terça-feira, 25 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P19045: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XLIV: Mais etnorretratos: bajudas e mulheres de Nova Lamego, Bissau e São Domingos


Foto nº 19 > Mulher grande, felupe, São Domingos


Foto nº 13 > Bajuda mandinga, Nova Lamego


Foto nº 16 > Bajuda, mandinga, Nova Lamego


Foto nº 18 > Bajuda manjaca, Nova Lamego


Foto nº 11 > Bajuda papel, Bissau


Foto nº 11 > Bajuda manjaca, São Domingos


Foto nº 17 > Mulher grande, felupe, São Domingos


Foto nº 14 > Bajuda balamta, Nova Lamego


Foto nº 15 > Mulher felupe, São Domingos



Guiné > CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e Dão Domingos, 1967/69) > Mulheres grandes e bajudas

Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] 


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Virgílio Teixeira (*), ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, set 1967/ ago 69); natural do Porto, vive em Vila do Conde, sendo economista, reformado; tem já cerca de 90 referências no nosso blogue.


Guiné 1967/69 - Álbum de Temas: 
T301 – Postais de Nus Etnográficos:
B - Mulheres e Etnias na Guiné há 50 anos:
 NOVA LAMEGO, BISSAU, SÃO DOMINGOS 


I - Anotações e Introdução ao tema:

 Mais ums série de 10 "etnorretratos" de  Bajudas - que são as raparigas solteiras, bem como de Mulheres Grandes – as casadas.

São tudo imagens puras das nossas mulheres guineenses,  de diferentes etnias,  que vi e conheci na Guiné, entre 1967/1969, em diversos locais por onde passei (Bissau, Nova Lamego, São Domingos).

Este Tema já foi já parcialmente publicado noutras datas anteriores, ficaram outras fotos por esquecimento. O texto que vou inserir nesta fase e em outras fases é o mesmo, adaptando-se a cada tipo de fotografias e mulheres.

As fotos que se seguem, na sequência de outras anteriores e as seguintes, fazem parte do meu álbum pessoal; As fotos aqui representadas, referem-se a raparigas bajudas ou mulheres grandes, de diferentes etnias, habitantes do território da Guiné, na sua diversidade.

Capturadas predominantemente em São Domingos, Susana e Varela, na zona Norte, onde passei a maior parte do tempo – 18 meses, bem como na zona Leste de Nova Lamego, nos primeiros 5 meses onde permaneci nesta zona, e algumas em Bissau ao longo da comissão.

Em São Domingios existiam vários tipos de etnias, felupes, fulas, balantas, caboianas, manjacos, banhuns, mancanhas, cassangas, mandingas, e outras.

Em Nova Lamego, predominavam de longe os fulas, depois os mandingas e pajadincas, E entre os fulas havia castas, tais como, futa fulas, futa fula preto, fula forro, fula preto.

As felupes já andavam avançadas 50 anos em relação ao Ocidente, pois usavam apenas tanga e fio dental, como se pode ver em algumas fotos deste meu álbum dos ‘nus etnográficos’ . Já utilizavam muitas pulseiras e colares por todo o corpo, era ume espécie de selecção entre elas.

As fotografias a preto e branco foram capturadas entre Setembro 67 até Fevereiro de 68 em Nova Lamego e depois desta data algumas em Bissau em Março 68, finalmente em São Domingos a partir de Abril de 68.

As fotografias – slides – a cores só começam em finais do 1º semestre de 68, embora também tenha a preto e branco depois dessa data, pois que, ora fazia fotos a preto e branco, ora a cores, conforme a Camara Fotográfica, e os rolos que havia disponíveis.

Era mais fácil tirar fotos às ‘bajudas ‘ raparigas solteiras e ainda muito jovens. As ‘mulheres grandes’ só deixavam tirar fotos se o régulo ou o marido autorizassem, e depois combinava e dava-lhes uma foto para elas, em troca do favor.

Não afirmo que todas as etnias estejam certas, era o que escrevia nas fotos, mas a maioria só escrevia passado algum tempo, e depois nos slides não dava para escrever, é apenas por intuição e lembrança das mesmas.

As felupes são fáceis de identificar, pela sua nudez, tanga e fio dental, pelos roncos usados como pulseiras nos braços, no tronco, colares ao pescoço, cabelos trabalhados, pelas tatuagens no corpo todo, e por tudo aquilo que desse mais nas vistas aos rapazes guineenses, era isso a que normalmente se dizia de ‘fazer ronco’.

Espero que quem as visualizar, goste, é esse o meu propósito, sem qualquer interesse que não seja mostrar as gerações vindouras como eram as diferentes culturas  e tipologias humanas no nosso antigo território da Guiné.

II – As Legendas das fotos:


F11 – Bajuda Papel, Bissau, Abril 68

F12 – Bajuda Manjaca, Nova Lamego, 68

F13 – Bajuda Mandinga, Nova Lamego, 68

F14 – Bajuda Balanta, Nova Lamego, 67

F15 – Mulher Grande Felupe, São Domingos, 1968.

F16 – Bajuda Mandinga, Nova Lamego, 68

F17 – Mulher Grande Felupe, São Domingos, 1968.

F18 – Bajuda Manjaca, Nova Lamego, 67

F19 – Mulher Grande Felupe, São Domingos, 1968.

«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano do SAM – Chefe do Conselho Administrativo do BÇAÇ 1933/RI15/Tomar, Guiné 67/69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos, de 21SET67 a 04AGO69».

NOTA FINAL DO AUTOR:

As legendas das fotos em cada um dos Temas dos meus álbuns, não são factos cientificamente históricos, por isso podem conter inexactidões, omissões e erros, até grosseiros. Podem ocorrer datas não coincidentes com cada foto, motivos descritos não exactos, locais indicados diferentes do real, acontecimentos e factos não totalmente certos, e outros lapsos não premeditados.


Os relatos estão a ser feitos, 50 anos depois dos acontecimentos, com material esquecido no baú das memórias passadas, e o autor baseia-se essencialmente na sua ainda razoável capacidade de memória, em especial a memória visual, mas também com recurso a outras ajudas como a História da Unidade do seu Batalhão, e demais documentos escritos em seu poder.


Estas fotos são legendadas de acordo com aquilo que sei, ou julgo que sei, daquilo que presenciei com os meus olhos, e as minhas opiniões, longe de serem ‘juízos de valor’ são o meu olhar sobre os acontecimentos, e a forma peculiar de me exprimir.

Em, 2018-09-19

Virgílio Teixeira

____________

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P19044: Ser solidário (218): Talvez a nossa existência seja irrelevante para 99,9% da população, mas estou certa que faz a diferença na vida das crianças que aprenderam a ler e a escrever nas escolas que patrocinamos (Joana Benzinho, fundadora e presidente da ONGD Afectos com Letras)





1.  Resposta, de hoje, às 18h07, de Joana Benzinho, fundadora e presidente da ONGD Afectos com Letras, ao poste P19043 (*)

[Nasceu em Pombal, em 1976; licenciou-se em direito pela Universidade de Coimbra (1999);  especializou-se em direito europeu, pelo Instituto de Estudos Europeus / Universidade Livre de Bruxelas (2002); vive em Bruxelas, desde 1999; é assessora do Parlamento Europeu; foi uma das fundadoras e é  presidente da ONGD Afectos com Letras: é co-
autora do livro para crianças A Papaia Mágica (Lisboa, Chiado Editora, 2011), e de
Guia Turístico: À Descoberta da Guiné-Bissau,. 2ª edição revista e atualizada (2018)]



Queridos amigos,

Muito obrigada pelas simpáticas palavras que nos dedicam no vosso interessante blogue. A vossa " provocação" não estraga de forma alguma a celebração deste dia, que para nós, e particularmente para mim, é muito significativo.

O nosso trabalho como ONGD talvez fuja um pouco do habitual. Somos um pequeno grupo de pessoas, todas com a sua vida profissional organizada e que dedicamos o nosso tempo livre a este trabalho na Afectos com Letras de forma totalmente gratuita e voluntária.

Temos 14 pessoas a trabalhar com a organização, todos guineenses, e esses sim, recebem um salário. Temos aliás a honra de poder contar com a mesma equipa desde o início dos nossos projetos. Não trabalhamos num espírito de caridade mas sim de pura cooperação com quem, daquele lado, quer dar oportunidades aos mais jovens da nação.

Não nos queremos substituir ao Estado, nem temos a veleidade de achar que vamos transformar estruturalmente o país. Não nos cabe a nós esse papel. Trabalhamos com as comunidades locais que se organizam para dar melhores condições aos seus filhos, à falta de um Estado que lhes garanta acesso à educação, tentamos com as mães e os pais criar condições para que aprendam a ler e a escrever.

A educação é a melhor arma para mudar o estado das coisas e o nosso papel é tão só o de lhes proporcionar o acesso a um ensino de qualidade, em que as meninas podem aceder à escola em igualdade de circunstâncias com os meninos e podem todos aprender com mesas e cadeiras onde se sentar, material didático para escrever, livros para sustentar a sua aprendizagem e professores com comprovada qualidade pedagógica.

Talvez a nossa existência seja irrelevante para 99,9% da população, mas estou certa que faz a diferença na vida das crianças que aprenderam a ler e a escrever nas escolas que patrocinamos. E isso, por si só, justifica o entusiasmo e o empenho que continuamos a colocar em tudo o que fazemos.

Abraço amigo e estão desde já convidados a conhecer o nosso trabalho no terreno.



2. Poste de Joana Benzinho. com data de hoje, na sua página do Facebook:

Em 2009 não fazia ideia do que ia ser a Afectos com Letras. Apenas tinha uma enorme vontade de ajudar a dar um futuro às crianças que vi a vender bananas nas ruas de Bissau, no chuvoso agosto de 2008, para poderem pagar a matrícula na escola.

A Afectos com Letras tem hoje centenas de crianças a estudar nas escolas que construiu ou cofinanciou no país; tem livros espalhados em pequenas bibliotecas de jardim por toda a Guiné-Bissau; tem máquinas descascadoras de arroz em aldeias onde as meninas deixaram a morosa tarefa da descasca manual e podem agora frequentar a escola. E tem muitas outras pequenas coisas que fazem uma enorme diferença num país como a Guiné-Bissau.

Passados estes 9 anos e olhando para o que foi feito, não posso deixar de me sentir feliz e sobretudo muito agradecida por ter cruzado o caminho de tanta gente boa que me tem ajudado a tornar este meu sonho realidade.
_______________

Nota do editor:

Guiné 61/74 - P19043: Ser solidário (217): 9 anos de Afectos com Letras, 25 concretizações, tendo como objetivo o de "resgatar as crianças guineenses da iliteracia, dando-lhes os nossos Afectos através da educação e das Letras"...


Guiné-Bissau > s/l > 2015 Joana Benzinho, fundadora e presidente da ONGD Afectos com Letras. Foto de cronologia da sua página no Facebook. (Editada e reproduzida, com a devida vénia, pelo blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné)





1. Mensagem, de hoje, aniversário da independência da Guiné-Bissau, enviada pela direção da ONGD Afectos com Letras, à sua rede de contactos (parceiros e amigos, incluindo o nosso blogue):


 Car@s Amig@s

Foi há nove anos que começou a nossa aventura da ONGD Afectos com Letras.

Neste dia [, 24 de setembro,] tão importante para a Guiné-Bissau, o dia da celebração da sua independência, deixamos um sentido abraço de agradecimento a todas e a todos os que nos têm ajudado a alcançar os objetivos a que nos propusemos aquando da nossa constituição: resgatar as crianças guineenses da iliteracia, dando-lhes os nossos Afectos através da educação e das Letras. Tanto na Guiné-Bissau como cá deste lado.

Até agora o balanço que fazemos é muito positivo e só foi possível com a vossa ajuda.
Muito Obrigada!


2. Mensagem da Luísa Leão Rocha, de há duas horas atrás:

Nove anos a espalhar sorrisos, educação e , muitas vezes, a única refeição diária. Não tarda muito, estamos a chegar ao objectivo de ver algumas destas crianças, o futuro da Guiné-Bissau, a sair da universidade para desenvolver este País maravilhoso. Todos os dias agradeço por o meu caminho na vida ter cruzado o vosso.

 Parabéns, Afectos, e parabéns, Joana.


3. Comentário do nosso editor LG:

"A Afectos com Letras, Associação para o Desenvolvimento pela formação, saúde e educação, é uma Instituição de Utilidade Pública, reconhecida e registada como Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros Português, que foi fundada em Setembro de 2009 e que possui uma delegação na Guiné-Bissau desde Agosto de 2012. Tem como missão e objetivos a conceção, promoção, execução e apoio a programas, projetos e ações de cariz social, cultural, ambiental, cívico, educacional e económico."

A sede é em Pombal. A ONDG Afectos com Letras tem o bom hábito de prestar contas. E o seu sítio na Net marece uma visita. Bem como a sua página no Facebook

Parabéns, nomeadamente à Joana Benzinho, fundadora e presidente da ONGD (que eu não tenho prazer de conhecer pessoalmente) e à sua equipa. Joana, espero que a vossa organização continue a ter força, motivação, energia, liderança e recursos para prosseguir a sua missão, por mais 9 nove anos, pelo menos. As crianças da Guiné-Bissau precisam de todos nós...

Mas, às vezes, assalta-nos dúvidas sobre a "bondade" e a "utilidade" das ONGD que trabalham na Guiné-Bissau... Não é o vosso caso... Mas ocorre-nos perguntar: se a caridade não resolve os problemas estruturais da pobreza, em Portugal, as ONGD também não resolvem o problema estrutural do subdesenvolvimento da Guiné-Bissau... E, se não existissem,  isso faria "alguma diferença"?... 

Espero que esta pergunta, um pouco brutal, não estrague os merecidos festejos dos vossos 9 anos... Porque há ONGD e ONGD... 
_________________

Nota do editor:

Último poste da série >  22 de setembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19034: Ser solidário (216): Vim a Bissau ver o meu filho e preciso de cuidados médicos... Quem conhece aqui um bom ortopedista? (Manuel Neves)

Guiné 61/74 - P19042: Notícias (extravagantes) de uma Volta ao Mundo em 100 dias (António Graça de Abreu) - Parte XXXIX: Petra, Jordânia, com o Lawrence da Arábia como cicerone, e o Indiana Jones como guarda-costas...



Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3

Petra, Jordânia,  s/d, dezembro de 2016


Fotos (e legendas): © António Graça de Abreu (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação das crónicas da "viagem à volta ao mundo em 100 dias" [3 meses e oito dias], do nosso camarada António Graça de Abreu


Escritor, poeta, sinólogo, ex-alf mil SGE, CAOP 1 (Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74), membro sénior da nossa Tabanca Grande, e ativo colaborador do nosso blogue com cerca de 220 referências, é casado com a médica chinesa Hai Yuan, natural de Xangai, e tem dois filhos, João e Pedro. Vive no concelho de Cascais.

[Foto à esquerda: Hai Yuan e António Graça de Abreu]


2. Sinopse da série "Notícias (extravagantes) de uma Volta ao Mundo em 100 dias" (*)

(i) neste cruzeiro à volta do mundo, o nosso camarada e a sua esposa partiram do porto de Barcelona em 1 de setembro de 2016; [não sabemos quanto despenderam, mas o "barco do amor" deve-lhes cobrado uma nota preta: c. 40 mil euros, no mínimo, estimamos nós];

(ii) três semanas depois de o navio italiano "Costa Luminosa", com quase três centenas de metros de comprimento, sair do Mediterrâneo e atravessar o Atlântico, estava no Pacífico, e mais concretamente no Oceano Pacífico, na Costa Rica (21/9/2016) e na Guatemala (24/9/2017), e depois no México (26/9/2017);

(iii) na II etapa da "viagem de volta ao mundo em 100 dias", com um mês de cruzeiro (a primeira parte terá sido "a menos interessante", diz-nos o escritor), o "Costa Luminosa" chega aos EUA, à costa da Califórnia: San Diego e San Pedro (30/9/2016), Long Beach (1/10/2016), Los Angeles (30/9/2016) e São Francisco (3/4/10/2017); no dia 9, está em Honolulu, Hawai, território norte-americano; navega agora em pleno Oceano Pacífico, a caminho da Polinésia, onde há algumas das mais belas ilhas do mundo;

(iv) um mês e meio do início do cruzeiro, em Barcelona, o "Costa Luminosa" atraca no porto de Pago Pago, capital da Samoa Americana, ilha de Tutuila, Polinésia, em 15/10/2016;

(v) seguem-se depois as ilhas Tonga; visita a Auckland, Nova Zelândia, em 20/10/2016; volta pela Austrália: Sidney, a capital, e as Montanhas Azuis (24-26 de outubro de 2016);

(vi) o navio "Costa Luminosa" chega, pela manhã de 29/10/2016, à cidade de Melbourne, Austrália; visita à Austrália Ocidental, enquanto o navio segue depois para Singapura; o Graça de Abreu e a esposa alugam um carro e percorrem grande parte da costa seguindo depois em 8 de novembro, de avião para Singapura, e voltando a "apanhar" o seu barco do amor...

(vii) de 8 a 10 de novembro. o casal está de visita a Singapura, seguindo depois o cruzeiro para Kuala Lumpur, Malásia (11 de novembro); Phuket, Tailândia (12-13 de novembro); Colombo, capital do Sri Lanka ou Ceilão ou Trapobana (segundo os "Lusíadas", de Luís de Camões. I, 1), em 15-16 de novembro. de 2016;

(viii) na III (e última) parte da viagem, Graça de Abreu e a esposa estão, a 17 de novembro de 2016, em Cochim, na Índia, e descobrem a cada passo vestígios da presença portuguesa; a 18, estão em Goa, seguindo depois para Bombaím (20 e 21 de novembro de 2016);

(ix) com 2 meses e 20 dias, depois da Índia, os nossos viajantes estão no Dubai, Emiratos Árabes Unidos, passando por Muscat, e Salah, dois sultanatos de Omã, em datas que já não podemos precisar (, as fotos deixam de ter data e hora...), de qualquer modo já estamos em finais de novembro/ princípios de em dezembro de 2016;

(x) tempo ainda para visitar Petra, na Jordânia, e atravessar os 170 km do canal do Suez (Egito), antes de o "Costa Luminosa" entrar no Mediterrâneo; a viagem irá terminar em Civitavecchia, porto de Roma, antes da chegada do novo ano, 2017
.


3. Viagem de volta ao mundo em 100 dias > Patra Jordânia, s/d, dezembro de 2016] (pp. 22-25], da terceira e última Parte, que nos foi enviada em formato pdf]


Petra, Jordânia

Segunda visita a estas paragens, agora com entrada triunfal pelo mar Vermelho e pelo golfo de Aqaba. Estranhas terras de majestosas paisagens e retorcida História.

Desta vez trago como cicerone, a viajar sozinho e quase incógnito numa suite no nono piso do nosso Costa Luminosa, o cidadão inglês Thomas Edward Lawrence, mais conhecido por Lawrence da Arábia. Desembarco em Aqaba, o lugar certo, com o cicerone certo num país incerto. A oeste, o Egipto, com as terras massacradas do Sinai, do outro lado, os desertos da Arábia Saudita cheios de petróleo. No fim do golfo, duas cidades encostadas ao rebordo das montanhas, olhando-se no espelho uma da outra. São Eilat, território de Israel e, em frente, o burgo jordano de Aqaba, conquistada aos otomanos em 1917 pelo meu cicerone, o loiríssimo inglês de olho azul, o tal Lawrence da Arábia disfarçado de Peter O’Toole.

 Atravessada Aqaba, é altura de rumar a Petra, para norte, escondida entre montanhas róseas. Desta vez avanço por uma estrada diferente. Em lugar do chamado “Caminho dos Reis”, percorrido em 2008, seguimos pela recém construída auto-estrada do Deserto, pelo meio de montanhas quase surreais, por povoados pobres em solos secos e inóspitos, ao lado do inacreditável deserto de Wadi Rum. Lawrence, o cicerone, pisca-me o olho. Foi nestes vales – que de Wadi Rum conduzem a Aqaba – , que ele organizou os 5 mil homens que aqui haveriam de derrotar os otomanos.

Hoje os tempos são outros, temos carros de polícia e soldados espalhados estrategicamente ao longo dos 110 quilómetros de estrada, até chegarmos a Petra. Por cima da Jordânia ficam o Iraque e a Síria, terras ensanguentadas pela insensatez dos homens onde impera a lei do canhão e da bala. Só o Costa, o navio, despachou 1.600 turistas em 45 autocarros para a visita a Petra. A necessária segurança – imaginem o que seria os radicais islâmicos metralharem um dos nossos autocarros –, parece funcionar.

Perto da cidade rosa, iremos encontrar dois helicópteros estacionados numa plataforma ao lado da estrada e soldados de espingarda, aí de trezentos em trezentos metros. Não será apenas por nossa causa. Estamos mais protegidos porque neste mesmo dia visita Petra o rei Carlos Gustavo, da Suécia.

Chegamos à cidade de Wadi Musa. Estacionado o autocarro, uma caminhada curta e iniciamos a descida suave para o desfiladeiro apertado entre rochas que se elevam até ao céu, em pedra cor-de-rosa, meia translúcida, mágicos rubores, e mil cores. De súbito, quilómetro e meio adiante, abre-se a garganta na montanha e aí está, numa apertada clareira, o Al-Khazneh, o Tesouro, mais a sequência das ruínas da que foi, há dois mil anos, e continua a ser hoje, uma das mais espantosas urbes construída pelo engenho dos homens. 

Avanço pelo espaço de uma cidade quase mais velha do que o tempo, ainda envolta em mil mistérios. Quem foram os nabateus, o povo que construiu Petra? Seriam provavelmente berberes, ou beduínos do deserto que por aqui se fixaram há dois mil e quinhentos anos, sendo então Petra um entreposto de caravanas nas rotas de norte para sul, de leste para oeste em terras do que viria a ser a Arábia. 

Verdade é que os nabateus se eclipsaram, desapareceram do mundo e vieram os romanos, mais tarde os bizantinos. Todos abandonaram Petra e a cidade, abalada por terramotos, pela falta de água, pela mudança do itinerário das caravanas, acabou quase em ruínas. O perpassar dos séculos cumpriu o seu dever, foi reduzindo os palácios a pedras caídas e a pó, os túmulos, a buracos suspensos nas falésias que unem céu e terra, as casas a montes informes de lajes pelo chão.

Redescoberta em 1812 por um explorador suíço, de nome Johannes Burkhart, Petra voltou a existir, mas ninguém estava preocupado em desvendar os seus segredos. Foi preciso um senhor norte-americano, de nome Steven Spielberg e sua equipa se lembrarem, em 1989, de Petra e do Al-Khazneh para aí esconderem o segredo do Graal, no terceiro filme da saga Indiana Jones e colocarem o Harrison Ford, no fim da película, a sair vitorioso a cavalo do espantoso Al-Khaznek. 

Petra começou então a ser conhecida em todo o mundo. Com vinte séculos de idade, o Al-Khaznek, miraculosamente conservado, seria, segundo os arqueólogos, o lugar onde se esconderia o valioso tesouro de um faraó, ou abrigaria talvez o túmulo de um rei nabateu, ou poderia ainda ser um templo dedicado a um deus desconhecido. Tem 43 metros de altura, seis colunas helenísticas encimadas por uma espécie de três grandes nichos decorados e resguardados por telhados, tudo recortado na rocha cor-de-rosa. O Al-Khaznek, revisitado, deixa-me outra vez suspenso nas asas coloridas do assombro.

Existe mais Petra continuando a caminhada. Há um teatro romano do século I, todo talhado no vermelho escuro da pedra, com capacidade para sete mil pessoas, há mais palácios e conjuntos de túmulos em fachadas monumentais rasgadas na falésia, há restos de um templo e de uma igreja bizantina, do século VI. 

Lá longe, depois da subida difícil de 800 degraus cortados quase ao acaso na pedra, chegamos a Ad-Deir, o Mosteiro construído no século II, outro gigantesco edifício com semelhanças com o Al-Khaznek, e que é a segunda maior atracção de Petra. Chamam-lhe o “Mosteiro” porque no interior foram encontradas não sei quantas cruzes bizantinas, provável evidência de que no século VI terá sido transformado em igreja ou mosteiro. Visitei-o na viagem de 2008, mas agora, com as pernas mais delapidadas pelo avançar dos anos, não valeria a pena o esforço de subir outra vez ao Ad-Deir.

 No regresso a Wadi Musa e ao autocarro, andei à procura do cicerone, o tal inglês loiro, o Lawrence da Arábia que desaparecera na chegada a Petra. Disseram-me que havia partido montado num camelo, a toda a brida, em direcção ao deserto de Wadi Rum onde tinha um encontro com o seu amigo Ali Abn el Karish, disfarçado de Omar Sharif, para porem a conversa em dia e beberem um chá no deserto.

_____________

Nota do editor:

Guiné 61/74 - P19041: Notas de leitura (1103): “Ku Mininos Di Nô Terra, Ideias para a educação pré-escolar”, trabalho coordenado por Carlos Lopes e Olívia Mendes, para o Departamento de Educação Pré-escolar, edição patrocinada pelo Ministério da Educação Nacional da Guiné-Bissau e pelo Instituto Universitário de Estudos do Desenvolvimento, Genebra, edição DEDILD – Departamento de Edição, Difusão do Livro e do Disco, Bissau; 1982 (Mário Beja Santos)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 12 de Julho de 2016:

Queridos amigos,
Folheando demoradamente esta obra de encantar, ia pensando nos castelos de sonhos daqueles primeiros anos, nas pessoas de bem que queriam construir pessoas diferentes no contexto extraordinário de um movimento de libertação que por conta própria resgatara a independência do território e prometia construir um Estado. Tinha todo o sentido o ideal nesta educação pré-escolar, em prometer o acesso sem descriminação, em criar condições para a compreensão do português num país marcado pelo crioulo e pelas línguas étnicas. Oxalá que a solidariedade internacional não tenha desmerecido nesta dimensão do ensino, reconheça-se o que Carlos Lopes averba na apresentação do que deve ser um manual do educador infantil quando diz que nesta idade o desenvolvimento é das capacidades intelectuais, da formação das qualidades morais e da formação das vontades da criança que irá avançar para o homem.

Um abraço do
Mário



Ku Mininos Di Nô Terra

Beja Santos

Numa visita que fiz às Edições 70, a mexericar em livros exclusivamente da casa, completamente esgotados, dei com esta surpresa: “Ku Mininos Di Nô Terra, Ideias para a educação pré-escolar”, trabalho coordenado por Carlos Lopes e Olívia Mendes, para o Departamento de Educação Pré-escolar, edição patrocinada pelo Ministério da Educação Nacional da Guiné-Bissau e pelo Instituto Universitário de Estudos do Desenvolvimento, Genebra, edição DEDILD – Departamento de Edição, Difusão do Livro e do Disco, Bissau, 1982. Uma grande ternura! Na apresentação da obra, Maria Dulce Almeida Borges, Diretora-Geral do Ensino refere que a familiarização com a língua oficial, o português, ocupa o lugar correspondente à preparação para o ingresso na primeira classe do ensino básico. Esperava-se com a publicação desta recolha de textos, nomeadamente do jardim infantil “Nhima Sanhá”, obter-se uma visão dos condicionamentos, avanços e recuos de uma experiência de educação pré-escolar no período pós-independência. Importa esclarecer que à data da publicação havia seis jardins-de-infância em Bissau (Nhima Sanhá, Escola Nacional de Música José Carlos Schwartz, Néné Costa, Pefiné, Teresa Badinca e 14 de Novembro), em Bolama o Jardim Infantil Josina Machel e em Fulacunda o Jardim Infantil de Tite.

Carlos Lopes e Olívia Mendes desdobram-se em explicações sobre a transcendência deste período da infância, dizendo mesmo que é a opinião de muitos psicólogos de que a criança vive, nos primeiros anos de idade, a terça parte da sua vida, o que quer dizer que – devido à plasticidade do seu sistema nervoso – as aquisições feitas nesta fase são extraordinárias. E alegam que os jardins infantis se devem transformar no primeiro degrau do sistema educativo, ao garantir uma iniciação e uma melhoria progressiva no uso e compreensão da língua oficial de ensino. Chamou à atenção que este ensino não deve descurar o contexto urbano e o meio da tabanca.

O Jardim Infantil Nhima Sanhá, de Bissau, surgiu no ano letivo de 1976/77, colocado em meio difícil, muito perto do Hospital Simão Mendes e quase à entrada do Bissau Velho, houve que recrutar educadores e outro pessoal especializado, procurar crianças com famílias bem diferenciadas e procurar levar por diante, com algum grau de exigência atividades centrais próprias das classes pré-escolares: jogo, brincadeiras, linguagem, expressão plástica, expressão através do movimento, educação física, expressão dramática, iniciação musical. No ano de 1978/79 abriram dois novos jardins infantis, Teresa Badinca, situada no bairro popular da Tchada e o Jardim Infantil do Bairro da Ajuda.

No comentário às experiências ocorridas, os autores também recordam que a pesquisa orientada na observação das crianças nas suas principais atividades é o caminho mais seguro e apropriado para a libertação da dependência no campo de estudo e compreensão da formação da personalidade das crianças.

O livro descreve uma experiência urbana de educação pré-escolar. Dois capítulos são consagrados à formação pedagógica. Trata-se de um texto sobre o desenvolvimento de conceitos na criança e de um manual do educador infantil. Nesse contexto, Carlos Lopes disserta sobre as teorias de Jean Piaget, inserindo mesmo uma curta antologia de textos essenciais, insistindo que na idade pré-escolar se produz um desenvolvimento intensivo da criança, tanto das suas capacidades intelectuais como na formação das suas qualidades morais e na formação da sua vontade.

Graças à disponibilidade das Edições 70, é possível mostrar a capa e a contracapa desse livro raro, uma fotografia, um desenho de criança e frases avulsas. Enquanto lia toda esta beleza, dava comigo a pensar por onde andam estes jardins-de-infância, o que farão hoje as crianças que escreveram aqueles ditos, que recursos são alocados ao ensino pré-escolar.


____________

Nota do editor

Último poste da série de 21 de setembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19033: Notas de leitura (1102): Os Cronistas Desconhecidos do Canal do Geba: O BNU da Guiné (52) (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P19040: (De) Caras (118): António Salvada, bancário reformado, ex-fur mil, CCAÇ 2584 / BCAÇ 2884 (Có, 1969/71), membro desde 30/3/2017 da nossa Tabanca Grande

1. Mensagem,  de hoje, do nosso camarada  António Salvada, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 2584 / BCAÇ 2884 (, 1969/71):

Caro Luis Graça 

Obrigado pela vossa atenção  e pela resposta ao assunto que coloquei (*). 

Do que li parece concluir-se que os nossos camaradas terão sido na altura trasladados para as respectivas localidades. Correcto?! E que o monumento existente [em Bachile]  será simplesmente uma homenagem aos nossos: será isso? 

Se sim, falarei com a pessoa que me contactou para lhe dar conta do sucedido. 

Por sinal fiquei a saber que fui contemporâneo deles naquela altura e nem estávamos muito longe!

Obrigado pelo convite para entrar na Tabanca mas já o fiz há um ano e tal atrás (**),  e sigo-os com alguma assiduidade. Obrigado pela vossa colaboração e ao dispor do que necessitem onde possa ajudar. 

Um abraço de quem não esquece aquela terra nem os companheiros que por lá andaram. Cumprimentos.

A Salvada


2. Comentário do editor LG:

António, está correta a tua interpretação (*).

Quanto a mais elementos de identificação do Humberto dos Santos Aires, constam em comentário do nosso leitor e camarada João Carlos Abreu dos Santos, colaborador permanente do portal UTW - Dos Veteranos da Guerra do Ultramar:

(i) o Humberto era natural da freguesia do Vale de Gouvinhas, concelho de Mirandela;

(ii) em 26 de novembro de 1969, pouco mais de três meses após chegar ao TO da Guiné, encontrando-se nas imediações do destacamento do Bachile, quando auxiliava o fur mil op esp José Duarte Franco Verde na montagem de armadilhas, em uma delas ocorreu inopinada deflagração, causando a morte instantânea de ambos aqueles militares da CCAÇ 2572;
(iii) veio a ser trasladado e ficou inumado no cemitério paroquial da sua naturalidade.
Quanto ao conhecimento da tua entrada para a Tabanca Grande, foi lapso meu, de que peço desculpa: confirmo o facto, registado em 30/3/2017 (**). Honras-nos, desde então, com a tua presença. E a tua colaboração será sempre bem vinda. Queremos que sejas um membro ativo. Precisamos das tuas fotos, das tuas histórias e dos teus comentários. Até à data tinhas apenas uma referência no nosso blogue. Tens uma "responsabilidade acrescida": és o único representante, aqui, no blogue da Tabanca Grande, da tua companhia, a CCAÇ 2584. (***=

Um alfabravo para ti. LG
_____________

(...) Chamo-me António Francisco Limpo Salvada, tenho 69 anos e estive na Guiné entre Maio de 69 e Fevereiro de 71, fazendo parte da Companhia de Caçadores 2584 do Batalhão de Caçadores 2884. Estivemos durante toda a comissão no Chão Manjaco. A minha companhia estacionou em Có, sendo a sede do Batalhão em Teixeira Pinto. Fui Furriel Miliciano Atirador de Infantaria.

Como concerteza quase todos, não me canso de seguir toda a malta que lá andou e as suas aventuras.
Estou reformado, e durante mais de 30 anos fui bancário de profissão. (...)


Guiné 61/74 - P19039: Convívios (875): Paradas Party, do João Crisóstomo: 16 de setembro de 2018... Foi bonita a festa, pá!


Foto nº 1 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João Crispim Crisóstomo e Vilma Kracun,  casados em segundas  núpcias em 2013... Ele, luso-americano, ela, eslovena.


Foto nº 2 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e Vilma.


Foto nº 3 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e Vilma.


Foto nº 4  > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e Vilma.


Foto nº 5 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e Vilma.


Foto nº 6 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e Vilma.


Foto nº 7 >  Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e familiar.


Foto nº 8 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e  e familiar.


Foto nº 9 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 >  Amigo do João, o António Rodrigues, mordomo reformado, de Nova Iorque, hoje a viver em Aljubarrota, Batalha. Companheiro de causas, como Foz Coa, Timor, Aristides Sousa Mendes... "O meu braço direito"...


Foto nº 10 >  Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 >  Três grandes amigos: João, Rio Chamusco e António Rodrigues.


Foto nº 11 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 >  O Rui, exímio tocador de acordeão,  exibindo um recorte de jornal onde se fala da recente homenagem dos correios israelitas ao João Crisóstomo, o português nascido em Bombardeira, A-dos.Cunhados, Torres Vedras, em 1943...


Foto nº 12 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e Rui, tocando e (en)cantando.


Foto nº  13 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João cantando.


Foto nº 14 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João  cantando em grupo. Na ponta, direita, a nossa grã-tabanqueira Alice Carneiro.


Foto nº 15 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > Dois camaradas da Guiné: no lado esquerdo, o régulo da Tabanca de Porto Dinheiro, Eduardo Jorge; no lado direito, um camarada de Achada, Mafra que esteve com o João no Enxalé e 1965/67  (, pertencia ao Pelotão de Morteiros, era 1º cabo apontador do morteiro 81; um grande contador de histórias, a quem já convidei para integrar a Tabanca Grande; de seu nome completo, Manuel Calhandra Leitão; não se lembrava do nº do Pel Mort, que estava sediado em Bambadinca; falou-me de homens "lendários" como o Luís Zagallo e Abna Na Onça).


Foto nº 16  > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > O camarada do Enxalé,  o Manuel Calhandra Leitão, o "Ruço" (, será o organizador do próximo encontro, em Mafra, da malta que esteve no Enxalé, entre 1965/67,  incluindo o seu Pel Mort e a CCAÇ 1439)... Ausente, com pedido de desculpas, foi a nossa amiga Helena Carvalho (mais o marido, Álvaro), a nossa Helena do Enxalé...


Foto nº 17 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 >  A esposa do Eduardo, a São, que viveu parte da infância e adolescência na Guiné, filha do chefe dos correios de Bissau.


Foto nº 18 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 >  O nosso camarada Carlos Silvério, próximo grã-tabanqueiro nº 783.


Foto nº 19> Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 >  O Carlos Silvério, ao centro, a esposa Zita, do lado direito, a Alice, do lado esquerdo.




Foto nº 20 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 >  Uma festa de família a que não faltaram crianças, aqui a dançar, sob o olhar ternurento do tio-avô ou tio-bisavô João... (Como estão de costas, na foto, fica protegida a sua identidade.)



Foto nº 21 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > Uma amiga do João, que veio de propósito de Leiria... Não fixei o nome. Sei que trabalhou em tempos no CIDAC e na causa de Timor... Está deliciada a comer caracóis com o Eduardo...Estes "moluscos gastrópodes terrestres", muito nutritivos e ecológicos, foram trazidos da Achada, Mafra, pelo "Ruço"...

Fotos: © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].



Paradas Party: 
Soneto da amizade e do amor

É a lição da festa de cada ano:
Não há passaporte para a amizade,
Diz o João, o luso-americano,
Nem fronteiras para a liberdade.

Não se escolhe ser Kacrun ou Crispim,
Nem a terra onde se vai nascer,
Mas é bom ter uma família assim,
Bem como estes amigos poder rever.

Querido João, estás em casa em toda a parte,
Na Eslovénia, nos States, em Timor,
E sabes repartir com engenho e arte,


Com a Vilma, que é doce e querida,
O tempo da amizade e do amor.
Prós dois, muita saúde e longa vida!

Paradas, 16 de Setembro de 2018,

Festa da família Crisóstomo e Crispim e amigos

Luís Graça
____________

Versão em inglês, livre:

Paradas Party: Sonnet of Friendship and Love

It is the lesson of the feast of each year:
There is no passport for Friendship,
Says João, the Portuguese-American,
Neither frontiers for Freedom.

You don't' choose to be Kacrun or Crispim,
Neither the land where you’re  going to be born,
But it's good to have such a family,
As well as these friends to welcome.

Dear John, you are at home everywhere,
In Slovenia, in the States or in Timor,
And you know how to share with hard work and art,

With Vilma, a darling, sweet lady,
The time of Friendship and Love.