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terça-feira, 26 de março de 2013

Guiné 63/74 - P11320: Feliz Páscoa para a tertúlia da Tabanca Grande (Manuel Joaquim)

1. Mensagem do nosso camarada  Manuel Joaquim (ex-Fur Mil de Armas Pesadas da CCAÇ 1419, BissauBissorã e Mansabá, 1965/67), com data de 25 de Março de 2013:

Meus caros Luís, Carlos e Eduardo, queridos camaradas da Guiné:
Para vós e, em vosso nome, para os membros deste blog, desta Tabanca Grande, vão os meus votos de Feliz Páscoa.

Como seria lindo, se fosse possível, todos nos abraçarmos a todos!
Junto um video que pode simbolizar a união para o cumprimento de um objectivo, neste caso uma união de base religiosa, uma procissão para glorificar a ressurreição de Cristo, "inneggiamo al Signore" (louvemos o Senhor).
Que em todos nós, religiosos ou não, crentes ou não na ressurreição, revivam (se for caso disso) ou não esmoreçam os sentimentos de fraternidade e de solidariedade tão necessários nos dias de hoje para acreditarmos nas nossas capacidades, como sociedade e como país.

Um grande abraço
Manuel Joaquim




A propósito do video:

O video que anexo é um excerto da ópera de Pietro Mascagni, "Cavalleria Rusticana", cinematografada por Franco Zeffireli em 1982. Nele intervêm o Coro e a Orquestra do "Teatro alla Scala" de Milão e a mezzo-soprano Yelena Obraztsova (Santuzza) .
Vale bem a pena ver o filme, para quem gosta de ópera e não só, está disponível no Youtube, com Placido Domingo (Turiddu), Renato Bruson (Alfio), Fedora Barbieri (Mamma Lucia) e Axelle Gal (Lola).

Esta cena espectacular de uma procissão pascal está composta por imagens, símbolos e atitudes populares que representam bem esta forma de expressão de religiosidade católica muito comum, há uns bons anos atrás, por toda a Europa mediterrânica. Algumas dessas procissões ainda hoje se fazem. Também em Portugal, basta lembrar Braga.

Sou, religiosamente, agnóstico mas este naco de filme emociona-me, faz-me voltar à minha infância. Vejo estas imagens e revejo-me, garoto, a saltar nas bermas do caminho e a subir a muros para melhor ver passar a procissão, amedrontado e ao mesmo tempo excitado pela visão do andor do Cristo Crucificado à frente de outros como os da Senhora dos Milagres, do S. Jorge, do S. Tiago, do S. Sebastião cravado de setas e a sangrar das feridas ...
A acompanhar esta memória visual vem também a memória olfactiva, vêm os aromas do fumo de incenso e os saídos da murta e do alecrim pisados durante a procissão, o cheiro dos foguetes queimados cujas canas eram um chamariz a que não sabia resistir e, por fim, os belos, aromáticos e doces folares ofertados pelos padrinhos.

Como é bom sentir assomar à superfície de mim a criança que sei que me habita. Mesmo não dando por ela muitas vezes, não a quero perder de maneira nenhuma.

Havemos de continuar juntos, precisamos de estar juntos para vivermos. Até ao fim.

Manuel Joaquim
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Guiné 63/74 - P10707: Mensagem do nosso camarada José da Câmara aos amigos, a propósito do dia de Acção de Graças, hoje festejado nos Estados Unidos da América

Thanksgiving Day is a federal holiday in the United States. 
© iStockphoto.com/Olga Lyubkina

1. Mensagem do nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73) datada de 22 de Novembro de 2012, a propósito do Thanksgiving Day que hoje se celebra nos Estados Unidos da América:

Caros familiares e amigos,
Hoje, nos EUA, celebramos o dia de Acção de Graças, o chamado Thanksgiving Day.

Nós, aqueles que temos o privilégio de viver e fazer parte desta grande Nação Americana, sabemos o que este dia significa nas nossas vidas e na dos nossos familiares e amigos. Damos Graças, não tanto por estarmos mais ou menos bem na vida, mas pelas oportunidades que nos foram oferecidas e que aproveitámos para também realizarmos o grande sonho americano: ter casa, carro e, acima de tudo, ajudar na melhor educação escolar possível dos nossos filhos.

Esta é, ao fim e ao cabo, a melhor herança que lhe s podemos deixar. Muitos de nós aproveitámos os anos para cultivarmos as nossas hortas de amizades. Tomamos conta delas e fazemo-las crescer e produzir bons frutos. Eu também consegui uma fantástica horta de amizades. Nela as raízes e os ramnos dos seus membros entrelaçam-se numa sã convivência, porque têm a certeza que são todos importantes no meu coração. A minha horta é muito importante na minha vida. Ajuda-me a viver e a acreditar que os meus melhores anos de vida ainda estão para vir. Pelos familiares que tenho, por aqueles que me deixaram ser seus amigos e pelas oportunidades que recebi na vida dou Graças a Deus.

Para os que celebram o Dia do Thansgiving os meus sinceros votos de que seja passado com muita alegria na companhia dos vossos entes queridos.
Para aqueles que não celebram este dia, fiquem com a certeza que não ficarão esquecidos nas minhas preces. Sim, eu tenho muitas razões para dar Graças a Deus e celebrar o Thanksgiving Day.

Um abraço do
José Câmara
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Nota de CV:

Para saber mais sobre o Dia de Acção de Graças vd. http://www.timeanddate.com/holidays/us/thanksgiving-day

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Guiné 63/74 - P9933: Histórias e memórias de Belmiro Tavares (23): A TV na nossa guerra

1. Em mensagem do dia 16 de Maio de 2012, o nosso camarada Belmiro Tavares (ex-Alf Mil, CCAÇ 675, Quinhamel, Binta e Farim, 1964/66), enviou-nos mais uma das suas histórias e memórias, relembrando desta vez as mensagens de Natal dos combatentes da Guerra do Ultramar gravadas em África e passadas na RTP.


HISTÓRIAS E MEMÓRIAS DE BELMIRO TAVARES (23)

A TV na (nossa) guerra

Durante os anos 60/70 (século passado) a RTP era o único canal televisivo generalista a penetrar diariamente em nossas casas; os outros foram aparecendo um após outro depois da revolução… dita dos cravos.

Como competia a uma instituição do aparelho político (único) dava cobertura à patriótica missão dos nossos bravos militares na então “Guerra de Ultramar”; hoje segundo a vontade de alguns diz-se “guerra colonial”; sirva-se cada um segundo a sua vontade! É democrático!

Na minha terra, lá nas “berças”, do interior esquecido, cheias de gente sã (não mal intencionada) – gente boa existe em todo o lado, porque ainda não “bebeu” a parte negativa da dita civilização – dir-se-ia com a clareza e a sapiência de gente honrada e virtuosa: “albarda-se o burro à vontade do dono”. Creio que ninguém verá nisto (adágio) qualquer tipo de agressão despropositada e gratuita, sem sentido, pois a minha intenção não é essa com toda a certeza.

Lamento, no entanto, que alguns (mais do que seria desejável) tenham tentado denegrir, acintosamente, a imagem imaculada de tantos compatriotas de rija têmpera que se bateram tão garbosamente, tão denodadamente, por aquilo que, pelo menos tradicionalmente, era nosso – refiro-me às pessoas e não ao terreno. Terá havido excessos? – Claro que sim! Mas não deixaram de ser exceção! Lamento profunda e sinceramente os abusos que deliberada ou inconscientemente (fruto do momento) foram cometidos; por mim e pelos autores do exagero, peço perdão aos africanos molestados, se bem que não me pese na consciência ter cometido qualquer canalhice ou desaforo.

Não quero deixar passar em claro também aqueles que, por medo ou por questões políticas, se auto-exilaram para fugirem aos pavores da guerra. Também não posso deixar de referir aqueles que, tendo emigrado, para mudar de vida e regressaram à Lusa Pátria para cumprir serviço militar. Não sei se há números oficiais (não creio que tenham sido divulgados) mas consta que os segundos foram em maior número que os primeiros- o que não deixa de ser significativo.

Mas esqueçamos o que podemos chamar de bizantinices e… voltemos à RTP.

A televisão faria apenas um ligeiro e superficial acompanhamento da guerra… dentro dos quartéis. Não consta – desconheço – que algum repórter tenha acompanhado os nossos façanhosos combatentes (os que ousadamente participavam, ao vivo e com risco e até com o sacrifício da própria vida), em operações melindrosas para passar à película os factos dignos de registo.

Os enviados da RTP procediam, em larga escala, nos meses que antecediam o Natal, à transmissão de mensagens de “Boas Festas” dos combatentes para os seus familiares – o que já era, só por si, bastante louvável. Talvez tenha sido esta a missão mais honrosa e mais humana levada a cabo pela RTP. Honra lhe seja feita por tudo isto e tudo o mais que poderão eventualmente ter realizado, mas que desconheço.

Mensagem de Natal do nosso camarada Constantino (Tino) Neves, a quem mandamos um abraço

Os soldados (os combatentes) passavam desempenados frente à câmara, citavam a sua identificação e a terra de origem declarando alto e bom som: -“para a minha família em (?) desejo um Bom Natal e um Ano Novo cheio de prosperidades”. Uma boa parte dos soldados, intencionalmente – talvez – ou por incapacidade substituíam as “prosperidades” por “propriedades”; era mais fácil de pronunciar… e mais lucrativo. Terminavam com a célebre frase “Adeus, até ao meu regresso”. Esta legenda já é nome de um livro da autoria do companheiro Beja Santos e levado ao prelo pela “Ancora Editora”; passe a publicidade… é dever de consciência.

Deixo aqui o meu pedido de desculpa se algum operador e/ou jornalista chegou a envergar ousadamente um camuflado e participou nalguma das operações mais perigosas e desgraçadamente célebres a que os militares estavam sujeitos e que eu, por ignorância, não refiro.

Os operadores também fizeram filmes – bobines recheadas – de acontecimentos por vezes corriqueiros ou propositadamente inventados… vividos dentro dos quartéis ou nas suas imediações. Lembro-me de ter visto um filme daquela estúpida guerra em que o ousado operador (nosso) se encontrava, por incrível que pareça, entre as aguerridas hostes inimigas: quando os nossos briosos soldados carregavam “destemidamente” sobre o “inimigo”, estavam a ser filmados bem de frente – logo o operador estaria no campo do oposto.

Durante os dois anos (quase) que a CCAÇ 675 viveu em Binta (viveu?! Aquilo seria viver? Mas vivemos ou pelo menos sobrevivemos), os RTPs passaram por lá apenas uma vez. Visitaram-nos mas, como o Natal já teria passado, não houve lugar às alusivas mensagens.

Tiveram direito a um opíparo almoço… bem regado… com o de que dispúnhamos em pleno mato.

A Tabanca engalanou-se; os nativos, já regressados do Senegal, envergaram as suas melhores vestes e organizaram um valente batuque – manga de ronco!

Filmaram muita coisa; entrevistaram muita gente, especialmente africanos – festa de arromba! Um repórter contou-nos que, dias antes, entrevistara um régulo, alferes de 2.ª linha, algures noutra zona; como o “soba” citou várias vezes, elogiosamente, o nome de Salazar, o locutor perguntou-lhe abertamente:
- Sabes quem é Salazar?

A resposta é digna dum “douto” oficial de 2.ª linha:
- Salazar é “o homem grande” da tabanca de Lisboa que dá “manga de chocolate na pessoal bandido!”

Certamente o régulo imaginaria que Salazar era algum destemido pugilista afamado ou que seria, no mínimo, dono de extraordinária força física. – Pobre rato!

Um locutor (cujo nome não recordo) sugeriu-nos que, quando regressássemos da Guiné, passássemos pelos estúdios do Lumiar e ele nos mostraria coisas curiosas e desconhecidas do público, cortes de certas filmagens que, naquela época, não podiam invadir indiscriminadamente as casas dos contribuintes.

Anos depois, em Fátima, aquando da visita do Papa, encontrei o tal locutor que, no meio daquela azáfama desmedida, repetiu o convite.

Um dia apareci, curioso, nos estúdios! Passei cerca de duas horas a ver passagens hilariantes (de quebrar o coco) de certas filmagens: o Sr. presidente da República, o venerando (como se dizia) Américo Tomás, a coçar furiosamente o baixo-ventre durante uma tourada no Campo Pequeno; montes de “pernas à vela” nas bancadas; festas em que o elemento feminino exibia ousadamente (para aquela época) os seus dotes físicos. Nos campos da bola havia também das boas! O “Zé” lá em casa não podia assistir a tais desperdícios! E os “excessos” em certos bailes e/ou chás dançantes da “alta”! Tanto esbanjamento meu Deus!

Um “corte” cheio de beleza (política) mostrava o exuberante Negus Negusti da Etiópia, Hailé Selassié (nascera Tafari Makonnen) durante uma fabulosa jantarada algures, aquando da sua célebre visita oficial à capital do Império: - limpava cuidadosa e higienicamente as unhas com os dentes do garfo e bebia água morna com limão do vistoso lavabo a qual se destinava a libertar os dedos do cheiro do marisco!

Sugeri que seria a altura ideal para mostrar aos portugueses quem apoiava a guerra contra nós; creio que não o fizeram mas… talvez valesse a pena!

Bom! Voltemos a Binta onde uma equipa da RTP nos aguarda!

Um dos operadores sugeriu ao afoito capitão Tomé Pinto que “simulássemos uma operação” nas imediações dos quartel para… encher fita.

O capitão Tomé Pinto não admitia nunca sacrificar inutilmente os seus militares; com um sorriso malandro nos lábios, lançou o seguinte repto:
- Eu não brinco às guerras! Pernoitem cá e partimos pela madrugada; prometo levar-vos a uma zona onde haverá tiros (muitos) pela certa; terão uma oportunidade ideal e única para filmar uma operação militar... ao vivo. Doutro modo, não!

- Isso não nos agrada! Responderam em uníssono. Partiram para Farim

Dias mais tarde, algures no Sul, fizeram idêntica proposta ao malogrado capitão Meireles; este aceitou fazer uma guerra de brincadeira… para a TV filmar.

Um militar nativo detetou uma mina antipessoal; deu o alerta! Mas pisou logo, inadvertidamente, o arame de tropeçar (arame verde finíssimo) e provocou de imediato a explosão duma mina “ bailarina”! Houve vários feridos, entre os quais um major; o capitão Meireles foi logo riscado do número dos vivos. Poderia ter sido pior!... como dizia o padre lá da minha terra. Os “ceguinhos” (os que picavam a estrada poeirenta, para detetar as malditas minas) iriam tão “compenetrados” da sua missão que não se aperceberam duma potente mina anticarro que se encontrava numa zona de lama seca. O padre Nazário, ia no fim da coluna; assistia incrédulo a tamanho folguedo… e detetou a tal mina, raspando com a bota as folhas secas que a ocultavam. O padre sugeriu a um sapador ali presente que verificasse se estava armadilhada – não estava! Recomendou ao sapador que a recolocasse no local e ocultasse com terra e folhas secas para que no regresso, a RTP filmasse o seu levantamento, já sem perigo iminente.

Após aquele desastroso acidente não houve mais filmagens… mas trouxeram a perigosa mina anticarro para o aquartelamento… valha-nos isso!

É caso para citar, mais uma vez, a profunda sabedoria do nosso bom povo:
- Com coisas sérias não se brinca!

Eu acrescento: A guerra é coisa séria!” ponham seriedade nisso!

Maio 2012
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 23 de Março de 2012 > Guiné 63/74 - P9646: Histórias e memórias de Belmiro Tavares (22): A guerra das vacas

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Guiné 63/74 - P9803: Tabanca Grande: oito anos a blogar (10): Mensagens dos nossos tertulianos Fernando Gouveia, Felismina Costa e António Melo

1. Mensagem do nosso camarada Fernando Gouveia (ex-Alf Mil Rec e Inf, Bafatá, 1968/70), com data de 24 de Novembro de 2011:

Neste oitavo aniversário do blogue não podia deixar de dizer algo, tanto mais que o blogue foi responsável por mudanças na minha vida, à partida impensáveis.

Recordo mais uma vez o que escrevi na minha primeira comunicação ao Luís Graça, quando há cerca de quatro anos descobri, por mero acaso, o blogue: …”pelo menos já tenho que ler até ao fim da minha vida”.

Se muitos camaradas de armas, dos que andaram mesmo metidos no barulho, têm revisitado com prazer a Guiné, podem imaginar o que foi sentido, em visita semelhante, por quem lá esteve mas numa zona calma “sem tiros” - o meu caso. Recentemente escrevi: “arrepender-me-ia para sempre se lá não tivesse ido”.

Podem facilmente imaginar o prazer e a comoção sentida ao encontrar, passados quarenta anos, pessoas que só lá tinha visto uma única vez e que me reconheceram.

Além de tudo isto o blogue permitiu aumentar o leque de amigos, que nesta fase da vida tem um interesse inquestionável.

Foi o blogue que me levou à Guiné, aos almoços regulares nas várias “tabancas” e que me fez viver momentos inesquecíveis. O blogue foi, por último, o primeiro responsável a levar-me a escrever um livro - o livro da minha vida.

Termino referindo que dou por terminado o processo “Na Kontra Ka Kontra”, tendo atingido o objectivo a que me propus: Contribuir com algo para as crianças da Guiné-Bissau. Assim, foram vendidos 97 livros, dando um lucro de 310 €. Comprei material escolar (lápis c/ borracha e aguça, esferográficas de várias cores e cadernos). Só lápis foram 3468 unidades. Tudo isso foi encaixotado e entregue à “Ajuda Amiga”, bem como 50 € sobrantes, contributo para o envio do contentor para a Guiné-Bissau.

Camaradas, mais uma vez me emocionei quando, uma noite, encaixotava o material escolar para a Guiné-Bissau. Sentimentos que ultimamente só o blogue me fez reviver.

Com abraços.
Fernando Gouveia

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2. Mensagem da nossa amiga tertuliana Felismina Costa com data de  22 de Abril de 2012:

Há sensivelmente dois anos, que o adoptei, como o meu “jornal diário”!
Um jornal diferente, mas pleno de informação, sobre um tempo e um acontecimento que marcou a nossa geração!

Um acontecimento, que hoje motiva encontros, onde muitos dos seus intervenientes recordam dias, que os marcaram para sempre.
É um espaço virtual, onde se espraia a expressão das vossas vivências, a todos comuns.

Para mim, ele representa um “manual,” onde encontro informação sobre o conflito, uma tertúlia, onde falo, às vezes mais do que devia, um centro de convívio, onde tenho a certeza, ter feito amigos para a vida.

Quero felicitar mais uma vez o seu criador, “Mestre Luís Graça,” e seus incansáveis co-editores, a saber:
Carlos Vinhal, o homem do leme.
Magalhães Ribeiro
Virgínio Briote

E todo o séquito de colaboradores:
Humberto Reis
Hélder Sousa
Jorge Cabral
José Martins
Torcato Mendonça.

Obrigada pelo sítio, pela amizade nele encontrada e vivida.
Obrigada pelo aumento substancial do meu grupo de amigos, pelo conhecimento adquirido, pelo reviver da Juventude, pese embora o motivo que o origina.

Desejo longa vida ao Blogue, e que seja um veículo que conduza a um estudo aprofundado de causa e efeito.

Parabéns ao Blogue e a todos quantos aqui se encontram!
Obrigada.
Felismina

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3. Mensagem do nosso camarada António Melo (ex-1.º Cabo Rec Inf, BCAÇ 2930, Catió e QG, Bissau, 1972/74), com data de 23 de Abril de 2012: 

Para ti BLOGUE que hoje cumpres o teu aniversário te felicito carinhosamente.
Que cumpras muitos e continues como até agora a dar-nos noticias boas e menos boas mas que nos tenhas informados e que nos avives as mentes pois sabes estamos um pouco passaditos e já nos vai falhando a memória.
Contigo jovem e desperto nós continuaremos relembrando a nossa juventude que passámos naquela terra linda que é a Guiné.

Sem mais, os meus parabéns e um abraço para todos sem excepção
António Melo
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 24 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9798: Tabanca Grande: oito anos a blogar (9): Os "nós" e os "laços" do nosso querido Blogue (Manuel Joaquim)

domingo, 22 de janeiro de 2012

Guiné 63/74 - P9386: O Nosso Livro de Visitas (123): Fernando Gomes Pinto da CCAÇ 4945/73 (Guiné, 1973/74)

1. A propósito de um pedido que a nossa amiga Mafalda, filha do nosso camarada Armando Ramos, nos fez, publicado no Poste 9382, recebemos esta mensagem do nosso camarada/leitor Fernando Gomes Pinto (C.Caç. 4945-Guiné 1973/74):

Boa noite
Há quase 6 anos que sou assíduo leitor do vosso magnífico blog. Já o partilhei com muitos camaradas.

Hoje ao ler a referência a um documentário da RTP sobre uma senhora que gravou mensagens de combatentes destinadas aos familiares, devo referir que se trata do documentário "A Hora da Saudade".

Pode ser acedido no Youtube em: http://www.youtube.com/watch?v=jcpgEHNl04w

Um abraço
Fernando Gomes Pinto
(C.Caç.4945-Guiné 1973/74)

A Voz da Saudade, assim se chamou este documentário da RTP, dedicada a uma senhora, Maria Estefânia Anacoreta, que aos 47 anos levou a África mensagens das famílias, destinadas aos militares em campanha.

Pode-se ver o texto acima completo e aceder ao filme, através do site da RTP, a quem apresentamos as devidas vénias.


2. Comentário de CV:

Atendendo a que o nosso camarada Fernando nos lê há seis anos, e não existe na tertúlia nenhum representante da CCAÇ 4945, foi-lhe enviado convite para integrar a nossa Tabanca Grande.
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 22 de Janeiro de 2012 > Guiné 63/74 - P9385: O Nosso Livro de Visitas (122): O meu batismo de fogo, nas férias grandes da escola, em jun/set de 1967, em Bula (Henrique Rodrigues, filho do 2º cmdt do BCAÇ 1876, 1966/1967)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Guiné 63/74 - P9124: Porto de Abrigo (Carlos Rios) (4): Troca de mensagens

1. Quarto episódio de "Porto de Abrigo", as memórias passadas a escrito pelo nosso camarada Carlos Luís Martins Rios, ex-Fur Mil da CCAÇ 1420/BCAÇ 1857, Mansoa e Bissorã, 1965/66.


PORTO DE ABRIGO - IV

Mensagens de Manuel Joaquim e Carlos Rios

Manuel Joaquim diz:
20 Janeiro 2010 às 20:44


Meu caro Carlos Rios:
Que surpresa ler as tuas palavras por aqui! A última vez que nos vimos foi quando me entraste pela sala de aula, na Amadora, já lá vão muitos anos. Um grande abraço, meu “velhote coxo e surdo”. Desculpa-me se não te agradar o que vou dizer:

Amigos frequentadores deste blogue, Carlos Rios foi condecorado com a Cruz de Guerra, muito muito merecida! “Coxo e surdo” não é uma expressão irónica, é o resultado dos ferimentos sofridos em combate por um militar exemplar no serviço, na camaradagem, de coragem e humanismo transbordantes! Este fur. mil. da CCaç.1420 representa para mim a coragem, as angústias, os sucessos, mesmo os desastres desta Companhia.

Até sempre, Carlos Rios
Manuel Joaquim, Fur. Milº CCaç.1419


Carlos Rios diz:
1 Agosto 2009 às 10:53

Uma profunda triste saudade me fizeram os nomes dos meu amigos Passeiro e Duarte, também eu estive no K3, em tempos em que se dormia debaixo de cibes e terra, a única construção era a “messe”, pertenci se se lembram à 1420. Esse forno do pão foi feito ou reconstruído pelo amigo Banharia, isso de ter tectos e outros é um luxo. 

Um abraço amigo a todos e as desculpas por algum lapso de memória.

Saudades do velhote coxo e surdo. Notável o empenhamento e dinâmica já na altura do meu querido amigo CABRAL; ele tem ainda fotografias muito mais notáveis.


Carlos Rios diz:
1 Agosto 2009 às 11:10

As minhas desculpas, agora me lembrei penso que estive foi no k10, a caminho de Mansabá indo de Mansoa, reitero e reforço os cumprimentos escrevendo os inconvenientes da saga do hospital militar principal; parece que há preocupação de limpar aquele nojo de “guerra”.


Carlos Rios, diz:
14 Julho 2010 às 15:43

Estas fotografias branqueiam os horrores do que foi realmente a passagem da CCaç 1420, por aqui, senão vejamos:
a) o 1º Comandante de Companhia assim que pôde (1 mês?) evacuou-se para a metrópole.
b) neste período de tempo teve tempo de punir com pena de prisão alguns praças por levantamento de rancho (o cheiro e apresentação da comida era imundo).

Logo a seguir acompanhados de outra Companhia, fizemos uma operação onde perdemos o meu grande amigo, Alf. Mil. Vasco Cardoso e mais 5 praças (entretanto já tinha falecido outro camarada) as tropas regressaram em pequenos grupos a Fulacunda. Que nulidade de Comandante.


Carlos Rios, Fur Mil da CCaç 1420, diz:
14 Julho 2010 às 16:14

Espanto é o sentimento que me assalta, bonitas e saudosas fotografias, mas não posso deixar de sentir a falta de outras que façam sentir o quotidiano da vivência desta terra durante a guerra colonial. As ruas esburacadas, a prisão onde eram torturados os desgraçados que fossem apontados por qualquer outro, o lago do crocodilo que um militar qualquer matou a tiro, alguns elementos da população com a sua corrente de misérias, o desaparecimento de alguns militares, as passeatas do padre para (contactos) com a população. Capturado, fardado um IN, e uma vez chegado ao quartel de Mansoa teve o Sr. Comandante de Sector um gesto heróico (enfiou uma valente bofetada no homem que se encontrava em sentido e com as mãos atadas). Que vilania. Muito mal preparados estavam os homens que nos conduziam. Uns nadas. (Referência a Mansoa)


Carlos Rios, Fur Mil da CCaç 1420, diz:
27 Fevereiro 2011 às 14:39

Obrigado Manuel Joaquim!
As coisas mais lindas, marcantes, e emocionais não podem ser vistas ou tocadas, mas sim sentidas pelo coração. É inenarrável a emoção e alegria com que li o que fizeste o favor de dizer acerca de mim e que necessariamente se torna extensivo a ti próprio e aos nossos queridos e sofredores companheiros a quem endereço um profundo abraço de solidariedade. Pena é que não haja maior participação, onde se possa aquilatar das agruras desta geração. O anexo do hospital Militar (anexo) era um autêntico campo de sofrimentos e humilhações. No prosseguimento desta desumana situação fomos ainda deslocados para o DI (Depósito de Indisponíveis), onde estando em recuperação e tratamento os militares eram englobados nas escalas de serviço. Recordo um dia em que estando de comandante da guarda, já coxo e surdo como sabes, tive que vir a exterior comandando a secção fazer o içar de bandeira. Calcularás o caricato da cena.


Carlos Rios, Fur Mil da CCaç 1420, diz:
23 Fevereiro 2011 às 18:22

Inenarráveis são os sentimentos e emoções que me assaltam ao ver as fotos e ler o expresso por todos os camaradas. Também por aqui passei, vim ser ouvido num auto levantado para descobrir quem seria o culpado pelo desaparecimento do meu querido amigo Alf. Mil. Vasco Sousa Cardoso, quando por um tremendo erro estratégico do comandante da Operação Cap. […] hoje reformado pelo menos como coronel (vicissitudes dos ineptos Comandantes) numa tremenda emboscada toda a coluna se partiu vindo o regresso de diversos grupos a Fulacunda a ser feito durante toda a noite, devo ao meu grande amigo Soleimane Djaló e ao Salu (já falecido) ter regressado já alta noite a Fulacunda. 

O meu amigo fugiu juntamente com cinco praças para o lado errado vindo a ser perseguidos e abatidos durante dois dias, um suicidou-se e apenas um dos elementos foi capturado e trocado através da CVI com prisioneiros do PAIGC.  O Comandante da Operação foi dos primeiros a chegar ao Quartel com o maior troço de tropas. 

Que ignorante eu era destas questões. Não quero deixar de referir que no dia imediato uma Companhia a sério Comandada pelo Cap. Carlos Fabião – (Companhia dos Camelos), a quem rendo a minha homenagem – Um HOMEM – a sério, onde me integrei, pesquisou intensamente a área do incidente mas infrutiferamente. Pequenos episódios tristes demonstrativos da incipiente preparação dos nossos comandantes. Nesta deslocação a Bolama tive a oportunidade de me banhar na praia da Ilha – OFIR se chamava ela. Quando no decorrer da operação que deu azo ao levantamento do auto pelo qual me fizerem ir a Bolama ser ouvido; e sendo elementos do IN detectados em plena picada a caminho de S. João, junto de Nova Sintra (ainda não existia o destacamento nosso, criado a posteriori) estando eu como de costume a testa da coluna, avançámos de rompante metralhando o grupo e provocando dois feridos e capturando a primeira metralhadora PPSH, apanhada no campo de batalha na Guiné. Após o que regressamos ao ponto de encontro marcado pelo comandante de Operação;
Não havia ninguém.


Legenda:

A) - Primeiro morto em combate
B) - Morte do 2.º Sargento Monteiro e Ferimentos graves em diversos camaradas (Raimundo fica estropiado e amputado de dedos de uma mão)
C) - Grave ferimento do Rui (estilhaços nas pernas)
D) - Rios atingido por rajada (fica estropiado)
E) - Desaparecimento (em confrontação directa ) do Alf Mil Vasco Cardoso e mais 5 praças.
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Nota de CV:

Vd. poste da série de 29 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9112: Porto de Abrigo (Carlos Rios) (3): A nossa estada em Bissorã e Mansoa, e as baixas em combate

terça-feira, 18 de março de 2008

Guiné 63/74 - P2661: CART 3331, Cuntima, Natal de 1971: Mensagens da RTP (Vitor Silva)

Guiné > Zona Leste > Cuntima > CART 3331 / Outras unidades > Mensagens de Natal de 1971, transmitidas pela RTP.

Vídeo (1' 45''): Vítor Silva (2008). (Com a devida vénia à RTP...)

Mensagem do Vitor Silva, novo membro da nossa Tabanca Grande, ex-1º Cabo, CART 3331, Cuntima, 1970/72 (1):

Caro amigo Virgínio:

Anexo um pequeno extracto de um DVD alusivo às MENSAGENS DE NATAL 1971, transmitidas pela RTP no tempo da Guerra Colonial.

Posso enviar uma cópia do DVD, caso esteja interessado. Haverá concerteza muitos ex-combatentes que gostariam de o ver.

Eu senti uma emoção muito grande quando vi a minha própria mensagem ... passados mais de 30 anos!

Se estiver interessado, envie-me a sua direcção para que eu lhe possa enviar o DVD Um abraço.

Vitor Silva

_________

Nota de vb:

(1) Ver post de 17 de Março de 2008 >
Guiné 63/74 - P2657: Cuntima nos tempos da CART 3331 (1970/72) (Vítor Silva)

6 de Novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2245: Cancioneiro de Cuntima (Vitor Silva, CART 3331, 1970/72)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Guiné 63/74 - P2380: Ponham hoje o vosso melhor sorriso para que o mundo se torne um pouco mais bonito (Carlos Vinhal, Luís Graça & Virgínio Briote)

"Amigos e camaradas da Guiné, que em dois anos e meio fizeram esta coisa bonita que é o nosso blogue, ponham hoje um sorriso bonito para que o mundo também se torne um pouco mais bonito".

Ilustração: © Joana Graça (2006)

Amigos & camaradas:

1. Mensagem (natalícia) dos editores do blogue:

Há dias (16 de Dezembro) lançámos para a blogosfera a seguinte mensagem:

Aproxima-se uma data que no TO da Guiné nos era muito cara...Vamos lá a puxar da caneta, ou melhor, das teclas do computador e toca a recordar o melhor ou o pior Natal das nossas vidas... Onde é que eu estava na noite de 24 para 25 de Dezembro de 196.., 197.., algures na Guiné ?... Deve haver para aí muitas estórias (natalícias) por contar... Um Alfa Bravo. Os editores do blogue, Luís Graça, Carlos Vinhal, Virgínio Briote .

A resposta não se fez esperar, a criatividade veio ao de cima, rompendo mais uma vez o dique das memórias e das emoções, contidas durante décadas. Em poucos dias publicámos uma dúzia de estórias, umas mais tristes, outras mais alegres, todas elas comoventes e mostrando a face positiva, solidária e até divertida do tuga que, meio Dom Quixote e meio Sancho Pança, andou pelas matas e bolanhas da Guiné, entre 1963 e 1974 ...

Na véspera do Natal de 2007, os editores do blogue gostariam, entretanto, de formular os seguintes desejos (que transformariam em realidade se eles tivessem uma varinha mágica):

(i) que seja Natal todos os dias, em Lisboa, em Bissau e no resto do mundo;

(ii) que a mensagem natalícia de paz, de justiça, de tolerância e de solidariedade chegue a todo o lado, de Pitões das Júnias a Missirá, do Porto a Bafatá, de Angra do Heroísmo à Florianópolis, da Suécia aos EUA, da Europa a África, de Cabo Verde a Timor, passando por Macau, Angola, Moçambique, São Tomé e Princípe, onde quer que se fale português ou outra língua humana, onde haja irmãos, amigos e camaradas nossos, de todos os credos e grupos étnicos, que raças há só uma;

(iii) que a doença, a solidão, a tristeza e a pobreza não se sentem à mesa da gente, esta noite nem no resto das noites do ano, em Portugal, na Guiné-Bissau e no resto do mundo;

(iv) que esta mensagem possa chegar a todo o lado e possa ser entendida por todo o mundo...

(v) e, por fim, que todos os amigos e camaradas da Guiné, que fazem parte da nossa Tabanca Grande, e todos aqueles que nos espreitam, nos visitam, nos lêem, esteja bem na sua pele, no seu corpo e na sua alma, em paz consigo e com os outros, e sobretudo que continuem a pensar que a vida é bela, e que vale a pena vivê-la, num mundo superlotado e desigual, mas onde todos temos direito a um lugar, minimamente confortável e saudável...

Amigos e camaradas da Guiné, que em dois anos e meio fizeram esta coisa bonita que é o nosso blogue, ponham hoje um sorriso bonito para que o mundo também se torne um pouco mais bonito.

Os editores, Luís Graça, Carlos e Virgínio Briote.

2. Mensagens do pessoal da Tabanca Grande, chegados até à véspera de Natal, à nossa caixa de correio (por ordem alfabética)... A caixa fica aberta por estes dias, sendo actualizada sempre que possível:


Abreu dos Santos:


Um Santo Natal para todos.

Albino Silva:

Caro Camarada Luis Graça, Grande Chefe de Tabanca.

Quero aqui desejar-te um Santo Natal e Próspero Ano Novo,e bem assim como para tua Familia.

Aproveito de enviar Boas Festas para toda a Tabanca Grande,e em especial para aqueles que nos vão aturando no dia a dia ao lançarem as nossas historias naquele nosso Blogue onde todos os dias o visitamos,e todos os dias ficamos a conhecer coisas novas de tantos Camaradas que como nós estiveram no Ultramar,em especial na Guiné,e que para mim continua a ser a minha leitura diária preferida e de bastante interesse para mim,pois além de enviar os meus relatórios,também tenho encontrado outros Camaradas que eram do meu Batalhão,o BCAÇ 2845, e contribuido com outros Camaradas em enviar documentação de suas Companhias,e ainda atender outros com o envio de declarações de uns que foram feridos em combate e de baixas,para efeito de acompanhamento Psicológico e outros.

É evidente que só posso fazer isto porque gentilmente o Comandante do meu Batalhão,o Sr.Coronel Aristides Américo de Araújo Pinheiro,a residir em Lisboa,me havia oferecido a documentação da Unidade com toda a sua História Original, na altura em que escrevi o Livro HISTÓRIA DA UNIDADE DO BAT CAÇ 2845 para dele tirar dados.

Parabéns pelo vosso Trabalho, Esforço e Dedicação, e com a mesma força de vontade continuem a trabalhar assim,pois nós gostamos muito de ler e ver todo um trabalho que admiro,e que nos faz recordar os bons e maus momentos passados na Guiné.

BOAS FESTAS e um Grande Abraço.

Álvaro Basto

Carlos:

(...) O almoço de quarta passada foi o almoço normal. O nosso "almoço das quartas feiras". O de Natal, com toda gente e que por sinal vai ser jantar, irá ser na quinta ou sexta da próxima semana no Vilas, em Leça do Balio. Estamos só à espera que o Luis fale com a familia para marcarmos para quinta ou sexta.

Será um encontro um bocado mais alargado até porque iremos ter a companhia das nossas "donzelas" e, claro, não deixaríamos de te avisar.

(...) Portanto, o nosso jantar de Natal para o qual, cada um irá levar uma pequena lembrança para ser sorteada entre todas, será no Vilas e será ou na quinta ou na sexta da próxima semana, dependendo do que o Luis e a familia decidirem. (...).


Carlos Marques dos Santos:

Luís: Com um abraço desejo-te e à tua família um BOM NATAL e ANO NOVO.


Carlos Vinhal:

Caros Tertulianos e Amigos do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné: Desejo-vos um Bom Natal junto dos vosso familiares e amigos. Que o Novo Ano traga a concretização daquilo que o 2007 deixou por realizar. O vosso amigo e camarada C.V.


Diana Andringa:

Feliz Natal e o melhor 2008 possivel para todos.

Gilda Braz:

A todos os meus Familaires, Amigos e colegas, um Santo e Feliz Natal.


Fernando L.J. Coelho:

Um Feliz Natal e um espectacular Ano Novo... Divirtam-se.

Fernando Franco:

Para todos os tertulianos e familiares cá do rapaz da Intendência: Feliz Natal e Bom Ano Novo, são os meus votos.

Germano Santos:

Caros Luis, Carlos e Virgínio,

Antes que se faça tarde ou que vocês se ausentem para passar o Natal com a família, deixem-me aproveitar a oportunidade para vos desejar a todos e também à vossa família umas Boas Festas, com um Natal cheio de saúde e um Ano Novo, se possível, melhor que este 2007.

Quero aqui deixar também uma palavra de agradecimento pelo excelente trabalho que têm vindo a desenvolver com o nosso blogue.Bem hajam por todo o empenho demonstrado e por nos pôrem em contacto uns com os outros.

Helder Sousa:

Caro amigo e camarada

Ainda não é "o postal de Natal" que te enviarei para te desejar umas "Boas Festas" para ti, tua família e tornar extensivo a todo o pessoal desta imensa comunidade em que se transformou o Blogue, a Tertúlia, a Tabanca Grande.

Através do nosso blogue acabei por concluir que o João Tunes foi meu contemporâneo (embora mais velho) nas "lides associativas" do velho Instituto Industrial de Lisboa. Já trocámos alguns mails, concluímos que ficamos a dever mais esta situação de reencontro ao amigo Luís Graça e que certamente um dia destes nos encontraremos em alguma iniciativa do Blogue!

Agora uma pequena observação. A propósito já não sei de quê (isto da idade....) estava na net à procura de qualquer coisa relacionada com Bula e apareceu-me este endereço http://namitipenabula.blogspot.com/ que me parece ser de uma missão ou qualquer coisa do género e tem a particularidade de ter muitas coisa em italiano.

Sem dúvida que a Guiné ainda tem um largo capital de simpatia, é uma pena que desperdicem tanto pois se conseguissem (sem paternalismos) canalizar todas as boas vontades que existem teriam certamente a possibilidade de um melhor e maior desenvolvimento (...).

Henrique Matos:

(...) Depois disto resta apenas desejar a toda a tertúlia o melhor Natal domundo e que no próximo ano sejam muito felizes. Como sempre com um grande abraço.

Hugo Moura Ferreira:



Natal é quando as pessoas querem,Pena é que o queiram cada vez menos! PAZ e Concórdia acima de tudo trazem-nos a Felicidade. Um Bom Natal para todos e respectivas Famílias

João Carvalho:

Feliz Natal e um Óptimo 2008

Jorge Cabral:

Querido Amigo,

Para ti e todos os Tertulianos, o Bom, o Melhor, o Óptimo!
Estar vivo é já celebrar o Natal!
Abraço Grande
Jorge

José Armando:

Camarada Carlos Vinhal: Por teu intermédio, caro e dedicado editor, e para todos os camaradas tertulianos e respectivas famílias os meus desejos de um Óptimo Natal e o melhor para 2008 !

José (ou Joseph) Belo:

Partir mantenhas: Desta Tabanca congelada de Kiruna (27 graus negativos hoje!), no Norte daSuécia, já bem dentro do Círculo Polar Ártico,um grande abraco para todo o pessoal do mato ,com os votos de FELIZ NATAL e um BOM ANO de 2008 .

José Marftins (através do Carlos Vinhal):

Caros Tertulianos:´Pede-me o nosso camarada José Martins que vos deseje, em seu nome, um Bom Natal e um novo Ano cheio de venturas.

O equipamento dele entrou em dificuldades técnicas, daí a sua impossibilidade de vos contactar. Um abraço, Carlos Vinhal.

José Rodrigues Firmino:

Desejo-vos os melhores momentos nesta época festiva. Que o Natal seja um momento de paz,concórdia e amor e o Ano de 2008 permita concretizar todos vossos desejos.

José Teixeira:

É um prazer dos grandes [estar contigo no jantar de 5ª feira, 27, em Leça do Balio]. Manga di ronco. Para ti e quantos ter são queridos um SANTO NATAL J.Teixeira, Esquilo Sorridente.

Luís Nabais:

Atenção, este ano não há presépio! A vaca está louca, não se consegue segurar nas patas. Os Reis Magos não podem vir, porque os camelos estão no governo.
O Burro não está, porque anda a treinar a seleção. A nossa Senhora e o S. José foram meter os papéis para o rendimento mínimo. A ASAE fechou o estábulo, por falta de condições. O Tribunal de menores, ordenou entregar o menino Jesus ao pai biológico… E antes que me tirem as mensagens de borla, aproveito para Desejar Bom Natal a Todos.

Marrafa:

Ainda que se percam outras coisas ao longo dos anos, mantenhamos o Natal como algum brilhante...Regressemos a nossa fé infantil.Um santo e Feliz Natal.

Paulo Salgado, Conceição e Paula Salgado:

Um simples postal para todos os tertulianos, nele envolvendo o nosso sentido de fraternidade e de solidariedade.

Paulo Santiago:

Abraços com desejos de Bom Natal.

Raul Albino:

Caros editores,

Venho por este meio desejar a toda a tertúlia um Santo Natal e um Novo Ano cheio de saúde e bons empreendimentos bloguistas.

O Luís tem razão ao considerar que alguns dos nossos habituais participantes no blogue têm estado estranhamente silenciosos. No meu caso fiz uma interrupção pontual, para terminar o 2º volume das Memórias de Campanha da CCAÇ 2402, antes do próximo convívio anual (da companhia).

Em Outubro tomei a liberdade de escrever ao Vitor Junqueira, a perguntar-lhe a razão do seu silêncio. Surpreendentemente não obtive qualquer resposta. Esta iniciativa
deveu-se ao facto de, após uma esforçada e bem sucedida organização do convívio em Pombal, o silêncio tinha de ter uma forte razão para acontecer, não pondo de parte a saúde.

Creio que por altura da edição do livro do Beja Santos, nos voltaremos a encontrar, ou, o mais tardar, aquando do próximo convívio em 2008. Então trocaremos impressões sobre a evolução que o blogue tem tido, dando inclusivamente algumas sugestões. A continuação do bom trabalho que vêm executando e umas Boas Festas para todos, são os votos de Raul Albino.

Victor Alves:
Este Natal coma perú !
Ass: Os Bacalhaus

Feliz Natal
Victor Alves (Fur Mil CCAÇ 12, 1971/72)


3. Notícia de mais mails natalícios, com ou sem postais em anexo (que infelizmente não pdoemos reproduzir aqui, por falat de tempo dos editores), fora as mensagens de telemóvel, que nos têm chegado (desde o início de Dezembro). A todos, o nosso obrigado, muito sensibilizado e emocionado. Pedimos perdão a quem, por lapso, não for citado (por exemplo, os amigos e camaradas que usaram os nossos endereços de e-mail pessoais) :

A. Marques Lopes, Artur Conceição, Beja Santos, Carlos Matos de Oliveira, Fernando Chapouto, Francisco Palma, Henrique Cerqueira, Joaquim Almeida (Custóias), Joaquim Mexia Alves, Jorge Matos Sequeira, Jorge Santos, Jorge Teixeira, Manuel Lema Santos, Mário Fitas, Nuno Rubim, Santos Oliveira, Sousa de Castro, Torcato Mendonça, Vitor Condeço, Zélia Neno...

Madalena, Vila Nova de Gaia, 24 de Dezembro de 2007, 23h00. L.G.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

Guiné 63/74 - P378: 'Bom festa pa tudo djinti': Natal 2005

Em resposta à mensagem natalícia do Mário Dias, em crioulo [vd. post de 18 do corrente > Guiné 63/74 - CCCLXXXVI: ´'Bom festa pa tudo dgenti' ou o Natal de Bissau de 52 (Mário Dias)], começam a aparecer mais tertulianos, mostrando os seus talentos linguísticos e poéticos. Este post vai estar aberto até ao Natal, para que possamos uns e outros "partir mantenhas":


21. Joaquim Fernandes (ex-furriel miliciano da CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71):

Caro Amigo e Camarada Henriques:

Tem sido com bastante emoção e até com algum saudosismo que venho acompanhando toda esta corrente tertuliana, que saúdo com muito carinho.

Apesar de não ter participado activamente, não deixo de me sentir bem perto de todos vós.

Nesta Quadra Natalícia, quero deixar os meus votos de Boas festas e o meu obrigado por ter o privilégio por me considerarem vosso amigo.

Bem Hajam
Joaquim Fernandes
(27.12.2005, 9:50)

A caminho da Guiné > A bordo do Niassa > Maio de 1969: Quadros metropolitanos da CCAÇ 2590 (futura CCAÇ 12), na viagem de Lisboa-Bissau (24 a 29 de Maio de 1969).

Da esquerda para a direita: 2º sargento Videira, furriéis milicianos Branquinho, Levezinho, Reis, Fernandes, Henriques e Almeida (este último já falecido).

© Luís Graça (2005)


20. Ernesto Ribeiro:

Agradeço e retribuo o Votos de Boas Festas.

Mais, aproveito para incentivar a continuação do magnífico trabalho que tem prestado a toda a Guiné e em especial aos saudosistas que se sentem impotentes para fazer algo de melhor, como é o meu caso.
Bom 2006 para todos

Ernesto Ribeiro
CART 2339 / Viriatos

(23.12.2005, 10:35)

19. Afonso M.F. Sousa (Mensagem natalícia enviada, com música, em 22 de Dezembro de 2005, pelas 21:15, a todos os tertulianos):





18. Sousa de Castro (Tomem nota do seu novo endereço de e-mail):

Luís, agora que chegou a ADSL à minha tabanca, torna-se muito mais fácil aceder a todo Blogue e não só. Como sabes no sistema de ligação pelo telefone era impossível abrir alguns trabalhos devido ao tempo que demorava.

Tenho devorado toda a documentação. Consegui transpor para o papel e a cores num formato acima do A3 os mapas do Humberto relacionados com o Xime e só agora percebo o quanto estávamos perto dos nossos amigos, Ponte Varela, Ponta do Inglês, Poidon e ali no meio Gampará na confluência do Rio Corubal com o Rio Geba. Tanta vez que demos apoio de fogo a Gampará com Obus 10.5. Por falar em Gampará, ainda não apareceu ninguém dessa zona.

Devo dizer que da tua parte tens feito um excelente trabalho. Excepcional!... É caso para dizer:
Eu, António Manuel Sousa de Castro, ex-1º cabo radiotelegrafista, da CART 3494, louvo o ex-Furriel Luís Graça pela determinação, competência, dedicação, moderação e camaradagem, e pelo empenho dedicado ao manter actualizado o único blogue que referente à Guerra Colonial na Guiné, com um futuro encontro a realizar em 2006, em data a designar pela tertúlia. Determino e mando publicar.

Uma vez mais, Bom Natal

Sousa de Castro

"Este foi o Natal de 1972 em Bambadinca. Eu já não estava só". [O Castro é o primeiro do grupo, junto à parede]

© Sousa de Castro (2005)


17. José Teixeira:

Caro amigo Luís Graça

Deixa-me expressar-te a minha admiração pela ideia e sobretudo pelo trabalho que a ideia da Tertúlia te tem dado.

De facto para além de sermos cada vez mais, palavra puxa palavra, amigos encontram amigos e servem-se deste meio para comunicarem entre si.

O Bloguista trabalha, trabalha e trabalha a passar a palavra, a juntar fotografias ....Uf!, é um nunca mais acabar.

Parabéns e muito obrigado por me teres aceite na Tertúlia ou Tertolos pela Guiné.

Como sabes, estive lá em Abril passado. Tenho manga de histórias e de fotografias de Buba, Empada, Quebo, Saltinho, etc. Com tanto movimento no Blogue, vou tentar enviar aos poucos para não cansar muito.

Aliás tenho partes do meu Diário que terei muito gosto em pôr em comum, pois creio que com a tua atitude e boa vontade estamos a construir uma boa parte da verddadeira história da Guerra colonial na Guiné.

Acho que seria interessante pensarmos em tenta editar um livro com textos selecionados do Blogue. Não só faríamos história antes que outros se servissem do que escrevemos, como podíamos juntar algum capital que seria utilizado para ajudar os povos da Guiné que de algum modo ficaram no nosso coração.

Com este pequeno preâmbulo queria apenas desejar a ti e a toda a tua família mais aos que te são queridos, incluindo todos os bloguistas e sobretudo a todos os homens de boa vontade um Feliz Natal

José Teixeira
(22.12.2005, 9:27h)

16.

Daqui ex alfa lima foxtrote sierra alfa lima golfe alfa delta oscar

Quero desejar-vos a todos, CAMARADAS e AMIGOS DESTA TERTÚLIA, uma palavra de muita estima e consideração. Sobretudo, saudar-vos nesta quadra natalícia, eu e a minha mulher que me acompanha nestas lides pela Guiné - bem lá no centro do Hospital Simao Mendes - e dizer-vos que retomarei o meu contributo a partir do meu retorno a Bissau em 6 de Janeiro ( o Humberto que me desculpe, mas vim a 19 pois havia lá que fazer...acho que poderemos rever-nos nesse dia, contigo lá emboscado...vou gostar!). Retorno que pretende ligar o passado com o presente, falar do que vivi (vivemos) mas sempre pensando que o futuro tem que construir lá na Guiné como cá, de resto...

Obrigado a todos pelas vossas mensagens.

Paulo e Conceição
21.12.2005, 19:55h
O ex-Alf Mil Salgado, no Olossato, dando uma ajudinha ao serviço de saúde da CCAV 2712 (Olossato e Nhacra, 1970/72). Ontem como hoje, a mesma paixão pela área da saúde.

© Paulo Salgado (2005)


15. Daqui, o Castro (em resposta ao ranger):

Meu caro amigo, não adianta estar preocupado em falar destas coisas aos nossos filhos, falando por mim, embora, reconheçam que passámos por fases de sofrimento, mas, não passa disso, pelo menos no que toca aà minha pessoa. É por isso que este blogue é espectacular, aqui podemos dizer o que nos vai na alma, lermos as estórias de outros camaradas e assim ficamos mais aliviados. Vamos tentar passar um bom Natal e que o ano 2006 nos traga aquilo que mais desejamos. Bom Natal.

Sousa de Castro
21.12.2005, 19:00h


14. Boa noite, camaradas bloguistas,

Desculpem a minha ousadia, mas estou a acabar de ler os emails e vi que o “nosso” pessoal, a faltar oito dias, já está a ficar tocado pelo Natal.

Eu acho muito natural por várias questões que por vezes me atormentam (e, se calhar também a alguns de vós), por exemplo:

Como explicar aos nossos filhos e netos que já tivemos alguns Natais com outras famílias? E que essas famílias nos são tão queridas? E que essas famílias são na generalidade todos Homens/Irmãos lá, muito longe, no meio do mato em África?

Quantos de nós recordámos, recolhidos numa qualquer poltrona, esses Natais, e nos esforçámos por recordar, uma a uma, cada uma das caras desses nossos Irmãos, porque as nossas memórias já, mais ou menos gastas, s vão atraiçoando!

Será que conseguimos explicar por palavras a lágrima que nos rola pela face? E se arranjarmos coragem para narrarmos tais Ntais, valerá a pena? Será que eles compreenderão e/ou importarão com isso?

E, muito mais, mas... O que me irrita e desgosta é que os possa, de algum modo, levar a pensar que nós fomos uns "coitadinhos" ou uma geração de desgraçadinhos!

Eu penso que - excepto aqueles que fugiram, ou se safaram pelas famosas cunhas -, todos nós cumprimos, fosse em Bissau, fosse em Guileje ou Guidage. Uns com mais sorte, outros com muito menos! Uns com mais medos, outros com menos! Uns com mais coragem, outros com menos! Uns com o lápis, outros com a G3! Todos fomos importantes e camaradas... Estivemos lá e, mais ou menos bem... CUMPRIMOS!!!

Acabo, desejando-vos um Bom e Feliz Natal para todos vós!

Eduardo Ribeiro
O Pira de Mansoa (1)
(Mensagem de 21.12.2005, 00:54h)

(1) Vd. post de 22 de Novembro de 2005 > Guiné 63/74 - CCCV: O 'malandro do Ribeiro' que arriou a nossa bandeira em Mansoa

Guidage!):

Estamos numa época que marca sempre as pessoas, pelo que eu queria desejar, a todos os camaradas da tertúlia assim como a todos os guineenses em geral, Festas Felizes. Gostava de deixar um poema para ser meditado:

"Ninguém na vida é maior
nem maior
nem mais pequeno,

Não há
nem menos
nem mais

Quando chegamos, nascemos
Quando partimos, morremos
Somos todos bem iguais»

Albano Costa
(20.12.2005, 14:11)

Guiné-Bissau > Guidage > Novembro de 2000 > "Por detrás de um fotógrafo há sempre um poeta" (LG)...

© Albano M. Costa (2004-05)

12. Esta é uma boa ocasião para fazer a chamada dos nossos tertulianos. Acaba justamente de chegar o Luís Moreira, ex-alferes miliciano sapador da CCS do BART 2917 (Bambadinca, 1970/71; e BENG, Bissau, 1971). Mandou-nos a todos um cartão bonito, com uma musiquinha dos Beatles: "Não queria deixar passar esta quadra sem desejar a todos um Feliz Natal e um Ano Novo com saúde e tão bom quanto possível" (20.12.2005, 21:15h).


Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Reordenamento de Nhabijões > 1970 > O Alf Mil Sap Moreira, junto a um GMC.


© Luís Moreia (2005)

Trágica ironia: o sapador seria vítima, passado pouco tempo, de uma mina anticarro num Unimog, a 13 de Janeiro de 1971, à saída de Nhabijões.





11. Do nosso tertuliano (e meu consultor militar) A. Marques Lopes (20.12.2005, 15:00h):

Caro Luís

Verifiquei que enviei esta mensagem para todos os tertulianos menos para ti. Mais uma vez problemas com esta macacada informática (o macaco ignorante sou eu...). Mas aqui vai também para ti:

Caros camaradas e maravilhosos amigos desta tertúlia das lembranças da Guiné, com a evidência de que a recordação e a saudade valem mais do que a já ausência das penas sofridas. Estas são para a história, o que ficou no coração e agradavelmente na lembrança são as pessoas de quem gostámos e aquelas paisagens tocantes que o excelente DVD do filho do Albano [o Hugo Costa] nos fizeram lembrar. O meu grande agradecimento por estas vivências que vocês todos me têm facultado.

Cá espero o Luís Graça [em Matosinhos], é bom conhecermo-nos pessoalmente. Nesta quadra não, evidentemente, mas penso que era bom que esta companhia fizesse um encontro lá mais para a frente. Proponho que o nosso comandante Luís começasse a gizar o plano.
Um grande abraço do
A. Marques Lopes

"Atravessar ou não atravessar a bolanha, eis a questão". O nosso camarada A. Marques Lopes numa titude shakespeariana...

Na altura era alferes miliciano atirador de infantaria na CART 1690, Guiné, Geba, 1968...

© A. Marques Lopes (2005.

Há ainda uma segunda mensagem do nosso coronel, que também não me chegou a tempo e horas:

Camaradas amigos:

Transmito-vos este pedido do Anizio Indami. Se alguém souber de um Furriel Santos ou de um Alferes Loureiro da Companhia 2584 que esteve em Có, sector de Bula, que dê notícias, ou para mim ou directamente para o Indami.

Além disso aí está o desejo do pai dele de se encontrar com qualquer ex-combatente que vá à Guiné, sintomático da amizade entre os dois povos, apesar de terem combatido em campos opostos. Sinal também de que não havia assim tantas razões para isso...

Peço-vos, meus amigos, que façam um esforço para atender a este pedido do pai do Indami.
Um abraço do
A. Marques Lopes


10. Do João Tunes (ex-alf mil de transmissões da CCS do BCAÇ 2884, Pelundo, 1969/70; transferido depois para o batalhão de Catió, por 'razões disciplinares' de que muito se orgulha):

Obrigado Luís, por, graças ao blogue, teres permitido mais este (re)encontro (a pouco e pouco, os ex-combatentes vêm cá "caindo"!). Bem hajas.

Abraço para ti e para todos os camaradas tertulianos. Aproveito para desejar a todos umas excelentes Festas.

João Tunes
(20.12.2005, 12:39h)

Guiné > Catió > Ilhéu Infanda > Maio de 1970 > O João Tunes é o que está junto ao rádio, do lado esquerdo, em trono nu e auscultadores nos ouvidos.

© João Tunes (2005)




Cópia de mendagem enviada por Júlio Rocha (19 de Dezembro de 2005, 23:40h)
Assunto: CCAÇ 2586/BCAÇ 2884 - Pelundo

Amigo Tunes:

Só há dias através dum camarada que esteve comigo em Tavira tomei conhecimento do site do Luis Graça e por muita satisfação encontrei-te no blogue.

Eu fiz parte da CCAÇ 25887 e estive no Pelundo até 02/07/70, dia em que tive o acidente quando me encontrava precisamente no teu quartel nessa noite, tendo de manhã sido evacuado para o hospital militar de Bissau e depois de ter estado internado e operado, vim evacuado para a metrópole em 21/07/70.

Era Furriel Miliciano do pelotão do Alferes Trindade.

Costumo ir aos almoços do Batalhão [2884], se bem que ao último não pude ir. Devemos ser vizinhos, pois moro na Cova da Piedade. Bom natal para ti e vai dando notícias. Um abraço,
Júlio Rocha.


9. Do Sousa de Castro, ex-1º cabo radiotelegrafista, da CART 3494 (1972/74), aquartelada no Xime (1972/73) e depois em Mansambo (1973/74), pertencente ao BART 3873 (1972/1974), com sede em Bambadinca.

Guiné > Xime > Natal 1972

© Sousa de Castro (2005)

Que esta nova companhia ("OS TERTULIANOS") tenham um bom Natal na companhia de todas as pessoas de quem mais gostamos.

Sousa de Castro
Mensagem de 19.12.2005, 20:00h


8. Do Pepito (Carlos Schwarz, AD - Acção para o Desenvolvimento, Bissau):

Caro Luís

Obrigado pelo grande presente de Natal (**). Delirei!

Um feliz Natal e um excelente Ano Novo para ti e para todos os tertulianos
pepito

(19.12.2005, 19:47h)

(**) O mapa (digitalizado) de Guileje

7. Ainda do David Guimarães (mensagem de 19 de Dezembro de 2005, às 16:00h):


"um bom Natal para todos. Aí está um bagabaga, paisagem da Guiné.

"Quem lá foi ultimamente encontrará (espero que ainda lá esteja...) este bababaga junto ao Restaurante Lusófono, perto do Aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissalanca".


David J. Guimarães (2005)





6. O João Varanda, em mensagem datada já de 16 de Dezembro último, manda-nos "mais umas memórias do histórico da CCAÇ 2636, escritas com o respeito que na época vigorava entre nós na Guiné" (*). A aproveita o ensejo para nos desejar, a todos, "Feliz Natal e que o Ano Novo seja o melhor de sempre".

Assinado: Grande Amigo João Varanda

Guiné > Có > 1969/70 > João Varanda, em Có, vendo o horizonte de cima de uma bagabaga.

© João Varanda (2005)

__________

(*) Vd. post de 19 de Dezembro de 2005 >

Guiné 63/74 - CCCXC: CCAÇ 2636 (Bafatá, 1970/71) (6): Mimos do PAIGC em Mansomine

Guiné 63/74 - CCCLXXXIX: CCAÇ 2636 (Có, 1969/70) (5): Gastando o primeiro par de botas e as letras do alfabeto





5. Do Xitole, dos idos tempos de 1970/72, chegam-nos ecos (fraternos) de outros Natais:

UM MILITAR CHAMADO PAI NATAL

Belas palavras as que nos dirige Marques Lopes - nada melhor que agradecimento de facto pelo facto de estarmos juntos... e já somos alguns... Será este o melhor Natal que todos passamos na guerra - que a vivemos hoje e não há dúvidas sob Comando do Luís... Também dele fico à espera embora em tempos nos cruzássemos nos mesmos caminhos: a CCAÇ 12 e as célebres colunas ao Xitole e ao Saltinho; e eu tantas vezes a vê-los passar... Passaram-se 30 anos... e possivelmente só agora nos iremos conhecer [no Porto].

Ao Marques Lopes: Curioso, há tanto tempo que também já nos conhecemos... e quer o destino que ainda não nos encontrássemos... O Sousa e Castro e, enfim, tantos afinal que vivemos muitas vezes juntos, ou bem perto ... mas sempre a tempo de nos encontrarmos ou reencontarmo-nos....

Ainda bem que existe um Luís e bem hajas pelo bem que estás a fazer a todos, pelos vistos...

Agora somos muitos amigos que vamos viver um Natal juntos - aí sim, nessa tertúlia. Estamos juntos a viver os mesmos momentos...

Um Abraço e boas festas, hoje como que mais próximos dos natais que todos passamos naquelas terras quentes da Guiné. E foi a guerra que nos fez hoje tão unidos, o troar do canhão, o matraquear das metralhadoras e, enfim, a bazuca - não essa em que estão a pensar, mas a cervejinha, bem geliadinha, de calibre 60 (centilitros!)... Já bebia uma com vocês!

Feliz Natal

David J. Guimarães

(19 de Dezembro de 2005, 16h)

4. Lembram-se do nosso amigo, nascido no Xime, e que enquanto djubi viveu o drama da guerra no tempo em que por lá passaram a CART 2715 (1970/72), a CART 3494 (1972/73) e a CCAÇ 12 (1973/74). ? E que teve como professor primário no Posto Escolar Militar nº 14 um furriel miliciano enfermeiro, de nome José Luís Carvalhido da Ponte, natural de Viana do Castelo ? Coincidência feliz, um e outro, são membros desta tertúlia. Claroq eu estou a falar do ano amigo, guineense, mandinga, José C. Mussá Biai, o qual acaba de nos enviar (dia 19, às 11h) a seguinte mensagem:

Caro Dr Luís Graça

Costuma-se dizer "quem vive em Roma é Romano". E eu acrescento, quem tem amigos católicos é católico.

Desejo a si em particular, bem como a todos os tertulianos, um Bom Natal e um Ano Novo Feliz. Com muita saúde e boas surpresas.


José C. Mussá Biai

Engº Florestal
Instituto Geográfico Português (IGP)
Departamento de Conservação Cadastral (DCC)
Tel. 213819600 Ext. 310
Fax. 213819693


3. Mensagem, enviada na 2ª feira, 19, às 13:46, pelo nosso amigo e camarada, ex-fuzileiro, Jorge Santos:

"A todos os Tertulianos e suas Famílias, votos de Feliz Natal e de um Bom Ano de 2006".

2. Mensagem, enviada no domingo, 18 de Dezembro de 2005 , às 17:25, pelo José Teixeira (ex-1º Cabo Enfermeiro da CCAÇ 2381, Buba e Empada, 1968/70):

Tudo di bom pra bó eh tudo fa´milia que ó na tem. manga di bacalau bátáta e piru.

1. O Jorge Neto, nosso tertuliano, jornalista free-lancer, vizinho do Paulo e da Conceição Salgado no Bairro da Cooperação em Bissau e autor do blogue Africanidades, manda a todos os seus amigos e visitantes uma simpática mensagens de BOAS FESTAS, que a seguir se reproduz:

"Natal, tempo de retribuir com pequenos gestos a atenção e o carinho. As 39 fotos seguintes, umas já publicadas outras inéditas, são-vos dedicadas. A todos vós, sem excepção, que ao longo dos últimos tempos têm passado por este espaço. A todos vós que gostam da Guiné-Bissau, de África, desta terra e destas gentes... São também dedicadas à Cláudia, que me atura as insónias por conta deste vício. São, por fim, dedicadas a todos os amigos que aqui fiz e que me ensinaram a amar este chão. A todos muito obrigado. Já agora, obrigado também pelas mais de 83 mil visitas em 2005.

"AFRICANIDADES pára por uns tempos. Voltaremos em breve. Boas Festas".

O nosso Blogue-fora-nada retribui, na parte que lhe toca, a amizade e a simpatia do Jorge Neto e a melhor homenagem que lhe podemos prestar, a ele e ao seu blogue (que nos mantém criticamente informados e atentos ao que se passa em especial na Guiné-Bissau de hoje) é reproduzir, com a devida vénia, duas das suas fotos que elegemos como emblemáticas.

Guiné-Bissau > 2005 > Sem legenda [Que podia sem qualquer coisa: "O futuro da Guiné-Bissau é ainda frágil e a estrada é longa e dura para a geração dos djubis que brincam, já não não com mortíferas armas, mas com os seus carrinhos de lata" ]


© Jorge Neto > Africanidades (2005)


Guiné- Bissau > 2005 > Sem legenda [Que podia ser qualquer coisa como: "Os guineenses precisam, como pão para a boca, de um Estado e de um sentido de Estado por parte das suas elites que, desde a independência, têm canibalizado o Estado e se têm autodestruído"]

© Jorge Neto > Africanidades (2005)