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domingo, 25 de julho de 2010

Guiné 63/74 - P6784: Tabanca Grande (232): Fernandino Leite, Soldado de Transmissões da CAÇ1499/BCAÇ 1877 – Pelundo, Bolama, Pirada e Piche -, 1966/67

Mais um Camarada se apresenta nesta Tabanca Grande, o Fernandino Leite (ex-Soldado de Transmissões da CAÇ1499 / BCAÇ 1877 – Pelundo, Bolama, Teixeira Pinto, Pirada e Piche -, 1966/67, que é um cliente habitual da Tabanca de Matosinhos e grande amigo pessoal do Casimiro Carvalho (CCAV 8350 - Piratas de Guileje), nesta sua primeira mensagem apenas enviou uma reportagem fotográfica do seu álbum de memórias, mas deixando a promessa de que, brevemente, voltará com a descrição da evolução operacional da sua Companhia por terras da Guiné:



Um aspecto da tabanca de Pirada


Eu no meu posto de "trabalho"

Eu, os júbis e, ao fundo, uma
dornier

Eu posando na
Sofia

Aqui posando numa
Vespa


Aqui com um pequeno júbi


Helicóptero capturado ao P.A.I.G.C.


Eu "bem acompanhado"

Um abraço,
Fernandino Leite
Sold Trms da CAÇ1499/BCAÇ 1877


2. O Fernandino Leite é o primeiro elemento, quer da CCAÇ 1499, quer do BCAÇ 1877 a dizer presente nesta nossa tertúlia, ficando a aguardar que outros seus camaradas da Unidade lhe sigam aqui o exemplo.



3. Amigo e Camarada Fernandino Leite, é da praxe que em nome do Luís Graça, Carlos Vinhal, Virgínio Briote e demais tertulianos deste blogue, te diga aqui que é sempre com alegria que recebemos notícias de mais um Camarada-de-armas, especialmente, se o mesmo andou fardado por terras da Guiné, entre 1962 e 1974, tenha ele estado no malfadado “ar condicionado” de Bissau, ou no mais recôndito e “confortável” bura… ko de uma bolanha.
Tal como o Luís Graça já referiu inúmeras vezes, em anteriores textos colocados em postes no blogue, todos aqueles que constituíram a geração dos “Últimos Guerreiros do Império”, têm alguma coisa a contar da sua passagem da Guerra do Ultramar, que permaneça para memória futura e colectiva, deste violento e sangrento período da História de Portugal.
Foram 12 anos de manutenção de um legado histórico (cerca de 500 anos de permanência), à custa de muito sacrifício, privação de toda a ordem, dor, sangue, sofrimento, morte… que envolveu a movimentação de mais de meio milhão de portugueses em armas.
Como se não tivesse bastado, continuamos a sofrer, pelo menos psicologicamente, nos últimos 36 anos com o modo ostracista e laxista como os políticos portugueses nos tratam.
Nós que, nos nossos 21/22/23 anos, demos o nosso melhor, como podíamos e sabíamos, muitas vezes mal treinados e armados, sabe Deus como alimentados e enfiados em autênticos buracos, construídos no lodo, embebidos em pó, lama, suor, mosquitos, etc., completamente hostis e perigosíssimos, sob vários aspectos, onde, além dos combates com o IN, enfrentávamos as traiçoeiras minas e armadilhas, as doenças a apoquentar-nos (paludismos, disenterias, micoses, etc.) e as nossas naturais angústias e temores, próprios das nossas tenras idades.
Nós até nem temos pedido muito, além de respeito e dignidade, que todos nós merecemos pelo que demos a esta Pátria, queríamos, e continuamos a querer, no mínimo, que os nossos doentes, física e psicologicamente, sejam tratados condigna e adequadamente, e o tratamento e acompanhamento dos mais carenciados e abandonados pela desgraçada “sorte” da vida.
Oferecendo-te então aqui as nossas melhores boas-vindas e ficamos a aguardar que nos contes episódios da tua estadia na Guiné, que ainda recordes (dos locais, das pessoas, seus hábitos e costumes, dos combates, dos convívios, etc.) e, se tiveres mais fotografias daquele tempo, que nos as envies, para as publicarmos.Recebe pois, para já, o nosso virtual abraço colectivo de boas vindas.
Emblema de colecção: © Carlos Coutinho (2010). Direitos reservados.
Fotos: © Fernandino Leite (2010). Direitos reservados._____________
Notas de M.R.:

Vd. último poste desta série em:

18 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6758: Tabanca Grande (231): Eduardo Costa Dias, antropólogo, CEA / ISCTE / IUL