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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Guiné 61/74 - P26148: Agenda cultural (867): Joaquim Costa lançou, em Gondomar, o seu livro "Crónicas de Paz e Guerra", no passado dia 9: uma casa cheia de amigos, colegas e camaradas


Foto nº 1 > Três Tigres do Cumbijã: oo centro, o Joaquim Costa; à esquerda, o João Melo, ex-1º cabo cripto, das CCAV 8351 (Cumbijá, 1973/74); à direita, o Mendes  (que veio de propósito da zona onde vive, na Serra da Estrela); um quarto Tigre, o Gouveia, não ficou nesta foto...


Fotpo nº 2 > Mesa: da esquerda para a direita, (1) João Melo, (ii) o autor, Joaquim Costa; (iii) Manuel Maria, apresentador; e  (iv) Teresa Couceiro, responsável pela Biblioteca Municipal de Gondomar.


Foto nº 3 > O autor, usando da palavra


Fotpo nº 4 >   à direiuta, João Carlos Brito, professor, bibliotecário e escritor, em representação da Editora: Lugar da Palavra. com sede em Rio Tinto, Gondomar.



Foto nº 5 > Aspeto da assistênicia: na segunda fila, logo na ponta esquerda, o "Carvalho de Mampatá"; 


Foto nº 6 >  Os netos ("alfacinhas") do autor, muito compenetrados da sua tarefa de vender o livro do avô. (Para efeitos legais, são fotografados com a autorização dos pais...)


Foto nº 7 > O João Melo e o Joaquim Costa na sessão de autógrafos


Foto nº 8 > Na fila para os autógrafos, colegas do prof Joaquim Costa,  diretor da escola secundária de Gondomar durante mais de 20 anos,

Gondomar > Biblioteca Municipal > 9 de novembro de 2024 > Sessão de apresentção do livro "Crónicas de Paz e Guerra" ( Rio Tinto, Lugar da Palavra Editora, 2024, 221 pp.)

Fotos (e legendas): © Joaquim Costa (2022). Todos os direitos reservados Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




*
O "Tigre" Joaquim Costa
Joaquim Costa  - Breve CV:

(i) ex-fur mil at arm pes inf, CCAV 8351, "Tigres do Cumbijã" (Cumbijã, 1972/74); 

(ii) membro da Tabanca Grande desde 30/1/2021, com mais de 7 dezenas de referências no blogue;

 (iii) engenheiro técnico (ISEP - Instituto Superior de Engenharia do Porto);

(iv) foi professor do ensino secundário, tendo-se reformado como diretor da escola secundária de Gondomar: 

(v) minhoto, de Vila Nova de Famalicão, vive em Rio Tinto, Gondomar, e adora o Alentejo;

 (vi) tem página no Facebook;  

 (vii) acabou de lançar o seu livro "Crónicas de Paz e Guerra", no passado dia 9, sábado, às 15:00 na Biblioteca Municipal de Gondomar (*)


1. Mensagem do Joaquim Costa:

Data - 12 nov 2024, 12:02
Assunto - Apresentação do livro, "Crónicas de paz e guerra"


Olá,  Luís!

Aqui vai uma pequena reportagem sobre a apresentação do meu livro, "CRónicas da Paz e Guerra",- que teve lugar na Biblioteca Municipal de Gondomar.

Estamos habituados a ver na apresentação de livros de ex combatentes uma plateia de camaradas que participaram na guerra colonial, nas três frentes, todos com aparelhos auditivos e com auxiliares de locomoção. Fico feliz, como se pode ver nas fotos, por, para além de um ou outro combatente, esta estar repleta de muita juventude.

Contudo foi uma honra ter na plateia, como se vê na foto, o nosso grande amigo Carvalho de Mampatá e a sua esposa; os tigres Gouveia, Mendes e Melo e suas esposas; o nosso grande amigo Francisco Batista,  bem como um camarada periquito do BCAÇ 4513. Sei que estou a correr o risco de me esquecer de alguém, pelo facto peço desculpa.

Constituição da mesa:

  • Dr. Manuel Maria – professor, escritor (publicou um romance: “Checa Pior que Turra" sobre a sua comissão na então província de Moçambique);
  • Dr. João Carlos Brito – Professor, escritor e editor.
  • Dr.ª Teresa Couceiro – Responsável pela Biblioteca Municipal de Gondomar.
  • João Melo – Cripto da Companhia dos Tígres do Cumbijão. Homem bom, já com várias viagens solidárias ao Cumbijã, fazendo-se acompanhar com contentores de materiais escolares e outros.
  • Joaquim Costa – O autor, também conhecido pelo "Furriel Pequenina de Cumbijã"



2
. Mensagem do António Carvalho, o "Carva
lho de Mampatá" (ex-fur mil enf CART 6250/72, Mampatá, 1972/74),

Data - sábado, 9/11/2024, 21:41  

Meu caro Luís

Estive hoje na Biblioteca Municipal de Gondomar para assistir à apresentação do livro "Crónicas de Paz e de Guerra" de autoria do nosso Joaquim Costa, Furriel Pequenina de Cumbijã. 

Foi uma tarde bem passada. Para além dele, falando só de combatentes, estavam três camaradas dos Tigres e um camarada do Batalhão 4513,  de Aldeia Formosa. 

Com o Joaquim Costa, tão afreimado a autografar o seu excelente livro, não deu para falar muito, mas o mesmo não aconteceu com o outro pessoal, com quem passei um bom tempo a partilhar vivências das nossas vidas sofridas por terras de Tombalí e Quínara. 

O Melo, Cripto dos Tigres, esteve na mesa para falar do segundo e do terceiro capítulos do livro, numa pequena mas sentida abordagem dos tempos da tropa e da guerra. 

A propósito de tropa e guerra, coisas bem distintas para nós que passámos por ambas as fases, ainda há quem pense que são a mesma coisa. Digo isto porque alguém bem intencionado mas desconhecedor, achou que aqueles capítulos bem poderiam fundir-se num só. Não acho.

É certo que há familiares meus que me dizem, aquando de mais um encontro com tabanqueiros: " lá vais tu para mais um encontro com os tropas". Respondo até à exaustão : não é com tropas, é com combatentes que foram mordidos por mil mosquitos, calcaram o mesmo chão sob sol escaldante, ouviram gritos e viram moribundos e mortos.

Voltando ao livro, apresentado numa sala cheia, sobretudo de colegas professores, foi lida a tua excelente mensagem que mereceu o apreço dos presentes expresso numa grande ovação.

Saúde para ti e obrigado pela tua dedicação a todos os combatentes.

Um grande abraço

Carvalho de Mampatá


3.  Mensagem do nosso editor LG, para ser lido na sala como "
Saudação ao antigo combatente, 'tigre do Cumbijã', professor, escritor e grão-tabanqueiro Joaquim Costa":

O Joaquim pertence a uma geração que não pode dizer: "Cheguei, vi e venci"...

Tudo o que conquistou (tudo o que conquistámos) foi com "sangue suor e lágrimas"...  A expressão pode estar estafada e conotada. Mas continua a ser apropriada para caracterizar a nossa geração.

Uns chamaram-na "geração dos "baby-boomers", nascidos com o final da II Grande Guerra, em famílias grandes (e em geral pobres ou remediadas); outros pintam-nos com outras cores, caso do escritor e antigo combatente Carlos Matos Gomes, num grande livro autobiográfico recente: "Geração D", a que nasceu com a Ditadura, fez a guerra colonial e restabeleceu, em Portugal, a Democracia.

O Joaquim é uma rapaz da nossa colheita e a sua história de vida exemplifica muito bem o que foi o trajeto de todos nós: a paz, a liberdade, a democracia, a equidade ou igualdade de oportunidades,o direto à saúde, à educação, à cultura, ao trabalho decente, seguro e saudável, etc., etc,...Tudo isso foi tirado a pulso, foi conquistado com inteligência emocional, luta, coragem, paixão, resiliência, amor e... humor!

Acho que esta é também a chave para a leitura deste seu belo livro (agora revisto, melhorado e aumentado),  "Crónicas de paz e guerra".

A nossa Tabanca Grande tem muito orgulho por ele se sentar, connosco, à sombra do nosso simbólico poilão, acolhedor e fraterno. E por partilhar connosco, em livro, no blogue, no facebook, o melhor das suas histórias e memórias da guerra e da paz.

Neste dia de festa, tenho a pena de não poder estar covosco, mas saúdo todos os que, familiares, vizinhos, amigos, colegas, camaradas, quiseram ajudar o Joaquim a ter uma tarde mais luminosa, na terra, Gondomar, que ele, minhoto, também adotou como sua. E, da minha parte, desejo-lhe tudo de bom, a começar pela saúde... Porque ele merece tudo.

Obrigado, Joaquim, e até ao próximo... livro! (**)

Luís Graça.

_____________

Notas do edit0r:

(*) Vd. postes de:


31 de outubro de 2024 > Guiné 61/74 - P26098: Lembrete (48): Biblioteca Municipal de Gondomar, sábado, dia 9 de novembro de 2024, lançamento do livro "Crónicas de Paz e Guerra" (2014, 221 pp.; posfácio de Mário Beja Santos)

(**) Último poste da série > 10 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26136: Agenda cultural (866): Convite para o lançamento do livro "Viagem de um Capitão de Abril", da autoria de Aniceto Afonso, a levar a efeito no próximo dia 12 de Novembro de 2024, pelas 18h00, na Associação 25 de Abril, Rua da Misericórdia, 95 - Lisboa. Apresentação a cargo de Lídia Jorge

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Guiné 61/74 - P25915: Nos...tal...gia(s): há 50 anos entregámos os nossos quartéis ao PAIGC e regressámos a casa (1): Buba, 4/9/1974 (António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72, Buba, 1973/74)



Foto nº 1 > A velhinha e ferrugenta LDG 105, NRP Bombarda... um "elo de ligação a Bissau", o que queria a dizer, "do cu de Judas a Bissau, porta de saída para casa", a três horas de avião, ou cinco dias de barco... 

Foto fantástica (de antologia!)  com a malta e a tralha  a acomodar-se e a aprontar-se para partir, enquanto um "djubi" espreita, do pontão de abicagem, aquele monstro de ferro que fez as maravilhas de muitos de nós...  antigos combatentes... Se há viagem que quase ninguém poderá esquecer, mais do que as dos Niassa, dos Uige, dos Ana Malfalda... foram as de LGG e LDM pelos rios da Guiné... (A 6 dias da independêcia do territ6ório, "de jure et de facto", aquele "djubi" não parece nada alvoraçado com a perspetiva galganizante e histórica da chegada dos "libertadores" do PAIGC...Antes, pelo contrário, ele parece querer gritar aos "tugas": "Eh!, nos furié Cruz, leva djubi no barco grandi!).



Foto nº 2 >  Outra fota fabulosa!... Os últimos soldados do império e os seus trastes velhos, amontoados na LDG 105 NRP Bombarda, de saudosa memória para muitos de nõs, com as instalações militares de Buba ao fundo...

Guiné > Região de Quínara> Buba > 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Bula, 1973/74)  


Fotos: © António Alves da Cruz (2024). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


António Alves Cruz


1. "Guiné 04/09/74: Faz hoje 50 anos que foi entregue Buba ao PAIGC e o nosso regresso a casa", escreveu o nosso grão-tabanqueiro António Alves da Cruz na sua página do Facebook...   

Não foram tempos fáceis, os dos últimos soldados do império... Como eu entendo o amargo comentário do Cruz: 

"Tanto sofrimento,  para quê ?!,,, A  entrega de Buba ao PAIGC, o arrear da nossa bandeira nacional,  e o hastear da bandeira do PAIGC"...

 António Alves da Cruz (ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72, Buba, 1973/74) tem, no nosso blogue, o melhor álbum fotográfico sobre a Buba do seu tempo, incluindo a cerimónmia da desativação e entrega do aquartelamento ao PAIGC (*)

O dia 4 de setembro de 1974 foi  o último dia da sua estadia em Buba, na sequência da execução do plano de retracção do dispositivo e a desativação e entrega do aquartelamento ao PAIGC, de acordo com os compromissos assumidos no Acordo de Argel, assinado em 25 de agosto de 1974, e que fixou a independência da Guiné-Bissau em 10 de setembro desse ano.

Dois dias depois, a 6 de setembro de 1974, o António Alves da Cruz estava em casa (regresso de avião, através dos TAM - Transportes Aéreos Militares). Depois da "peluda", trabalhou na Lisnave. Desse tempo tem saudades, não da guerra,  mas dos seus verdes anos...Como todos nós.  E da sua "Lisnave". E do seu gato. E da Guiné só voltou a lembra-se quando se reformou. Como muitos de nós...

Há imagens que valem por mil palavras... Estas duas terão, obrigatoriamente, que figurar no álbum derradeiro da Tabanca Grande, que iremos organizar, quando um dia destes (não sabemos quando, mas esse dia há de chegar...) fecharmos de vez o nosso blogue... (Na realidade, vinte anos a blogar, é um quarto das nossas vidas, dez comissões na Guiné!)

Obrigado, Cruz, estas tuas duas fotos arrasaram-me, emocionalmente falando!... Para mais sempre detestei  o mês de setembro, o fim do verão, o fim das férias grandes, do "docle far niente", da irresponsabilidade, a estação terminal da alolescència,  a antecâmara do pecado, dos amores românticos e breves, das ejaculaçóes precoces, da vida adiada pela tropa e pela guerra, o adeus à casa paterna, a difícil aprendizagem da arte de ser homem, a descoberta da liberdade... 

Em contrapartida, as tuas fotos, a tua/nossa efeméride dos 50 anos das nossas "partidas derradeiras"... não vão para o lixo, para cesta secção do esquecimento... Pelo contrário, vão ser o ponto de partida para uma nova série dedicada à(s)  "Nos...tal...gia(s).  Também temos direito à nostalgia, à saudade, ao exorcismo, à catarse de emoções, sem temermos que nos acusem de... reacionários, saudosistas e outras palavras merdosas com que os portugueses adoram insultar-se uns aos outros, há pelo menos mil anos.
______________

Nota do editor:

(*) Vd. postes de:

29 de novembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24896: Álbum fotográfico do António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Buba, 1973/74) (13): cerimónia da desactivação e entrega do aquartelamento ao PAIGC, em 4 de setembro de 1974 - Parte I

30 de novembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24902: Álbum fotográfico do António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Buba, 1973/74) (14): Cerimónia da desactivação e entrega do aquartelamento ao PAIGC, em 4 de setembro de 1974 - Parte II

segunda-feira, 18 de março de 2024

Guiné 61/74 - P25284: A 23ª hora: Memórias do consulado do Gen Inf Bettencourt Rodrigues, Governador-geral e Com-chefe do CTIG (21 de setembro de 1973-26 de abril de 1974) - Parte XI: Nhala, 23 de abril, a última visita a um quartel no mato (António Murta, ex-alf mil, 2ª C/BCAÇ 4513, Nhala, 1973/74)


Foto 4 > Guiné > Região de Tombali > Sector S2 (Aldeia Formosa) > Nhala >  2ª C/BCAÇ 4513 (Nhala, 1973/74) >  23 de Abril de 1974 > Já no centro do aquartelamento o general dialoga com o cmdt de Nhala; de costas, o coronel Hugo da Silva, Chefe do Estado-Maior.


Foto 8 > Guiné > Região de Tombali > Sector S2 (Aldeia Formosa) > Nhala > 2ª C/BCAÇ 4513 (Nhala, 1973/74) > 23 de Abril de 1974 > Diálogo à porta do cmdt de companhia, com a presença de um "homem grande" que deve ser um “notável” da tabanca, mas de quem não me recordo.



Foto 11 > Guiné > Região de Tombali > Sector S2 (Aldeia Formosa) > Nhala > 2ª C/BCAÇ 4513 (Nhala, 1973/74) > 23 de Abril de 1974 >  As visitas preparam-se para partir; oo volante do jipe, o cmdt do Batalhão, ten cor Carlos Ramalheira e, ainda a subir, à esquerda, o cmdt de Operações, capitão Cerveira; de cigarro na boca, à direita, o coronel Hugo da Silva; no jipe de trás o resto da comitiva, apenas se reconhecendo ao volante o major Dias Marques; a comitiva dirigiu-se a Aldeia Formosa, onde o general almoçou regressando logo a seguir a Bissau.

Fotos (e legendas): © António Murta (2015). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Terá sido mesmo a última visita que o Com-Chefe, gen Bettencourt  Rodrigues, fez a guarnições no mato: referimo-no à sua ida ao Sector S2, e nomeadamente a Aldeia Formosa  e Nhala. Chegou de manhã, visitou a frente de trabalhos da estrada Aldeia Formosa-Buba, e regressou a Bissau depois do almoço.

O nosso camarada António Murta, ex-alf mil, 2ª C/BCAÇ 4513 (Nhala, 1973/74) tem uma reportagem completa sobre a visita a Nhala (*). Selecionámos 11  das suas 18 fotos, para esta série de "A 23ª hora" (**)




(i) Apontamento: O general Bettencourt Rodrigues.

O General Bettencourt Rodrigues foi um militar brilhante e teve uma carreira longa e preenchida de altos cargos, ensombrada apenas por um final inesperado e sem glória, quem sabe, por preferir manter-se coeso com os seus ideais a aderir ao Movimento das Forças Armadas que acabara de depor o governo de Lisboa. 

Por via deste desfecho, nunca saberemos que impacto teria a sua acção na administração da Guiné e no evoluir da guerra que, naquela época e nalguns sectores, atingia estádios decisivos e preocupantes, mormente no meu Sector S-2, (com informações ainda muito secretas mas alarmantes sobre os planos do PAIGC), como mais tarde darei conta.(...)


 (ii) História da Unidade do BCAÇ 4513:

(...) "23Abr74 – Pelas 08h00 chegou a Aldeia Formosa  Sua Excelência o General e Comandante-Chefe, acompanhado pelo seu Chefe do Estado Maior, cor Hugo da Silva, comandante do BENG,  ten cor Maia e Costa,  e ajudante de campo, a fim de visitarem a frente de trabalhos da estrada Aldeia Formosa - Buba. 

Depois de serem prestadas as honras do estilo, Sua Excelência percorreu demoradamente o aquartelamento, apreciando as obras em curso. 

Depois de um briefing no Gabinete de Operações, e acompanhado pelo comandante e 2º comandante do Batalhão e restante comitiva deslocou-se à frente de estrada e ao aquartelamento de Nhala.

Na frente de trabalhos reuniu-se com o pessoal de Engenharia, a qual felicitou pelo trabalho desenvolvido. Após esta visita regressou a Aldeia Formosa, onde almoçou, seguindo depois do mesmo para Bissaum.  (...)."

(iii) Das minhas memórias desse dia:

(...) 23 de Abril de 1974, terça-feira:  A visita do General.

A visita do General Bettencourt Rodrigues a Aldeia Formosa e a Nhala foi, provavelmente, a última que fez na Guiné na qualidade de Comandante-Chefe. 

Pareceu-me uma pessoa muito acessível, afável e atenta aos problemas que lhe eram colocados. Mas foi a impressão de um contacto muito breve.

Nas imagens que mostrarei a seguir, “reportagem” que não é de todo exaustiva, pode notar-se uma certa ausência de tropa em Nhala, pela mesma razão da ocorrida aquando da visita da Cilinha, mas que não referi no relato que dela fiz. Essa ausência deve-se ao que a História da Unidade do BCAÇ 4513 expressa sem rodeios:

“(...) 23Abr74 – (...). Em virtude da visita de Sua Excelência o Comandante-Chefe, foi montado na estrada Aldeia Formosa-Buba  um dispositivo especial de segurança, com forças da 1.ª CCAÇ, 2.ª CCAÇ, 3.ª CCAÇ/4513, CART 6250”.(...)

Como última nota referente a este dia, diz ainda o seguinte a História da Unidade:

“Pelas 22h30 Gr IN destruiu um pontão da estrada alcatroada Buba-Nhala, em região XITOLE 2 G 7-39”.

Mas o senhor General já não ouviria o grande estouro, recatado em Bissau para onde regressou após ter almoçado em Aldeia Formosa.  (...)



Foto 1 > Guiné > Região de Tombali > Sector S2 (Aldeia Fomosa) > Nhala >  2ª NC/BCAÇ 4513 (Nhala, 1973/74) >  23 de Abril de 1974 >  Chegada do gen Bettencourt Rodrigues às imediações do aquartelamento, descendo a base recente da estrada nova; na frente do jeep, preparando-se para descer, o comandante do BCAÇ 4513, ten cor Carlos Alberto Ramalheira.



Foto 2 > Guiné > Região de Tombali > Sector S2 (Aldeia Fomosa) > Nhala >  2ª C/BCAÇ 4513 (Nhala, 1973/74) >  23 de Abril de 1974 > Depois das honras militares o general cumprimenta o cmdt  de Nhala, Cap Braga da Cruz, da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4513. Atrás de si, o Oficial de Dia, Alf Mil Campos Pereira.


Foto 3 > Guiné > Região de Tombali > Sector S2 (Aldeia Fomosa) > Nhala >  2ª C/BCAÇ 4513 (Nhala, 1973/74) > 23 de Abril de 1974 > A comitiva dirige-se para o aquartelamento. À esquerda da imagem o coronel Hugo da Silva, Chefe do Estado-Maior, cumprimenta o Oficial de Dia. Em primeiro plano, de Kalashnikov, o tenente Ajudante de Campo. E guarda-costas, pareceu-me.



Foto 5   
 > Guiné > Região de Tombali > Sector S2 (Aldeia Fomosa) > Nhala >  2ª C/BCAÇ 4513 (Nhala, 1973/74) >  23 de Abril de 1974 > O tenente guarda-costas (que ostenta o crachá dos cmds na boinma, e está equipado com uma Kalash),  aproveita para ler uma carta chegada da Metrópole, quero crer. Porquê? Porque o envelope é debruado pelo tracejado característico do correio aéreo.
~


Foto 6    > Guiné > Região de Tombali > Sector S2 (Aldeia Fomosa) > Nhala >  2ª C/BCAÇ 4513 (Nhala, 1973/74) >23 de Abril de 1974 > Por uma mania que ainda uso quando calha, fechei num círculo visitantes e anfitriões. De bigode, fitando-me, o mjor Dias Marques, que percebeu a maldade (inocente, diga-se), parece pensar: "Lá está este gajo outra vez com as suas maluqueiras"...


Foto 7    > Guiné > Região de Tombali > Sector S2 (Aldeia Fomosa) > Nhala >  2ª C/BCAÇ 4513 (Nhala, 1973/74) > 23 de Abril de 1974 > Após inspecção ao depósito de géneros (com cão a sair), da responsabilidade do fur mil vagomestre Sebastião Oliveira.




Fotos 9/10   > Guiné > Região de Tombali > Sector S2 (Aldeia Fomosa) > Nhala >  2ª C/BCAÇ 4513 (Nhala, 1973/74) >  23 de Abril de 1974 > Outro homem grande chega-se à conversa, enquanto começam a aparecer as mulheres da tabanca com ar decidido, começa o ajuntamento popular movido pela curiosidade e pelo tributo de honra ao homem grande da tropa, manga de ronco; j
á não vai haver hipótese de reunir no gabinete; tudo irá a “despacho” ali à porta.

 (Seleção, revisão / fixação de texto, edição parcial  e renumerção das fotos: LG)

_______________

Notas do editor: 

quinta-feira, 7 de março de 2024

Guiné 61/74 - P25245: A 23ª hora: Memórias do consulado do Gen Bettencourt Rodrigues, Governador e Com-chefe do CTIG (21 de setembro de 1973-26 de abril de 1974) - Parte IX: O adeus a Aldeia Formosa, onde também tinha um sobrinho, madeirense [Fernando Costa (1951-2018), ex-fur mil trms, e músico, CCS/BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, março de 1973/ setembro de 1974)]


Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > s/d [ 23 de abril de  1974, segundo o António Murta] > BCAC 4513 > A última visita do Com-Chefe e Governador Geral Bettencourt Rodrigues (de costas, de camuflado, à direita, recebendo honras militares)


Guiné > Região de Quínara > Região de Tomabali >  Porta de armas do aquartelamento ao tempo do  Comando, CCS e 1ª CCAÇ/BCAÇ 4513 (março de 1973/ setembro de 74)... As outras suas unidades orgânicas estiveram em Buba (a 1ª CCAÇ) e em Nhala (2ª CCAÇ)...

Fotos (e legendagem): © Fernando Costa (2009).Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Mensagem do Fernando Costa (1951-2018), ex-fur mil trms, CCS/BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, Março de 1973/Setembro de 1974) (*), membro da nossa Tabanca Grabde desde 25/10/2009 (*):

Caros amigos,

Volto ao vosso contacto para enviar uma foto onde aparece o Cmdt das Forças Armadas da Guiné, General Bettencourt Rodrigues, naquela que foi a última visita a Aldeia Formosa. 

Os militares que estão a fazer a guarda de honra, são do BCaç 4513. Esta foto, se assim o entenderem, pode ser incluída com as que se encontram no poste P5160 (*).

Um forte abraço, ex-furriel mil Fernando Costa


2. Comentário do editor LG:

Lembro-me de ter falado com o Fernando Costa na noite de 1/11/2009 (**). Foi ele que me ligou. Portanto, já fez 14 anos... E há cinco ou seis anos que ele morreu!...

Já que aqui escrevi que tivemos  então uma longa conversa ao telefone. Ele era (foi a impressão com que fiquei)  um homem das Arábias, e acabava de ingressar na Tabanca Grande

Para além de chefe das transmissões em Aldeia Formosa (na ausência do alferes da CCS que ficara no em Bissau, a tomar conta das antenas das telecomunicações...), foi um homem dos sete ofícios... E sobretudo foi músico, chegou a acompanhar a Cilinha, que tinha a mania que sabia cantar o fado, nas visitas aos quartéis do sul... 

Ainda apanhou o gen Spínola, duas vezes, de visita a Aldeia Formosa.  Numa delas o Com-Chefe terá vimdo expressamente para dar uma porrada num 1.º cabo de uma das companhias do Batalhão... Com o pessoal formado e alinhado na parada, rapou de um papel e chamou o cabo. Quando este compareceu perante o velho general, arrancou-lhe as divisas e deu-lhe dois pares de estalos...

O seu sucessor, o gen Bettencourt Rodrigues, terá ido lá, uma única vez (não nos finais  de 1973 ou princípios de 1974, mas sim em 23 de abril, segundo o António Murta)... Tinha lá um sobrinho, madeirense. (***)
 ____________

Notas do editor:


(**) 2 de novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5193: Memória dos lugares (50): Aldeia Formosa, BCAÇ 4513: A última visita do Gen Bettencourt Rodrigues (Fernando Costa)

sábado, 24 de fevereiro de 2024

Guiné 61/74 - P25209: Por onde andam os nossos fotógrafos? (21): António Murta, ex-alf mil inf MA, 2ª C/BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, Nhala e Buba, 1973/74) - Parte VII: Patrulhando a estrada Buba-Nhala, em construção

 

Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3


Foto nº 4


Foto nº 5

Foto nº 6


Foto nº 7


Foto nº 8


Foto nº 9

Guiné > Região de Quínara > 2ª C/BCAÇ 4513 (Nhala, 1973/74) >  Abril de 1974 > Estrada de Buba - Nhala em construção


Fotos (e legendas): © António Murta (2015). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


António Murta. Vive em Buarcos, 
Figueira da Foz


1. Continuamos a selecionar (e a reeditar) algumas das melhores fotos  do álbum do António Murta, ex-alf mil inf, Minas e Armadilhas, 2.ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, Nhala e Buba, 1973/74).


Legendas (António Murta):

Foto 1 > O 3.º e o 4.º Grupos de combate da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4513 transportados em viaturas pela estrada Buba-Nhala, iniciam depois um patrulhamento apeado comandados pelo alf mil Tibério Barros e por mim, respectivamente.

Foto 2 > As viaturas regressam a Nhala. Os grupos prosseguem até se embrenharem na mata, lá mais à frente, para interceptarem o carreiro da guerrilha que cruza aquela zona. Repare-se que a estrada continua por alcatroar, tal como noutros troços, por falta de alcatrão.

Foto 3 > O meu grupo de combate aguarda que se ganhem distâncias para poder avançar. À frente vai o 3.º grupo. Em primeiro plano, de costas, o soldado Frade de Coimbra. Creio que era o único casado do grupo.

Foto 4 > Ainda na estrada, imagem agora colhida da frente da coluna, vendo-se os homens do 3.º grupo de combate.

Foto 5 > Pessoal do 3.ºgrupo, trilhando o carreiro da guerrilha.

Foto 6 > Regresso a Nhala pela velha e saudosa picada. Na imagem, homem da bazuca do 3.º grupo e, em segundo plano e à direita, o Furriel Pastor do meu grupo.

Foto 7 > Ainda do mesmo ponto de vista, em primeiro plano o radiotelegrafista Bento seguido do 1.º cabo maqueiro Baptista Custódio, ambos do meu grupo.

Foto 8 > O meu grupo de combate, quase sem baixas, a gozar o merecido descanso. Nesta imagem faltam os dois furriéis.

Foto 9 > O 3.º grupo de combate também a descansar. O alferes Barros é o do lenço azul e à sua esquerda a olhar para o fotógrafo, o furriel Félix.

Excertos do poste P15504 (**)

(...) Desde o início da construção da estrada Aldeia Formosa-Buba, em outubro de 1973, até quase ao final de maio de 1974, é recorrente na HU do BCAÇ 4513, o seguinte registo: 

“Forças do Batalhão e de reforço continuam a dar segurança aos trabalhos de Engenharia, assim como a executar patrulhamentos para as regiões de fronteira e contra-penetrações nos tradicionais corredores de passagem IN”

A maioria desses patrulhamentos, para as regiões frequentemente vigiadas, não me deixaram grandes memórias. Eram as rotinas. Mas os que fiz por caminhos nunca antes calcorreados, para regiões que me eram indicadas no mapa da sala de operações, pelo contrário, deixavam-me quase sempre memórias indeléveis. Por isso, ainda hoje, sou capaz de os descrever sem necessidade de recorrer a notas escritas. Mesmo que não acontecesse nada de grave, e eu tive quase sempre a sorte de não me acontecer nada, (faço por esquecer o que penámos enquanto Companhia de intervenção nos chãos massacrados de Cumbijã, Nhacobá e arredores), às vezes bastava uma pequena descoberta, deparar-me com um sítio estranho ou uma paisagem desconcertante, e não esquecia mais. (...)

(...) Muito mais fácil e sem tensões, foi um patrulhamento que fizemos em bigrupo, iniciado pela estrada nova em direcção a Buba em viaturas, depois calcorreando um trilho da guerrilha e regressando pela picada Buba-Nhala. Com o meu grupo, o 4.º, saiu o 3.º grupo do alferes Barros. Como tudo correu bem e, no final deste patrulhamento rotineiro, (ou contra-penetração?), podíamos dizer que fora um belo passeio. Refiro isto como pretexto para deixar aqui mais algumas fotografias, até porque não tenho muitos registos fotográficos de saídas em bigrupo. (...)

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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 20 de fevereiro de 2024 > Guiné 61/74 - P25190: Por onde andam os nossos fotógrafos? (20): António Murta, ex-alf mil inf MA, 2ª C/BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, Nhala e Buba, 1973/74) - Parte VI: O Rio Grande de Buba

(**) Vd. poste de 24 de novembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15404: Caderno de Memórias de A. Murta, ex-Alf Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4513 (30): Abril de 1974

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Guiné 61/74 - P25190: Por onde andam os nossos fotógrafos? (20): António Murta, ex-alf mil inf MA, 2ª C/BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, Nhala e Buba, 1973/74) - Parte VI: O Rio Grande de Buba
















Guiné > Região de Quínara > Nhala > 2.ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, Nhala e Buba, 1973/74) >  Buba e o Rio Grande Buba

Fotos (e legendas): © António Murta (2015). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Algumas das melhores fotos do Rio Grande de Buba... são do álbum do António Murta, ex-alf mil inf, Minas e Armadilhas, 2.ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, Nhala e Buba, 1973/74).

È um dois rios mais importantes da Guiné-Bissau. No séc. XV e XVI, quando os navegadores portugueses andaram por aqui, era conhecido apenas por Rio Grande.  

É um rio navegável numa grande extensão, comunica com o Geba, passa na cidade de Buba, tem uma bacia com uma área de 285 km2. É rico em peixe. Nele vvem o peixe-boi e algunas espécies de tartarugas. É uma região (incluindo o Parque Natural das Lagoas de Cufada) de grande biodiversidade, dispondo das maiores reservas de água doce do país.  Há várais ameaças sobre esta riqueza natural, incluindo a cnstrução de um porto comercial e mineiro (paar escoar a bauxite do Boé), 

As suas margens são de grande fertilidade para a agricultura e ladeadas por florestas. Desagua no oceano Atlântico junto à ilha de Bolama.

A sua navegabilidade   deve-se a alguns características particulares: (i) é  relativamente profundo e pouco propenso a assoreamento; (ii) o seu  leito, assente em base laterítica, é estável. (Fonte: Wikipedia).

Sobre o Rio Grande de Buba, escreveu o nosso fotógrafo, o António Murta (*)::

(...) O meu rio próximo, e de estimação, era o Rio Grande de Buba, grande via de comunicação para pessoas, mercadorias e equipamentos militares.

Era a ligação para o Mundo a partir destes confins perdidos, para as cargas pesadas e os contingentes militares impossíveis de deslocar por via aérea. 

Mas era também, à falta de melhor, o parque aquático onde muitos se refrescavam e pescavam - que não eu -, fazendo de Buba uma espécie de estância balnear, única em toda a zona. 

Isso implicava alguns riscos e retraía os menos afoitos, mas, logo após o estabelecimento da paz em Abril de 1974, chegámos a fazer várias deslocações a Buba só para o pessoal se refrescar.

Não posso dizer que conhecia bem este rio, pois só o naveguei uma vez e de noite

Também a visão que dele se tinha a partir do cais de Buba era relativamente limitada e, depois de banalizada, deixava-nos indiferentes às suas escassas belezas, tirando um ou outro pôr-do-sol mais flamejante.(...)

As fotos que selecionado de um lote de duas dezenas, e que reeditámis, dispensa legendas. (**)

[Seleção e reedição de fotos, revisão / fixação de texto para efeitos de edição neste blogue, itálicos e negritos: LG]

2. No Guia Turístico: À Descoberta da Guiné-Bissau, 2ªedição revista e atualizada, da autoria da Joana Benzinho e Marta Rosa (Afectos ComLetars e União Europeia, 2018, 176 pp.) pode ler-se sobre os canais do rio Grande de Buba (pág. 111)

(...) "O Rio Grande de Buba, um dos mais importantes da Guiné-Bissau, com uma superfície de 285 Km² e o santuário por excelência para a desova da barracuda, merece um passeio pelos seus canais bordados de mangais. 

"Os manatins ou peixe-boi (Trichecus senegaelensis) e algumas espécies de tartarugas também são presenças constantes nestas águas. Este rio, que desagua no Atlântico junto à Ilha de Bolama, tem uma grande diversidade de espécies marinhas e é ponto de passagem de uma grande variedade de aves. 

"Vale assim a pena fazer um circuito de barco para observação destas aves e da natureza, bem como uma paragem para um piquenique numa das pequenas ilhas deste rio. (..:)
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Notas do editor:

(*) Vd. postes de: