terça-feira, 14 de novembro de 2023

Guiné 61/74 - P24849: Por onde andam os nossos fotógrafos? (15): João Martins, ex-alf mil art, BAC1 (Bissau, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/70) - II (e última) Parte: Em Bedanda, Gadamael e Guileje, com os obuses 14


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > 1969 > Álbum fotográfico do João Martins > Foto nº 127/199 > Invólucros de munições deixadas em anteriores ataques do IN ao aquartelamento. (A unidade de quadrícula de Bedanda era a CCAÇ 6).


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > 1969 > Álbum fotográfico do João Martins > Foto nº 135/199 > O temível obus 14... mais um elemento da guarnição africana do Pel Art, que dependia da BAC 1 (Bissau).
 

Guiné > Região de Tombali > Bedanda > 1969 > Álbum fotográfico do João Martins > Foto nº 158/199 > "O Matador, viatura de tracção dos obuses, já no cais pronta para o embarque". (O Matador era uma viatura que vinha da II Guerra Mundial, tal como o obus 14...)


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > 1969 > Álbum fotográfico do João Martins > Foto nº 162/199 > "Rumando a novas aventuras" [neste caso, Gadamael, onde passaria a sua melhor semana da Guiné... e depois Guileje, onde o João Martins esteve algum tempo, no 1º semestre de 1969; em agosto de 1969, foi de férias à metrópole] (A coluna deve ter vindo de Bedanda pelo rio Ungauriuol, afluente do rio Cumbijã, descido este e subido o rio Cacine, até Gadamael, e depois apanhado a estrada Cacine-Guileje; sem dúvida uma aventura; presumimos que tenham sido escoltados por uma força de infantaria; esta foto parece-nos ter sido tirada já no rio Cacine, mais largo que o Cumbijã.)


Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1969 > Foto do álbum do João Martins, nº 170/199 > Na semana em que o nosso camarada esteve, de passagem, por Gadamael: "Fazendo turismo no Rio Cacine, no sul da Guiné, largo, muito belo e muito agradável".


Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1969 > Foto do álbum do João Martins, nº 179/199 > Dois obuses 14, prontos para a viagem até Guileje.


Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1969 > Foto do álbum do João Martins, nº 180/199 > Progressão da coluna até Guileje [aquartelamento onde o João Martins esteve algum tempo, antes de, em agosto de 1969, ter ido, pela segunda vez, de férias à metrópole].


Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1969 > Foto do álbum do João Martins, nº 181/199 > Progressão da coluna até Guileje, pela estrada (?) Cacine-Guileje  


Guiné > Região de Tombali > Guileje > 1969 > Foto do álbum do João Martins, nº 190/199  > Obus 14, no seu espaldão, pormenor.



Guiné > Região de Tombali > Guileje > 1969 > Foto do álbum do João Martins, nº 180/199  > Obus 14, pormenor.


Guiné > Região de Tombali > Guileje > 1969 > Foto do álbum do João Martins, nº 191/199  > Obus 14, pormenor.

Fotos (e legendas): © João José Alves Martins (2012). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]. 



João Martins


1. O João Martins é o nosso tabanqueiro nº 540. Entrou em 16/2/2012. Foi alf mil art, BAC1, Bissum, Piche, Bedanda, Guileje, 1967/70). Tem cerca de 70 referências no nosso blogue. Tem página no Facebook (João José Alves Martins). É lisboeta e vive em Lisboa. Continua a fazer fotografia, de eventos sociais e familiares, além de viagens. 
 
Temos dele alguns das melhores fotos da nossa artilharia no CTIG (de um total de cerca de 200).  A sua comissão no CTIG está excecionalmente bem documentada em imagem e texto, tendo passado, com o seu Pel Art e os obuses, por diversos aquartelamentos, nomeadamente fronteiriços: Bissum-Naga, Piche. Bedanda, Gadamael, Guileje, Bigene e Ingoré, além de Bissau (onde estava aquartelado o BAC 1).

É autor da série "Memórias da Minha Comissão", que publicámos em 10 postes, de abril a junho de 2012. (*)

 Já publicámos também outra série, "Álbum fotográfico do João Martins"... Vamos agora selecionar "o melhor do melhor"... para a nova série "Por onde andam os nossos fotógrafos" (**).

Depois de Piche (*), veio para a região de Tombali: Bedanda e Guileje (passando por Gadamael). Acabou a sua comissão no final de 1969, tendo ainda conhecido a região do Cacheu: Bigene e Ingoré (depois de regressar de férias)... Esta a II (e última) parte da seleção das suas fotosd (**)


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > Carta 1/50 mil (1956) > Posição relativa de Bedanda. Cobumba e rio Cumbijã.


Guiné > Região de Tombali > Mapa de Cacoca > 1960 > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Gadamael Porto, rio Cacine. Sangonhá, estrada para Guileje, a norte de Guileje e fronteira com a Guiné-Conacri.

Infografias: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2018)
____________

Notas do editor:

(*) Vd. postes da série >


3 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9844: Memórias da minha comissão (João Martins, ex-alf mil art, BAC 1, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/69): Parte II - Batismo de fogo em Bissum-Naga até às férias..

5 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9857: Memórias da minha comissão (João Martins, ex-alf mil art, BAC 1, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/69): Parte III - BIssau e férias em São Martinho do Porto, em agosto de 1968

10 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9879: Memórias da minha comissão (João Martins, ex-alf mil art, BAC 1, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/69): Parte IV : Em Piche, com um Pel Art com 3 peças de 11.4

18 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9919: Memórias da minha comissão (João Martins, ex-alf mil art, BAC 1, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/69): Parte V : Depois de Piche: de novo em Bissau e Mansoa, a dar instrução a artilheiros, antes de ir para o sul (Bedanda, Gadamael e Guileje)

26 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9947: Memórias da minha comissão (João Martins, ex-alf mil art, BAC 1, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/69): Parte VI: Bedanda, com o obus 14: um dos locais que me deixou mais saudades...

4 de junho de 2012 > Guiné 63/74 - P9994: Memórias da minha comissão (João Martins, ex-alf mil art, BAC 1, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/69): Parte VII: Despedida de Bedanda, a caminho de Gadamael e Guileje, aos 18 meses

11 comentários:

Valdemar Silva disse...

A fotografia dos dois obus 14 dentro da tabanca, sem espaldão, não sei de estão colocados para a fotografia ou era a posição habitual de tiro.
Não sei se era utilizado o "truque" como acontecia com os dois obus 11,5(?) de Paunca, que durante o dia estavam numa posição e ao fim de tarde/noite mudavam para outra posição de tiro.

Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Não tenho tido noticias do João. Antes da pandemia encontravamo-nos quase todas as terças feiras na tertúlia dos Caminheiros das Conchas, no Lumiar. Ele morava ali.A pandemia cortou-nos muitos contactos e rotinas de convívios. Ficámos todos a perder. E a Tabanca Grande também.


Tabanca Grande Luís Graça disse...

Valdemar, a legenda diz : "Dois obuses 14 prontos para a viagem"... Vieram de Bedanda, em LDM, pelos rios Cumbijã e Cacine, estiveram a descansar uma semana em Gadamael e depois seguiram até Guileje por terra... Grande viagem!... E sem um tiro! (É difícil esconder estes elefantes...)

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Como distinguir o obus 14 e a peça 11.4 ?

O nosso especialista em artilharia, o cor art ref e historiógrafo Nuno Rubim (um grande abraço para ele, de quem não tenho notícias há muito!), escreveu em 2007 o seguinte;

(...) Continua a haver grande confusão sobre o material de artilharia (português ) que esteve em Guileje.

Fala-se indistintamente da Peça de 11, 4 cm e do Obús de 14 cm. Pode ser que, em data a averiguar, os segundos tenham substituído os primeiros.

Eram parecidos (mesmo reparo), só que o 11, 4 cm era de menor calibre e com o tubo mais comprido (ver imagem, no poste P1434) (*(

(...) Também interessaria saber quando foram para lá e quais os comandantes dos pelotões de artilharia que lá prestaram serviço. (...)



(*) Dv. poste de 15 DE JANEIRO DE 2007
Guiné 63/74 - P1434: Artilharia em Guileje: a peça 11.4 e o obus 14 (Nuno Rubim)

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2007/01/guin-674-p1434-artilhraia-em-guileje.html

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Não há dúvida que Bedanda tinha, princípios de 1969, obuses 14... Que depois o Joáo Martins vai levar para Guileje (por via fluvial e terrestre: rios Cumbijã e Cacine, Gadamael e Guileje)...

Isto pass-se no 1º semestre de 1969, em agosto ele vai de férias, e no regresso vai acabar a comissão em Bigene e Ingoré, na fronteira com o Senegal...

O que terá acontecido, entretranto, aos obuses 14 de Guileje ? Parece que terão ido para Aldeia Formosa, passando Guileje a ter as peças 11.4 (que tinham maior alcance, podendo neste caso atingir o território da Guiné-Conacri onde o PAIGC instalava as suas bases de fogos e tinha bases de retaguarda).

Veja-se o dispositivo da nossa artilharia em meados de 1969:

Em 1 de julho de 1969, BAC 1 (Comando em Bissau), tinha os seguintes Pel Art espalhados pelo território:

1° Pel (14 cm) Cameconde
2° Pel (10,5 cm) Buba
3° Pel (8,8 cm) Buruntuma
4° Pel (10,5 cm) Bigene
5° Pel (10,5 cm) Cabedú
6° Pel (8,8 cm) Tite
7° Pel (10,5 cm) Catió
8° Pel (10,5 cm) Mansambo
9° Pel (10,5 cm) Có
10° Pel (14 cm) Jumbembem
11° Pel (8,8 cm) Mansoa
12° Pel (11,4 cm) Piche

13° Pel (11,4 cm) (-) Guileje | - 1 Sec (14 cm) Aldeia Formosa
14° Pel (14 cm) Aldeia Formosa
15° Pel (11,4 cm) Guileje


16° Pel (10,5 cm) Cabuca
20° Pel (10,5 cm) Xime

(Fonte: Excertos de: Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 6.º Volume; Aspectos da Actividade Operacional; Tomo II; Guiné; Livro II; 1.ª Edição; Lisboa (2015), pág 421)

Eduardo Estrela disse...

Não sei que peças havia em Jumbembem, mas em novembro de 1969 já estavam instalados em Cuntima 3 obuses 14, que acudiam às aflições de Jumbembem, de Canjambari, de Cambaju e das nossas próprias.
Era uma arma que impunha respeito. Várias vezes vi nas árvores do mato o estrago que os seus estilhaços faziam, cortando troncos completamente.
O estouro do disparo metia medo ao susto. Claro que o tempo causticou-nos os sentidos e o seu troar já não incomodava tanto.
Abraço
Eduardo Estrela

Eduardo Estrela disse...

Não li com atenção o comentário do Luís Graça quanto às peças que estavam em Jumbembem. Afinal eram de calibre 14.
Teriam sido depois colocadas em Cuntima pois nunca vi artilharia em Jumbembem.
Abraço
Eduardo Estrela

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Em 1 de julho de 1960 estava o 10° Pel Art (14 cm) em Jumbembem. È natural que os Pel Art e os seus obuses 10.5 e 14 ou as peças 11.4 mudassem de aquartelamento, conforme as necessidades...

Também nunca conheci artilharia em Bambadinca, sector L1 (e chegou a haver ao que parece, nos anos 60)... No meu tempo (1969/71), Mansambo tinha os 10.5, o Xime também (mas o tiro n´~ao chegava à Ponta do Inglès, na foz do Corubal...)

Mas mais tarde, tiraram os obuses de Mansambo, porque o subsetor de Mansambo ficou mnais calmo, o PAIGC deslocou forças da Frente Xitole para o sul... Mas nunca sairiam os obuses 10.5 do Xime, por exemplo... No final da guerra havia mais de 3 dezenas de Pel Art (creio mesmo que 33). Em julho de 1969, havia 20...

De qualquer modo, aquela guerra era uma "manta de retalhos", de um lado (PAIGC) e do outro (NT). Para tapar os buracos, puxava-se de um lado, destapava-se do outro. E em 1973 conmeçou a haver falta de munições para a peça 11.4... Todo este material eram sobvras fa II Guerra Mundial!...

Mas os nossos artilheiros saberão explicar isso muito melhor do que eu...

Valdemar Silva disse...

Certo Luís, então as posições dos dois obuses nada têm de posicionamento em campanha.
Na listagem dos Pel de Artilharia falta incluir o de Paunca com dois obus 10,5 cm.

Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Há falhas e lapsos nos livros da CECA... Houve documentação do CTIG que se perdeu, não existindo por isso no Arquivo Histórico-Militar ou arquivos do Exército... Mais uma razáo para nós irmos, como a formiguinha, carreando materiais para o "bagabaga"...

Euro Palace disse...

Estou grato por ter encontrado sua postagem; foi uma ótima leitura!