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quarta-feira, 12 de junho de 2024

Guiné 61/74 - P25633: Elementos para a história do Pel Caç Nat 51 - Parte V: a tragédia de Jumbembem, em 16 de julho de 1973


Francisco Silva (1948-2023), médico, cirurgião 0rtopedista, nosso amigo e camarada.  Terá sido o penúltimo comandante do Pel Caç Nat 51 (Jumbem, jul 1973 / mar 1974).

Foto de Manuel Resende (s/d) com a devida vénia. 




1. Mais alguns elementos para a história do Pel Caç Nat 51 (*):

Em finais de março/princípios de abril de 1973, Jumbembém foi reforçado com o Pel Caç Nat 51. Vinha suprir a fala do 1.º pelotão  da 2ª C/BCAÇ 4512 (Jumbembem e Farim, 1972/73), transferido para  Canjambari, guarnição  a sul de Jumbembém, a cerca de doze quilómetros, juntamente com outro pelotão de Cuntima, em substituição de uma companhia que dali foi retirada (CCAÇ 4143/72). Jumbembem, Canjambari e Cuntima pertenciam ao Sector O2 (Farim), junto à fronteira com o Senegal.

Dos graduados, apenas o alferes, Nuno Gonçalves da Costa,  e um furriel, eram de origem metropolitana.

O cmdt do Pel Caç Nat 51, Nuno Gonçalves da Costa, será morto por um dos seus homens, cerca de 3 meses e meio depois. E
is aqui o relato do Manuel Luís R. Sousa (na altura soldado at inf, na 2ª C/BCAÇ 4512, hoje Saj Ref, GNR) (**):

"Num dia em que se realizava a habitual coluna de reabastecimentos a Jumbembém, Cuntima e Canjambari, a 16 de julho de 1973", um dos elementos do Pelotão   pediu ao seu comandante, alferes Costa,   para o deixar seguir na coluna de Jumbembém para Cuntima para "visitar familiares".

Por se tratar de "um militar rebelde e indisciplinado, como forma de o castigar, o alferes não autorizou a sua deslocação a Cuntima".

"Perante esta recusa, o referido militar deslocou-se ao quarto do alferes, em fim de comissão e quase formado em medicina, com um futuro promissor pela frente, disparando contra ele dois ou três tiros de G3, atingindo-o na região do abdómen".

Prestada a assistência possível na enfermaria, e pedida uma  evacuação urgente por meios aéreos,  acabou por falecer, "p
assado pouco mais de uma hora". Recorde-se que havia na altura restrições ao uso de meios aéreos, na sequência do aparecimento dos mísseis Strela. 


2. Há uma outra versão das circunstâncias da morte do comandante do Pel Caç Nat 51. Vejamos um excerto do relato do Fernando Araújo (ex-fur mil op esp / ranger, 2ª C/BCAÇ 4512, Jumbembem e Farim, 1972/74) (**), que complementa a versão anterior do seu camarada Manuel Luís R. Sousa:

(...) "Presumo que o alferes devia estar deitado. Deve ter-se levantado e foi nessa altura que o homem pegou na G3 e, traiçoeiramente, disparou três tiros à queima-roupa sobre o oficial português.

"Este último ainda foi levado para a enfermaria, onde se prestaram os primeiros socorros, ao mesmo tempo que foi pedido, com a maior urgência, a sua evacuação aérea. Como estava a perder muito sangue, foi pedido sangue e, voltou a ser pedido insistentemente, o máximo de urgência na sua evacuação, que tardava em aparecer.

"E tanto tardou que o alferes não resistiu aos ferimentos e faleceu, sem que aparecesse qualquer meio aéreo para o socorrer. Esta situação indignou todo o pessoal da companhia, desde o soldado até ao comandante.

"O nativo foi preso com arames nos pulsos, atrás das costas, enquanto os próprios elementos do Pel Caç Nat 51, bem como a milícia queriam fazer justiça pelas próprias mãos (linchá-lo). Valeu-lhe o nosso comandante, que ordenou: 'Não lhe toquem!'

"Mas, mal ele virava as costas, alguns militares mais revoltados descarregavam a sua ira em cima do assassino, que foi depois colocado na casa do motor (gerador), que se situava ao lado do tanque da água. Ali permaneceu o prisioneiro até meio da tarde, altura em que o nosso comandante, penso que por causa da evacuação não se ter efectuado e achando que o comandante em Farim teve alguma culpa nesta falta, resolveu ir a Farim levar o corpo do alferes em sinal de protesto.

"Deslocamo-nos então numa coluna motorizada (...), com o corpo do defunto numa viatura “Berliet” e uma bandeira nacional a cobri-lo, até Farim (sede do BCAÇ 4512).

"A coluna fez-se sem fazer a habitual picagem, tal era a revolta, desagrado e excitação que grassava em todo o pessoal da Companhia. Um risco acrescido, mas justificado pela hora tardia para o fazer.

"Viam-se aqui e ali soldados e graduados com as lágrimas nos olhos, chocados com um desfecho fatídico que o alferes assassinado não merecia, porque todos eram conhecedores e concordantes de que ele era boa pessoa e bom para os nativos do Pel Caç Nat 51. Talvez bom demais, ainda hoje o penso e digo! Segundo ouvi dizer na altura, ele, quando isso lhe era solicitado, inclusive emprestava dinheiro aos militares do seu pelotão.

"A coluna chegou à entrada de Farim, abrandou mais um pouco e continuou a sua marcha, enquanto os militares que a compunham saltaram para o chão e acompanharam as viaturas a pé. Ao passar defronte ao edifício de comando, estava em posição de sentido e continência um graduado (ou era o comandante, ten cor Vaz Antunes, ou o 2º comandante,  major Menezes, já não me lembro bem).

(...) "Também trouxemos o nativo assassino que, pelo caminho fora,  na viatura onde seguia, alguns soldados, em certas alturas do percurso, continuaram a dar-lhe o 'tratamento especial', tendo o mesmo chegado a Farim num estado físico muito debilitado. Disseram-me posteriormente que ficou preso em Farim e depois seria enviado para a Ilha das Cobras". (...) (***)

Guiné-Bissau >Região
de Bafatá > Xitole > 2013 > 
Dois inimigos de ontem:
o Fancisco Silva e um antigo
guerrilheiro (****)

3. O infortunado Nuno Gonçalves da Costa era natural de Campos de Sá, freguesia de São Jorge, Arcos de Valdevez.   Infelizmente não temos qualquer foto dele.

A sua morte foi atribuída a "acidente com arma de fogo" (sic), forma eufemística das Forças Armadas classificarem na época não só os casos de acidente devidos a arma de fogo, como os de homicídio, suicídio, automutilação, etc.  no TO da Guiné (há diversos casos, já aqui relatados no blogue).

Após a sua morte, foi substituído pelo alf mil  at inf op esp / ranger Francisco Silva, oriundo da CART 3492 / BART 3873 (Xitole, 1971/74).

O Francisco Silva foi  cmdt do Pel Caç Nat 51, Jumbembem, desde meados de 1973 até possivelmente ao fim do 1º trimestre de 1973, altura em que a sua subunidade de origem terminou a comissão no Xitole, sector L1 (Bambadinca). Tudo indica, pois, que o Pel Caç Nat 51 esteve em Cufar, desde o início de 1970 até março de 1973. 

Já identificámos, pois,  quatro comandantes deste Pelotão: 

  • João Perneco (Guileje, 1966/68); 
  • Armindo Batata (Guileje e Cufar, 1968/70'); 
  • Nuno Gonçalves da Costa (Cufar e Jumbembem, 1972/73);
  • Francisco Silva (Jumbembem, 1973/74).




























Lisboa > Belém > Monumento aos Combatentes do Ultramar > XXV Encontro Nacional dos Antigos Combatentes > 10 de junho de 2019 > Sob o olhar atento do Carlos Silva, régulo da Tabanca dos Melros, o Francisco Justino Silva, hoje ortopedista (à esquerda, na foto), membro da nossa Tabanca Grande desde 26 de abril de 2010, relembra os tempos em que foi substituir, em Jumbembem, em circunstâncias trágicas, o comandante do Pel Caç Nat 51: o seu interlocutor, um antigo milícia do seu tempo (à direita, na imagem), estava lá, nesse fatídico dia 16 de julho de 1973, em que foi cobardemente morto a tiro de G3 o alf mil op esp / ranger Nuno Gonçalves Costa.

Dois camaradas, pelo menos, da nossa Tabanca Grande conheceram e conviveram com o Nuno Gonçalves da Costa: (i) o Luís Mourato Oliveira conviveu com ele, na 1ª metade do ano de 1973, e com o seu Pel Caç Nat 51, em Cufar, ao tempo da CCAÇ 4740 (1972/74); e (ii) Fernando Costa Gomes de Araújo (ex-fur mil op esp / ranger, 2ª CCAÇ / BCAÇ 4512, Jumbembem, 1973/74).


Foto (e legenda): © Luís Graça (2019). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Poceirão > Palmela > 2017 > Mais um encontro dos Pelotões de Caçadores Nativos, formados pelo nosso camarada Jorge Rosales, do 51 ao 56 [no CIM de Bolama], e que serviram na Guiné entre 66 e 68. É já muito dificil encontrar estes nossos camaradas, mas ainda assim juntámos o 51, 52 e 54. Na casa do ex-fur mil João Vaz (ex-prisioneiro em Conacri, libertado em 22 de novembro de 1970, no decurso da Op Mar Verde; pertenceu ao Pel Caç Nat 52).

Acima, elementos do Pel Caç Nat 51 > Da esquerda para a direita: Furriel Castro, Furriel Azevedo, Alferes João Perneco, Furriel Carvalho e 1º Cabo Raul.
 
Foto (e legenda): © José Manuel Viegas (2017). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

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Notas do editor

(*) Último poste da série >  11 de junho de 2024 >  Guiné 61/74 - P25630: Elementos para a história do Pel Caç Nat 51 - Parte IV: um 1º cabo trms, José Maria Martins da Costa (Guileje e Cufar, 1968/70), que sabia latim e grego

(**)  Vd. poste de 1 de fevereiro de 2023 > Guiné 61/74 - P24027: (In)citações (228): Na morte do Francisco Silva (1948-2023), relembrando o cmdt do Pel Caç Nat 51, Nuno Gonçalves da Costa, assassinado por um dos seus homens, em Jumbembem, em 16/7/1973 (Manuel Luís R. Sousa, srgt ref, GNR)

(*****) Vd. poste de 20 de junho de 2017 > Guiné 61/74 - P17493: Convívios (814): os Pel Caç Nat 51, 52 e 54, em Poceirão, na casa do ex-fur mil João Vaz (ex-prisioneiro de guerra em Conacri) (José Manuel Viegas)

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11760: Em busca de... (226): Manuel Monteiro (Lelo), mais conhecido pelo "Matosinhos" no BAC1 (João Vaz)

1. Mensagem do nosso camarada João Vaz, ex-1.º Cabo Apontador de obus do BAC 1, CamecondeBubaJumbembem e Cuntima, 1968/70, com data de 5 de Junho de 2013:

Amigo Carlos Vinhal
Fiquei muito contente ao pertencer à TABANCA GRANDE(*) e muito obrigado pela tua ajuda pois as palavras TABANCA e GUINÉ nunca mais as esqueceremos fazem parte da nossa antiga vida militar.

Já vi no computador que vocês vão fazer mais um convívio no dia 8 de junho e só tenho pena de não estar convosco, mas como já adivinhaste eu estou em França há quase 43 anos, que os faço no dia 29 de Agosto próximo e como vou todos os anos a passar férias a Portugal em Agosto, não posso ir em junho.

Como vês estou em França, em PAU perto de LURDES, a quarenta quilómetros, se algum dia vieres a LURDES espero que entres em conctato.

Estou reformado, tenho três filhos (um rapaz e duas raparigas) e quatro netos (duas meninas e dois meninos). Como já disse vou todos os meses de Agosto a Portugal e este ano vou para Sesimbra até ao dia 15.

A minha vila em Portugal é o TEIXOSO, perto da Covilhã, e já que falo da Covilhã, quero-te dizer que uma vez nos anos 70-80 encontrei lá um jogador de futebol a quem chamavam o LELO, mas o nome dele era Manuel Monteiro e esteve comigo na BAC 1 - GUINÉ.
Ele é de MATOSINHOS porque nós na BAC1 só o tratávamos por "MATOSINHOS", e como tu és de LEÇA -MATOSINHOS, talvez o conheças ou tenhas ouvido falar dele.
Eu gostava muito de o encontrar de novo pois perdi o conctato com ele.

Espero que a festa do 8 de Junho corra bem e vê lá se encontras alguém que esteve na BAC nos anos 1968-1970.

Bebei lá um copo à saúde de todos os ex-combatentes da Guiné.
Eu da minha parte também vou pensar em vós e beber um copo à alegria da vossa festa.

Um abraço para todos e todas presentes e para ti CARLOS e tua família muita saúde e alegria e um GRANDE ABRAÇO
JOÃO VAZ


2. Comentário de CV:

Caro camarada João
Muito obrigado pelas tuas referências ao nosso Convívio do passado dia 8 de Junho. Já passou e correu muito bem, felizmente.

Com respeito ao teu camarada Manuel Monteiro, Lelo no futebol, Matosinhos no BAC1, não estou a ver quem seja. Tenho uma listagem de cerca de 200 nomes de ex-combatentes da Guiné do nosso concelho, mas dela não faz parte ninguém com esse nome.
Em tempos idos houve um Monteiro que fez parte da equipa de futebol do Leça F.C., que julgo não ter jogado em nenhum outro clube, porque ao contrário de hoje, tinha emprego para sobreviver. Se não estou enganado, faleceu há já alguns anos.
Terá o Lelo jogado no Leça ou no Leixões antes de ter ido para a Guiné?
Como o futebol não me tira o sono, esqueço com facilidade resultados e/ou personalidades que fazem parte daquele mundo muito particular. Peço desculpa por não te poder ajudar.
O teu camarada, a ser vivo, terá hoje perto de 67 anos.
Fica aqui este poste na esperança de que apareça alguém que nos dê uma pista para o poderes contactar.

Esperando que as recentes e graves inundações na região de Lurdes não te tenha afectado, deixo-te um fraterno abraço e votos de boa saúde.
Carlos Vinhal
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Notas do editor

(*) Vd. poste de 24 DE MAIO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11619: Tabanca Grande (398): João Vaz, ex-1.º Cabo Apontador de obus do BAC 1 (Guiné, 1968/70)

Último poste da série de 20 DE JUNHO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11738: Em busca de... (225): Os "Zorbas", camaradas da minha CART 1659 (Gadamael e Ganturé, 1967/68) (Joaquim F. Alves, ex-fur mil, residente em Olival, Vila Nova de Gaia)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11619: Tabanca Grande (398): João Vaz, ex-1.º Cabo Apontador de obus do BAC 1 (Guiné, 1968/70)

1. Mensagem do nosso camarada e novo tertuliano João Vaz, ex-1.º Cabo Apontador de obus do BAC 1, Cameconde, Buba, Jumbembem e Cuntima, 1968/70, com data de 7 de Maio de 2013:

Caro camarada Carlos Vinhal
Obrigado pela resposta do meu pedido para pertencer a TABANCA GRANDE e aqui vou enviar-te o que é preciso para o efeito.

Nome: João Vaz
Posto: 1.º Cabo;
Especialidade: Apontador de Artilharia de Campanha 8,8 que mais tarde foram substituídos em Cuntima, por obuses 14.
A minha unidade era a BAC 1 ou seja (Bateria de Artilharia de Campanha, baseada em Bissau.
Andei por Cameconde, Buba, Jumbembem e Cuntima.
A minha chegada a Bissau foi a 24 de Janeiro 1968 e o regresso a Lisboa em Fevereiro 1970.

Se conseguir digitalizar as fotos, vai uma do tempo de Guiné e outra onde já tenho 67anos.
Também te envio uma com o meu pelotão de artilharia e uma jibóia que o Furriel Meneses matou quando cortávamos árvores para fazermos um abrigo para os obuses 14. Como poderás ver eu sou o único branco.
A jibóia tinha engolido uma gazela e depois descansou.

Historias para contar, tenho algumas verdadeiras, umas tristes, como a morte do furriel Videira em Cuntima e outras para rir, como a da Companhia de piriquitos que chegou a Cuntima que quando tiveram o primeiro ataque quiseram responder com o morteiro mas não lhe puseram o prato e ao fim de algumas morteiradas o morteiro enterrou-se e só ficou com dez centímetros de fora.

Eu conto isto porque estava lá. Eu dormia no abrigo com eles pois era de rendição individual logo não pertencia à companhia. O comandante do aquartelamento era o capitão Vasco Lourenço.

Se eu dominasse bem o computador e fosse mais rápido a escrever contava mais historias que se passaram comigo mas para escrever estas linhas passo muito tempo.

Gostava muito de encontrar antigos militares que estiveram comigo na BAC em BISSAU.

Amigo Carlos vou deixar-te, já são duas da manhã e já começo a piscar os olhos.

Um grande abraço para ti e saúde para toda a tua família e para todos os ex-Combatentes
João Vaz


2 - Dizia-nos o nosso camarada João Vaz numa mensagem datada de 22 de Março de 2013:

Caro Luís Graça
Obrigado por ter exposto o meu telefonema no vosso Blogue.
Eu penso que isso vai ajudar a encontrar ex-combatentes da minha unidade BAC 1 - Guiné que lá estiveram de 24 de Janeiro de 1968 a Fevereiro de 1970.

Como já disse pelo telefone, cheguei dia 24 Janeiro 1968 e passados poucos dias fui logo para Cameconde onde estive mais ou menos 5 a 6 meses.
O meu alferes de artilharia chamava-se Ferreira.
O nome do alferes que comandava os pelotões de atiradores não me lembro mas sei que ele era de perto de Famalicão da Serra.

Também passei por Buba e, de Junho a Dezembro de 1969 passei por Jumbembem algum tempo. O resto foi passado em Cuntima onde tive como comandante do aquartelamento o capitão VASCO LOURENÇO.

Um grande abraço a todos os ex-combatentes e digam-me o que é preciso para pertencer à TABANCA GRANDE.

Desculpem os meus erros mas eu sou um zero em informática.

Um grande obrigado ao Luís e a todos aqueles que trabalham no Blogue.
João Vaz



3. Comentário do editor CV

Caro camarada João
Começo por te pedir desculpa pelo tempo que demorei a dar-te esta resposta. Costumo ser mais rápido mas desta vez descuidei-me um pouco.

Sê bem-vindo à nossa Tabanca. És mais um dos camaradas da diáspora, pelos quais temos muita admiração e uma estima especial. Pelo teu endereço suponho que estás em França, embora o teu português traga uns toques de espanhol. Se estás em França, em que zona trabalhaste e onde assentaste arraiais? Tencionas um dia voltar a Portugal ou o sangue dos filhos e netos vai fazer com que nunca mais voltes a Portugal?

Falando do teu passado militar, foste então apontador de obus em Cameconde, Buba, Jumbembem e Cuntima. Fizeste manga de barulho pelas bolanhas da Guiné.

Para evitar que demores muito tempo a escreveres os textos no computador, tens que treinar muito e fixar a posição das teclas. Pedes por aí umas ajudas aos filhos e aos netos e vais ver que ao fim de uns meses estás apto à licenciatura em informática.
Gostávamos que nos escrevesses algumas das tuas memórias mas não queremos que apanhes uma doença nervosa por nossa causa.

Oxalá que por nosso intermédio encontres alguns dos teus camaradas do BAC 1 e outros que não pertencendo à tua unidade foram teus contemporâneos nos quartéis por onde penaste.

Caro João, resta-me deixar-te o habitual abraço de boas-vindas em nome da tertúlia e dos editores Luís Graça e Eduardo Magalhães.
Se precisares de alguma ajuda é só falares connosco.

Para ti, algures em França, segue um abraço do teu novo camarada e amigo
Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 4 DE MAIO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11526: Tabanca Grande (397): Luciana Saraiva, sobrinha do ex-cap comando Maurício Leonel de Sousa Saraiva, nova tabanqueira, nº 616 (a viver em Floripa, Brasil)