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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Guiné 61/74 - P26162: Elementos para a História dos Pel Art - Parte I: Manuel Friaças, ex-fur mil art. 1º Pel Art (14 cm) (Cameconde e Cacine, 1971/73); vive em Aljustrel




Foto nº 1 e 1A > Guiné > Região de Tombali > Cameconde > 1º Pel Art > 1972 (?)






Foto nº 2 e 2A > Guiné > Região de Tombali > Cacine > 1º Pel Art > 1973


Foto nº 3  > Guiné > Região de Tombali > Cameconde > 1º Pel Art > c. 1971/72



Foito nº 4 > Guiné > Região de Tombali > Cacine > CCAÇ 2520 e  1º Pel Art  / > c. 1972  > Messe de sargentos (?)





Foto nº 5 e 5A > Guiné > Bissau > "Convívio durante um patrulhamento ao arame em Bissau 1973". (Publicado na página "Guiné-Recordações", Grupo Privado, 29 de março de 2022, 15:21)

Fotos (e legendas): © Manuel Friaças (2022). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Há um défice muito grande de informação sobre os Pel Art (Pelotões de Artilharia) que passaram pelo CTIG (integrados no BAC / BAC1 e depois, a partir de 1 de julho de 1970, no GAC1 / GA7).

 No final da guerra, eram mais de 3 dezenas, 34 ao todo... Só temos, no nosso blogue, referências (e para mais sucintas) a dezanove.


O que tem mais referências (=43) é o 23º Pel Art, que esteve em Gadamael, Cacine e Cuntima, graças aos postes de camaradas como, entre outros:

  • Manuel Vaz (Gadamael, 1965/67);
  • Vasco Pires (Gadamael, 1970/72);
  • Tibério Borges (Cacine, Cameconde, Gadamael e Bedanda, 1970/72);
  • Humberto Nunes (Gadamael e Cuntima, 1972/74);
  •  C.Martins (Gadamael, 1973/74)...

Vamos inaugural uma série com o título "Elementos para a História dos Pel Art". E vamos começar  pelo 1º Pel Art (14 cm), de que fez parte o Manuel Friaças, ex-fur mil art. Esteve em Cameconde e Cacine, entre 1971 e 1973. E, por exclusão de partes, só pode ter pertencido ao o 1º Pel Art (que não parece ter existido antes de 1971).

Encontrei, até agora, cinco fotos dele no Facebook. Ele tem uma página mas com uma muita reduzida atividade (não tem nenhuma publicação disponível). 

Também colaborou pontualmente na página  Escola Prática de Artilharia (Grupo Público), com um comentário.  Outra página, a dos Antigos Combatentes da Guiné (Grupo Público) reproduziu, sem qualquer edição, quatro fotos do seu álbum.

Na página da Escola Prática de Artilharia o Manuel Friaças comentou: 

"Estive nesse GI [Grupo de Instrução, da EPA] de abril a junho de 1971 e  [ fui 1º] cabo miliciano na 4ª BBF até setembro de 1971, data da mobilização para a Guiné" (9 de setembro de 2024, 14:24).

Na sua página pessoal, tem escassos elementos sobre si e a sua atividade operacional. Além das fotos que reproduzimos (depois de editadas, e que vinham sem legenda ou escassa informação sobre a data e o local), ficámos a saber que o Manuel Friaças:

(i) é alentejano de Aljustrel, onde de resto vive;

(ii) trabalhou na antiga Direcção Geral das Contribuições e Impostos (DGCI) (hoje Autoridade Tributária);

(iii)  estudou em Universidade de Évora.

Presume-ser que esteja reformado, sabendo-se que deve ter nascido por volta de 1949. Não temos o seu email. Mas fica desde já convidado a integrar a nossa Tabanca Grande. Tomamos "emprestadas" estas fotos, que são os primeiros elementos que encontramos para a história do 1º Pel Art.  Oxalá apareçam mais, dele e doutros camaradas.

2. Na época em que o nosso camarada Friaças esteve no CTIG, em rendição individual (1971/73), o 1º Pel Art esteve em Cameconde (1971/72) e depois foi transferido para Cacine (1973).


Em 1 de julho de 1971, o dispositivo das NT no subsetor de Cacine  / Setor S3 (BCAÇ 2930, Catió) era o seguinte:

  • CCaç 2726 (-) >  Cacine | 2 Pel  > Cameconde
  • 1º Pel Art (14 cm)  > Cameconde
  • Pel Mil 261/CMil 21 > Cameconde
  • Pel Mil 262/CMil 21 > Cacine
  • Pel Mil 263/CMil 21 > Cacine
Em 1 de julho de 1972, o dispositivo das NT no subsetor de Cacine  / Setor S3 (BCAÇ 2930, Catió) era o seguinte:

  • CCaç 3520 (-) > Cacine | 2 Pel Cameconde
  • 1° Pel Art (14cm) > Cameconde
  • Pel Mil 261 > Cacine (Reordenamento)
  • Pel Mil 262 (-)  > Cacine | 1 Sec > Cacine (Reordenamento)
  • Pel Mil 263 > Cacine

E,m 1 de julho de 1973, o 1º Pel Art (14 cm) estava em Cacine, subsetor de Cacine, COP 5, sendo a companhia de quadrícula a CCAÇ 3520 (com 2 pelotões em Cameconde e 1 no subsetor de Gadamael-Porto). Havia mais as seguintes subunidades no subsetor de Cacine:

  • Pel Mil 261 > Cacine (Reordenamento)
  • Pel Mil 262 (-) > Cacine | 1 Sec Cacine (Reordenamento)
  • GEMil  263  >  Cacine
  • CArt 6552/72 > Cameconde
  • Pel Rec Fox 3115 >  Cacine
Em 10 de abril de 1974, o dispositivo militar era o seguinte ( além do DFE 22. temporariamente em Cacine, e às ordens do Comando do COP 5):
  • CCav 8354/73 > Cacine
  • 1° Pel Art (l4 cm)  > Cacine
  • CArt 6552/72 >  Cameconde
  • Pel  Rec Fox 8871/73 >  Cacine
  • Pel Mil 261 > Cacine (Reordenamento)
  • Pel Mil 262 (-) > Cacine | 1 Sec > Cacine (Reordenamentp)
  • GEMil 263 > Cacine
Fonte: Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 6º volume: aspectos da actividade operaciona. Tomo II: Guiné, Livro III, Lisboa: 2015,  554 pp.

PS - Não encontrámos quaisquer referências ao 1º Pel Art anteriores a 1971, nos livros da CECA, 6º volume (aspectos da actividade operaciona), tomo II (Guiné), Livros I e II. 

3. Fichas de unidade > BAC / BAC1 e GAC7/GA7

3.1. Bateria de Artilharia de Campanha | Bateria de Artilharia de Campanha nº  1

Identificação BAC | BAC 

Cmdt (a): Cap Art António Soares Fernandes | Cap Art Carlos Rodrigues Correia | Cap Art José Júlio Galamba de Castro | Cap Art João Carlos Vale de Brito e Faro |! Cap Art Ernesto Chaves Alves de Sousa | Cap Art José Augusto Moura Soares (a) (Os Cmdts Btr são apenas indicados a partir de 1jan61)

Divisa: "Os Olhos na Pátria e a Pátria no Coração"
Início: Anterior a 1jan61 | Extinção: 30kun70

Síntese da Actividade Operacional

Era uma subunidade da guarnição normal, com existência anterior a 1jan61 e foi constituída por quadros metropolitanos e praças indígenas do recrutamento local, estando enquadrada nas forças do CTIG então existentes.

Inicialmente, destacou efectivos para guarnecer algumas localidades até à chegada de forças de Caçadores, nomeadamente para Bissorã, de finais de abr61 a meados de ag061 para Mansabá, de finais de abr61 a princípios de nov61 e para Enxalé, de princípios de jun61 a princípios de nov61.

Após ter destacado pelotões de material 8,8 cm para Mansabá, a partir de 10ut63, para Bissorã, de 6nov63 a 24dez63, para Olossato, a partir de 24dez63 e para Catió, a partir de 4fev64 - este destacamento, inicialmente, para apoio da operação "Tridente", nas ilhas de Como, Caiar e Catunco, continuou a formar pelotões para atribuição em apoio de fogos a diversas guarnições. 

Assim, constituiu durante o ano de 1964 mais três pelotões, em 1966 mais seis pelotões, dos quais, três de material 11,4 cm e em 1967 mais três pelotões, estes de material 14 cm.

Em 1abr67, a subunidade passou a designar-se Bateria de Artilharia de
Campanha n.º 1.

A partir de 1968, os pelotões de 8,8 passaram a ser equipados com material de 10,5 cm, tendo ainda sido formados mais 7 pelotões de 10,5 e mais 4 pelotões de 14 cm, um dos quais, por extinção de um pelotão de 11,4 cm.

A localização dos pelotões foi caracterizada fundamentalmente pela capacidade de atuação sobre as linhas de infiltração do inimigo e de reação aos ataques sobre os aquartelamentos fronteiriços, como S. Domingos, Guidage, Cuntima, Buruntuma, Cabuca, Aldeia Formosa, Guileje e Cameconde, entre
outras e para prolongar as acções de fogo sobre as áreas de refúgio tradicionais do Morés, Tiligi, Caboiana, Quínara, Tombali e Cubucaré, entre outras.~

Em 1out70, a subunidade foi extinta e os seus meios foram transferidos para o GAC 7, então criado.
Observações - Não tem História da Unidade.

3.2. Grupo de Artilharia de Campanha nº 7 | Grupo de Artilharia nº 7

Identificação:  GAC 7 | GA 7

Cmdt: TCor Art António Luís Alves Dias Ferreira da Silva | TCor Art António Cirne Correia Pacheco | TCor Art Martinho de Carvalho Leal |! Maj Art José Faia Pires Correia

2.° Cmdt (a): Maj Art João Manuel de Magalhães Melo Mexia Leitão | Maj Art José Joaquim Vilares Gaspar | Maj Art Martinho de Carvalho Leal | Maj Art José Faia Pires Correia | Cap Art Jaime Simões da Silva | (a) só a partir de 27mar71

Divisa:
Início: 1jul70 | Extinção: 140ut74

Síntese da Actividade Operacional

A unidade foi criada em 1jul70, a partir dos meios de Artilharia da BAC 1, os quais já englobavam, na altura, 114 bocas de fogo constituídas em 27 pelotões, dos quais 16 pelotões eram de material 10,5, 2 pelotões de 11,4 e 9 pelotões de 14. 

Posteriormente, foram ainda organizados mais um pelotão de 10,5, em 1972 e mais um pelotão de 8,8, outro de 10,5 e dois pelotões de 14, em 1973.

Na sequência da missão da BAC 1, continuou a exercer o comando e controlo técnico dos diferentes pelotões colocados em apoio de fogos das diversas guarnições do interior, tendo comandado e coordenado diversas acções de fogo sobre bases inimigas situadas junto da fronteira. 

Comandou e coordenou ainda a atividade das subunidades de AA (antiaéreas).

Em 14nov70, passou a designar-se Grupo de Artilharia n.º 7, a fim de harmonizar a sua designação com o comando e controlo de baterias de AA, entretanto colocadas na Guiné, de acordo com despacho ministerial de 11ag070.

Após a recolha dos pelotões existentes, de acordo com o plano de retracção do dispositivo, a Unidade foi desactivada a partir de 2set74, tendo sido posteriormente extinta.

Observações - Não tem História da Unidade.

Fonte: Excertos de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: Fichas das Unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pp. 658/661.

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Guiné 61/74 - P25777: Casos: a verdade sobre... (47) "Fogo amigo", Xime, 1/12/1973: o obus 14 cm m/43 usava a granada HE (45 kg) com alcance máximo de 14,8 km... (Morais Silva, cor e prof art AM, ref; ex-cap art, instrutor 1ª CCmds Africanos, Fá Mandinga, adjunto COP 6, Mansabá, cmdt CCAÇ 2796, Gadamael, 1970/72)










1. Mensagem do nosso amigo cor art ref Morais Silva, professor de artilharia e investigação operacional, ref, na AM; no CTIG, foi cap art, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e cmdt da CCAÇ 2796, em Gadamael, 1970/72.


Data - terça, 9 de julho de 2024 23:16
Assunto - Fogo amigo

Caro Luís

Aqui vai o meu contributo (*). Ab do MS


Mansambo - XIME = 15 km medidos na carta 1:50000

O nosso Obus 14 cm m/43 usava a granada HE (45kg) com alcance máximo 14 800 metros. Com o gastamento das bocas de fogo o alcance máximo das nossas velhinhas b.f. era garantidamente inferior (**).

_________

Notas do editor:

(*) 23 de julho de 2024 > Guiné 61/74 - P25772: Casos: a verdade sobre... (45): O "incidente" de 1/12/1973 que levou à morte de 7 civis no Xime, por "fogo amigo": nessa data não havia obuses em Mansambo e Gampará já tinha o obus 14 (António Duarte,ex-fur mil, CART 3493, Mansambo, e CCAÇ 12, Bambadinca e Xime, dez 71 - jan de 74)

(**) Último poste da série > 25 de julho de 2024 > Guiné 61/74 - P25775: Casos: a verdade sobre... (46): Sim, o obus 14 (a partir de Ganjauará ou de Mansambo) tinha alcance para chegar ao Xime (a 15 km de distância) em 1/12/73 (Domigos Robalo, ex-fur mil art, BAC 1 / GAC 7 / GA 7, Bissau, 1969/71; ex-cmdt, 22º Pel Art, Fulacunda, 1969/70; vive em Almada)

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Guiné 61/74 - P25775: Casos: a verdade sobre... (46): Sim, o obus 14 (a partir de Ganjauará ou de Mansambo) tinha alcance para chegar ao Xime (a 15 km de distância) em 1/12/73 (Domigos Robalo, ex-fur mil art, BAC 1 / GAC 7 / GA 7, Bissau, 1969/71; ex-cmdt, 22º Pel Art, Fulacunda, 1969/70; vive em Almada)



Guiné > Bissau > BAC 1 > 1969 > O Domingos Robalo junto do obus 14


Foto (e legenda): © Domingos Robalo (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


 

Domingos Robalo, ex-fur mil art, BAC 1 / GAC 7 / GA 7, Bissau, 1969/71; foi comandante do 22º Pel Art, em Fulacunda (1969/70); nasceu em Castelo Branco, trabalhou na Lisnave, vive em Almada; tem cerca de 3 dezenas de referências no nosso blogue;


1.  Comentáro do eidtor LG:

Tinha o obus 10.5 (29º Pel Art, Ganjauará / Gampará) alcance para atingir a tabanca do Xime  ? Não tinha...  A distância  era de c. 15 km em lnya reta. Mas já o 27º Pel Art (14 cm) tinha... A grande dúvida é saber (*):


(i) quem estava onde, em 1/12/1973, e quem disparava o quê: se Ganjauará já tinha trocado o 10.5 (29º Pel Art) pelo 14 (27º Pel Art)...

(ii) ou se o 27º Pel Art (14 cm) estava em Mansambo.

O Sousa de Castro (que estava em Mansambo, na CART 3494),  diz que sim, que foi Mansambo a dar apoio ao Xime (a 15 km de distância), com o obus 14.

O António Duarte (que estava no Xime, com a CCAÇ 12) diz que não, qe Mansambo não tinha artilharia nessa data,  e que foi de Gampará que veio o fogo de apoio, a pedido do cap mil Simões,da CCAÇ 12.(**)

Na história do BART 3873 (Bambadinca, 1972/74), diz-se que foi o 27º Pel Art  deu apoio de artilharia ao Xime, nessa ocasião (1/12/1973), para além da resposta que o 20º Pel Art local deu com o obus 10.5.

No livro da CECA sobre a atividade operacional n  CTIG, entre 1971 e 1974,  a informação sobre o dispositivo das NT não permite tirar conclusões seguras:

(i) sabe-se que no ano de 1973 houve uma grande mobilidade dos Pel Art, do GA 7: em 1/7/1972, o 27º Pel Art (14) estava em Farim, e Ganjauará, ao tempo da CART 3417, tinha um Pel Art, s/nº (10,5 cm, a três bocas de fogo) / GA 7; um ano depois, estava lá, em Ganjauará, o 29º Pel Art (10,5cm),  e o 27º Pel Art tinha sido sido saído de Farim, passando a ser substituído pelo 7º Pel Art (10,5cm); mas o subsetor de Mansambo, Setor L1 (Bambadinca), ainda não tinha nenhum Pel Art (será que veio  nesse 2º semestre ?);

(ii) Pela Directiva nº 17/73 de 16 de abril de 1973, fora remodelado o "dispositivo artilheiro": entre outras medidas, foi atribuído um Pelotão de Artilharia 14 cm (a 3 bocas de fogo), a cada uma das seguintes guarnições: 

  • Bigene;
  • Mansoa ("a transferir, logo que possível, para o aquartelamento a instalar na estrada Jugudul-Bambadinca);
  • Piche;
  • Mansambo
  • Tite;
  • Fulacunda;
  • Ganjauará (península de Gampará);
  • Buba;
  • Aldeia Formosa;
  • Catió (provisoriamente em Cufar);
  • Chugué;
  • Guileje (será retiarado pelas NT em 22/5/1973);
  • Cacine.
Será que Mansambo recebeu o 27º Pel Art (14cm), enqnanto Ganjauará manteve o 29º Pel Art (10,5cm)  ?

(iii) perguna decisiva: a família do Xime (7 pessoas) que morreu em 1/12/73 foram "vítimas do fogo amigo" (obus 14)  ou do fogo IN (foguetão 122 mm, canhão s/r...) ? Sendo um ataque do IN ao quartel e tabanca do Xime, o apoio do obus 14 só pode ser sido posterior,  possivemente para cortar a retirada do IN...


2. Mensagem de Domingos Robalo, 

Data - terça, 9/07, 22:16
Assunto - Fogo amigo
 
Camaradas,

A pergunta simples e direta, dá-se uma resposta técnica e rigorosa, não sem antes ter ido confirmar nos “canhenhos”. 

Sim, o obus 14 cm tem potencial para ter chegado ao aquartelamento do Xime. Em condições meteorológicas normais o alcance tabular deste obus é um pouco mais de 15000m. 

No CTIG, devido à rarefação do ar (pressão atmosférica reduzida), este alcance tabular tem um incremento de 10%. 

Confirmando, o obus 14cm poderia ter alcançado o Xime, considerando os 15000 + 1500 = 16500metros

Saudações artilheiras,

Domingos Robalo, "ilustre artilheiro"

____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 5 de julho de 2024 > Guiné 61/74 - P25717: Casos: a verdade sobre... (44): fogo IN ou "fogo amigo" a causa das 7 mortes civis em 1/12/1973, no Xime ? A hipótese de ter sido a artilharia de Gampará, ao tempo da CCAÇ 4142/72, tem de ser descartada


terça-feira, 23 de julho de 2024

Guiné 61/74 - P25772: Casos: a verdade sobre... (45): O "incidente" de 1/12/1973 que levou à morte de 7 civis no Xime, por "fogo amigo": nessa data não havia obuses em Mansambo e Gampará já tinha o obus 14 (António Duarte,ex-fur mil, CART 3493, Mansambo, e CCAÇ 12, Bambadinca e Xime, dez 71 - jan de 74)

1. Mensagem de António Duarte, um histórico do nosso blogue para o qual entrou em 18/2/2006


Data - terça, 9/07/2024, 22:06
Assunto - Fogo amigo

Boa noite, Luís

Se me permites,  gostava de clarificar e acrescentar alguns pontos, sobre o relatado pelo Sousa Castro e outras observações feitas (*).


(i)  tenho a certeza que,  no dia 1 de dezembro de 1973, em Gampará estavam obuses 14 cm e, portanto,  se refizeres as contas, à distância entre as duas localidades, vais constatar que as granadas podem cair dentro do quartel/tabanca do Xime;

(ii)  não havia obuses em Mansambo, em 1 de dezembro de 1973;

(iii) no Xime estavam obuses de 10.5 cm, nessa data;

(iv) os comandantes de companhia no Xime (Ccaç 12) e da companhia de Gampará, cuja identificação não me recordo, articulavam-se para bater a  zona a partir de Gampará, para a zona de atuação da nossa Ccaç 12; penso que era para ensaiar alguma necessidade, em caso de ataque ao Xime,

(v)  não foi a primeira vez que tal sucedeu, nunca tendo havido incidentes;

(vi) foram perfeitamente audíveis as saídas aquando dos disparos do 14 em Gampará; de seguida ouviram-se os rebentamentos, um na tabanca, com o resultado já conhecido, e um segundo junto à escola do Xime, relativamente perto do local onde rebentou a primeira, a qual ficou, pelo menos com um buraco grande na parede;

(vii) o nosso tabanqueiro, José Carlos Mussá Biai, menino à época, viveu esta tragédia de perto e sei que se recorda (**).


Um abraço a todos os camaradas,
António Duarte
Cart 3493 (Mansamno) 
e Ccaç 12 (Bambadinca e Xime) 
(dez 71 a jan de 74)

2. Comentário do editor LG:

Sabemos que nessa data o comandante da CCAÇ 12 era o cap mil inf José António de Campos Simão (médico ortopedista do SNS, em Évora, hoje seguranente reformado), e o comandante da CCAÇ 4142/72 (Ganjauará, set 72/ ago 74) era o cap mil cav Fernando da Costa Duarte.

O Sucena Rodrigues, infelizmente já falecido, deu uma informação errada: o nº de mortos foi de 7 e todos civis, de uma mesma família (segundo me confirmou, ao telefone, o António Duarte) (e já o sabíamos do depoimento do J. C. Mussá Biai) (**) . 

Por outro lado, uma das granadas de obus 14 caiu na bolanha.

A informação fornecida pela CECA está errada: já havia de facto obus 14 em Gampará / Ganjauará (27º Pel Art), e Mansambo não tinha nenhuma artilharia nessa data  (!) (*)

___________


(**) Vd. poste de 20 de fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - P554: Sete mortos civis no ataque ao Xime (Dezembro de 1973) (J.C. Mussa Biai)

(...) Acabo de ler o relato do António Duarte sobre o trágico acontecimento que ocorreu em Xime (...)

Devo dizer que, apesar de ser criança à época, ainda me lembro porque afinal morreram sete pessoas nesse ataque, para além das mortes serem a menos de cinco metros da casa onde eu dormia.

Ainda por cima morreram lá duas pessoas (João Jorge e o irmão mais novo) com os quais eu e mais outras crianças à época estavamos a brincar. Só que a avó deles foi buscá-los para irem dormir e passados mais ou menos 30 minutos eu também fui dormir.

Antes de adormecer ouviu-se um estondo enorme de uma granada de canhão em cima da casa deles e eles começaram a gritar, passados talvez 2 ou 3 minutos caiu um segunda granada de  canhão e foi o silêncio total. Passados mais uns 2 ou 3 minutos caiu uma terceira granada a talvez 50 - 100 metros para a frente.

Depois disso não se ouviu mais nada e mais ninguém dormiu. Daquela família, dos que estavam em Xime, só se salvaram três pessoas. O chefe de família que tinha pernoitado no mar (na pesca) e a filha mais velha e a filha desta, porque estavam de zanga e tinham-se mudado para a casa duma outra família.

Esse acontecimento foi dos que mais mais me marcaram pela negativa. Nessa altura já tinha consciência que havia uma gerra, as razões desconhecia-as.Talvez seja próprio da infância, o certo é que pereceram amigos de brincadeira e vizinhos...

As datas não sei, mas os factos ocorridos são esses (...)

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Guiné 61/74 - P25535: O Cancioneiro da Nossa Guerra (19): O "soneto do artilheiro" (17º Pel Art + CCAÇ 6, Bedanda, 1971/73)




O "soneto do artilheiro", 

da autoria dos Fur Mil Art Machado e Fereira




Fonte: "O Seis do Cantanhês", nº 1, 1973 (?)... Jornal mensal (só saíram dois números)...



1.  Em 1 de julho de 1971, no subsetor de Bedanda, o dispositivo das NT era o seguinte: CCaç 6, 17° PelArt (14cm), 1 Esq" do Pel CanhSRc 3079, e  Pel Mil 237.
 
Não conhecemos  ninguém do 17º Pel Art (14cm)... Descobrimos entretanto, num exemplar do jornal de caserna "O seis do Cantanhez", milagrosamente salvo pelo nosso saudoso António Teixeira (ex-Alf Mil da CCAÇ 6, Bedanda, 1972/73), este cantinho dedicado ao "dezassete"... (Leia-se: 17º Pel Art;  17=3 secções + obus 14). De qualquer modo, gostaríamos de saber quem eram e por onde param estes dois graduados do 17º Pel Art.

Pois, camaradas e amigos da Guiné, vemos  que a malta do 17º Pel Art  era rapaziada que tinha coragem para dar e vender. Não sei se a artilharia era a aristocracia do exército (não me metemos nessas polémicas intestinas). De qualquer modo, o coice da coisa, o clarão do obus, o silvo, o trovão... era qualquer coisa que fazia acelerar as pulsações do infante... 

Senti-las passar e silvar por cima da cabeça é uma experiência inesquecível, para alguns de nós, infantes: a princípio, uma gajo sente-se acagaçado, mas no fim o coração é invadido por um estranha e inebriante tranquilidade quando elas [as granadas de obus] fazem calar as armas do inimigo... Sobretudo no mato, quando um gajo não tem buraco para enfiar os "cornos"...

Em contrapartida, o que lhe sobrava em sentido de humor era capaz de lhes faltar em talento... literário. Não se pode ter tudo, ou não se pode ser bom em tudo: mesmo assim a dupla Machado & Ferreira (onde é que vocês param, rapazes ?) deixaram-nos um soneto, pouco canónico é certo (na realidade, 4 quadras), mas bem humorado, e seguramente digno de figurar no Cancioneiro da Nossa Guerra (*).

Adorámos  o último verso, um conselho (prático e terapêutico) para muita gente que neste país usa e obusa/abusa, todos os dias, do seu "tempo de antena", e que tem um problema de "incontinência verbal"... Pois aqui fica, contra o desvario da loquacidade nacional, a advertência do artilheiro de Bedanda (**):

- Findo, p'ra não 'obusar'...

E nós também  ficamos por aqui... Não queremos  'obusar', mesmo que às vezes nos dê uma enorme vontade de 'obusar'... Durmam bem, artilheiros de todo o mundo! 

PS - Não se pode falar da nossa heróica artilharia no TO da Guiné, em geral, nem do 17º Pel Art que esteve em Bedanda, em particular, sem chamar à colação o nosso doutor Amaral Bernardo e a sua famosa foto do obus 14 a fazer horas extraordinárias... (ou a "faturar", como queiram).

Guiné > Região de Tombali > Bedanda > 1969 > Álbum fotográfico do João Martins > Foto nº 135/199 > O temível obus 14... mais um elemento da guarnição africana do Pel Art, que dependia da BAC 1 (Bissau).

Foto (e legenda): © João José Alves Martins (2012). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 > 1971 > A famosa e feliz foto do ex-Alf Mil Médico Amaral Bernardo, membro da nossa Tabanca Grande desde Fevereiro de 2007: a saída do obus 14, de noite. 

Legenda: "Foi tirada com a máquina rente ao chão. Bedanda tinha três. Uma arma demolidora. Um supositório de 50 quilos lançado a 14 km de distância... Era um pavor quando disparavam os três ao mesmo tempo... Era costume pregar sustos aos periquitos... Eu também tive honras de obus, quando lá cheguei"... 

Foto (e legenda): © Amaral Bernardo (2007). Todos os direitos reservados. 
[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

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(**) Vd. poste de 1 de outubro de  2011 > Guiné 63/74 - P8843: Cancioneiro de Bedanda (2): O soneto do artilheiro do 17º PELART, que termina com um sábio e genial conselho contra a loquacidade nacional: Findo, p'ra não obusar...

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Guiné 61/74 - P24849: Por onde andam os nossos fotógrafos? (15): João Martins, ex-alf mil art, BAC1 (Bissau, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/70) - II (e última) Parte: Em Bedanda, Gadamael e Guileje, com os obuses 14


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > 1969 > Álbum fotográfico do João Martins > Foto nº 127/199 > Invólucros de munições deixadas em anteriores ataques do IN ao aquartelamento. (A unidade de quadrícula de Bedanda era a CCAÇ 6).


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > 1969 > Álbum fotográfico do João Martins > Foto nº 135/199 > O temível obus 14... mais um elemento da guarnição africana do Pel Art, que dependia da BAC 1 (Bissau).
 

Guiné > Região de Tombali > Bedanda > 1969 > Álbum fotográfico do João Martins > Foto nº 158/199 > "O Matador, viatura de tracção dos obuses, já no cais pronta para o embarque". (O Matador era uma viatura que vinha da II Guerra Mundial, tal como o obus 14...)


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > 1969 > Álbum fotográfico do João Martins > Foto nº 162/199 > "Rumando a novas aventuras" [neste caso, Gadamael, onde passaria a sua melhor semana da Guiné... e depois Guileje, onde o João Martins esteve algum tempo, no 1º semestre de 1969; em agosto de 1969, foi de férias à metrópole] (A coluna deve ter vindo de Bedanda pelo rio Ungauriuol, afluente do rio Cumbijã, descido este e subido o rio Cacine, até Gadamael, e depois apanhado a estrada Cacine-Guileje; sem dúvida uma aventura; presumimos que tenham sido escoltados por uma força de infantaria; esta foto parece-nos ter sido tirada já no rio Cacine, mais largo que o Cumbijã.)


Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1969 > Foto do álbum do João Martins, nº 170/199 > Na semana em que o nosso camarada esteve, de passagem, por Gadamael: "Fazendo turismo no Rio Cacine, no sul da Guiné, largo, muito belo e muito agradável".


Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1969 > Foto do álbum do João Martins, nº 179/199 > Dois obuses 14, prontos para a viagem até Guileje.


Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1969 > Foto do álbum do João Martins, nº 180/199 > Progressão da coluna até Guileje [aquartelamento onde o João Martins esteve algum tempo, antes de, em agosto de 1969, ter ido, pela segunda vez, de férias à metrópole].


Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1969 > Foto do álbum do João Martins, nº 181/199 > Progressão da coluna até Guileje, pela estrada (?) Cacine-Guileje  


Guiné > Região de Tombali > Guileje > 1969 > Foto do álbum do João Martins, nº 190/199  > Obus 14, no seu espaldão, pormenor.



Guiné > Região de Tombali > Guileje > 1969 > Foto do álbum do João Martins, nº 180/199  > Obus 14, pormenor.


Guiné > Região de Tombali > Guileje > 1969 > Foto do álbum do João Martins, nº 191/199  > Obus 14, pormenor.

Fotos (e legendas): © João José Alves Martins (2012). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]. 



João Martins


1. O João Martins é o nosso tabanqueiro nº 540. Entrou em 16/2/2012. Foi alf mil art, BAC1, Bissum, Piche, Bedanda, Guileje, 1967/70). Tem cerca de 70 referências no nosso blogue. Tem página no Facebook (João José Alves Martins). É lisboeta e vive em Lisboa. Continua a fazer fotografia, de eventos sociais e familiares, além de viagens. 
 
Temos dele alguns das melhores fotos da nossa artilharia no CTIG (de um total de cerca de 200).  A sua comissão no CTIG está excecionalmente bem documentada em imagem e texto, tendo passado, com o seu Pel Art e os obuses, por diversos aquartelamentos, nomeadamente fronteiriços: Bissum-Naga, Piche. Bedanda, Gadamael, Guileje, Bigene e Ingoré, além de Bissau (onde estava aquartelado o BAC 1).

É autor da série "Memórias da Minha Comissão", que publicámos em 10 postes, de abril a junho de 2012. (*)

 Já publicámos também outra série, "Álbum fotográfico do João Martins"... Vamos agora selecionar "o melhor do melhor"... para a nova série "Por onde andam os nossos fotógrafos" (**).

Depois de Piche (*), veio para a região de Tombali: Bedanda e Guileje (passando por Gadamael). Acabou a sua comissão no final de 1969, tendo ainda conhecido a região do Cacheu: Bigene e Ingoré (depois de regressar de férias)... Esta a II (e última) parte da seleção das suas fotosd (**)


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > Carta 1/50 mil (1956) > Posição relativa de Bedanda. Cobumba e rio Cumbijã.


Guiné > Região de Tombali > Mapa de Cacoca > 1960 > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Gadamael Porto, rio Cacine. Sangonhá, estrada para Guileje, a norte de Guileje e fronteira com a Guiné-Conacri.

Infografias: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2018)
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Notas do editor:

(*) Vd. postes da série >


3 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9844: Memórias da minha comissão (João Martins, ex-alf mil art, BAC 1, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/69): Parte II - Batismo de fogo em Bissum-Naga até às férias..

5 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9857: Memórias da minha comissão (João Martins, ex-alf mil art, BAC 1, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/69): Parte III - BIssau e férias em São Martinho do Porto, em agosto de 1968

10 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9879: Memórias da minha comissão (João Martins, ex-alf mil art, BAC 1, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/69): Parte IV : Em Piche, com um Pel Art com 3 peças de 11.4

18 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9919: Memórias da minha comissão (João Martins, ex-alf mil art, BAC 1, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/69): Parte V : Depois de Piche: de novo em Bissau e Mansoa, a dar instrução a artilheiros, antes de ir para o sul (Bedanda, Gadamael e Guileje)

26 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9947: Memórias da minha comissão (João Martins, ex-alf mil art, BAC 1, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/69): Parte VI: Bedanda, com o obus 14: um dos locais que me deixou mais saudades...

4 de junho de 2012 > Guiné 63/74 - P9994: Memórias da minha comissão (João Martins, ex-alf mil art, BAC 1, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/69): Parte VII: Despedida de Bedanda, a caminho de Gadamael e Guileje, aos 18 meses

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Guiné 61/74 - P24654: Álbum fotográfico do António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Buba, 1973/74) (7): Quartel e tabanca de Buba, e rio Grande de Buba

Foto nº 15

Foto nº 17A

Foto nº 17

Foto nº 16

Foto nº 18

Foto nº 20

Foto nº 21


Foto nº 12


Foto nº 13

Foto nº 14

Foto nº 14A


Foto nº 23


Foto nº 21A


Foto nº 22

Foto nº 22A


Foto nº 15


Foto nº 24

Guiné > Região de Quínara > Buba > 1ª C/BCAQÇ 4513/72 (Bula, 1973/74) > As fotos vão dispostas, não pela numeração, mas pela afinidade temática.

Fotos (e legendas): © António Alves da Cruz (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação de uma seleção de fotos do álbum do António Alves da Cruz (ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 45113/72, Buba, 1973/74), que tem 12 referências n0 nosso blogue. O descritor Buba tem 376 referências.


António Alves da Cruz, ex-fur mil, 
1ª C/BCAÇ 45113/72 (Buba, 1973/74)
  

Estamos a seguir, tanto quanto possível, a ordem cronológica da comissão de serviço na Guiné da 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Bula, 1973/74), e que o álbum fotográfico do nosso camarada António Alves da Cruz procura ilustrar:

(i) partida do BCaç 4513/72: embarque em 16mar73; desembarque em 22mar73;

(ii) IAO no CIM de Bolama, em abril de 1973: 

(iii) a 1ª Comp, após o treino operacional no subsector de Buba com a CCaç 3398, sob orientação do BCaç 3852, passou a reforçar a actividade daquela subunidade no esforço realizado de contrapenetração no referido subsector e depois integrada no seu batalhão, na função de intervenção que lhe foi atribuída, tendo-se instalado, a partir de 17mai73, em Mampatá;

(iv) em 15ag073, rendendo a CCaç 3398, assumiu a responsabilidade do subsector de Buba, mantendo-se integrada no dispositivo e manobra do seu batalhão;

(v) em 4set74, após a desactivação e entrega do aquartelamento ao PAIGC, recolheu a Bissau, a fim de efectuar o embarque de regresso.

Anexo - Fotos de Buba: quartel, tabanca e rio grande de Buba (reproduzidas acima; numeração e legendas do autor):

Legendas:

f 12- Tabanca de Buba
f 13- Tabanca de Buba
f 14- Tabanca de Buba
f 15- Início do alcatroamento da estrada Buba - Aldeia Formosa
f 16- Rio de Buba
f 17- Valas e obus 14
f 18- Rio Buba maré vazia
f 19- Barcos de pesca
f 20- Maré vazia, o tarrafo
f 21- Lembrar os nossos camaradas do pelotão de morteiros 2138
f 22- O meu quarto
f 23- Saída da coluna para Nhala
f 24 - Viaturas destruídas
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Nota do editor:

Último poste da série > 12 de setembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24643: Álbum fotográfico do António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Buba, 1973/74) (6): Instalaçóes do quartel de Buba