Mostrar mensagens com a etiqueta João Rebola. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta João Rebola. Mostrar todas as mensagens

domingo, 15 de março de 2020

Guiné 61/74 - P20736: Ficha de unidade (11): CCAÇ 1681 (Safim, Teixeira Pinto, Caió, Bassarel, Cacheu, Bachile e Quinhamel, 1967/69), foi comandada pelo cap inf Manuel Francisco da Silva (1933-2015) (Jorge Araújo)


Foto retirada do texto do João Rebola (1945-2018), Fur Mil da CCAÇ 2444 (Cacheu, Bissorã e Binar – 1968/1970), com o título “Guiné - O Inferno nos primeiros meses”, pdf. In:


Jorge Araújo, ex-fur mil op esp / ranger, CART 3494 / BART 3873 (Xime e Mansambo, 1972/1974); um homem das Arábias... doutorado pela Universidade de León (Espanha) (2009), em Ciências da Actividade Física e do Desporto; professor universitário, no ISMAT (Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes), Portimão, Grupo Lusófona; autor da série "(D)o outro lado do combate"; nosso coeditor.


 
A COMPANHIA DE CAÇADORES 1681 [CCAÇ 1681] - (1967/69) DO CAP INF MANUEL FRANCISCO DA SILVA (1933-2015)
- SUBSÍDIO HISTÓRICO -

1.   - INTRODUÇÃO
A origem da presente narrativa tem por base a informação específica obtida durante o processo de investigação, realizado recentemente, a propósito de uma foto tirada em Tomar, onde consta a figura de um capitão de infantaria com uma "Cruz de Guerra" ao peito, e publicitada nos P20680 e P20685.
Acreditamos, salvo melhor sugestão, que estaremos na presença do Cap Inf Manuel Francisco da Silva (1933-2015), que foi comandante da Companhia de Caçadores 1681, do Batalhão de Caçadores 1911, unidades formadas e mobilizadas pelo RI 15, em Tomar, e que cumpriram a sua missão ultramarina no CTIGuiné, no período de 1967/1969.
Uma vez que esta subunidade do BCAÇ 1911 não tem qualquer referência historiográfica no blogue da «Tabanca», aproveitei esta oportunidade para relatar alguns dos factos relevantes da sua actividade operacional no Sector que lhe foi atribuído - o Sector O1-A.
De acordo com o acima exposto, segue-se um subsídio histórico da CCAÇ 1681.

2.   - SUBSÍDIO HISTÓRICO DA COMPANHIA DE CAÇADORES 1681 =
SAFIM - TEIXEIRA PINTO - CAIÓ - BASSAREL - CACHEU - BACHILE E QUINHAMEL (1967-1969)

2.1 - A MOBILIZAÇÃO PARA O CTIG

Mobilizada pelo Regimento de Infantaria 15 [RI15], de Tomar, a Companhia de Caçadores 1681 (CCAÇ 1681), a primeira de três unidades de quadrícula do Batalhão de Caçadores 1911, liderado pelo TCor Inf Álvaro Romão Duarte, embarcou em Lisboa, no Cais da Rocha, em 26 de Abril de 1967, 4.ª feira, sob o comando do Capitão Inf Manuel Francisco da Silva, seguindo viagem a bordo do N/M "UÍGE" rumo à Guiné (Bissau), onde chegou a 03 de Maio, 4.ª feira.

2.2 – SÍNTESE DA ACTIVIDADE OPERACIONAL

● A DO BCAÇ 1911


Após a sua chegada a Bissau, o BCAÇ 1911 ficou instalado em Brá, na situação de reserva de intervenção do Comando-Chefe. As suas subunidades foram utilizadas em diversas operações, ou em situação de reforço temporário de outros Batalhões. 

Em 17Ago67, rendeu o BCAV 1905 [de 06Fev67-19Nov68, do TCor Cav Francisco José Falcão e Silva Ramos, cargo que manteve até 14Ago67, sendo substituído pelo Maj Inf Rogério Castela Jacques até 26Out67, que, por sua vez, cedeu o seu lugar ao TCor Inf Domingos André (27Out67 a 19Nov68)], assumindo a responsabilidade do Sector A1-A com sede em Teixeira Pinto, integrando as subunidades existente na área.
Nesta situação, desenvolveu intensa actividade operacional, essencialmente orientada para a neutralização do esforço inimigo para atingir as regiões de Bassarel / Calequisse e Caió e exercendo, simultaneamente, uma constante acção psicossocial junto das populações, garantindo a sua segurança e promoção socioeconómica.

Em 07Mai68, o BCAÇ 1911 foi rendido no sector de Teixeira Pinto pelo BCAÇ 2845 [de 06Mai68-03Abr70, do TCor Inf Martiniano Moreno Gonçalves] e recolheu seguidamente a Bissau. Em 24Jun68, rendendo o BCAÇ 2834 [de 15Jan68-23Nov69, do TCor Inf Carlos Barroso Hipólito] assumiu a responsabilidade do Sector de Bissau, com sede em Bissau e engobando os subsectores de Brá (Bissau), Nhacra e Quinhamel, com vista a garantir a segurança e protecção das instalações e das populações da área, tendo passado em 10Jul68 à dependência do CmdAgr 2952, por criação da respectiva zona de Bissau e depois do COMBIS. Em 31Mai69, foi rendido no sector de Bissau pelo BCAÇ 2884 [de 02Mai68-26Fev71, do TCor Inf José Bonito Perfeito], a fim de efectuar o embarque de regresso (p91).  



Mapa da região de Teixeira Pinto (Sector O1-A) por onde circulou o contingente da CCAÇ 1681 durante a sua comissão ultramarina no CTIG (1967-1969)





● A DA CCAÇ 1681


A CCAÇ 1681 ficou colocada em Bissau, tendo efectuado uma instrução de adaptação operacional de duas semanas [de 24Mai a 06Jun66] na região de Safim, ficando, seguidamente, como subunidade de intervenção e reserva do Comando-Chefe. 

Nesta situação, e por um período de três semanas [de 20Jun a 12Jul67], foi atribuída em reforço do BCAV 1905, para acções de patrulhamento, reconhecimento e batida nas regiões de Blequisse, Bachile e Pichilal. Seguiu-se, depois, o reforço do BCAÇ 1887, por um novo período de três semanas [de 25Jul a 13Ago67], para operações nas regiões de Biribão e Ponta Pinto.

Em 17Ago67, foi integrada no dispositivo e manobra do seu batalhão [BCAÇ 1911], como subunidade de intervenção e reserva do Sector O1-A, estacionado em Teixeira Pinto, com um Gr Comb em Caió, sendo utilizada em acções de patrulhamento, batidas e emboscadas na região do rio Costa (Pelundo) e destacando um Gr Comb para Bassarel, a partir de 22Set67. De referir que foi nesse rio que, cinco dias após a sua chegada, a CCAÇ 1681 tem a primeira baixa, por afogamento do soldado José Marques Afonso, natural da freguesia de Mata Mourisca, Pombal.

Em 11Out67, rendendo a CCAV 1649 [de 06Fev67-19Nov68, do Cap Mil Cav João de Medeiros Constâncio], assumiu a responsabilidade do subsector de Cacheu, com um Gr Comb destacado em Bachile, então integrada no dispositivo do seu batalhão e depois do BCAÇ 2845. 

Em 07Dez68, saiu do subsector de Cacheu, após ser rendida pela [Madeirense] CCAÇ 2446 [de 15Nov68-01Out70, do Cap Mil Inf Manuel Ferreira de Carvalho], seguindo para o subsector de Quinhamel, onde substituiu a CCAÇ 2435 [de 28Out68-01Out70, do Cap Inf José António Rodrigues de Carvalho], voltando novamente à dependência do seu batalhão. Em 11Mai69, foi substituída pela CCAV 1749 [de 25Jul67-07Jun69, do Cap Mil Art Germano da Silva Domingos] recolhendo seguidamente a Bissau a fim de aguardar embarque de regresso (p92).

Como "memorial" particular da CCAÇ 1681, no Cacheu, o camarada João Rebola (1945-2018) deixou-nos um testemunho da presença da unidade que precedeu a sua CCAÇ 2444 (1968/1970), pousando ao lado da placa aí existente.     

Foto retirada do texto do João Rebola, Fur Mil da CCAÇ 2444 (Cacheu, Bissorã e Binar – 1968/1970), com o título "Guiné - O Inferno nos primeiros meses", pdf. In:

● RECONHECIMENTO DA ACTIVIDADE OPERACIONAL DA CCAÇ 1681

Corolário da intensa e bem-sucedida actividade operacional da CCAÇ 1681, foi o seu Cmdt – Cap Manuel Francisco da Silva – elogiado pelos seus superiores hierárquicos, sendo-lhe atribuído um louvor do qual originou a condecoração com a medalha militar de Cruz de Guerra de 4.ª classe.

Como prova testemunhal, reproduzimos o conteúdo de ambos (louvor e condecoração).  



Na busca de mais elementos relacionados com a actividade operacional desenvolvida pela CCAÇ 1681, nomeadamente sobre as sete "operações" salientadas no texto do louvor acima: «Bota Janota», «Amedronta», «Almoster», «Alandroal», «Amesterdão», «Jacaré Raivoso» e «Hotel Portugal», nada foi encontrado, com excepção da primeira.

Na bibliografia "oficial" (CECA; 6.º Volume; p154) consta que a «Operação Bota Janota» foi realizada nos dias 25 e 26 de Janeiro de 1968, 5.ª e 6.ª feira, com o objectivo de detectar e destruir instalações e elementos In efectuando uma batida na mata de Pichilal (Sector O1-A). Participaram nesta missão as seguintes forças: CCAÇ 1681, 1 GC/CCAÇ 1682, CCAÇ 1683, PSap do BCAÇ 1911, GC "Os Templários", PCAÇ 58, PMil 129 e PMil 130, com APAR.

No decorrer da operação, as NT destruíram um acampamento abandonado recentemente, constituído por dez casas (de mato) e um posto de sentinela, localizado a nordeste de Catunco; apreenderam carregadores e cartuchos de armas ligeiras, livros, discos de propaganda, documentos e material diverso.

No regresso ao Cacheu, a CCAÇ 1681 foi emboscada por duas vezes, sofrendo quatro mortos, nove feridos e um desaparecido.

Procurando identificar os nomes dos quatro militares mortos, como é referido no relatório, com cruzamento a outras fontes "oficiais" (CECA; 8.º Volume; Livro 1; p329), nada foi encontrado. A data da "baixa" mais próxima às da operação supra é de 30Jan68 e reporta a um elemento da CCAÇ 1684, facto ocorrido a 3,5 kms do aquartelamento de Susana, na margem direita do rio Sancatuto.

Pelo exposto se conclui que os dados apresentados no "desenrolar da acção" contém imprecisões, nomeadamente em relação a "baixas" da CCAÇ 1681 [NT], como se prova no quadro que elaborámos para esse efeito.

● BAIXAS DA CCAÇ 1681 DURANTE A SUA COMISSÃO (1967/1969)

Da leitura do quadro abaixo, verifica-se que a CCAÇ 1681 registou seis baixas durante a sua comissão (1967/1969), sendo três por "acidente" e três em "combate".



Estas seis mortes aconteceram durante a permanência da unidade no Cacheu, tendo a primeira ocorrido em 22Ago67, cinco dias após a sua chegada, com um náufrago no rio Costa (Pelundo), junto à Ponte "Alferes Nunes". 
A segunda ocorrência, de que resultaram duas "baixas", foi consequência de uma emboscada sofrida pelas NT, em 04Out67, no itinerário Catora-Có, 200 mts depois de Barril. 
A quarta baixa verificou-se passados dez dias da ocorrência anterior, em 10Out67, por efeito de uma nova emboscada, agora em Capó, no itinerário entre Cacheu e Bachile. 
A quinta baixa resultou de um acidente ocorrido durante a noite do dia 09Fev68, no abrigo onde o militar dormia, provocado pelo fogo do combustível de uma lanterna. 
A sexta e última baixa aconteceu em 28Abr68, em novo acidente, este de viação, junto à porta de armas do Depósito de Adidos da Guiné, em Bissau.
_________________
Fontes Consultadas:

Ø  Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 5.º Volume; Condecorações Militares Atribuídas; Tomo VI; Cruz de Guerra (1970-1971); Lisboa; (1994); pp157-158. 
  
Ø  Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 6.º Volume; Aspectos da Actividade Operacional; Tomo II; Guiné; Livro 2; 1.ª edição, Lisboa (2015); p154.

Ø  Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 7.º Volume; Fichas das Unidades; Tomo II; Guiné; 1.ª edição, Lisboa (2002); pp91-92.

Ø  Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 8.º Volume; Mortos em Campanha; Tomo II; Guiné; Livro 1; 1.ª edição, Lisboa (2001); pp276-284-290-331-349.

Ø  Outras: as referidas em cada caso.
Termino, agradecendo a atenção dispensada.
Com um forte abraço de amizade e votos de muita saúde.
Jorge Araújo.
27Fev2020
_______________
Nota do editor:

Último poste da série >  16 de maio de  2018 > Guiné 61/74 - P18639: Fichas de unidades (10): A composição de um Conselho Administrativo de um batalhão de reforço (Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, BCAÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Guiné 61/74 - P20221: In Memoriam (352): Homenagem da Tabanca de Matosinhos ao João Rebola, falecido no dia 1 de Outubro de 2018 (Armando Pires e José Teixeira)

1. Mensagem do nosso camarada Armando Pires (ex-Fur Mil Enf.º da CCS/BCAÇ 2861, Bula e Bissorã, 1969/70), com data de 8 de Outubro de 2019:

Camaradas

Ponderosas, e inesperadas, razões da minha vida pessoal fizeram com que tardasse em cumprir com o pedido que me fez o nosso muito estimado camarada José Teixeira, membro da Tabanca de Matosinhos. É que no passado dia 2, a Tabanca de Matosinhos homenageou a memória de um dos seus maiores, o João Rebola, e o Teixeira pediu-me que vos falasse dos momentos de profundo recolhimento que se viveram no cemitério da Senhora da Hora, e, depois, no almoço, das palavras solidárias que foram dirigidas à D. Elsa Rebola, a viúva do João.

Já no dia anterior teve lugar, na Igreja da Senhora da Hora, uma Missa de Sufrágio em intenção do primeiro aniversário do seu desaparecimento físico, porque o seu espírito de grande humanidade, de grande camaradagem, de homem sério e sempre presente ao lado daqueles que mais precisavam de uma palavra, de um gesto de conforto, esse continua presente junto dos familiares que amou, e dos camaradas que honrou.

À romagem ao cemitério, o Teixeira chamou o ex-combatente Inácio para fazer ouvir, no seu trompete, Toque de Silêncio.

O padre Augusto Baptista, Ten-Cor Reformado, que ainda alferes miliciano foi nosso Capelão em Bissorã, e que com o Rebola, já na sua freguesia de Perosinho, estabeleceu fortes laços espirituais e de amizade, dirigiu palavras de conforto à Maria João, filha do Rebola e ali presente, e recordou, num momento que causou grande comoção entre os presentes, que foi através dele que o João sentiu o último conforto da sua imensa fé católica.

O Capitão Abreu, que foi comandante da CCAÇ 2444, a Companhia do Rebola, falou das suas qualidades de homem e militar de grande postura, convidando-me depois o José Teixeira a que eu usasse da palavra para exprimir a profunda amizade que nos ligava desde o nosso encontro em Bissorã (ver os meus P12905 e P11195), e tendo eu ainda vivas as conversas que mantínhamos pela manhã, através do Skype, onde a vida da Tabanca de Matosinhos, e a sua obra social na Guiné, estiveram sempre presentes.

A campa do ex-Fur Mil João Rebola, no cemitério da Senhora da Hora, onde os seus camaradas da Tabanca de Matosinhos foram prestar-lhe homenagem
Ao lado da Maria João Rebola, filha do João, o Pe. Augusto Baptista, Ten-Cor Ref. na sua alocução
O ex-Fur Mil Armando Pires recordando a sua grande amizade com o Rebola, nascida em Bissorã, e depois mantida vida fora
No uso da palavra, o Cap. Abreu, Comandante da CCAÇ2444, a Companhia do João Rebola
O Pe. Augusto Baptista, Ten-Cor Ref, numa conversa privada com a Maria João Rebola
Ao almoço, no restaurante Espigueiro, "quartel-general" da Tabanca de Matosinhos

Por último, falou-nos a Maria João Rebola:

“Eu cresci a ouvir falar de vós. Por vezes não vos reconheço porque a última vez que estive convosco foi a vinte e tal anos, trinta anos, mas os vossos nomes eu sei-os. O meu pai falava muito dessas estórias que partilharam aqui também e sei de muitas outras que aconteceram na Guiné. Sei que foi um período muito importante para o meu pai. Sei que o meu pai fez irmãos na Guiné e é muito bom saber que esses irmãos o acompanharam até aos últimos momentos. E, quando o Pe. Baptista chegou agora de manhã eu disse-lhe que foi muito importante ter ido visitar o meu pai naquele domingo por que eu sentia que o meu pai não passava desse dia e disse-o ao Pe. Batista quando estive com ele no sábado e o Pe. Baptista conseguiu reformular a sua vida toda para esse domingo e ir lá ao Hospital naquela manhã e estar com o meu pai e dar-lhe a bênção. Eu soube logo, de certeza absoluta, que isso foi muito bom para o meu pai, porque, assim como o Pe. Baptista disse esta manhã, o meu pai era uma pessoa muito espiritual e ter aí nesse momento a bênção de um irmão da Guiné que representava tudo o que vocês sabem para ele, foi o fecho, não sei se hei de dizer, perfeito. Por isso queria agradecer, o acompanhamento todo, os projetos que fizeram juntos, pelos tempos bons que passaram juntos e os difíceis também, e por estarem aqui hoje a partilharem connosco. Obrigado.”

Que o João Rebola repouse em paz, que viva está a sua memória junto de nós.

Fotos: José Teixeira
____________

Nota do editor

Último poste da série de 7 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20211: In Memoriam (351): António Leal Faria (c. 1942-1966), ex-alf mil SG, AB3, Negage, Angola, natural de Torres Novas e antigo seminarista, capturado e executado pela FNLA, na sequência de acidente com DO 27, em Ambrizete, em 24/3/1966... O seu corpo, tal com o dos seus restantes companheiros de infortúnio, não foi resgatado

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Guiné 61/74 - P19512: Foto à procura de... uma legenda (115): Afinal, havia burros, e até bastantes, no nosso tempo (, para além das bestas humanas)...



Guiné > Região de Bafatá > Fajonquito > CCAÇ 674 (1964/66) > O fur mil mec auto Sérgio Neves,  já falecido, irmão do nosso grã-tabanqueiro Tino Neves, momtando um burro.

Foto (e legenda):  Constantino Neves (201o). Todos os direitos reservados. [Edião e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]






Guiné  s/l > c. 1938 > Burros transportan  "mancarra"


Fonte: João Barreto, História da Guiné, 1418-1918.Lisboa: 1938. Cortesia do nosso colaborador permanente, Mário Beja Santos (2007): "Ainda vi burros em Bafatá e arredores. Mas o régulo [do Cuor,] Malã, como seu pai, Infali, deslocavam-se pelo regulado a trote de burro. Malã contou-me que precisava de 8 a 9 horas para percorrer as picadas de Sansão e Missirá até Sinchã Corubal e Madina".

Por sua vez, o Fernando Gouveia, em comentário de 16 de julho de 2009 às 16:54, garante que "em Bafatá, 1968, 1969 e 1970,  havia muitos burros, vindos da estrada do Gabu trazendo mancarra".



Paisagem, painel Augusto Trigo (n. 1938, em Bolama) (pormenor). Em exposição no hall de um banco, em Bissau, o BCAO. Com a devida vénia ao pintor (que oi casapiano, e vive atualmente em Portugal), ao Rui Fernandes (autor da imagem ) e à AD - Acção para o Desenvolvimento (que   a divulgou no seu site Guiné-Bissau) .



Guiné > Região do Oio > Bissorã > 1965 > CART 703 > No Oio também havia burros, como se comprova nesta foto com o João Parreira, um cavaleiro à maneira, embora ele fosse de artilharia e tivesse mais tarde trocada a sua dama pelos comandos.

Foto (e legenda): © João S. Parreira (2007). Todos os direitos reservados. [Edião e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Região de Bafatá> Geba > Camamudo > CCAÇ 1426 ( 1965 e 1967,  Geba, Camamudo, Banjara e Cantacunda) > O fur mil op esp / ranger em cima de um burro:

"Como apareceu em Camamudo algures em princípio de 1966, um indígena com um burro e, tal como podem deduzir, era um achado encontrar um burro por aqueles lados na Guiné e não vi mais nenhum em toda a comissão, pedi ao ilustre dono para dar uma volta para matar saudades. Ele era tão 'grande', o burro, que os meus pés quase chegavam ao chão.

"Todos tiveram oportunidade de dar uma volta grátis e tirar umas fotos para guardar e um dia recordar, como eu faço de vez em quando.  Agradeci ao senhor em nome de todos com um aperto de mão e ele também ficou contente.  Foi um divertimento diferente do habitual."


Foto (e legenda): © João S. Parreira (2007). Todos os direitos reservados. [Edião e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
 


Guiné > Região de Bafatá  > Fá Mandinga >  CART 2339 (Fá e Mansambo, 1968/69) > Junho de 1968 > O fur mil Carlos Marques Santos, o fur mil vagomestre Costa e os burros - CART 2339

Foto (e legenda): © Carlos Marques Santos (2009).  Todos os direitos reservados. [Edi´ção e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Região do Oio > Bissorã > s/d >  CCAÇ 2444 , , Cacheu, Bissorã e Binar, 1968/70) > O nosso saudoso João Rebola (1945-2018), "montando um dos burros de Sitafá Camará"...


Foto (e legenda): © João Rebola  (2013).  Todos os direitos reservados. [Edi´ção e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné > Região de Bafatá > Setor L5 > Galomaro > CSS/BCAÇ 3872 (1972/74) > "O mestre-escola [, o Joaquim Guimarães, ] mais o burro [, o Augusto, ] e o Mamadu Djaló, em 1972, em Galomaro, sede do batalhão.


Foto (e legenda): © Joaquim Guimarães (2007).  Todos os direitos reservados. [Edião e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Região de Bafatá > Bambadinca >  Santa Cruz da Trapa > 23 de setembro de 1973 > Momento de descontracção [e alguma parvoíce] com a cumplicidade de um burro de Santa Cruz da Trapa:  Os furriéis: Jorge Araújo [CART 3494], Edgar Soares [, op esp, CCS / BART 3873 ] e Horácio Carrasqueira [CCS].

"O Pel Mil 370 de Sansancuta pediu que se fixasse na antiga tabanca abandonada, denominada Sinchã Bambé. A ocupação da primitiva localidade foi rodeada por um cerimonial confraternizador e significativo, na medida em que uma povoação morta desperta para a vida da Guiné. Estiveram presentes o cmdt do BART 3873, cor art António Tiago Martins, cujo topónimo da terra natal – Santa Cruz da Trapa,concelho de São Pedro do Sul  –  foi atribuído à renascida povoação por sugestão dos milícias, o Régulo de Badora, Mamadu Bonco, os chefes das tabancas vizinhas e população. Uma lápide ali colocada ficou assinalando o acontecimento”... E não faltou o burro!




Guiné > Região de Bafatá > Bambadinca >  Santa Cruz da Trapa > [23 de setembro de 1973 > O Jorge Araújo [CART 3494] e o Marques [CCS ].


Fotos (e legendas): © Jorge Araújo  (2014).  Todos os direitos reservados. [Edião e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Guiné-Bissau > Região do Cacheu > Ingoré > 1998 > Esta foto, com a Zélia Neno (de costas), ex-companheira do Xico Allen, chegou-nos por mão do Albano Costa, com a seguinte legenda: “Esta foto vale pela imagem, e os brancos em África converteram-se? Não é que ficaram a ver a Zélia [Neno] a puxar o burro, mulher de armas!" ...

Foto (e legenda): © Albano Costa / Zélia Neno (2006). Todos os direitos reservados. [Edião e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Foto de Virgílio Teixeira (Sonaco, 1968)
1.  Afinal, havia burros na Guiné, no nosso tempo... E a  provar alguma coisa, estas fotos mostram-nos que também eles, os burros, parecem querer resistir à extinção em África, em geral, e na actual República da Guiné-Bissau, em particular...


Por outro lado, o nosso irmãozinho Cherno Baldé vê mais com um olho do que nós com os olhos todos... Pois claro que nesta foto, de má qualidade [, à esquerda] é um burrito e não uma vaquinha de Sonaco...  O Virgílio Teixeira monta o burro e não a vaca, salvo seja... Ampliei a foto: vê-se que o "trombil" é de burro...

Confirmo que no meu tempo ainda havia burros na região. de Bafata. Mas as vacas também eram pequenas. Sei que comprei uma por 900 pesos, a olho, não a pesei nem sei quantos quilos de bife deu para as messes, de sargentos e de oficiais, separadas, mas com gestão comum.

Em suma, na Guiné sempre houve burros, pelo menos desde os anos 30, a avlaiar pela foto do livro do médico João Barreto... Onde havia cultivadores de amendoim,  comerciantes e gilas (comerciantes ambulantes), havia burros...

Burro, asno, jumento, jerico, cujo berço foi a nossa África Mãe, Equus africanus asinus, segundo a nomencolatura trinomial de Lineu (1758)... Mas também "besta de carga", desde há pelo menos 5 mil anos a.C. quando o seu ancestral selvagem foi domesticado, tal como o cavalo... Mas na escolinha do nosso tempo punham-se "orelhas de burro" aos mais atrasados da classe... Pobre bicho, hoje em perigo de extinção...

Sem querer mentir, o único burro (fora... os humanos) que vi na Guiné foi a caminho de Madina/Belel, a 31 de Março de 1970, no decurso da Op Tigre Vadio: estava num estado lamentável, morto por abelhas selvagens e em vias de decomposição, já coberto de formigas... Não sei se vivia em "região libertada"... Mas tudo indicava que o PAIGC e a respectiva população - nomeadamente ao longo do corredor do Óio - também usavam os bons serviços do burro, no transporte de armas, mantimentos e outras mercadorias... Enquanto nós aturávamos...as nossas bestas!

E já agora, sobre o pobre do burro encontrei os seguintes provérbios crioulo-guineenses:

Buru tudu karga ki karga si ka sutadu i ka ta janti (O burro, com pouca ou muita carga, se não é açoitado não anda);

Karna di buru ta kumedu na tenpu di coba, di fugalgu na tenpu di seku (= carne de burro se come na estação, a de animal nobre na seca);

Praga di buru ka ta subi na seu ou Praga a di buru ka ta ciga na seu (Praga de burro não sobe ao céu).

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Guiné 61/74 - P19107: Convívios (876): Grande homenagem da Tabanca de Matosinhos ao João Rebola (1945-2018), no passado dia 10 de outubro, com a presença da filha, Maria João (José Teixeira)

 Cartaz do evento


A Maria João Rebola, rodeada pelo Leite Rodrigues e pelo Moutinho Santos  (régulo da Tabanca de Matosinhos)
.

Aspeto geral da sala que desta vez foi pequena para tanta gente


Momento da Chamada pelo camarada João Rebola.


Momento emocionante do "PRESENTE" gritado pelos camaradas presentes.


Um grupo de "históricos" da Tabanca de Matosinhos.


Alguns camaradas que nos visitaram pela primeira vez.


Convivência sadia entre gente que se encontra pela primeira vez.


Os camaradas do Batalhão do João Rebola quiseram estar presentes (I)


Os camaradas do Batalhão do João Rebola quiseram estar presentes (II)


Alguns dos camaradas do Bando do Café Progresso

Matosinhos > Tabanca de Matosinhos >  Restaurante o Espigueiro (ex-Milho Rei) > 10 de outubro de 2018 > Homenagem ao João Rebola (1945-2018)

Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Sentida homenagem da TABANCA DE MATOSINHOS > JOÃO MANUEL PEREIRA REBOLA! (*)

À chamada feita pelo Capitão na Reserva Leite Rodrigues, responderam os ex-combatentes - PRESENTE!

Foi com este gesto simples, mas comovente,  que os ex-combatentes presentes na Tabanca de Tabanca Matosinhos quiseram homenagear o camarada e amigo de todas as horas, João Rebola.

Juntamos-nos como é habitual desde 2005, no Restaurante O Espigueiro,  em Matosinhos. Alguns tarimbeiros habituais desta Tertúlia e muitos outros vindos do Norte, do Centro e do Sul. Estávamos oitenta em sala e houve alguns que por falta de lugar à mesa foram-se embora

A casa nunca esteve tão cheia.

A Maria João Rebola, sua filha,  honrou-nos com a presença, nesta justa homenagem ao João. Uma presença muito querida de alguém que nos recorda um grande camarada e amigo.

Registamos também a presença de muitos camaradas do Batalhão [, BCAÇ 2861, Bula e Bissorã, 1969/71] a que o João Rebola pertenceu, quando andarilhou pelas picadas da Guiné.

O Bando do Café Progresso, uma tertúlia que congrega um grupo de ex combatentes da Guiné, que historicamente começaram por se reunirem no Café Progresso no Porto, com quem a Tabanca de Matosinhos se sente irmanada, também quis estar presente, e em força, na homenagem.

Registe-se ainda a presença de alguns ex-combatentes  "periquitos" que vieram até nós, pela primeira vez,  e como sempre foram acolhidos pelos "velhinhos" com todo o carinho.

A Tabanca de Matosinhos,  tertúlia de ex-combatentes da Guiné, congratula-se e agradece o testemunho de amizade de tantos amigos que o João Rebola foi granjeando pela vida fora e sobretudo desde que começou a participar nos almoços semanais da Tabanca.

A porta continuará aberta enquanto houver ex combatentes que queiram honrá-la com a sua presença.

Obrigado,  João,  pelo exemplo de vida em comunidade que foste para todos nós. (**)
___________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 6 de outubro de  2018 > Guiné 61/74 - P19076: In Memoriam (329): A Tabanca de Matosinhos vai promover uma homenagem ao João Rebola (1945-2018) no almoço da próxima quarta-feira, 10 de Outubro, às 12h30 no Restaurante Espigueiro (antigo Milho Rei), em Matosinhos (José Teixeira)

sábado, 6 de outubro de 2018

Guiné 61/74 - P19076: In Memoriam (329): A Tabanca de Matosinhos vai promover uma homenagem ao João Rebola (1945-2018) no almoço da próxima quarta-feira, 10 de Outubro, às 12h30 no Restaurante Espigueiro (antigo Milho Rei), em Matosinhos (José Teixeira)

A TABANCA DE MATOSINHOS 
VAI PROMOVER UMA HOMENAGEM AO 
JOÃO REBOLA

Dia 10 de OUTUBRO às 12,30 
Com almoço

Restaurante O Espigueiro - Antigo Milho Rei, em Matosinhos



O João foi um frequentador assíduo da Tabanca de Matosinhos desde o primeiro dia em que tomou conhecimento da sua existência. Foi um elemento dinamizador e tesoureiro da Tabanca Pequena - Grupo de Amigos da Guiné-Bissau.
A sua passagem por estas instituições criadas por ex-combatentes a Guiné, foi profundamente marcada pelo seu carácter, pela sua forma de estar e pela sua forma de agir ao serviço dos mais frágeis.

Merece uma justa homenagem.
Contamos com a presença de todos os seus amigos no dia 10 de Outubro no Restaurante O Espigueiro (ex restaurante Milho Rei)

A Tertúlia da Tabanca de Matosinhos
____________

Nota do editor

Último poste da série de 5 de outubro de 2018 > Guiné 61/74 - P19072: In Memoriam (328): Homenagem da Tabanca de Matosinhos ao João Rebola (1945-2018)... O toque de silêncio e o poema com que nos despedimos dos heróis (José Teixeira)

Guiné 61/74 - P19074: Facebook...ando (49): Álbum fotográfico de João Rebola (1945-2018), ex-fur mil, CCAÇ 2444 (Bula, Có, Cacheu, Bissorã e Binar, 1968/70)


Da esquerda para para a direita: primeira fila: Furriéis Laranjeira, Capitão, Cardoso, Felizardo, Teixeira; Alf Beirão; Furriéis Sá e João Rebola; segunda fila, de pé: Furriéis Marques, Firmino; Alf Marcão; Furriéis Correia, Moita; Cap João Abreu; Furriéis Eusébio, Lisboa, Bragança


T/T Uíge > A caminho da Guiné > 14 de novembro de 1968 > Há 45 anos, furriéis da CCaç 2444, na última refeição no Uíge, antes de conhecerem o desconhecido. Alguns deles, já eternamente ausentes, recordá-los-ei com imensa saudade. Que descansem em paz. 

Da esquerda para a direita: 1º plano: Joaquim Monteiro,  morto em combate; Eduardo Ferreira, já falecido, João Firmino; 2º palno, João Rebola e João Lisboa; 3º plano, José da Costa, Francisco Teixeira, Ramiro Marques;  de pé, me 4º plano, Eduardo Moita.


Guiné > Região do Oio > Bissorã > Jogo de futebol, entre a CCAÇ 2444 e a CCS/ BCAÇ 2861 > Resultado: 3 a 0. O Beirão marcou 2 e o Álvaro 1... Da esquerda para a direita: 2ª fila, de pé: elemento não identificado; to do 64, já falecido; Medeiros, Matos, Eduardo (ja falecido), Moita, Silvestre e João Rebola; 1ª fila: Teixeira, Leonor, Pombo, Beirão, Álvaro e Faial.


João Rebola, à direita, com o capelão Augusto Baptista a entregar uma taça  (à esquerda) e Salvador Sá Ferreira (ao centro) (já falecido)... Repare-se na tatuagem. no braço esquerdo, do  nosso saudoso camarada.


Da esquerda para a direita: Soares, Armando Pires (. o fadista e nosso grã-tabanqueiro, fur mil enf da CCS/ BCAÇ 2861  e João Rebola.


Bissorã: o matadouro, a velha ponte para a Outra Banda e o vencedor do 'melhor prá água': medalha de ouro!


Guiné > Região do Oio > Có  > Almoço de Natal de 68 > com o Cap. Vargas Cardoso e o Alf. Marcão.

Fotos (e legendas): © João Rebola (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Seleção de fotos do álbum fotográfico de João Rebola (1945-2018), disponíveis na sua página do Facebook:

A CCaç 2444, "Os Coriscos",  formou-se em S.Miguel, Açores, BII 18.  Fez o IAO  no Campo Militar de Sta Margarida, donde partiu para o TO da Guiné. Esteve em Bula, Có, Cacheu, Bissorã (a maior parte do tempo), e finalmente em Binar, entre 1968 e 1970. (Vd. aqui vídeo de João Carlos Carneiro, no YouTube).


2. O único representante da CCAÇ 2444 na Tabanca  Grande era o João Rebola (que tem 23 referências no nosso blogue) e que a morte levou aos 72 anos:

A sua filha, Maria João Rebola [, foto à esquerda],  escreveu a seguinte mensagem, comovente, na página do Facebook do pai, no dia 3 do corrente:
A todos os amigos do meu papá queria deixar um abraço muito apertado. O carinho que nos transmitiram nestes últimos dois dias foi incalculável.

Sentir a grandiosidade da vossa amizade através dos vossos relatos, através das vossas lágrimas, que não poucas vezes romperam as amarras fortes dos olhos de homens não menos valentes, através dos abraços que recebemos...
Bem haja a todos que acompanharam o meu pai em todas as suas diferentes fases e facetas da vida e que o permitiram exprimir e expressar toda a sua boa disposição, carinho, disponibilidade, alegria...

Um brinde ao Joao Rebola!
____________

Nota do editor:

Último poste da série > 14 de setembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19013: Facebook...ando (48): os poemas amargos do 'alfero' Cabral