista aérea, tirada de heli.

O Esq Rec Fox 2640 (Bafatá, 1969/71) era constituído por 1 Pelotão de Comando e Serviços e 3 Pelotões de Reconhecimento, equipados com as seguintes viaturas: (i) três Auto Metralhadoras Daimler; (ii)  duas Auto Metralhadoras Fox; (iii) um Granadeiro com blindagem lateral sendo a sua guarnição composta por atiradores; (iv) um Unimog cuja secção tinha um morteiro 81.

Foto: © Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados. [Edição: L.G.]


Texto do Manuel Mata, ex-1º cabo apontador de Carros de Combate M 47, Esq  Rec Fox 2640 (Bafatá, 1969/71) (*)

[Montagem de fotos  originalmente publicadas na I Série do Blogue, em vários postes (*),  e que se volta a reproduzir, com um abraço ao autor, de quem não temos tido notícias; creio que vive no Crato ou Niza, no Alto Alentejo; gostaríamos de ter outras fotos iguais mas com melhor resolução]


1. Apresentam-se a seguir algumas imagens que documentam o aspecto de Bafatá à data da sua elevação a cidade (em cerimónia que decorreu a 12 e 13 de Março de 1970, com a presença do Ministro do Ultramar, Joaquim Moreira da Silva Cunha). (**)


Guiné > Zona Leste > Bafatá > 1970 > 

Foto nº 1 

Estabelecimentos comerciais e ruas com o seu aspecto bem cuidado, onde se destaca a limpeza e os lancis pintados a branco.





Guiné > Zona Leste > Bafatá > 1970 > 

Foto nº 2

Outra rua comercial 





Guiné > Zona Leste > Bafatá > 1970 > 

Foto nº 3

Rotunda à entrada de Bafatá e o Café do Teófilo (pai da Ritinha), ao fundo. 



Guiné > Zona Leste > Bafatá > 1970 > 

Foto nº 4

Hospital, unidade dirigida por missionários 
italianos





Guiné > Zona Leste > Bafatá > 1970 > 

Foto nº 5

Catedral onde casou o Alferes Félix Vaz,  do Comando, com uma irmã do Coronel Danif, filhos da D. Rosa.  





Guiné > Zona Leste > Bafatá > 1970 > 


Foto nº 6

Residência do Administrador do Concelho [Ribeiro Guerra, na altura] e  posto dos cipaios.






Guiné > Zona Leste > Bafatá > 1970 > 

Foto nº 7

Mesquita, espaço de oração da comunidade muçulmana. 





Guiné > Zona Leste > Bafatá > 1970 > 

Foto nº 8

Escola Primária inaugurada nesse ano.







Guiné > Zona Leste > Bafatá > 1970 > 

Foto nº 9 

Edifício dos Correios e Finanças. 






Guiné > Zona Leste > Bafatá > 1970 > 

Foto nº 10

O "Bataclã" [, no bairro da Rocha],   um dos pontos de lazer e divertimento da rapaziada.








Guiné > Zona Leste > Bafatá > 1970 > 

Foto nº 11


Ponte do Rio Colufe [, afluente do Rio Geba,] com a sua célebre estrutura em troncos de palmeira,




Guiné > Zona Leste > Bafatá > 1970 >

Foto nº 12

Ponte sobre o Rio Geba[, em cimento armado]


Fotos e legendas: © Manuel Mata (2006). Todos os direitos reservados

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Notas do editor:

[Foto à esquerda: Campo Militar de Santa Margarida > Regimento de Cavalaria 4 > 1969 > O Manuel Mata posando num Carro de Combate M47. Foto do autor]


(*) Vd. I Série > poste de 2 de abril de 2006 > Guiné 63/74 - DCLXXI: Esquadrão de Reconhecimento Fox 2640 (Manuel Mata) (4): Elevação de Bafatá a Cidade

Comentários deixados neste poste:

(1) posted by Jovem Cantineiro [, Carmindo Pereira Bento,]: 12/19/2007 12:41 PM


Colegas de Bafatá, vejo tudo o que têm neste e noutros sites relativos à Guine.

Sou ex-militar do Esquadrão de Reconhecimento Fox 8840.  Estive lá no inicio de 1973 até perto do fim do ano de 1974.

Tenho histórias a contar como vocês contam as vossas. Tivemos lá dos maiores atentados registados até essa data.

Lamento,  principalmente o meu ex-capitão e comandante Carvalhais,  do Esquadrão de Cavalaria 8840 (hoje coronel),  nada registar na internet.

Não vos conheco mas gostaria de ter contacto convosco para vocês conhecerm o meu esquadrão e recordarmos por onde e como passamos.

Um abraço... Carmindo Pereira Bento.
Restaurante Ângulo-Real 2425-022 Monte-Real- Leiria.


(ii) posted by Anónimo [Maurício Vieira] : 1/02/2009 12:16 AM 

Oi, amigo, também estive em Bafatá,  de Março de 1972 até Julho de 1974, pertenci à CCS do Batalhão 3884, mesmo ao teu lado. 

O meu mail: maunuvi@hotmail.com, para futuro contacto, Tel. 214026571 - Tm. 914614074.

No blog do Luis Graça podes encontrar o meu nome e referências na fotogaleria, chamo-me Mauricio Vieira e moro em Sintra. Teria todo o prazer em nos contactarmos, até porque gostaria de ter fotos de Bafatá que infelizmente perdi na totalidade. Um abraço e até breve.
(iii) posted by Antonio [Fontes] : 5/04/2011 3:31 PM

Tudo bem,  amigo, há muito que procurava alguém do esquadrao do qual fiz parte. Fiquei muito contente ao ver isto,  sou o mecánico Fontes,  gostava de contactar amigos do 8840. O meu contacto: afontessantos@gmail.com

(iv) posted by Campelo de Sousa : 1/30/2013 10:44 PM 

Também estive em Bafatá em fins de 1970 no Posto de Rádio (STM).

Foi lá que recebi o meu primeiro salário o dito Pré referente ao mês de Novembro/1970, de valor global = 2.738$00 !!! Esse recibo trazia escrito a lápis o seguinte: B.ART.2920 e ESQ.FOX.2640.

Passados que são 43 anos eu ainda guardo esse 1º Recido.

Francamente era uma fortuna que compensava muito bem as agruras daquela guerra para não dizer outra coisa  !!!!

Ex 1º Cabo Radiotelegrafista Campelo de Sousa.

PS - Esqueci-me de deixar o meu email: campelodesousa@sapo.pt

(**) Último poste da série > 12 de novembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12280: Memória dos lugares (251): Cacheu, o Largo Central, a Casa Escada, a Casa Gouveia... (António Bastos, ex-1.º Cabo, Pel Caç Ind 953, Teixeira Pinto e Farim, 1964/66)