sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Guiné 61/74 - P20252: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte X: Cabedu, Cantanhez


Guiné > Região de Tombali > Cabedu  > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 > Desembarque em Cabedu. Na foto, a LMD 302.


Guiné > Região de Tombali > Cabedu  > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 > Desembarque em Cabedu, a partir da LDM 302.


 Guiné > Região de Tombali > Cabedu  > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 > Desembarque em Cabedu, a partir da LDM 302... Presuume que o rio seja o Cumbijã.


Guiné > Região de Tombali > Cabedu  > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 >  Chegada ao destacamento de Cabedu.


Guiné > Região de Tombali > Cabedu   CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 >   Posto de vigia,  e rede de arame farpado com garrafas de cerveja vazias, penduradas, funcionando como sistema de alerta


Guiné > Região de Tombali > Cabedu >   CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 >   Posto de vigia, com, em primeiro plano, um cão pastor alemão, cujo dono era o capitão Costa Campos... (Não, era o Toby, de raça Boxer, que irá sobreviver aos ferimentos recebidos em combate, por estas bandas, no Cantanhez...)


Guiné > Região de Tombali > Cufar  > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 >   Bolanha de Mato Farroba


Guiné > Região de Tombali > s/l  > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 >    "Regresso de uma operação"... Veem-se os militares com capacete de aço e os milícias com Mauser...É possível que a foto seja de 1964, do início da comissão...

Fotos (e legendas): © João Sacôto (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné-Bissau > Região de Tombali > Sector de Bedanda > Cantanhez > Cabedu > 2008 > Restos (arqueológicos...) do antigo destacamento de Cabedu...

Foto (e legenda): © José Teixeira(2008). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do João Gabriel Sacôto Martins Fernandes: (i) ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66); (ii) trabalhou depois como Oficial de Circulação Aérea (OCA) na DGAC (Direção Geral de Aeronáutica Civil); (iii) foi piloto e comandante na TAP, tendo-se reformado em 1998.


Emblema da CCAÇ 617 / BCAÇ 619. 
Fonte: Cortesia  de  © Carlos Coutinho (2008)
O lema, em latim, quer  dizer...
 "movimenta-te, se não queres ser visto"
Mais dados biográficos: (iv) estudou no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF, hoje, ISEG): (v) andou no Liceu Camões em 1948 e antes no Liceu Gil Vicente; (vi) é natural de Lisboa; (vii) casado; (viii) tem página no Facebook (a que aderiu em julho de 2009, sendo seguido por mais de 8 dezenas de pessoas); (ix) é membro da nossa Tabanca Grande desde 20/12/2011; (x) tem cerca de meia centena de referências no nosso blogue.

Neste poste mostramos algumas fotos que documentam a atividade operacional do alf mil João Sacôto e da sua companhia, nomeadamente na península do Cantanhez: Cabedu, Mato Farroba... 

Recorde-se  que a CCAÇ 617 / BCAÇ 619 esteve em Catió de 1 março de 1964 até 22 de setembro de 1965, altura em que assume a responsabilidade do subsector do Cachil, por troca com a CCAÇ 728.

Será rendida pela CCAÇ 1424, em 16 de janeiro de 1966. Regressa a Bissau, aguardando embarque para a metrópole.

 Não sabemos a data exata em que passou por Cabedu. Terá sido nesta altura que o Toby foi ferido em combate, no Cantanhez...


Guiné > Região de Tombali > Carta de Cacine (1960)  >Escala 1/50 mil > Posição relativa de Cabedu, na península do Cantanhez, entre o rio Cumbijã e o rio Cacine.

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2019)
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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 11 de julho de 2019 > Guiné 61/74 - P19967: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte IX: O 'bu...rako' do Cachil (set 1965 / jan 1966)

Vd. postes anteriores:

16 de abril de 2019 > Guiné 61/74 - P19684: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte VIII: Catió, Destacamento de Ganjola

Vd. postes anteriores:

28 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19628: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte VII: Catió e arredores: contactos com a população civil

20 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19604: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte VI: Em Príame, a tabanca do João Bacar Jaló (1929 - 1971)

3 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19546: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte V: Catió, o quartel e a vida da tropa

28 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19539: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte IV: Catió: as primeiras impressões

17 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19502: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte III: O meu cão Toby, que fez comigo uma comissão no CTIG, e que será depois ferido em combate no Cantanhez

10 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19488: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte II: Chegada a 15/1/1964 e estadia em Bissau durante cerca de 2 meses

4 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19468: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte I: A partida no T/T Quanza, em 8/1/1964

Guiné 61/74 - P20251: Parabéns a você (1696): Luís Nascimento, ex-1.º Cabo Op Cripto da CCAÇ 2533 (Guiné, 1969/71)

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Nota do editor

Último poste da série de 13 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20234: Parabéns a você (1694): Mário Ferreira de Oliveira, ex-1.º Cabo Condutor de Máquinas Reformado da Marinha (Guiné, 1961/63)

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Guiné 61/74 - P20250: A Guiné-Bissau, hoje: factos e números (4): outras características socioculturais que tornam mais vulnerável a população guineense face ao risco de transmissão de HIV/SIDA e outras DST




Para saber mais sobre este grave problema de saúde pública, a infeção por HIV/SIDA nos nossos países, vd o relatório, disponível desde abril de 2018, no sítio da CPLP: Epidemia da VIH nos Países de Língua Oficial Portuguesa – 4ª Edição




1. Reproduzem-se, com a devida vénia, e as necessárias adaptações (, incluindo fixação / revisão de texto),  mais alguns excertos de um importante relatório sobre a Guiné-Bissau, relativamente às "doenças sexualmente transmissíveis" (*), com destaque para o HIV / SIDA.

A fonte consultado é o relatório da CPLP sobre a Guiné-Bissau, e que corresponde ao capítulo 4 (da pag. 272 à pag. 337) do relatório final. A autora é a consultora brasileira Helena Lima. 

Para não sobrecarregar o poste, eliminaram-se alguns parágrafos bem como as citações e as referências bibliográficas. O texto original, em pdf, pode ser aqui, consultado:



Vd. Helena M. M. Lima - Diagnóstico Situacional sobre a Implementação da Recomendação da Opção B+, da Transmissão Vertical do VIH e da Sífilis Congênita, no âmbito da Comunidade de Países de Língua Portuguesa- CPLP: Relatório final, volume único, dezembro de 2016, revisto em abril de 2018. CPLP - Comunidade de Países de Língua Portuguesa, 2018 [documento em formato pdf, 643 pp. Disponível em: https://www.cplp.org/id-4879.aspx]



2. Listagem de mais algumas características socioculturais do país e de comportamentos de risco da população, que facilitam a propagação do HIV/SIDA e outras doenças sexualmente transmissíveis:



(i) Sexualidade precoce:

A sexualidade precoce, antes dos 15 anos, é comum nas meninas da Guiné Bissau, cerca de 27% [,dados de 2010]. 
Cerca de 7,1% das meninas casaram-se com menos de 15 anos 
e 37,1% com menos de 18 anos. 

Dados de 2011 mencionam que 13% das meninas de 15 a 24 anos 
tiveram sua primeira relação sexual 
com um homem 10 anos mais velho que ela, 
sendo 38% deles já casados.

(ii) Contraceção: 

O baixo uso de preservativo pelas mulheres (3,2% em 2010) é compreendido à luz da desigualdade de género, sendo que o poder está do lado dos homens.


(iii) Dependência da mulher:

A dependência da mulher para sua sobrevivência, ou seja, em tudo, inclusive nas decisões sobre sua própria saúde, 
aliados ao medo do repúdio e divórcio 
ao se notificar o parceiro sobre o resultado positivo 
de um teste de HIV/SIDA, 
são fatores de aumento da vulnerabilidade feminina à infecção.


(iv) A poligamia:


É legitimada pela religião muçulmana:  por lei, o homem pode ter até 4 esposas, desde que possa sustentá-las. Também há a poligamia informal, incluindo pessoas de todos os credos e etnias, sem distinção. 

A percentagem de pessoas entre 15 e 49 anos que estão numa união poligâmica é de 44,0% entre as mulheres e 25,8% dos homens. 

Nos homens casados, durante o período de aleitamento materno das suas mulheres, procuraram parceiras ocasionais, comadres e/ou outras esposas legítimas.
 

(v) Permissividade sexual na sociedade balanta;

Existem, entre os balantas,  normas e práticas socioculturais 
que instigam a promiscuidade e liberdade sexual dos jovens. 
A prática cultural e sexual “Pnanhga” que consiste 
na entrega sexual de uma rapariga/mulher a outrem 
durante a sua hospedagem, 
é disso um exemplo.(...)

(vi) Gerontofilia:

 O fenómeno de gerontofilia e as suas consequências na promiscuidade sexual: sendo social e tradicionalmente aceitável o casamento entre gerações diferentes, essa prática aumenta os casos de infidelidade entre os envolvidos, sobretudo nas mulheres (que por norma são sempre bastante novas em relação aos maridos). 

Assim, a promiscuidade é bastante frequente nas famílias dos centros urbanos, chegando a ser também banalizada em certas tradições de grupos étnicos. Por exemplo, na etnia Beafada a infidelidade não é reprovada, mesmo que seja de uma mulher casada e, por consequência, caso tenha terminado em filho, consideram uma sorte para o marido legítimo da mulher.


(vii) Tio do noivo como deflorador da noiva, mantendo relação sexual com a mesma na noite de núpcias:

Essa prática é algumas vezes mencionada como realidade 
na etnia Balanta, porém não praticada na atualidade. 
É uma contradição que merece ser melhor estudada e compreendida, 
por ser uma prática que vulnerabiliza.



(viii) Circuncisão masculina:

Um aspecto que pode ser melhor explorado é a constatação que 79,9% dos homens entre 15-49 anos declaram ter sido circuncidados. Integrar as ações de saúde aproveitando esse momento – lugar – tempo em que o homem passa pela circuncisão pode ser estrategicamente interessante para auxiliar na promoção de saúde e aumento do autocuidado seguindo as referências de saúde ocidentais, aspectos quase negligenciados entre os homens da Guiné-Bissau.(...)

(ix) Planeamento familiar:

Em estudo recente (2014) foi demonstrado que mulheres 
em idade fértil 58,2% não conheciam um único método 
de prevenção à infecção pelo HIV/SIDA. 
O fato de não haver conteúdos sobre anticoncepção nem explicações sobre uso do preservativo no manual de formação dos agentes comunitários de saúde (2011) tem relação direta com esse fato. 


A taxa de contracepção em Guiné Bissau é estimada
 entre 10% e 14% (dados de 2015).

O planeamento  familiar é considerado “primo pobre” 
na implementação de uma política que permita 
às mulheres alguma liberdade de escolha 
de método contraceptivo adequada 
ao seu caso e às suas necessidades.


(x) Levirato:

Uma prática relacionada às modalidades de luto e tratamento de heranças e legados é o Levirato. Nesse sistema de casamento, o irmão do falecido é obrigado a casar com a esposa (viúva) do irmão falecido, tendo ele ou a viúva HIV/SIDA  ou não, sem que se mencione o assunto SIDA de modo explícito.


(xi) “Negação/ Medo" do HIV/SIDA: 

  A negação/medo faz com que a comunicação social seja truncada 
e os estigmas prevaleçam.
 “Como se” não houvesse impacto com a gravidez 
antes dos 15 anos, 
com a poliinfecção de mulheres e homens, 
com SIDA, blenorragia e outras DST.


(xii) Analfabetismo, infoexclusão:

A maioria da população com 15 anos ou mais é analfabeta e 60% das mulheres não são alfabetizadas. A alta taxa de analfabetismo dificulta todas as ações de prevenção, assistência e adesão aos tratamentos.

No país, há pouco acesso às ferramentas de comunicação social: o uso de computadores entre jovens de 15-24 anos é de 17,2% para os homens e 10,3% para as mulheres; o uso de internet segue a mesma proporção: homens 16,8% e mulheres 9,4%. Cerca de 30,5% dos homens ao menos uma vez por semana tem acesso à comunicação social impressa, radiofônica ou televisiva, e apenas 11,7 das mulheres.

(xiii) Economia informal ou paralela

As mulheres guineenses, que compõem 51,5% da população do país, estão no setor informal. Ou seja, com o trabalho e sem direitos laborais, a sua vulnerabilidade aumenta – ao precisar interromper o trabalho, não têm direito a licenças ou qualquer remuneração.


(xiv) Não há um único médico psiquiatra 

num país de 1,8 milhões de habitantes:

A ausência de profissionais de saúde mental no país é um fator extremamente importante, um ponto de vulnerabilidade programática que precisa ser cuidado o quanto antes. 

Em 2015 havia apenas um profissional, um enfermeiro com formação em psiquiatria, para todo o país.

(Continua)
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Nota do editor:

(*) Vd. postes anteriores da série:

11 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20228: Guiné-Bissau, hoje: factos e números (3): em bom crioulo nos entendemos (ou não ?): mandjidu, kansaré, muro, djambacu, baloba, balobeiro, ferradia, tarbeçado, doença de badjudeca, rónia irã... O Cherno Baldé, nosso especialista em questões etnolinguísticas, explica para a gente...

9 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20223: A Guiné-Bissau, hoje: factos e números (2): prevalência do HIV/SIDA; comportamento de risco e práticas socioculturais e tradicionais, que tornam mais vulnerável a população guineense face ao risco de transmissão de HIV/SIDA e outras DST

4 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20204: A Guiné-Bissau, hoje: factos e números (1): população e morbimortalidade; etnias, idiomas e religiões; doenças sexualmente transmissíveis

Guiné 61/74 - P20249: Brasões, guiões ou crachás (8): A nossa bicharada de estimação ou o bestiário da nossa guerra... dava uma tese de doutoramento em antropologia!


































Fonte: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2019)


1. Não sei se algum camarada, com espírito de colecionador, tem a lista completa com os "nomes de guerra" das nossas unidades e subunidades, nomeadamente as que passaram pelo TO da Guiné entre 1961 e 1974. (E também os seus lemas ou divisas...)

A mim, particularmente, interessava-me conhecer e analisar o "bestiário da Guiné": pelo breve apanhado que fiz (ver acima alguns brasões, crachás e/ou miniguiões,trata.se de  um amostra de conveniência...) , temos todos e mais alguns nomes da bicharada da arca de Noé, dos Tigres do Cumbijã (CAV 8351), aos Leões Negros (CCAÇ 13), passando pelos Falcões (CART 1525) e os Abutres (CCAÇ 3545) ... Os Lacraus (CART 11) também eram/são criaturas de Deus e temidos pela sua peçonha. E, para não parecermos racistas, é até criámos umas Águias Negras (BART 645), umas Onças Negras (CCAÇ 6) e uns Gatos Pretos (CCAÇ 5).

Não sei se alguém já teve a ideia de fazer um apanhado desta bicharada, ou do nosso "bestiário"... Do céu à terra, e se calhar ao mar, há cá de tudo,dos Répteis de Contuboel (CCAÇ 3547), dos Jagudis (CCAÇ 3, ou pelo menos, de um grupo de combate da CCAÇ 3, comandado pelo nosso camarada e amigo A. Marques Lopes). Os camaradas da CCAÇ 3325, por sua vez, eram os Cobras de Guileje.

Temos muitos animais, dos felinos às aves de rapina, há cá tudo como no Jardim Zoológico, dos Gaviões (Pel Caç Nat 52, mas também  CCAÇ 2796) aos Leopardos (38ª CCmds), sem esquecer os Jacarés (CCAÇ 1586) e os Panteras, em duplicado (CCAÇ 3538 e CART 1742)., uns talvez mais "astutos e ferozes" do que outros.

Será que havia ratos, sapos, doninhas... ? Ninguém gosta de ratos...E símbolos de paz, como os pombos ou as aves do paraíso  ou as borboletas ? Não deveria haver. Até cães havia...Mas os Elefantes, ainda não os encontrei...em os Hipopótamos, os Tubarões ou as  Baleias...

Em boa verdade, seria ridículo as Baleias ou as Avezinhas do Paraíso iram para o mato...Os "nomes de guerra" são isso mesmo, são para impressionar e intimidar o inimigo... Ou servem tudo para reforçar a identidade e o espírito de corpo dos militares e do seu grupo ?

De qualquer modo, também aqui os bravos da Guiné não se mediam aos palmos: veja-se o caso  dos Lassas (CCAÇ 763), um formidável exército de formigas ("lassas"), guiadas por cães e comandadas por um "leão", o Leão de Cufar...

O Leão (mais o Milhafre ou o Açor ?) aparece no brasão da CCAÇ 2726, mobilizada pelo BII 18 (Açores). E quem também não podia faltar era o patriótico Galo de Barcelos, a "mascote" dos Magriços de Guileje (CCAÇ 2617). De igual modo,  a CCAÇ 4143 tem o Leão (Jubas) , o rei dos animais, no seu guião, leão que também  aparece no brasão dos bravos da CCP 121 / BCP 12.

Ah!, também os Vampiros (CCAÇ 2367) fizeram a guerra da Guiné... sem esquecer os veteranos da CCmds da Guiné (Brá, 1965/66): o alferes António Vilaça  comandava  o Gr Cmds Vampiros,  de que faziam parte entre o Jamanca e o Justo (, integrarão mais tarde  a 1ª Companhia de Comandos Africanos, tendo sido executados pelo PAIGC, já depois da independência).

Nessa época. a nossa imaginação era mais limitada, bem como o próprio bestiário: ainda não havia a mania dos Dinossauros nem o T. Rex, o Tyrannossaurus, tinha chegado às salas de cinema... Mas já era popular o King Kong, o Gorila Gigante, desde os anos 30...

De resto, na Guiné, não havia gorilas, só em Angola, em Cabinda, na floresta do Maiombe. O BCAÇ 11 (Cabind, Angola, 1970/72) foi buscar a figura do Gorila de Maiombe para sua mascote. Na Guiné havia o chimpanzé (o "dari", em crioulo), mas não creio que alguém tenha aproveitado a ideia de o meter num brasão militar...

2. Não tenho espírito de colecionador, mas admiro os colecionadores. Não sou persistente o suficiente (nem obsessivo, perfeccionista, metódico, muito menos rico...) para fazer uma colecção do que quer que seja (borboletas, caricas, notas e moedas, caixas de fósforo, livros raros, obras de arte, ...até às loiras e aos carros!).


Minto, tive em tempos uma colecção de recortes de jornais e revistas, devidamente tratada, com os artigos ou notícias recortados e colados em folhas de papel A4... Isto muito antes da era dos computadores e da Internet. 

Cheguei a ter, no "escritório" do meu sótão, .largas e largas dezenas de arquivadores, de A a Z, com alguns vinte mil recortes (incluindo coisas, poucas, da "guerra colonial",  já que naquele tempo, antes e depois do 25 de Abril,o tema era tabu) ...

Um dia deu-me uma fúria danada e fiz um "auto de fé" (neste caso, acabou tudo ingloriamente, anos de trabalho, não no "papelão" (ainda não havia o "papelão" nem "vidrão"),  mas no caixote do lixo indiferenciado... Tal como o Zé Manel, o nosso Josema, da Régua, fez com os poemas que ia compondo religiosamente, todos os dias, nas patrulhas de segurança, à nova estrada em construção Mampatá, Nhacobá, Colibuia, Salancaur, etc. O seu suplício de Sísifo!

Um dia o mesmo vai acontecer (ou já com aconteceu, infelizmente, acontece todos os dias, sempre que um ex-combatente morre) com as nossas fotos, álbuns, objectos, aerogramas, cartas, diários, poemas, agendas, rascunhos, segredos, fardamento, roncos, estatuetas, e por aí forma... 

Um dia vai acontecer o mesmo com o nosso corpinho (1 metro e 72, 75 quilos): sete palmas de terra, um caixão, umas pasadas de terra e cal... Ou então, crematório, com ele, que é para não ficar cá a feder...e a roubar espaço aos vivos...

Os vivos, em todas as culturas e em todas as épocas, apressam-se a queimar os pertences dos mortos, depois de queimarem ou enterrarem o seus corpos... Com uma única excepção: o ouro, a prata, o vil metal, as notas de banco e os títulos de propriedade dos bens imobiliários... Dizem que é para os "purificar" dos "pecados terrenos"...

Por isso eu só posso aplaudir a iniciativa dos nossos camaradas António J. Pereira da Costa (, o "Tó Zé"), do Eduardo MR, do Carlos Coutinho e dos demais coleccionadores da nossa Tabanca Grande e demais tabancas... Guardemos o que pudermos para um futuro museu da(s) Guerra(s) de África... Simplesmente por "dever de memória"!... Ou por respeito por nós!... Sobretudo por respeito por nós!...

Eu até já tenho, sem querer,  um pequeno núcleo, desde uma espada de régulo (mandinga, creio eu) que me ofereceu o Juvenal Amado até alguns emblemas e sobretudo livros, até as cartas e aerogramas (centenas) que o Beja Santos escreveu à Cristina e que eu estou incumbido de entregar, um dia, ao Arquivo Histórico-Militar...

Mas podemos pensar melhor: talvez um dia possamos mesmo ter um museu (ou núcleo museológico) dedicado à Guiné (1961/74)... Tem é que haver uns carolas com sentido de missão e capacidade organizativa para esta missão, se possível com alguma formação museológica...

Com a idade em que estamos e com os problemas de saúde que aí vêm, é difícil arranjar alguém que lidere esta iniciativa... Se calhar é preferível optar por soluções mais expeditas: doar o corpo ao departamento de anatomia de uma faculdade de medicina (, como fez recentemente um amigo que morreu de cancro) e os nossos pertences (de guerra) ao Arquivo-Histórico Militar...

A lista dos objectos pode ser publicada no nosso blogue, para saber onde param os itens, qual a a sua origem, significado, dono ou fiel depositário, etc.

Antes que tudo acabe, tristemente, na feira da Vandoma (no Porto) ou na Feira da Ladra (em, Lisboa)... E depois vá parar à estranja (Américas, Alemanhas, Inglaterras, China etc.) para estudo dos historiadores dos conflitos geo-estratégicos que nunca molharam o cu numa bolanha nem apanharam um balázio no ombro ou ficaram sem um pé numa mina ou tiritaram de frio com paldudismo...

Camaradas, amigos, camarigos: TUDO ISTO É PATRIMONIO e, embora imaterial, tem um valor incalculável... Porra, tenhamos orgulho nas nossas coisas, grandes, médias, pequenas ou micro... Até nas nossas ninharias!... A começar pelos brasões, crachas e guiões...

Um dia, estes gajos todos, dos pipis aos fanfarrões, que nos sucederem, ainda vão olhar para a nossa geração e dirão:

- Fogo!, gente do carago!

3. Esta matéria já foi abordada neste blogue pelo nosso camarada de armas Carlos Coutinho, que é um dos maiores coleccionadores nacionais desta temática. Muito dedicado, possui, segundo me disse, há uns anos atrás,  cerca de 2 mil emblemas e mini-guiões de Unidades que cumpriram as suas comissões no Ultramar (, não sei se em suporte físico ou em formato digital)... [Hoje são mais de 3 mil!).

Aliás o Carlos Coutinho ofereceu-nos já, em tempos,  um CD com centenas desse emblemas, que temos vindo a usar em diversos postes no blogue.

O Carlos inclusivamente já solicitou, num anterior poste do blogue, que quem tivesse algum emblema (brasão, guião ou crachá)  em casa, e nunca os tivesse ainda visto no blogue, fizesse o especial favor de o mandar para nós, editores, para publicação. Assim, o Carlos, posteriormente, faria a respectiva recolha e juntaria as novas peças no dito CD.

Quanto à criação no blogue de um banco de dados sobre brasões, crachás e guiões (, sugestão do António. J. Pereira da Costa, no poste P7513, de 27 de dezembro de 2010), penso ser interessante e importante conhecer a experiente opinião do Carlos Coutinho, que já tem muito trabalho desenvolvido sobre esta matéria na Internet e nos poderá informar de tal viabilidade neste blogue e a quem vou enviar uma cópia deste poste.

Para eventuais contactos, aqui fica o e-mail do Carlos: ccbitton@gmail.com

Os "emblemas" acima reproduzidos são de várias fontes, a começar pela  coleção do incontornável Carlos Coutinho, grande parte da qual está publicada no portal UTW, Dos Veteranos da Guerra do Ultramar, trabalho esse (do Coutinho e da valorosa equipa dos nossos camaradas do Ultramar TerraWeb) de se lhe tirar o chapéu (neste caso o boné, a boina ou o quico!)... Só da Guiné são mais de 900  fichas completas.

A todos, o nosso obrigado. E continuem alimentar esta série... que tem estado parada desde 2009 (*)

PS - Em suma, temos material para uma tese de doutoramento em antropologia, com a indispensável colaboração do... Carlos Coutinho 3 da equipa do UTW.. A coleção está feita, falta-nos são as histórias do "making of" de cada brasão, guião e crachá, a ideia, o design, a inspiração, a heráldica, etc. E, naturalmente, uma análise exaustiva por categorização temática, a começar pelo "bestiário"...
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Nota do editor

(*) Vd. postes desta série:

10 de novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3429: Brasões, guiões ou crachás (1): CCAÇ 2797, Pel Caç Nat 51 e Pel Caç Nat 67, Cufar, 1970/72 (Luís de Sousa)

14 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3453: Brasões, guiões ou crachás (2): CCAV 678, 1964/66 (Manuel Bastos)

22 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3501: Brasões, guiões ou crachás (3): CAOP 1: BCAÇ 2885; CART 2732 e CCAÇ 5 (Jorge Picado/Carlos Vinhal/José Martins)

1 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3551: Brasões, Guiões ou Crachás (4): CCAÇ 728; CCAÇ 2617; CCAÇ 3566; PEL CAÇ NAT 63; CCAV 677 e CCAÇ 2402 (José Martins)

7 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3580: Brasões, guiões ou crachás (5): BCAÇ 2893, CART 730 e 23339, CCAÇ 726, 1426, 2406, 2636, 2701 e 3477 (José Martins)

14 de dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3622: Brasões, guiões ou crachás (6): BART 2917 e 2924, BCAÇ 507 e 512, CCAV 1484, Pel Caç Nat 52 e Pel Mort 4574 (José Martins)

25 de fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3938: Brasões, guiões ou crachás (7): Pelotão Independente de Morteiros 912 (Santos Oliveira)

Guiné 61/74 - P20248: Efemérides (312): Mina anticarro em Canturé, regulado do Cuor, 16 de Outubro de 1969 (Mário Beja Santos, ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 16 de Outubro de 2019:

Queridos amigos,

Quando soube que o nosso camarada António Carlão partira para as estrelinhas, veio a lume no blogue a sua imagem junto da viatura destruída em Canturé, em 16 de outubro de 1969.

Hoje, neste meu dia de luto, detive-me diante da fotografia em que o meu camarada, o 1.º Cabo António da Silva Queirós, conhecido no nosso meio por o 81, era ele que metia a braçadeira enquanto eu manejava o morteiro, revela espanto diante de um buracão onde jaz o Unimog 404.

Por tudo ser verdade, por ter havido incúria da minha parte e múltiplo sofrimento alheio, aqui guardo lembrança. Porque quanto a penitência e consolação o assunto é íntimo.

Um abraço do
Mário


Efeméride: Mina anticarro em Canturé, regulado do Cuor, 16/10/1969

Beja Santos

Confronto-me com aquele destroço e a estupefação tão espontânea do Cabo António da Silva Queirós, quem captou esta imagem não sabia se havia feridos e mortos, o Queirós está de mão estendida, jamais saberemos o sobressalto em que se encontra, saíram de manhã cedo de Missirá, deparou-se esta viatura esventrada mesmo à esquina da picada em direção a Canturé, por aqui se podia rumar, para sul, até Mato de Cão, e em tempos de paz, umas horas depois, chegava-se a Bissau, depois de Enxalé, Porto Gole, Jugudul; para norte, rumava-se para Gambiel, a ponte fora destruída no início da guerrilha, em tempo de paz por aqui se prosseguia até Geba e Bafatá.

Vivia-se então tempos muito ásperos. O comando de Bambadinca sangrava efetivos de milícias, uma secção de Finete para Demba Taco, uma outra secção de milícias de Missirá para a região de Galomaro. Ia-se praticamente todos os dias a Mato de Cão, é pura coincidência este frenesim a que estávamos a ser submetidos, as obras do porto do Xime estão à beira da conclusão, o arrebol de idas e vindas para patrulhar Mato de Cão diminuirá significativamente a partir de novembro.

Efetivos esgotados, uma grande parte do contingente do Pel Caç Nat 52 formara-se no CIM (Bolama) em 1966, passaram por Porto Gole, Enxalé, Missirá, sonham com o meio urbano, o que irá acontecer em novembro, não percebo porque é que ficaram desapontados, sabiam de antemão que não haveria descanso nas tarefas de toda a ordem, sete dias sem descanso, o que mudava era viajar para uma operação, para uma coluna de reabastecimento, para uma patrulha nos Nhabijões ou emboscada noturna no Bambadincazinho ou na estrada para Mansambo. O que se passou naquele dia 16 de outubro decorreu de um estado de derrisão, de quase inconsciência, na perda da noção das precauções básicas, de quem liderava a coluna, eu.


Infogravura Luís Graça & Camaradas da Guiné

Ao amanhecer, viera-se até Bambadinca com uma lista farta para suprir carências na comida, nas munições, nos materiais de construção e na manutenção de viaturas. No regresso, viatura ajoujada, efetivo mínimo, doentes com pernas entrapadas. Com incrível displicência, com o dia já a declinar, ainda fui vistoriar obras em abrigos em Finete. O condutor, Manuel Guerreiro Jorge, de Monte da Cabrita, Santana da Serra, Ourique, suplica-me para partirmos imediatamente, acedo quando vejo o céu plúmbeo, o Unimog trepa a ladeira de Finete, temos a reta de largos quilómetros pela nossa frente, anoitece. Mandaria o bom senso que ficássemos em Finete, não se viaja dezasseis quilómetros na noite escura. Respondo sempre que não se pode perder tempo, há muitos afazeres para o dia seguinte, peço ao Manuel Guerreiro Jorge para ir na gáspea, o piso está bom, a picada não tem quaisquer reentrâncias, é uma reta colossal até Gã Gémeos, daí até Sansão e depois Missirá é que é altos e baixos.

Mas houve um momento de inquietação, exatamente quando no fim da ladeira de Finete fomos acolhidos na picada por um pesado silêncio, era uso e costume haver chilreios, macacada de galho em galho, tive uma premonição de presença humana, coisa de segundos, vamos seguir. E o Unimog partiu à desfilada, faróis coruscantes atravessavam as trevas da noite. Caminhava para as seis e meia da tarde.

Conheço a palmo a picada, por aqui andámos centenas de vezes, é um deslumbramento com as suas áleas de poilões, simetricamente colocados, só encontrei coisa parecida na estrada para o Enxalé. Suspiro quando já estamos bem perto de Canturé, mais uma hora e descarregamos todos estes bidons, sacos e fardos e caixas de munições. E o fragor da explosão toma conta de tudo, o Unimog parece levantar voo, silvam os curto-circuitos, Cherno Suane, que seguia no guincho, parece o homem-canhão, vai disparado até ao fundo, junto de um morro de bagabaga. O instinto leva-me a saltar com a G3 na mão, uma rajada até despejar por completo o carregador varre aquela margem direita, onde há gente que nos espera, deu para sentir uma fuga precipitada. Desapareceram-me os óculos, não vejo do olho esquerdo, sinto queimaduras na cara, no pescoço, um potente zumbido no ouvido esquerdo. Mas são os gritos de Manuel Guerreiro Jorge que tomam conta da nossa atenção, tem o corpo desarticulado, a mina anticarro explodiu sobre o seu rodado.

Fecho os olhos enquanto recordo tudo isto, quando os abro é para ver o espanto do António Silva Queirós. Tudo se passou há cinquenta anos, meio século não é nada quando sei que foi uma noite que mudou a minha vida, que por displicência se perdeu uma outra vida, houve feridos graves, contei com a generosidade dos camaradas de Bambadinca que vieram sem um gemido pela noite fora, atravessando aos tombos a bolanha de Finete, veio o médico, David Payne Pereira, tudo fez por aquele moribundo, a quem fechou os olhos em Finete.

Levantei-me cedo, tirei a fotografia emoldurada e pu-la numa mesa, faço questão de vos mostrar que retenho todo este filme e para todo o sempre. Tratei os olhos, descurei alguns dos feridos que foram para Bissau, um deles perdi-lhe o rasto, o meu devotado amigo Alcino Barbosa, que regressou com fratura de calcâneo.

Dir-me-ão que são coisas da vida, que o cansaço nos leva por vezes a comportamentos ligeiros, às tais displicências que depois matam e ferem. São os tais momentos que nos afundam ou nos fazem crescer. Olhando esta fotografia que gravou há meio século um sinistro, guardo o dilema que esta efeméride comporta. Só que a vida continua, haja o que houver de amarguras na alma.

E peço perdão por tudo quanto aconteceu naquela destemperada corrida noturna, em 16 de outubro de 1969.
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Nota do editor

Último poste da série de 7 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20214: Efemérides (311): Convite para a cerimónia do Dia Municipal do Combatente, a realizar no 11 de Outubro, às 11 horas, na Praça dos Heróis do Ultramar, em Fânzeres - Gondomar (Carlos Silva, ex-Fur Mil da CCAÇ 2548)