(...) Nesta primeira mensagem, solicito a ajuda possível, tendo em vista a localização de um ex-militar Africano, que estava colocado em Mansoa, Era, salvo erro, 2º Sargento do quadro permanente, de nome Jaló, e vendia gado, que vinha do Senegal, para a nossa tropa.
Foi a ele que alugámos uma casa ao lado da sua residência de família, onde eu vivi durante uns meses com a minha mulher. A mulher dele era Fula, de nome Lama, e, apesar da barreira da língua, entendia-se perfeitamente com a minha mulher. Tinham três filhos pequenitos, que eram o encanto da minha mulher.
Gostávamos muito de os reencontrar, mas até à data não temos tido sucesso. Ficarei, desde já, agradecido por qualquer informação sobre a sua actual localização. (...)
2. A resposta, célere, veio do nosso camarada do Jorge Picado, ilhavense, membro sénior da nossa Tabanca Grande, veterano dos nossos encontros nacionais, tendo cerca de 110 referências no nosso blogue; engenheiro agrónomo reformado; ex-cap mil, CCAÇ 2589 / BCAÇ 2885, Mansoa, CART 2732, Mansabá, e CAOP 1, Teixeira Pinto, 1970/72;
Caro Camarada Daniel Pestana
A pessoa em causa só pode ser o 2.º Sarg Mil Augusto Ali Jaló, que pertenceu, e possivelmente no teu tempo ainda pertencia, ao Pel Caç Nat 58, que no meu tempo (1970/71) era um dos Pel Caç Nat de reforço à CCaç 2589.
De facto era, segundo julgo, Futa-fula, filho de um importante lider religioso da Zona Leste de nome Mama Ingar, i habitante em Cambor (?). Foi dos que escapou na fatídica emboscada de 12 de Outubro de 1970 entre Braia e Infandre: apesar de ferido conseguiu esconder-se num buraco tapado pela vegetação, não sendo assim capturado apesar da grande "caça" que lhe fizeram, pois era um homem "marcado" pelo PAIGC, dada a grande influência e importância que tinha face aos africanos.
Conseguiu escapar após a independência, uma vez que "tinha a cabeça a prémio" com se costuma dizer, chegando ao Senegal e por lá andando fugido até conseguir chegar a Lisboa.
Conseguiu escapar após a independência, uma vez que "tinha a cabeça a prémio" com se costuma dizer, chegando ao Senegal e por lá andando fugido até conseguir chegar a Lisboa.
Quando tive conhecimento disto, ainda tentei contactá-lo pelo n.º de telemóvel que me deram, apesar de me avisarem que, não conhecendo ele o meu n.úmero, não atenderia, como de facto aconteceu.
O meu informador, camarada dessa minha Companhia, também já lhe tinha perdido o rasto, uma vez que ele, mesmo em Lisboa, não "parava" muito tempo no mesmo sítio por se saber perseguido.
Em todos os almoços da Unidade pergunto por ele aos poucos camaradas do sul que ainda restam, mas até hoje não há mais informações sobre ele.
Sê bem vindo e abraço de um também "Mansoanca"
Jorge Picado
Em todos os almoços da Unidade pergunto por ele aos poucos camaradas do sul que ainda restam, mas até hoje não há mais informações sobre ele.
Sê bem vindo e abraço de um também "Mansoanca"
Jorge Picado
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Notas do editor:
(*) Vd. posre de 12 de fevereiro de 2020 > Guiné 61/74 – P20643: Tabanca Grande (491): Daniel Mário dos Santos Jacob Pestana, ex-Alf Mil de Op Especiais, CCAÇ 4641 (Mansoa e Bissau - na Comissão de extinção da Pide/ DGS, 1974), no lugar nº 804
(ªª) Último poste da série > 10 de fevereiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20638: Em busca de... (300): Alf mil Pereira Gomes, da CCAÇ 1622 (1966/68), que o meu pai conheceu conheceu em Aldeia Formosa (Luísa Lemos, filha do ex-fur mil Álvaro Lemos, São Miguel, RA Açores)
(*) Vd. posre de 12 de fevereiro de 2020 > Guiné 61/74 – P20643: Tabanca Grande (491): Daniel Mário dos Santos Jacob Pestana, ex-Alf Mil de Op Especiais, CCAÇ 4641 (Mansoa e Bissau - na Comissão de extinção da Pide/ DGS, 1974), no lugar nº 804
(ªª) Último poste da série > 10 de fevereiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20638: Em busca de... (300): Alf mil Pereira Gomes, da CCAÇ 1622 (1966/68), que o meu pai conheceu conheceu em Aldeia Formosa (Luísa Lemos, filha do ex-fur mil Álvaro Lemos, São Miguel, RA Açores)