Foto nº 1 > Madeira > Funcal > T/T Niassa > CCAÇ 1439 > 2 de agosto de 1965 > Por ser o alferes miliciano mais antigo e de operações especiais, o João Crisóstomo foi quem assumiu o comando da companhia durante a viagem até Bissau, onde já estava o cap mil inf Armando. Na imagem, o Governador Militar da Madeira, brigadeiro Fernando Pires Monteiro na presença do comandante do navio foi desejar à Companhia, na do alf mil Crisóstomo, pessoa, boa viagem.
Foto nº 2 > Madeira > Funchal > T/T Niassa > CCAÇ 1439 > 2 de agosto de 1965 > O brigadeiro Fernando Pires Momteiro e demais oficias, a bordo do navio onde apresentar cumprimentos de despedida.
O João Crisóstomo é um luso-americano, natural de Paradas, A-dos-Cunhados, Torres Vedras, conhecido ativista de causas sociais, com repercussão a nível nacional e internacional: a autodeterminação de Timor Leste, as gravuras de Foz Coa ou a reabilitação da memória de Aristides de Sousa Mendes, o cônsul de Bordéus em 1940 são três das mais conhecidas e bem sucedidas...
Régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona, foi alf mil, CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67): vive desde 1975 em Nova Iorque; é casado, em segundas núpcias, desde 2013, com a nossa amiga eslovena, Vilma Kracun]. Tem cerca de 135 referências no nosso blogue.
A minha falta de visão e previdência leva a que pouco possa dizer agora sobre a preparação da CCaç 1439 na Madeira. Apesar de inúmeras vezes "ter intencionado" escrever as coisas em agendas para memória no futuro, a verdade é que poucas vezes o fiz. E agora pago as consequências, com poucas memórias minhas escritas, contando assim muito com a memória de outros, mais ajuizados do que eu.
Os “quadros” da CCaç 1439 eram quase todos da metrópole, (a única excepção era o alferes mil Freitas, que era natural da ilha da Madeira); os soldados eram todos madeirenses, com uma única excepção: o soldado Manuel Pacheco Pereira Júnior, de apelido o "Açoreano”, por ter nascido nos Açores.
Na Madeira vivemos a maior parte do tempo no quartel do Batalhão II 19, mesmo na cidade do Funchal, mas fomos passar algum tempo no interior da ilha, supostamente para uma melhor preparação de sobrevivência em ambiente e circunstancias de maior isolamento.
Depois de seis meses fomos dados por “preparados” e a 2 de Agosto embarcamos no “Niassa” para a Guiné. O mesmo navio nos traria de volta quase dois anos depois. Os recortes de jornais e algumas fotos que conservei ajudam a lembrar com saudade este tempo na ilha da Madeira. Algumas das fotos já aqui foram publicadas, pelo que não vamos repeti-las (**)
Estas fotos (nºs 1 e 2) foram tiradas no dia em que acabou o nosso isolamento/preparação nas montanhas da madeira e fomos dados como “prontos para seguir". Alguém, (penso que foi o Zagalo) apareceu com cigarros e uma garrafa de uísque para celebrar
Foto nº 3 > Madeira > Funchal >BII 19 > CCAÇ 1439 > 1965 > Da esquerda para a direita: alferes Freitas (que era natural da ilha), e eu, quando ainda tinha cabelo...); ao centro o capitão Pires que anunciou no momento que ia partir no dia seguinte para a Guiné para preparar a nossa chegada; e à sua esquerda, os alferes Zagalo e Sousa.
Foto nº 4 > Madeira > Funchal > BII 19 > CCAÇ 1439 > 1965 > "Os quatro alferes (ainda aspirantes...): Sousa e Zagalo (sempre independente, apareceu de roupão); à direita, o Freitas; a minha cabeça aparece por detrás do Zagalo."
Depois de seis meses fomos dados por “preparados” e a 2 de Agosto de 1965 embarcamos no “Niassa” para a Guiné. O mesmo navio nos traria de volta quase dois anos depois.
Foto nº 5 > Madeira > Funchal > BII 19 > CCAÇ 1439 > Os “quadros" 2º pelotão: da esquerda para a direita: furriel Lopes, sargento Cabrita, eu e o furriel Bonifácio (à minha esquerda).
Foto nº 7 > Madeira > Funchal > BII 19 > CCAÇ 1439 > Celebração da missa, pelo cónego Manuel Francisco Camacho, auxiliado pelo aspirante a oficial miliciano Francisco João Crisóstomo > Momento em que era benzida a imagem de N. Sra. de Fátima, que acompanhou a companhia por terras da Guiné, por iniciativa dos soldados madeirenses.
Recorte do jornal “ Diário de Notícias “ da Madeira, de 3 de Agosto de 1965, com a reportagem e imagens da partida da CCaç 1439 para a Guiné (pp. 1 e 6). A notícia da partida da madeirense CCAÇ 1349 teve naturalmente honras de caixa alta na edição do dia 3.
Notas do editor:
(*) Vd. postes anteriores da série: