Vídeo: 2' 13" Fonte: You Tube > Luís Graça > @Nhabijoes (2025)
Vídeo: 2' 50" Fonte: You Tube > Luís Graça > @Nhabijoes (2025)
Foto nº 1 > Em primeiro plano, três grandes músicos da "escola de Tabatô" (Bafatá. Guiné-Bissau): o Mamadu Baio (ao centro, voz e viola baixo, além de compositor), um Djabaté, primo do grande Kimi Djabaté (cora e voz) e o Demba (balafom)
Foto nº 2 > O Demba, bafalom (que o João Graça também conheceu em Tabatô, em dezembro de 2009)
Foto nº 3 > O Mamadu Baio, e em segundo plano um angolano (cujo nome não fixei, mas que trabalha também com o Paulo Flores, é um musico talentoso que toca vários instrumentos)
Foto nº 4 > O único branco (oriundo dos "Melech Mechaya", extinto grupo de música klemer, toca violino)
Foto nº 5 > O Nhanhero... (uma relíquia)
Foto nº 6 > Cabeçalho da 16ª edição do festival "Junta-te Ao Jazz", Lisboa, Palácio Baldaya, 23-25 de maio de 2025
Fotos (e legendas): © Luís Graça (2025). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Nunca tinha ido ao Palácio Baldaya, em Benfica, Lisboa. Nem ao festival "Junta-te ao Jazz", organizado pela Junta de Freguesia de Benfica (*). Fui ontem, 25 maio, no último dia. E para ver e ouvir o Mamadu Baiô + Amigos...
Pois, meus caros, foi um "show de música" (!), com a escola de Tabatô, cheia de jovens talentos, a vir ao de cima...
É tudo gente da diáspora africana... Tabatô tem 35 dezenas de referências no nosso blogue. Desde sempre temos apoiada a música e os músicos da Guiné-Bissau, dando nomeadamente a conhecer os seus trabalhos, atuações, espectáculos, projetos, etc.
Contribuimos (alguns de nós) também numa campanha de angariação de fundos para a edição do 1º CD do Mamadu Baio, em Portugal. O dinheiro recolhido (mais de 3 mil euros) está em boas mãos e vai permitir que esse sonho se concretize. Esperemos que em breve...Mas é tudo muito lento e difícil para estes nossos amigos africanos, ou se origem africana
( O Mamadu e português pelo casamento.)
É uma pena que estes jovens músicos, que esperam musica por todos os opostos da ele, que começaram logo a beber música com o leite materno, tenham que andar a trabalhar na construção civil, para sobreviver, aqui (e no resto da Europa). (**)
Dois destes músicos são membros da Tabanca Grande, o Mamadu Baio (ex-Super Camarimba) e o João Graça (ex-Melech Mechaya).
Dois destes músicos são membros da Tabanca Grande, o Mamadu Baio (ex-Super Camarimba) e o João Graça (ex-Melech Mechaya).
O João Graça, também médico, oncopsiquiatra, tem apoiado, de muitas maneiras maneiras, os nossos amigos guineenses músicos. É conhecido e acarinhado por todos eles. E há anos que toca com eles (e nomeadamente com o Mamadu Baio, que conheceu em Bissau, em dezembro de 2009).
Gostei do desempenho do Mamadu Baio e dos seus amigos. E o reportório que foi escolhido, estava adequado ao evento e ao local, ao ar livre, em tarde de sol, mesmo que tenha coincidido com a final da Taça de Portugal em Futebol ( estavam as ruas desertas quando cheguei a casa).
Já sugeri, em tempos ao Mamadu (que canta em mandinga) que faça sempre antes, no início de cada canção, uma pequena sinopse ou resumo das letras: cada canção conta uma história. Tabatô é uma aldeia de "griots" ou "djidius" que no antigo império do Malu e depois no reino de Gabu eram trovadores, músicos ambulantes, levando as notícias às tabancas, divulgando as lendas e narrativas de reis, guerreiros e heróis... Em suma, eram as redes sociais daqueles tempos, anteriores à ocupação colonial dos europeus.
Recorde-se que o João Graça, quando esteve na Guiné-Bissau, em dezembro de 2009, passou uma noite memorável em Tabatô. (***) Disse ele que foi uma das experiências mais marcantes da sua vida. Nessa altura ele terá conhecido o melhor da Guiné, teve mais sorte que o pai, que quarenta anos antes conheceu o pior, ou seja, a guerra.
(*) Vd. poste de 24 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26840: Agenda Cultural (886): Entrada livre... O nosso grão-tabanqueiro, luso-guineense, Mamadu Baio & Amigos (incluindo o João Graça, violino, mais 5 guineenses), amanhã, dia 25, no Palácio Baldaya, Estrada de Benfica, 701, Lx, às 17h30, na 16ª edição do festival "Junta-Te Ao Jazz"... Encerra, às 18h30, com o grande Paulo Flores, a voz angolana do kizomba, do semba, da resiliência e da esperança
Gostei do desempenho do Mamadu Baio e dos seus amigos. E o reportório que foi escolhido, estava adequado ao evento e ao local, ao ar livre, em tarde de sol, mesmo que tenha coincidido com a final da Taça de Portugal em Futebol ( estavam as ruas desertas quando cheguei a casa).
Já sugeri, em tempos ao Mamadu (que canta em mandinga) que faça sempre antes, no início de cada canção, uma pequena sinopse ou resumo das letras: cada canção conta uma história. Tabatô é uma aldeia de "griots" ou "djidius" que no antigo império do Malu e depois no reino de Gabu eram trovadores, músicos ambulantes, levando as notícias às tabancas, divulgando as lendas e narrativas de reis, guerreiros e heróis... Em suma, eram as redes sociais daqueles tempos, anteriores à ocupação colonial dos europeus.
Recorde-se que o João Graça, quando esteve na Guiné-Bissau, em dezembro de 2009, passou uma noite memorável em Tabatô. (***) Disse ele que foi uma das experiências mais marcantes da sua vida. Nessa altura ele terá conhecido o melhor da Guiné, teve mais sorte que o pai, que quarenta anos antes conheceu o pior, ou seja, a guerra.
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Notas do editor LG:
(*) Vd. poste de 24 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26840: Agenda Cultural (886): Entrada livre... O nosso grão-tabanqueiro, luso-guineense, Mamadu Baio & Amigos (incluindo o João Graça, violino, mais 5 guineenses), amanhã, dia 25, no Palácio Baldaya, Estrada de Benfica, 701, Lx, às 17h30, na 16ª edição do festival "Junta-Te Ao Jazz"... Encerra, às 18h30, com o grande Paulo Flores, a voz angolana do kizomba, do semba, da resiliência e da esperança
(**) Últiumo poste da série > 9 de maio de 2025 > Guiné 71/74 - P26782: (De)Caras (231): O meu "mano" José Pedro Silva, sold, Pel Caç Nat 56 ... Ou a amizade não tem cor (Aníbal Silva, ex-fur mil SAM, vagomestre, CCAV 2483, Nova Sintra e Tite, 1969/70)