quarta-feira, 5 de julho de 2017

Guiné 61/74 - P17549 Ser solidário (203 ): Em troca do meu livro ("Lameta"), os meus amigos podem ajudar, com algum dinheiro, o projeto de construção de uma escola em Manati-Boibau, Liquiçá, Timor Leste... Por mor das crianças timorenses mas também da língua que nos serve de traço de união (João Crisóstomo)

João Crisóstomo, Porto das Barcas, Lourinhã. 1/7/2017.
Foto: Luís Graça
1. Mensagem do nosso amigo e camarada da diáspora, conhecido ativista de causas sociais, a viver em Nova Iorque, João Crisóstomo [, ex-alf mil da CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67]

Data: 16 de junho de 2017 às 23:28
Assunto: Sugestão


Caro Luís Graça,

A minha ida a Timor foi experiência grande para mim. Mesmo "preparado",  fiquei boquiaberto  como que vi e senti. Por alguma razão tenho por vezes ouvido dizer que Timor é uma ilha enfeitiçante, que não podes mais esquecer depois de lá ires e a veres.   Não conseguia compreender bem o que me diziam, mas agora compreendo. Se antes me interessava por Timor agora o meu interesse redobrou e,  embora ainda sem saber como prosseguir, sei que tenho mesmo de tentar fazer algo mais.

O que segue  é uma sugestão  para responder a muitos dos que receberam o livro LAMETA, que eu dei a várias dezenas de camaradas  da Guiné e outros amigos, e  que com a melhor das vontades me têm perguntado como podem " pagar" o livro. Isso está fora de questão, mas o que segue  talvez possa ajudar a ir ao encontro dessa boa vontade.  Se puderes publicar no teu/nosso blogue a mensagem que a partir de agora vou incluir no livro no acto de entrega,  fico muito grato.

Vou na próxima semana a Portugal, em rota para a Eslovénia.  Gostaria de poder conversar contigo sobre isto e muito mais; vamos a ver se conseguimos agendar o nosso tempo para isso.
 Um abraço, João



Um pano tradicional ("tais") timorense... Foi-me oferecido por um aluno de doutoramento em saúde pública  (Escola Nacional de Saúde Pública / Universidade NOVA de Lisboa), um antigo guerrilheiro, enfermeiro da FRELIMO, preso aos 15 anos pelos indonésios.

Foto (e legenda): © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


2. Comentário do editor LG:

João, desta vez não vieste com a tua Vilma que, entretanto,  te espera, de braços abertos, na  Eslovénia. Se bem percebi, partes, na 4ª feira, dia 6, para a terra da tua amada. Mas,  olha,  foi bom rever-te e estar contigo no Porto das Barcas, Lourinhã, no passado sábado (*), saboreando mexilhões e sardinhas assadas, em frente ao mar, com a tua Nova Iorque do outro lado... Na 6ª feira, tinhas estado a jantar com o Eduardo Jorge Ferreira, outro dos nossos amigos da Tabanca de Porto Dinheiro de que é, de resto, o competente, dedicado e popular régulo... Tenho aqui umas fotos,  que já publiquei (*) e que te vou mandar, da nossa tarde, bem animada, passada naquele que é o mais antigo porto lagosteiro do mundo (Jean Costeau dixit, segundo dizem os amigos do Porto da Barcas, o nome só por si tem ressonâncias medievas).

Quanto à tua sugestão, não podia ter melhor cabimento e acolhimento no nosso blogue (**). Somos um blogue de gente solidária e o teu pedido por certo não vai cair em saco roto. Sobretudo por parte daqueles dos nossos amigos e camaradas cujo coração está mais próximo de Timor Leste e da sua doce e corajosa gente: esses, irão por certo poupar alguns euros em bicas e imperiais, pô-los no mealheiro e transferir esse dinheiro para a conta que acabas de abrir na Caixa Geral de Depósitos:

IBAN: TL 3800 2012 4493 6910 0016 2 
CODE: CGDITLDI

Tens que falar mais, aqui, dessa escola e desse projeto, a que está associado um amigo e colega do Eduardo Jorge Ferreira, professor de educação física, que já professor na Lourinhã e que julgo residir no concelho da Lourinhã: o prof Rui Chamusco, beirão do Sabugal. Não o conheço pessoalmente mas o Eduardo tem-me falado dele e foi ele que vos pôs em contacto. Trabalhou vários anos, como cooperante em Timor, e a ideia de construir esta escola em Manati-Boibau é dele... Desejo-vos, a ele e a ti, bom sucesso para esta campanha solidária. (LG)





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(**) Último poste da série > 24 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17392: Ser solidário (202): A ONG portuguesa VIDA há 25 a trabalhar na Guiné-Bissau: conheçam alguns dos seus projetos (Armando Tavares da Silva)

Guiné 63/74 - P17548: Os nossos médicos (86): Cenas da vida de um médico no CTIG, Alfredo Roque Gameiro Martins Barata, Alf Mil Médico da CCAÇ 675 (José Eduardo R. OLiveira)


Alfredo Roque Gameiro Martins Barata
Lisboa, 12.04.1938 † 20.06.2017


1. Mensagem do nosso camarada José Eduardo Oliveira (JERO) (ex-Fur Mil Enf.º da CCAÇ 675, Quinhamel, Binta e Farim, 1964/66), com data de 30 de Junho de 2017, aceitando o desafio do nosso editor Luís Graça, falando-nos do ex-Alf Mil Médico, Dr. Martins Barata, recentemente falecido:

Caros Amigos
Correspondendo ao pedido, e no seguimento do meu compromisso, segue uma pequena história protagonizada pelo n/Alferes Médico Alfredo Roque Gameiro Martins Barata.

Abraço-vos.
JERO


Na família tinha a fama de... distraído. Na vida militar essa ”fama” não colheu e se algumas dificuldades teve... terá tido mais a ver com o facto de ser uma pessoa muito bem-educada.
E, como se sabe, na vida militar encontra-se filhos de... muitas mães com quem, muitas vezes, não resulta um tratamento do tipo “português suave”! Mas... adiante.

Recordo que cumprimos na Guiné, integrados no CCaç 675, a nossa comissão de 2 anos (de meados de 1964 a meados de 1966).
Em Binta, depois de uns meses de “prática militar”, instalámos o nosso Posto de Socorros no “Largo da Tomada da Pastilha”, que não era só “aberto” a militares. Havia também grande número de nativos que o frequentavam e que apresentavam o mais variado tipo de enfermidades. Tivemos casos de lepra (uma doença que era suposto já estar então erradicada...), elefantíase e um terrível surto de sarampo.

Largo da Tomada da Pastilha

Uma das histórias clínicas mais espantosa passou-se com uma nativa que um dia se apresentou à consulta queixando-se de ter engolido uma cobra enquanto dormia!

O Dr. Barata já falava umas ”coisas” dos dialetos locais e rapidamente percebeu que a sua doente devia padecer de lombrigas que, durante o sono, lhe teriam chegado à boca.

Pensou num vomitório e na apresentação de um pequeno réptil à doente após a medicação, “cena” que ficou marcada para o dia seguinte.
Entretanto encomendou-se a captura de uma pequena cobra, o que não foi difícil de conseguir.

Tudo preparado, chega-se ao dia seguinte e, conforme o plano estabelecido, é administrado à paciente o vomitório, tendo por perto a pequena cobra (já morta) para, no “pós-vómito”, convencer a nativa que... estava curada. O pior foi mesmo o que se seguiu.
O vomitório, durante alguns longos minutos, provocou vómitos sim mas a todo o pessoal do Serviço de Saúde menos à doente que... nunca mais vomitava.
Finalmente lá aconteceu e a cena da cobra resultou inteiramente.

JERO
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Nota do editor

Último poste da série de 12 de junho de 2015 > Guiné 63/74 - P14738: Os nossos médicos (85): Memórias do Dr. Rui Vieira Coelho, ex-Alf Mil Médico dos BCAÇ 3872 e 4518 (15): Africanização Portuguesa

Guiné 61/74 - P17547: Os nossos seres, saberes e lazeres (220): São Miguel: vai para cinquenta anos, deu-se-me o achamento (9) (Mário Beja Santos)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70) com data de 15 de Março de 2017:

Queridos amigos,
Foi o último dia de viagem, comecei cedo pelos jardins de Ponta Delgada, segui para a Lagoa do Fogo, daí para a Caldeira Velha, por fim a Ribeira Grande e depois o aeroporto.
O jovem aspirante a oficial miliciano que fui nestas paragens jamais esqueceu do que aprendeu, as estimas com que foi cumulado e até aquele misterioso princípio dos vasos comunicantes que assegura encontros imprevisíveis, o médico oftalmologista que me tratou dos olhos depois de uma mina anticarro deu-me o privilégio de uma amizade feita de telefonemas constantes e abraços sempre que chegava à Ilha Verde. Foi a notícia triste que colhi nesta viagem: um brutal AVC derrubou-o, articula uns sons pouco compreensíveis, vive agitado. Faltou-me coragem para o ver, ele era a imagem viva da alegria de viver. Mais uma razão para regressar, para lhe confidenciar o bem que ele me fez aos olhos que conservo.

Um abraço do
Mário


São Miguel: vai para cinquenta anos, deu-se-me o achamento (9)

Beja Santos

A viagem está praticamente no fim, cumpriu-se o sonho de voltar àquela ilha que logo provocou fascínio ao viandante, era a primeira vez que alugava casa e vivia distante do seu meio de criação. Duas experiências foram mais que enriquecedoras: deu recrutas a jovens de todas as ilhas, ou quase, descobriu em si capacidade de liderança, será fundamental quando chegar à guerra que irá travar na Guiné, à frente de soldados nativos; e descobriu, mais ou menos deslumbrado, a capacidade de fazer amizades que o tempo se encarregará de consolidar. Cinquenta anos antes, percorreu troços de São Miguel ao fins-de-semana, e os arredores de Ponta Delgada ao fim da tarde. Ali viveu de Outubro a Março, conheceu todos os céus nublados, brumas, rugidos dos vagalhões oceânicos, subiu a cumeeiras, atravessou canadas, conheceu plantas exóticas, aí teve como guia um sueco botânico altamente preparado, gostou da bagacina, do metrosídero, das araucárias, das longas fileiras de hidrângeas, das coloridas azálias, de pétalas fosfóreas. Era o princípio do enamoramento. E que nunca mais se quebrou.




Deu vazão a um programa previamente esboçado e contou com ajudas do seu amigo Mário Reis, andou de Ponta Delgada até à Lagoa, percorreu as Fajãs, a Relva, as Feteiras, os Ginetes, deu a volta à costa Sul até aos Fenais da Luz. Deliciou-se com a estadia no Vale das Furnas, não só a magia da lagoa nem das caldeiras mas com as encostas floridas, magnólias e azálias. Foram dias de intensa luz, só interrompidos pelas chuvas diluvianas que caíram quando estava na Achada, e tinha havido o achado de conhecer o Nordeste, a extraordinária revelação desta viagem, ficou cliente da Serra da Tronqueira e daquelas pontas que dão pelo nome de Madrugada e Sossego. Aliás, os nomes das localidades e dos relevos são poderosos pela sonoridade, pela espessura telúrica e a singularidade insular: Ribeira Quente, Faial da Terra, Pico da Vara, Lomba da Fazenda, S. António de Nordestinho, Rabo de Peixe, S. Vicente de Ferreira, Ajuda da Bretanha.


Tinha saudades da Ribeira Grande, foi segundo ou terceiro passeio que fiz fora de Ponta Delgada. Impressionou-me a Ermida do Espírito Santo com a sua fachada barroca, nunca tinha visto uma coisa assim, delicada e imponente. Mais tarde, por diligência amiga de José Medeiros Ferreira e Melo Bento, aqui fiz uma conferência no salão magnífico da câmara municipal. O tempo corre, é só mais itinerância por estes espaços íntimos, por essas árvores tão bem tratadas, esta digna sobriedade de jardins, áleas, recantos. Houvesse tempo ia ver o mar, iria até Rabo de Peixe, numa das recrutas tinha três soldados daqui provenientes, falavam com um acento cerrado, precisei sempre de intérprete. Vim visitá-los no Natal de 1967, foi uma emoção. E é com outra emoção que parto, já com imensa vontade de regressar, logo que se aprouver, ficou muitíssimo para ver e rever, não faz diferença pois o viandante despede-se com um até já.




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Nota do editor

Último poste da série de 28 de junho de 2017 > Guiné 61/74 - P17519: Os nossos seres, saberes e lazeres (219): São Miguel: vai para cinquenta anos, deu-se-me o achamento (8)(Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P17546 Agenda cultural (571): Recrição da batalha do Vimeiro, de 1808, e mercado oitocentista: Vimeiro, Lourinhã, 14, 15 e 16 de julho de 2017 (Eduardo Jorge Ferreira, ex-alf mil, Polícia Aérea, BA 12, Bissalanca, 1973/74; presidente da assembleia geral da Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro)


A batalha do Vimeiro, de 1808, travado pelo exército napoleónico e as forças luso-britânicas,  vai ser recriada, no local, a 14, 15 e  16 de julho de 2017. Esta batalha, entre o Exército Francês, comandado por Junot, e o Exército Anglo-Luso, sob o comando de Sir Arthur Wellesley, futuro Duque de Wellington, aconteceu justamente no Vimeiro e arredores, no dia 21 de agosto de 1808, quatro dias depois dos combates travados na Roliça, concelho de Bombarral. As baixas (mortos e feridos) foram das 2 mil para o lado francês; 700 para  o lado luso-britânico. A inequívoca vitória dos portugueses  e seus aliados pôs termo à I Invasâo Napoleónica.

Imagem (reproduzida coma devida vénia,,,): © 2017 Município da Lourinhã | Todos os Direitos Reservados



1. É um sugestão (cultural e turística) do nosso amigo e camarada  Eduardo Jorge Ferreira [ex-alf mil, Polícia Aérea, BA 12, Bissalanca, 1973/74, presidente da assembleia geral da Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro]


De 14 a 16 de julho, terá lugar no Vimeiro (concelho da Lourinhã) a Recriação Histórica da Batalha ocorrida em 1808 e um Mercado Oitocentista com um vasto conjunto de atividades temáticas que proporcionarão uma viagem até ao início do séc. XIX.

Nestas comemorações o visitante  poderá encontrar ofícios da época, animações de rua, teatro, concertos, workshops para os mais pequenos, visitas guiadas ao Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro, mostra e venda de produtos e gastronomia.

Todos os dias o evento conta muita música e com animação permanente, onde diversos animadores vão dar vida a diferentes personagens, que vão percorrer as ruas do mercado, misturando-se com os visitantes. Neste espaço é possível, ainda, assistir à demonstração de ofícios (tanoeiro, entalhador, curtimenta da pele, oleiro,  entre outros).
A entrada é GRATUITA.


PROGRAMA


SEXTA-FEIRA, 14 DE JULHO

19h00 – Abertura do Mercado Oitocentista - Visita ao Mercado pelo Rei e sua Comitiva (Recinto)

20h00 – "Visita do Rei D. Manuel II ao Vimeiro" (Junto ao Monumento do 1.º Centenário)

20h30 – Banquete em Honra de Sua Majestade (Tenda Real)

22h30 – Concerto: Orquestra Ligeira Monte Olivett (Palco Wellington)

00h00 – Espetáculo de Malabares de Fogo (Junto ao Monumento do 1.º Centenário)

SÁBADO, 15 DE JULHO

10h00 – Abertura do Mercado Oitocentista

10h00 – Hastear das Bandeiras com a presença dos Grupos de Recriadores (Junto ao Monumento do 1.º Centenário)

10h30 – Peddy Paper (Ruas do Vimeiro)

11h00 – Desfile dos grupos de recriadores pelas ruas da Lourinhã em direção à Praça José Máximo da Costa. Cerimónia do hastear de bandeiras junto ao edifício dos Paços Município, seguida de mensagem de boas-vindas do senhor Presidente da Câmara.

15h00 – Visita guiada encenada ao CIBV  Inscrição obrigatória através do e-mail cibatalhavimeiro@cm-lourinha.pt limitada a 50 pessoas. Mediante o número de inscrições, poderá ter lugar uma reedição da iniciativa pelas 16h30].

15h30 às 17h30 – Manobras militares livres, desenvolvidas pelos grupos de recriadores (Acampamento Militar)

16h00 – Workshop "Dançar em tempo de Gerra"

17h00 – Atelier didático infanto-juvenil (CIBV)

18h00 – Concerto: Coro Munincipal (Anfiteatro CIBV)

19h00 – Baile Oitocentista (Junto ao Monumento do 1.º Centenário)

22h00 – Recriação Histórica da Batalha do Vimeiro - combate noturno (Campo de Batalha)

23h00 – Concerto: Orquestra de Sopros e Percussão Jovens do Oeste (Palco Wellington)

00h30 – Espetáculo de Malabares de Fogo (Junto ao Monumento do 1.º Centenário)


DOMINGO, 16 DE JULHO


Encontro do Grupo “Oeste Sketchers” a decorrer ao longo do dia

10h00 – Hastear das bandeiras seguida de cerimónia de homenagem aos mortos em combate (Junto ao Monumento do 1.º Centenário)

10h30 às 11h00 – Manobras militares livres, desenvolvidas pelos grupos de recriadores (Acampamento Militar)

12h00 – Recriação Histórica da Batalha da Vimeiro – combate pelas ruas do Vimeiro seguido de assalto à igreja

15h00 – Jogos de Guerra do Período Napoleónico (CIBV) [Jogos de estratégia com miniaturas (War Games) numa vertente de demonstração/participação que versam o período napoleónico para o público em geral (a partir dos 14 anos).]

15h00 – Workshop de Pintura de Miniaturas Napoleónicas (CIBV)

16h00 – Encenação “A Desfolhada”, pelo Rancho Folclórico Clibotas (Junto ao Monumento do 1.º Centenário)

16h00 – Workshop de modelagem de barro (Mercado - Espaço infantil)

17h30 - Concerto pelos Grupos: Manuk e ZaraGaitaS (Palco Wellington)

19h00 – Cerimónia do arriar das bandeiras pelo Grupo Recriadores da AMBV (Junto ao Monumento do 1.º Centenário)


terça-feira, 4 de julho de 2017

Guiné 61/74 - P17545: Convívios (816): encontro da Tabanca de Porto Dinheiro... em Porto das Barcas, com o nosso tabanqueiro nº 1, o João Crisóstomo (, sempre a correr: Timor, Nova Iorque, Portugal, Eslovénia...) e sem o nosso régulo, o Eduardo Jorge Ferreira... Foi no passado sábado, dia 1, com o mar do Serro em frente... e Timor no coração!


Foto nº 1 > João Crisóstomo, o luso-americano que gosta de abraçar causas sociais,  neste caso trata-se de vestir de novo a camisola, pôr o boné e arregaçara as mangas... por  Timor, pelos meninos de Timor, pela lusofonia (, como veremos em próximo poste, da série "Ser solidário").


Foto nº 2 >  Um lutador de causas sociais que até há pouco tempo preferia usar apenas as tecnologias  mais convencionais: o telefone, o fax... Hoje é vê-lo com o seu "Mac", desembaraçado que nem um puto... Aqui ao lado da Alice mostrando a sua "fotogaleria" da recentíssima e empolgante viagem a Timor onde teve honras de (quase) Chefe de Estado,,, Ele mais a sua Vilma!


Foto nº 3 > O jornal da sua terra, o "Badaladas",  de Torres Vedras, na sua edição de 9 de junho de 2017, dedicou-lhe um artigo de 3/4 de página... O enfoque foi o seu livro recente, sobre a origem, o desenvolvimento e a ação  do LAMETA,  o movimento luso-americano em prol da autodeterminação de Timor-Leste, criado em 1996 e ativo até 2002...


Foto nº 4 > Timor leste, Dili > 25 de maio de 2017 > 15º aniversário da independência >  Cerimónia da entrega do dossiê LAMETA ao Museu da Resistência, presidida pelo 1º ministro, dr. Rui Maria Araújo, e na presença dos "históricos" Xanana Gusmão e Mari Alkatiri... Ao fundo vê-se, pendurado na parede, o grande painel “Timor 1975” (4,50 X 1,20 metros) , da autoria do artista luso-americano Fernando Silva, usado frequentemente em frente às Nações Unidas, em Nova Iorque e que, pelo telefone, o dirigente do LAMETA fez questão de oferecer a Xanana quando este saiu da prisão. Para o João Crisóstomo, é a nossa "Guernica". (Imagem fotografada, a partir do ecrã do PC do João.)


Foto nº 5 > Porto das Barcas > Restaurante da Associação dos Amigos do Porto das Barcas 1 de julho de 2017 > Mexilhões como entrada, seguidos de umas belas sardinhas assadas, tudo acompanhado com um refrescante vinho branco leve...e com o mar a bater na rocha...



Foto nº 6 > Lourinhã > Porto das Barcas > 1 de julho de 2017 > Encontro da Tabanca de Porto Dinheiro > Da esquerda para a direita: João Crisóstomo, Alice Carneiro, Dina. Jaime Bonifácio Marques da Silva e Luís Graça... Houve quem tivesse falta (justificada), a começar pelo régulo, o  Eduardo Jorge Ferreira que se anda preparar para pedir meças ao Junot, nos próximas dias 14, 15 e 16, na "batalha do Vimeiro"... (Ao fundo, do lado esquerdo, a praia de Porto Dinheiro, sede da Tabanca de Porto Dinheiro.)


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Em trânsito para a Eslovénia (aonde se irá juntar à sua Vilma,  lá na terra a cuidar do seu património familiar...), o João Crisóstomo foi recebido com a proverbial hospitalidade, carinho e calor da gente da Tabanca de Porto Dinheiro, convocada, em cima da hora, para um almoço-convívio, no sábado passado, dia 1. 

Por sugestão do secretário "ad hoc", Luís Graça, a escolha recaiu no Porto das Barcas, com o Porto Dinheiro à vista, já que todo o mundo queria comer sardinhas assadas à beira mar...

João Crisóstomo é, como Deus, manda e o povo obedece... O régulo, Eduardo Jorge Ferreira, já tinha recebido na véspera o nosso ilustre tabanqueiro  que o inteirou das suas últimas andanças pelo mundo  fora, em prol de boas causas, e nomeadamente na sua ida  a Timor, por ocasião do 15º aniversário da independência, a convite do 1º ministro daquele país irmão.

Em mail que entretanto já nos tinha enviado dias antes, o luso-americano  João Crisóstomo não foi parco nas palavas de elogio:

(...) "A minha ida a Timor foi experiência grande para mim. Mesmo 'preparado', fiquei boquiaberto como que vi e senti. Por alguma razão tenho por vezes ouvido dizer que Timor é uma ilha enfeitiçante, que não podes mais esquecer depois de lá ires e a veres. Não conseguia compreender bem o que me diziam, mas agora compreendo. Se antes me interessava por Timor agora o meu interesse redobrou e , embora ainda sem saber como prosseguir, sei que tenho mesmo de tentar fazer algo mais." (...)

As fotos acima documentam as duas horas e meia, descontraídas, que passámos no "porto lagosteiro mais antigo do mundo" (Jean Cousteau "dixit", segundo a Associação dos Amigos de Atalaia - Porto das Barcas).

Ainda se falou da audiência, privada,  que o nosso presidente da República concedeu, no  Palácio de Belém, ao casal João e Vilma Crisóstomo, que lhe foram mostrar  o dossiê original sobre o LAMETA,  agora entregue ao Museu da Resistência, em Dili. O João teve também ocasião de oferecer, autografado, um exemplar do seu livro, "LAMETA", ao prof Marcelo Rebelo de Sousa.

Se não erro, o João Crisóstomo parte amanhã para a Estónia. Ainda tivemos oportunidade de falar, por telemóvel, com a nossa tabanqueira Vilma que andava, atarefada, com obras lá em casa. Ao casal desejamos boa estadia e bom regresso, esperando voltar a ver, pelo menos o João, em agosto... de novo na Tabanca de Porto Dinheiro para a tradicional  caldeirada anual...

2. Esperemos que desta vez não faltem os restantes tabanqueiros, da fornada de 2015,  e que agora não foram convocados, dada a "emergência da situação": 

António Nunes Lopes (ex-fur mil, CCAÇ 1439), Maria Helena Carvalho (, filha do Pereira do Enxalé) e marido, Álvaro Carvalho (, das Caldas da Rainha), Alexandre Rato, presidente da junta de freguesia de Ribamar,  Horácio Fernandes (ex-alf mil capelão, de rendição individual, Catió e Bambadinca, 1967/69) e esposa, Milita, sem esquecer o nosso régulo Eduardo Jorge Ferreira... Naturalmente que qualquer um dos nossos membros da Tabanca Grande pode integrar a Tabanca de Porto Dinheiro, e participar no próximo almoço-convívio...

E a propósito, tomem nota, na vossa agenda, da realização da 3ª edição do Festival do Peixe, de 7 a 16 de julho de 2017, na Praia do Porto das Barcas... Oferta variada, da tradicional caldeirada ao "gourmet" peixe seco... (LG).



Cartaz do Festival de Peixe, Praia de Porto Dinheiro, Ribamar, Lourinhã





(...) Deste nomes de fêmeas aos teus barcos
Que são machos,
Máquinas fálicas de lavrar e violar
O vento, a água, o ar,
Jessica, Mafalda, Sofia,
Inês, Patrícia, Maria. (...)

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Guiné 61/74 - P17544: Cartas de amor e paz em tempo de guerra (José Teixeira, ex-1.º Cabo Aux Enf da CCAÇ 2381) (1): Navio Niassa, 5 de Maio e Bissau/navio Niassa, 7 de Maio de 1968


Empada - José Teixeira escrevendo

1. Em mensagem do dia 29 de Junho de 2017, o nosso camarada José Teixeira (ex-1.º Cabo Aux. Enf.º da CCAÇ 2381, Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70), enviou-nos as duas primeiras "Cartas de amor e paz em tempo de guerra", série que esperamos seja continuada.

Meus caros amigos editores:

Junto mais um texto com um tema novo e pouco trabalhado – Cartas de amor.
Espero que gostem.

Abraço do
Zé Teixeira


Guiné > Bissau > 29 de dezembro de 1971 > Chegada do
T/T Niassa. Foto do ex-al mil, António Sá Fernandes,
CART 3521 (Piche) e Pel Caç Nat 52 (Mato Cão)
(1971/73).
Cartas de amor e paz em tempo de guerra (1)


 1 - Barco Niassa, 5 de maio de 1968

Minha querida

Pára! Senta-te no sofá e procura concentrar-te em mim, pois neste momento, eu, o teu amor,  estou junto a ti, de alma e coração, na amurada do Niassa.

A minha maior preocupação é saber como estás. Calculo que tiveste de fazer um enorme esforço para voltares a ti, já que a minha partida para a Guiné te desorientou. Conheço-te o suficiente para avaliar o teu sofrimento. Creio que tu sofreste mais, com a minha partida, que propriamente eu.

Agora confia na tua força de vontade para voltares a ser, tal como és:  alegre, comunicativa, sempre bem-disposta, com Fé em Deus, que te diz que o teu amor voltará, disposto a amar-te ainda mais. Voltarei para construirmos o nosso futuro em felicidade.

Parto para esta guerra confiado no amor que me dedicas e essa confiança será o meu alento para as lutas na Guiné. Neste momento sinto mais medo da luta que terei de travar comigo mesmo que propriamente da guerra que terei de fazer, ou seja,  a luta contra os bandoleiros que infestam a Província. Conto com a tua ajuda moral e sobretudo espiritual para vencer todas as batalhas que terei de travar para bem do nosso futuro. Deste modo, com a tua ajuda, daqui a vinte meses, estarei junto a ti, com Missão Cumprida,  para não mais me afastar.

Sabes! Estou contente comigo mesmo. Não contava com tanta resistência de minha parte, na despedida. Parti confiante. Os únicos momentos em que vacilei, foi quando me despedi da minha mãe. As lágrimas teimavam em descer pela face, mas consegui segurar-me. Também me custou separar-me de ti. Ainda estou a ver-te sentada no cais de Campanhã a dizer-me adeus, com o teu sorriso de dor e coração apertado.

Não sei como classificar esta viagem em que vamos metidos num porão enorme, como animais para o matadouro. São centenas e centenas de jovens de olhar perdido e estômago revoltado. O cheiro a vómito é abafador, tal como calor que nos persegue dia e noite.

Quinta feira ao fim da tarde sentia uma grande dor de cabeça. Havia algo dentro de mim que não estava bem. Faltava-me a tua presença, sempre querida. Isolei-me na proa do barco, no meio de centenas de camaradas. Então tu apareceste através do telegrama que recebi com a tua mensagem de amor. Não calculas quanto me soube a tua presença ali a meu lado. Como adivinhaste que eu precisava de ti? Sabes, o telegrama veio na hora certa.

As viagens marítimas são formidáveis, mesmo num barco carregado com cerca de mil e oitocentos homens. O ambiente por vezes até parece um arraial minhoto. Muitos encostam-se à amurada e espraiam o olhar no vazio dos céus e mar que nos rodeia. De algum modo estou gostando e espero repeti-lo dentro de vinte meses no sentido inverso. Aí, sim, cantaremos de alegria.

Dizem que estamos a chegar, mas sei que não vou desembarcar hoje, Domingo, em Bissau. Dizem que vamos partir noutro barco e desembarcar algures nas margens do Rio Cacheu. Conto desembarcar com o pé direito, sem foguetes ou balas a assobiar por cima da cabeça.

Confiado no grande amor que me dedicas, fico-me por aqui, com desejos que te encontres bem, na companhia da tua família.

Recebe um grande abraço e muitas saudades do que te quer de alma e coração.
Teu Jorge.

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2 - Bissau, Niassa, 7 de maio 1968

É meia noite. Como ainda não desembarquei, vou escrever mais um pouco, enquanto o Vítor não desembarca. Pedi-lhe para levar esta carta com ele para pôr no correio.

Está um calor sufocante e uma barafunda enorme. Malas, sacos, embrulhos, homens aos magotes desnorteados. Ordens e contra ordens. Tudo anda aos trambolhões na proa do barco. A minha Companhia deve desembarcar amanhã de manhã para uma lancha e subir o Cacheu.

Minha querida:

Só agora, longe de ti, em terras que não conheço, sinto bem quanto te amo. Não calculas quanto tenho sofrido nestes dois últimos dias. Como vou eu aguentar cerca de dois anos sem te ver, sem a tua presença?

Éramos tão felizes, mas a felicidade não pode durar sempre.

Desculpa este desabafo. Apetece-me chorar. Mas não. Um homem nunca chora.

Um grande abraço e um grande beijo deste que te ama com todo o coração.
Teu Jorge.
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Guiné 61/74 - P17543: Facebook...ando (47): Seleção de fotos e textos de "Buruntuma: 'algum dia serás grande'..." (Jorge Ferreira, fotógrafo, ex-alf mil, 3ª CCAÇ, Bolama, Nova Lamego, Buruntuma, 1961/63) - Parte I: Jovens fulas: enfeites


Guiné > Região de Gabu > Buruntuma > c. 1961/62 > Bajudas fulas:  enfeites. 

Fotos: © Jorge Ferreira (2016). Todos os direitos reservados.


1. Da página do Facebook do nosso camarada Jorge Ferreira (que hoje está de parabéns por ter feito mais um aninho de vida!), com a devida vénia:


Capa do livro,"Buruntuma: 'algum dia serás grande',
 Guiné, Gabu, 1961-63". (Edição de  autor,
 Oeiras, 2016)
E N F E I T E S

Às jovens Fulas, desde a mais tenra idade, são-lhes perfurados os lóbulos das orelhas para pendurarem argolas de ouro, prata, cobre ou alumínio, conforme as posses da família. 

Aos cabelos prendem-lhes anilhas, discos, medalhas de ouro ou prata, moedas, contas e missangas, enfeites que revelam uma verdadeira arte feminina de sedução e forte personalidade. Também as fitas garridas, pentes e travessas, contas, missangas e conchinhas são enfeites para o cabelo.

Desde a mais tenra idade até à velhice, o penteado constitui o principal adorno das mulheres Futa-fulas, consumindo-lhes a maior parte do seu tempo de ócio.

O mesmo se constatava entre os Fulas-forros e Fulas–pretos, embora de forma não tão aprimorada.

[Mensagem de 8/3/2017]
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Guiné 61/74 - P17542: "Tite (1961/1962/1963) Paz e Guerra", brochura de 2002, da autoria do nosso camarada Gabriel Moura do Pel Mort 19 (2): Págs. 9 a 16

Capa da brochura "Tite (1961/1962/1963) Paz e Guerra"

Gabriel Moura


1. Continuação da publicação do trabalho em PDF do nosso camarada Gabriel Moura, "Tite (1961/1962/1963) Paz e Guerra", enviado ao Blogue por Francisco Gamelas (ex-Alf Mil Cav, CMDT do Pel Rec Daimler 3089, Teixeira Pinto, 1971/73).



(Continua)
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Nota do editor

Primeiro poste da série de 30 de junho de 2017 > Guiné 61/74 - P17529: "Tite (1961/1962/1963) Paz e Guerra", brochura de 2002, da autoria do nosso camarada Gabriel Moura do Pel Mort 19 (1): Até à pág. 8

Guiné 61/74 - P17541: Parabéns a você (1283): Jorge Ferreira, ex-Alf Mil Inf da 3.ª CCAÇ (Guiné, 1961/63)

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Nota do editor

Último poste da série de 3 de Julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17535: Parabéns a você (1282): António Nobre, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 2464 (Guiné, 1979/71)

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Guiné 61/74 - P17540: Agenda cultural (570): Ciclo temático: A Guerra Colonial - 6 de Julho pelas 18h00 - Obras de António Lobo Antunes, Biblioteca Municipal Almeida Faria, Montemor-o-Novo (José Brás)




1. Mensagem do nosso camarada José Brás (ex-Fur Mil da CCAÇ 1622, Aldeia Formosa e Mejo, 1966/68) com data de 28 de Junho de 2017:

Bom dia, caríssimo Carlos
Junto-te texto que não necessita de explicação, uma vez que ele se explica sozinho.
Faço parte do Clube de Leitura.

Grande abraço e cumprimentos à família
José Brás


O Clube de Leitura da Biblioteca Municipal Almeida Faria, de Montemor-o-Novo, organizou e concretizará nos próximos três meses (Julho, Agosto e Setembro), um ciclo de debate a partir da chamada Literatura da Guerra Colonial. 

A primeira sessão desse ciclo, a 6 de Julho, será dedicado a Lobo Antunes e terá apresentação pela Dra. Elsa Ligeiro. 

A segunda sessão, a 4 de Agosto, sob o título “África na Literatura Portuguesa – Um tema de uma geração”, terá como apresentador o Coronel Carlos Matos Gomes (Carlos Vale Ferraz). 

A terceira sessão, em Setembro e ainda sem data concreta, com referência em “Cartas Vermelhas”, será conduzida por Ana Cristina Silva, autora da obra. 

As sessões, como é prática mensal do Clube de Leitura, decorrerão no Auditório da Biblioteca com início às 18 horas e com entrada e participação livre.
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Nota do editor

Último poste da série de 3 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17539: Agenda cultural (569): Sessão de lançamento do segundo volume do livro do José Ferreira, "Memórias Boas da Minha Guerra" (Lisboa, Chiado Editora, 2017), a realizar no sábado, dia 8, pelas 10h30, na Quinta Choupal dos Melros, Fânzeres, Gondomar. Apresentação a cargo do nosso editor, Luís Graça

Guiné 61/74 - P17539: Agenda cultural (569): Sessão de lançamento do segundo volume do livro do José Ferreira, "Memórias Boas da Minha Guerra" (Lisboa, Chiado Editora, 2017), a realizar no sábado, dia 8, pelas 10h30, na Quinta Choupal dos Melros, Fânzeres, Gondomar. Apresentação a cargo do nosso editor, Luís Graça.


1. Sessão de lançamento do segundo volume do livro do José Ferreira, "Memórias Boas da Minha Guerra" (Lisboa, Chiado Editora, 2017), a realizar no sábado, dia 8, pelas 10h30, na Quinta Choupal dos Melros, Fânzeres, Gondomar (*). 

A moderação estará a cargo de Alberto Guedes de Moura (ex-inspetor superior dos bombeiros, e nosso camarada da Guiné), que é também presidente da Assembleia Geral da Crastumia (Centro Associativo Cultural de Crestuma). Recorde-se que o nosso camarada José Ferreira vive em Crestuma, sua terra adotiva.

O fundador, administrador e editor deste blogue Luís Graça, professor universitário jubilado (Universidade NOVA de Lisboa),  irá fazer a apresentação do livro e do autor, José Ferreira.
Diversos camaradas irão igualmente intervir, além de Luís Graça e do autor da obra [, foto à direita]:
À sessão, segue-se um almoço de convívio no restaurante Choupal dos Melros (***).

2. Luís Graça, no prefácio, escreveu o seguinte (**):

(...) Este livro acaba por ser o autorretrato de uma geração de portugueses que fechou um ciclo de 500 anos, que soube fazer a guerra e a paz, com “sangue, suor e lágrimas” e uma boa pitada de humor de caserna, e que se recusa a ir para a “vala comum do esquecimento”… Não é a História com H grande, nem dos heróis com direito a Panteão Nacional. Mas sabemos, desde Fernão Lopes, que não há História com H grande sem as pequenas histórias da “arraia-miúda”. Este é também um livro de homenagem à “arraia-miúda”. (...)

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Guiné 61/74 - P17538: "Resumo do que era a Guiné Portuguesa há vinte anos e o que é já hoje", da autoria do 2.º Sargento Ref António dos Anjos, Tipografia Académica, Bragança, 1937 (2): Págs. 15 a 23 (Alberto Nascimento, ex-Soldado Condutor Auto)


1. Segunda parte da publicação do livro "Resumo do que era a Guiné Portuguesa há vinte anos e o que é hoje", da autoria do 2.º Sargento António dos Anjos, 1937, Tipografia Académica, Bragança, enviado ao Blogue pelo nosso camarada Alberto Nascimento [na foto à esquerda] (ex-Soldado Condutor Auto da CCAÇ 84 (Bambadinca, 1961/63).


(Continua)
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Nota do editor

Primeiro poste da série de 29 de junho de 2017 > Guiné 61/74 - P17523: "Resumo do que era a Guiné Portuguesa há vinte anos e o que é já hoje", da autoria do 2.º Sargento Ref António dos Anjos, Tipografia Académica, Bragança, 1937 (1): Até à pág. 14 (Alberto Nascimento, ex-Soldado Condutor Auto)