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sábado, 12 de outubro de 2024

Guiné 61/74 - P26038: Cinco anos de saudade: Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019): familiares, amigos, vizinhos, condiscípulos, colegas companheiros e camaradas recordam-no todos os anos na famosa caldeirada à pescador, dia 14, na festa de N. Sra. de Monserrate, Ribamar, Lourinhã

 


O saudoso régulo da Tabanca de Porto Dinheiro / Lourinhã,
Eduardo Jorge Pinto Ferreira (Lourinhã, Vimeiro, 1 de outubro de 1952 - Torres Vedras, 
23 novembro de 2019).  Foto: LG (2017)

Membro da nossa Tabanca Grande em 31 de agosto de 2011.




1. Coube a uma comissão "adhoc" de amigos, condiscípulos e camaradas do Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019) manter esta tradição: estarmos juntos, e comermos uma caldeirada à pescador,  na segunda feira da segunda semana de outubro de cada ano, nas festas de Nossa Senhora de Monserrate, na vila de Ribamar, concelho da Lourinhã. 
Este ano calha no dia 14.

A comissão "adhoc" tem apenas uma legitimidade afetiva:  foi "nomeada" pelo Eduardo, por "delegação, a título póstumo"... E os nomeados aceitaram a incumbência por um  dever (sagrado) de amizade, companheirismo e camaradagem. 

E uma tradição, inaugurada por ele há muitos anos (e só interrompida em 2020 e 2021, com a sua morte, na véspera da pandemia), quando era professor e depois diretor da Escola Básica de Ribamar, do Agrupamento de Escolas de Dom Lourenço Vicente, Lourinhã. (Ele ainda organizou o encontro de 2019; morreria, a seguir, inglória e estupidamente, numa intervenção de cirurgia ambulatória numa clínica privada.)

 Este ano ano, se fosse vivo, o Eduardo Jorge Ferreira, que foi alf mil PA - Polícia Aérea, BA 12, Bissalanca, 1973/74, já teria feito  72 anos no passado dia 1.

Para segunda feira, dia 14, já temos 75 inscrições para o nosso convívio anual, que reune sobretudo antigos colegas de seminário da região Oeste.Estará presente a viúva, Conceição Ferreira (que também "bebeu a água do Geba", o pai trabalhou nos Correios de Bissau  nos anos 60/70). Alguns membros da Tabanca Grande também não vão faltar: Luís Graça, Alice Carneiro, Jaime Silva, Joaquim Pinto Carvalho, Jorge Pinto, Carlos Silvério, Estêvão Henriques...

Estão encomendados 35  tachos de caldeirada (para 2 pessoas)... (O prazo de inscrição para caldeiirada terminou na 5ª feira à noite; mas há outros pratos muito bons, como o espadarte grelhado, o arroz de tamboril, a feijoada do mar , etc.: estamos em terra de pescadores!)

 A festa de Ribamar é um dos grandes acontecimentos sociais do concelho da Lourinhã.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Guiné 61/74 - P20385: (De)Caras (142): O Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019) ou a arte do dom: "um homem não bebe um copo sozinho" (Luís Graça / Jorge Pinto)


Lourinhã > Vimeiro > Convívio de ex-seminaristas do Oeste > 28 de junho de 2014 > O Eduardo Jorge  Ferreira (1952-2019) e o Jorge Pinto (Sintra)


Lourinhã > Vimeiro > Convívio de ex-seminaristas do Oeste > 28 de junho de 2014 > O Fernando Policarpo  (Lisboa) e o Eduardo Jorge: ambos estiveram na Guiné na mesma altura (1973/74). O Policarpo prometeu-me, ontem, no cemitério do Vimeiro que vai integrar a nossa Tabanca Grande em homenagem ao amigo e camarada Eduardo. O Policarpo tem pelo menos 6 referências no nosso blogue.


Lourinhã > Vimeiro > Convívio de ex-seminaristas do Oeste > 28 de junho de 2014 >  O Eduardo Jorge, à direita, o organizador: era sempre o último a sentar-se à mesa, zelando pelo bem-estar de todos os convivas...


Lourinhã > Vimeiro > Convívio de ex-seminaristas do Oeste > 28 de junho de 2014 > Sempre proativo, o Eduardo Jorge era sempre quem fazia o papel "chato" nestes encontros, que ninguém gosta de fazer: o de receber a massa e pagar a conta... 



Lourinhã > Vimeiro > Convívio de ex-seminaristas do Oeste > 28 de junho de 2014 > A nossa querida São mais o marido... Em segundo plano, o João Baptista (Óbidos). Inspetora do trabalho, ainda no ativo, a São não podia, muitas vezes, acompanhar-nos... a não ser aos fins-de-semana.



Lourinhã > Vimeiro > Convívio de ex-seminaristas do Oeste > 28 de junho de 2014 > A nossa querida São mais o marido... A São viveu e cresceu em Bissau: o pai era funcionário dos CTT... Mas ela e o Eduardo conheceram-se cá. Têm dois gémeos, o João (Lisboa) e o Rui (Londres).



Lourinhã > Vimeiro > Convívio de ex-seminaristas do Oeste > 28 de junho de 2014 > O Jorge Pinto e a esposa, Ana.

Foto (e legenda): © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados[Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



O Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019) 
e a arte do dom

por Luís Graça

Contou-me uma vez o Eduardo a seguinte história: o pai, que deve ter nascido nos anos 20 do século passado, tinha uma junta de bois e costumava deslocar-se na região para comprar vinho a granel. No carro, devia levar um ou mais pipas. Ia muitas vezes do Vimeiro à Moita dos Ferreiros, via Marteleira e Miragaia, no concelho da Lourinhã.  A Moita dos Ferreiras era uma freguesia de grande produção vinícola, nessa época (anos 50/60). Pelas estradas de hoje, são cerca de 15 quilómetros. Com o carro de bois, deviam ser umas duas horas e meia ou três. 


Chegava lá cansado, e com sede. Parava numa tasca, para beber um copo. Mas sabia por experiência própria que um homem não bebe um copo de vinho sozinho. Se há gente na tasca, oferece-se de beber a toda a gente. Era a tradição, era a cultura de convivialidade da terra (e em geral da região). Um homem que entrasse numa tasca, pedisse e bebesse sozinho um copo de vinho,  era um homem “marcado”. Para a próxima poderia vir a ter encontros desagradáveis… e os negócios podiam vir a correr mal. 

O pai do Eduardo, que já não é vivo, tal como de resto toda a família (mãe e irmãos), aprendeu, portanto, cultivar a “arte do dom”, a arte de dar, receber e retribuir… E transmitiu isso ao filho...

O Eduardo era daquelas pessoas que, numa época de forte individualismo como a nossa (em que o dinheiro é que define o estatuto social da pessoa), recebeu do pai (e do “caldo de cultura” da sua região) esta tradição do dom, esta arte do dom: um copo de vinho não se bebe sozinho, partilha-se…

Um dos seus traços de carácter mais sublinhados, nestes dias, em que a família e os amigos lhe fizeram a “última despedida”,  foi justamente a sua “generosidade”, “amabilidade”, “dedicação ao bem comum”, “solidariedade”, "empatia" (*)…

Escreveu, na sua página do Facebook,  a Associação Memória da Batalha do Vimeiro de que ele foi cofundador e dirigente: 


“Hoje perdemos um amigo, um companheiro que pertencia à categoria rara das pessoas que irradiam simpatia, dedicação e generosidade.”

Contou um dos filhos gémeos, ontem, na igreja do Vimeiro, nas bonitas, singelas e comovidas palavras que disse do pai, numa igreja completamente cheia de familiares, vizinhos e amigos, a seguinte história: 

“O meu pai era um homens de valores e princípios. Num dia de Natal, celebrámos o dia e almoçámos juntos. Ainda éramos pequenos. Depois, ele levantou-se e disse que tinha que ir a Alcoentre acompanhar um amigo que tinha o pai na prisão. Era Natal e esse filho também tinha o direito que estar com o pai”.

Dos vários testemunhos (incluindo o meu próprio) que foram partilhados na igreja (*), antes do saída do caixão para o cemitério, ressalta a ideia que o Eduardo Jorge era um homem com um coração grande, daqueles corações que não cabem no peito. Ele cultivava, por excelência, a arte do dom: por isso tinha muitos amigos, e amigos sinceros.

O Jorge Pinto, nosso camarada de armas, que se deslocou também ao Vimeiro, para o “último adeus” ao Eduardo, escreveu o seguinte, como comentário ao poste P20382 (*).

“Hoje foi um dia muito triste. Fui ao funeral do Eduardo Jorge, meu amigo e colega de longa data. Durante a cerimónia religiosa foram proferidas palavras que me fizeram reviver muitos momentos… mas a recordação que mais me assaltava à memória relacionava-se com Bissau: Quando, eu todo mordido pelos mosquitos e suado até ao tutano, chegava de Fulacunda na Dornier do nosso saudoso comandante Pombo e o Eduardo Jorge, ainda no aeroporto Bissalanca, pegava em mim e me levava para os seus aposentos na Base Aérea. Ligava o ar condicionado e dizia: 'pá, agora, já te podes coçar à vontade e tomar banho, porque aqui a guerra é outra'...Depois, passado uma hora pegava na motoreta e levava-me até Nhacra comer umas ostras… Era assim o Eduardo Jorge, generoso, ativo, pensando sempre no bem dos outros. Hoje é um dia muito triste”…


Não sou desse tempo, de Bissalanca, sou um amigo mais recente. Já nem recordo quando e quem mo apresentou. Talvez num dos convívios anuais que ele organizava, por ocasião da festa anual de Ribamar, e cuja origem remontava ao ano de 1994, fez agora 25 anos (vd. poste P20380).

Começamos a conviver mais quando ele se reformou em 2009. No blogue está registada a data de 16 de agosto de 2011. Num comentário ao poste P8694 (**), eu deixo um agradecimento, entre outros amigos e camaradas da região do Oeste,  "também ao Eduardo Jorge (professor de educação física, também já aposentado; antigo presidente da assembleia de freguesia do Vimeiro); e ao João Tomás Gomes Baptista, natural das Gamelas/Bombarral, empresário agro-turístico, que nos proporcionou uma tarde maravilhosa em Óbidos"... 

Deve ter sido nessa semana que nos conhecemos, e eu fiquei a saber que tinha estado na Guiné em 1973/74, tendo-o convidado a inscrever-se na nossa Tabanca Grande, o que ele fez no final desse mês (***). 

O nosso convívio intensificou-se a partir daí, tendo o Eduardo sido o primeiro lourinhanense a participar num Encontro Nacional da Tabanca Grande, o VII, em Monte Real, em 21/4/2012. 

Depois disso, começamos a conviver muito mais regularmente, nomeadamente no Vimeiro e em Porto Dinheiro / Ribamar. O primeiro convívio da Tabanca de Porto Dinheiro / Lourinhã terá sido em 12/7/2015, com a presença do João Crisóstomo e do Horácio Fernandes,entre outros (****). Descobrimos, entretanto, que o João era seu vizinho, de Paradas, A-dos-Cunhados, embora vivesse em Nova Iorque desde 1975. O Eduardo, por sua vez, apresentou-nos o Rui Chamusco, seu colega do Agrupamento de Escolas de Ribamar.

A morte, inesperada, traiçoeira, veio interromper este tão saudável convívio, dentro e fora da Tabanca Grande (*****). Mas, no dia 12 de outubro de 2020, se formos vivos, lá estaremos na festa de Ribamar para lhe fazer uma pequena homenagem, a ele e à  São, a mulher da sua vida. Todos sentimos, os que o amavam e estimavam, que com a sua morte, todos perdemos: "quando um de nós morre, também morremos todos um pouco", lembrei ontem na hora da despedida (*).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Momte Real > VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > 21 de Abril de 2012 > Dois homens da FAP e de Bissalanca, BA 12: O António Martins de Matos (Lisboa) e o Eduardo Ferreira, lourinhanense, que vive em A-dos-Cunhados, Torres Vedras, uma das "caras novs" do encontro deste ano. "Um foi um dos melhores pilotos de Fiat G91, de toda a guerra da Guiné; o outro foi alferes mil da polícia aérea... Ambos da mesma altura (1972/74, o António Martins de Matos); 1973/74, o Eduardo Jorge Ferreira).

Foto (e legenda): © Luís Graça (2012). Todos os direitos reservados[Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Lourinhã > Ribamar > Tabanca de Porto Dinheiro > 12 de julho de 2015 > Restaurante O Viveiro > A "bajuda do Enxalé", Maria Helena Carvalho (que adotou - e foi adotada por - o pessoal da CCAÇ 1439), e o Eduardo Jorge Ferreira, o organizador do convívio. O Eduardo anda tão entusiasmado com a reconstituição histórica da batalha do Vimeiro, de 17 a 19 deste mês, na sua terra, que até conseguiu convencer o Álvaro Carvalho a fazer a cobertura fotográfico do evento!...





Lourinhã > Ribamar > Tabanca de Porto Dinheiro > 12 de julho de 2015 > Da esquerda para a direita, (i) primeira fila, António Nunes Lopes (ex-fur mil, CCAÇ 1439); João Crisóstomo (ex-alf mil, CCAÇ 1439); Vilma Crisóstomo; Luís Graça; Helena Carvalho (, filha do Pereira do Enxalé, que morreu em Bissau, em agosto de 1974); (ii) segunda fila, Maria Alice Carneiro, Dina (esposa do Jaime), e Álvaro Carvalho; (terceira fila, Eduardo Jorge Ferreira (ex-alf mil, PA, Bissalanca, 1973/74); Alexandre Rato, presidente da junta de freguesia de Ribamar (que, apanhado à boa fila, teve a gentileza de se juntar a foto de grupo "para mais tarde recordar"; Jaime Bonifácio Marques da Silva (ex-alf mil PQ, BCP 21, Angola, 1970/72); Horácio Fernandes (ex-alf mil capelão, de rendição individual, Catió e Bambadinca, 1967/69) e esposa, Milita.

Foto (e legenda): © Luís Graça (2015). Todos os direitos reservados[Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
____

Notas do editor:

(*) Vd. postes de:

25 de novembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20382: In Memoriam (356): Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019): elegia fúnebre para um amigo e camarada: quando morre um de nós, também morremos todos um pouco (Luís Graça)

25 de novembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20380: In Memoriam (355): Um alfabravo (ABraço), Eduardo, até qualquer dia!

24 de novembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20379: In Memoriam (354): Eduardo Jorge Pinto Ferreira (1952 - 2019), ex-alf mil, Polícia Aérea, BA 12, Bissalanca, 1972/74, régulo da Tabanca de Porto Dinheiro / Lourinhã: o funeral é amanhã, 2ª feira, no Vimeiro, às 14h00


(...) Camarada (de várias frentes!) Luís Graça:

Pois conforme o prometido, aqui estou a inscrever-me no magnífico blogue que em boa hora criaste e que com os contributos dos muitos aderentes se tem continuado a afirmar como espaço de partilha e de amizade entre aqueles que tiveram (e tem) a Guiné como cenário de passagem.

Confesso que fiquei maravilhado e entusiamado com o (ainda pouco) que li e vi no blogue do qual desconhecia a (já sua longa) existência. (...)



(****) 13 de julho de  2015 > Guiné 63/74 - P14872: Nas férias do verão de 2015, mandem-nos um bate-estradas (2): Convívio da Tabanca de Porto Dinheiro, 12 de julho de 2015 (Parte I): organização 'impex' do Eduardo Jorge Ferreira (ex-1º cabo inf, do exército luso-britânico que se cobriu de glória na batalha no Vimeiro, em 21/8/1808; ex-alf mil, PA, Bissau, Bissalanca, BA 12, 1973/74)


(*****) Último poste da série > 14 de novembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20343: (De)Caras )115): "Nha Maria Barba" ou Maria da Purificação Pinheiro (Boavista, 1900 - Bissau, 1975): expoente máximo da morna e da morabeza da Boavista, esteve no Porto, no Palácio de Cristal, em 1934, na 1ª Exposição Colonial Portuguesa: notas de leitura de um trabalho de pesquisa biográfica, feita por Antonio Germano Lima, da Universidade de Cabo Verde

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Guiné 61/74 - P20380: In Memoriam (355): Um alfabravo (ABraço), Eduardo, até qualquer dia!


Leiria > Monte Real > 25 de maio de 2019 > XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande > Da esquerda para a direita, Carlos Camacho Lobo, médico (Maia), Jorge Pinto (Sintra) e Eduardo Jorge Ferreira (Lourinhã)... 


Foto (e legenda): © Luís Graça (2019). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


1. Soneto de Luís Graça: Os amigos e camaradas não te esquecem, Eduardo!

Que fazes aí, ó Eduardo, grande amigo,
Especado no frio e feio leito da morte ?
E, nós, que em vida sempre estivemos contigo,
Estamos agora, tristes, entregues à nossa sorte.

Quem nos dera ter o poder de te dizer:
Levanta-te e anda, volta a mostrar-nos o caminho,
Lá onde o azul de Montejunto se possa ver,
Levanta-te e anda, não fiques aí sozinho!

A vida é uma picada, cheia de minas e armadilhas,
Mas, para ti, esta era a terra da alegria,
Onde do pouco tu fazias maravilhas.

Foste um líder, davas o exemplo, ias à frente
Fazendo só bom uso da tua empatia.
Ninguém te esquece, nem no Vimeiro a tua gente.


Luís Graça,

Os amigos do seminário
e os camaradas e amigos da Tabanca de Porto Dinheiro / Lourinhã
25 de novembro de 2019


Seminário de Almada > Convívio de antigos alunos > 24 de junho de 2017 > Foto de grupo: na primeira fila,  o Eduardo Jorge Ferreira aparece ao centro, com um joelho no chão, tendo à sua direita o Joaquim Pinto Carvalho e o Luís Graça, e à direita o o Miguel Franco...(Todos os quatro passaram pela Guiné, durante a guerra colonial...).


Seminário de Almada > Convívio de antigos alunos > 24 de junho de 2017 > O Eduardo Jorge Ferreira,recordando os bons tempos das partidas (a quatro) de "spiribol" (1)



Seminário de Almada > Convívio de antigos alunos > 24 de junho de 2017 > O Eduardo Jorge Ferreira,recordando os bons tempos das partidas (a quatro) de "spiribol" (2)

Foto (e legenda): © João Vinagre  (2017). Todos os direitos reservados. [Edição; Blogue Luís Graça / Camaradas da Guiné]




Lourinhã > Ribamar > Festa de Nª Sra. de Monserrate > 14 de outubro de 2019 > 25º convívio dos antigos alunos de seminários, da região do Oeste: 

Este convívio era organizado pelo Eduardo Jorge Ferreira. O próximo, o  26º,  em 2020, já não será organizado por ele. Lá no céu, fará a supervisão. Mas há aqui um  lugar vago, aqui, difícil de preencher, porquanto o perfil do Eduardo era exigente. 

Na foto, o João Vinagre, à esquerda, um "rapaz" da Benedita, Alcobaça, que vive em Lisboa (engenheiro, empresário, reformado),  e o Forival Ferreira, da Lourinhã, que vive na Azambuja (, professor de história, reformado). Salvo melhor opinião, o João Vinagre reúne todas ou quase todas as condições  para integrar a comissão organizadora do 26º convívio,  que será em 12 de outubro de 2020, e onde faremos (,proposta minha, ) um singela homenagem ao nosso Eduardo. Outros nomes que me ocorrem para a comissão organizadora:

Carlos Silvério (Ribamar), Rui Chamusco (Lourinhã), Luís Manuel Silva (Estrada / Peniche, a viver em São Martinho do POrto / Alcobaça)), Jaime Bonifácio Marques da Silva  (Seixal / Lourinhã), Joaquim Pinto Carvalho (Vilar / Cadaval)...  Como se costuma dizer, o poder tem horror ao vazio... 

Foto (e legenda): © Luís Graça (2019). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


2. Mensagem do engº João Vinagre,  um dos dinamizadores dos convívos dos antigos alunos dos seminários dioceses de Lisboa (Santarém, Almada e Olivais), dos anos de 50/60/70:

Com pesar transmito a notÍcia, recebida agora do Luís Graça a informar do falecimento do nosso colega Eduardo Jorge Pinto Ferreira,

Daqui para a frente as caldeiradas do Oeste, em Ribamar, organizadas pelo Eduardo, terão com certeza, se as houver , um sabor diferente.
Eduardo, não sou do teu tempo do seminário , mas recordo-te desde que colaboraste na organização do último encontro em Almada e ficámos amigos como se nos conhecêssemos há 50 anos...

Partiste muiti cedo... fazias-nos falta...

Recordo com saudades a entrega que punhas naquilo que fazias, a tua maneira de enfrentar as dificuldades sempre com sorriso e uma calma que se tornavam contagiantes.

Nas fotos que envio a própria bola de spiribol fez-me lembrar a tua vida ....caiu muito cedo.

Não cheguei a ver-te fardado a rigor como os militares das antigas guerras, que tinhas tanto gosto em representar, na tua terra, o Vimeiro.

um abraço, Edurado, até qualquer dia !!

João Vinagre

Lisboa, 24 de novembro de 2019



3. Mensagem, do João e Vilma Crisóstomo (Nova Iorque):

"Um abraço, Eduardo,  até qualquer dia !!”

Foi assim que o Vinagre se despediu do Eduardo, exprimindo, melhor do que eu sei fazer, a dor e os difíceis momentos que eu e todos os que conheceram o Eduardo estamos passando, depois de "recordar com saudades a entrega que Eduardo punha naquilo que fazia , a sua maneira de enfrentar as dificuldades sempre com um sorriso e uma calma que se tornavam contagiantes".  

Permito-me repetir as palavras do Vinagre porque não sei fazer melhor:" um abraço, Eduardo, até qualquer dia !!"

Por mais que a gente queira,  em ocasiões assim, não há palavras, apenas saudade, dor e tristeza; porque, de repente,ficamos sem jeito, sem saber o que dizer, sem saber o que fazer.

Tentar encostar a cabeça a um ombro amigo como eu tentei, não ajudou; no outro lado da linha,  deparei com dor e tristeza igual à minha, seres devastados também, também eles necessitando um ombro para repousar a sua cabeça cansada. 

Lembrado de ensinamentos de catecismo e ulterior educação religiosa , tentei refúgio e auxílio na fé, de que "a morte é o começo de uma nova vida". E, numa tentativa de respeito, evitando tentações de revolta que não podia deixar de sentir, obrigava-me e obrigo-me a aceitar o que não dá para compreender.

"Um abraço, Eduardo, até qualquer dia!"... Sentimos a tua falta!

Entretanto, meus caros Rui Chamusco, Luis Graça e demais caros camaradas,  ser fortes é o que nos resta, mesmo que cada um de nós tenha de controlar lágrimas e emoções. Que o contagiante sorriso (triste embora neste momento que não dá para melhor) e a calma do Eduardo permaneçam connosco e nos ajudem "até qualquer dia” também!

A Vilma junta-se a mim num grande e fraterno abraço para todos.
João e Vilma



Lourinhã > Ribamar > Festa de N. Sra. Monserrate > 14 de outubro de 2019 > Convívio anual dos antigos alunos de seminário, da região Oeste... Celebrando 25 convívios organizados pelo Eduardo Jorge Ferreira.. Infelizmente este seria último. Mas não iremos deixar morrer esta tradição, nem o Eduardo irá parar a "vala comum do esquecimento". [Na foto, à esquerda em primeiro plano, o Rui Chamusca, professor, da Malcata / Sabugal, que trabalhou com o Eduardo no Agrupamento de Escolas de Ribamar, e era um dos seus amigos do peito. Hoje reformado, vive entre a Lourinhã, a Malcata e Timor. Foi o Eduardo quem apresentou o Rui Chamusco ao João Crisóstomo]

Foto (e legenda): © Luís Graça (2019). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


4. O Eduardo era o grande dinamizador de, entre outros, do convívio dos antigos seminaristas do Oeste, que se realizava todos os anos em Ribamar, Lourinhã, na segunda feira da festa de N. Sra. Monserrate... O último foi em 14/10/2019. Aqui ficam os versinhos do Luís Graça que o organizador, Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019) mandou a todos os convivas.

Ribamar, 10/10/1994 | 14/10/2019: 25 anos de Convívio dos ex-seminaristas do Oeste.


Tradicional caldeirada, organizada pelo Eduardo Jorge Ferreira,
na 2ª feira da 2º semana de outubro, no âmbito da festa anual de Ribamar, em honra de Nª Sra. de Monserrate.

O Eduardo é um dos professores-fundadores da Escola C + S de Ribamar (mais tarde, Escola Básica de Ribamar) no ano letivo de 1992/93…

Com início em 1994, por ocasião da Festa Anual de Ribamar iniciou-se o nosso convívio… A iniciativa foi dele. No princípio era uma escassa meia dúzia de ex-seminaristas, do seu curso…Vinte e cinco anos depois temos já cerca de 7 a 8 dezenas convivas, tudo malta do Oeste Estremenho e arredores…

A efeméride merece ser recordada. Para lembrar essa iniciativa pioneira e em homenagem ao nosso conterrâneo, amigo, condiscípulo e camarada de armas (O Eduardo, voluntárioo da Força Aérea Portuguesa, entre 1971 e 1977, esteve na Guiné em 1973/74, como alferes miliciano, na BA 12, Bissalanca), o poeta de serviço, Luís Graça (n. Lourinhã, 1947; Santarém e Almada, 1958/64; Guiné, 1969/71), escreveu, para todos os participantes do convívio de 2019, e para os mordomos e voluntários da festa de Ribamar que o tornararm possível, os seguintes versinhos (26 quadras populares encadeadas):

Se és ex-seminarista,
E o passado queres recordar,
Vem daí, simples turista,
Até nós, em Ribamar.

Até nós, em Ribamar,
Da Lourinhã, bela terra,
Mesmo se não foste ao ultramar,
E te livraste da guerra.

E te livraste da guerra,
Dando às balas o teu peito,
Nas contas é que não erra,
Eduardo Jorge, o prefeito,

Eduardo Jorge, o prefeito,
Que te chama a capítulo,
Só tens que vir a preceito,
Orgulhoso do teu título.

Orgulhoso do teu título,
Ex-aluno do seminário,
Foste nosso condiscípulo,
Agora septuagenário.

Agora septuagenário,
Mente sã em corpo são,
Não foste padre nem vigário,
Mas é mano de coração.

Mas é mano de coração,
E nessa exata medida,
O seminário de então
Foi uma escola de vida.


Foi uma escola de vida,
Esquece agora a santidade,
Que há muito te é devida,
Com essa proveta idade.

Com essa proveta idade,
Nem jejum nem a abstinência,
Seria até crueldade,
Passares fome, que indecência!


Passares fome, que indecência!
“Carpe diem”, camarada,
Vive, sim, com sapiência,
E ataca-me a caldeirada.


E ataca-me a caldeirada,
Da Senhora de Monserrate,
Cozinheira bem esmerada,
Até no bife de espadarte.

Até no bife de espadarte,
Iguaria desta festa,
Hás de comer a melhor parte,
E rapar o que ainda resta.

E rapar o que ainda resta,
Que já nada é pecado,
Dormes depois uma sesta,
E vais daqui perdoado.

E vais daqui perdoado,
Ó cabeçorra grisalha,
E p’la santa abençoado,
Garante o padre Batalha,

Garante o padre Batalha,
Nosso vizinho e amigo,
Nunca o ouvimos chamar canalha,
Nem ao seu pior inimigo.

Nem ao seu pior inimigo,
Diz o Alexandre Rato,
Patrão desta terra-abrigo,
Veio da Holanda, tem bom trato-

Veio da Holanda, tem bom trato,
O freguês-mor da freguesia,
Vamos com ele tirar um retrato,
E agradecer a companhia.

E agradecer a companhia
De todos vós, afinal,
Danados para a folia,
Mas sem a bula papal.

Mas sem a bula papal,
Excessos não cometemos,
Adeus, não levem a mal,
Já comemos e bebemos.

Já comemos e bebemos
Com esta gente de Ribamar,
P’ró ano cá voltaremos,
Se o Eduardo nos convidar.

Se o Eduardo nos convidar,
E se Deus Nosso senhor quiser,
Cá haveremos de estar,
P’ra comer o que ele nos der.

P’ra comer o que ele nos der,
Um manjar digno de Cristo,
Cá na terra enquanto houver,
Já que no céu não há disto.

Já que no céu não há disto,
A todos, muito obrigado,
Fica o Eduardo bem visto,
E o poeta emocionado.

E o poeta emocionado,
Por ser do clã Maçarico,
De exemplos de vida, rico,
Tem cá muito antepassado,

Tem cá muito antepassado,
Até frade e missionário,
Vai daqui bem confortado
C’o as memória do seminário.

C’o as memórias do seminário,
Termina esta oração,
E, como fraterno corolário,
Deixa-vos um chicoração.

Luís Graça, em seu nome pessoal,
e em nome da organização,
Eduardo Jorge Ferreira & Companhia Limitada.
Ribamar, festa de N. Sra. Monserrate, 14/10/2019
Contacto do organizador:
Eduardo Jorge > telemóvel > 964 485 269
email > ejp.ferreira@googlemail.com

Contacto do poeta:
email > luis.graca.prof@gmail.com
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domingo, 24 de novembro de 2019

Guiné 61/74 - P20379: In Memoriam (354): Eduardo Jorge Pinto Ferreira (1952 - 2019), ex-alf mil, Polícia Aérea, BA 12, Bissalanca, 1972/74, régulo da Tabanca de Porto Dinheiro / Lourinhã: o funeral é amanhã, 2ª feira, no Vimeiro, às 14h00


Lourinhã > Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > A chegada do régulo, Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019). O Eduardo era uma "festa" onde e quando chegava. TInha uma invulgar capacidade de empatia, simpatia, altruísmo... Além de ser um "proativo", um agregador, um organizador, um líder nato..

Foto (e legenda): © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados. [Edição; Blogue Luís Graça / Camaradas da Guiné]


1. A notícia chegou-nos ontem, no sábado, ao fim da tarde. Brutal... Pela voz da Maria do Céu Pinto de Carvalho, do outro lado da linha. E o primeiro a quem eu a retransmiti, depois de confirmada, foi  ao nosso João Crisóstomo, com conhecimento a alguns dos nossos amigos comuns, ligados à Tabanca de Porto Dinheiro / Lourinhã:


Data - sábado, 23/11/2019, 20:29

Assunto - Terrível notícia



João: assim de chofre...Acabo de saber e confirmar que morreu o nosso querido Eduardo Jorge... Não tenho grandes pormenores: terá sido no hospital, no bloco operatório, na sequência de uma cirurgia de rotina (extração de uma pedra no rim)

Estamos destroçados: era um dos melhores de todos nós: um grande coração, generoso, solidário, afável, prestável, voluntarioso, amigo do seu amigo...

Um chicoração fraterno... Luis


2. Fui de imediato repescar alguns dos dados que constam na base de dados da Tabanca Grande sobre o nosso querido e já saudoso Eduardo Jorge Pinto Ferreira (1952-2019), para editar  este primeiro In Memoriam (*)

O nosso amigo, vizinho e camarada Eduardo Jorge Ferreira, que morre agora aos 67 anos...

(i) era natural do Vimeiro, Lourinhã, onde nascera em 1/10/1952 (, no Dia Mundial da Música, diz o Ruii Chamusco, seu colega de profissão, seu amigo do peito);

(ii) a família reside na Rua Nova, 16, Pinheiro Manso,  Sobreiro Curvo, 2560 A dos Cunhados;

(iii) passou pelos seminários diocesanos de Lisboa (Penafirme, Santarém e Almada)

(iv) ofereceu-se para a Força Aérea, em 1971, como voluntário, por um período de 6 anos;

(v) foi alf mil da Polícia Aérea, na BA 12, Bissalanca, de 20 de janeiro de 1973 a 2 de setembro de 1974, colocado na EDT (Esquadra de Defesa Terrestre);

(vi) passou ainda, em Lisboa, pela Comissão de Extinção da PIDE/DGS (Gabinete de Imprensa) e pelo Estado Maior General das Forças Armadas (1ª Divisão);

(vii)  passou à disponibilidade em junho de 1977;

(viii) tirou entretanto o curso de Instrutores de Educação Física e,  mais tarde, a licenciatura em Administração Escolar, realizando o percurso normal de professor até uma determinada altura a que se seguiram 15 anos de ligação à gestão escolar, no Agrupamento de Escolas de Ribamar, Lourinhã dos quais 12 como presidente;

(ix) voltou a ser unicamente professor nos 9  últimos anos lectivos,  acabando a sua  carreira profissional em abril de 2011;



(x) era destacado membro da  Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro (AMBV), de que cujos órgãos sociais fez parte, tendo dedicado os últimos anos da sua vida a esta causa;

Esta Associação deixou na sua página do Facebook as seguintes palavras de homenagem: 

"Hoje perdemos um amigo, um companheiro que pertencia à categoria rara das pessoas que irradiam simpatia, dedicação e generosidade.
"A AMBV apresenta a toda a família as mais sentidas condolências e o nosso abraço apertado! Obrigado, Eduardo, por tudo o que nos deste...Até sempre,  Comandante!"

(xi) entrou para a nossa Tabanca Grande em 31/8/2011 (**);

(xii) tem cerca de meia centenas referências no nosso blogue;

 (xiii) era casado com a São, inspetora do trabalho, na ACT - Autoridade das Condições de Trabalho; deixa dois filhos, João e Rui, e 4 netos;

 (xiv) noutra encarnação  sabemos que foi sargento, integrado no exército luso-britânico que derrotou o exército napoleónico na batalha do Vimeiro, Lourinhã, em 21 de agosto de 1808;

(xv) repousa agora no Olimpo dos nossos Heróis, aqueles que são mais doque homens, e menos do que deuses;  e contamos com a sua proteção, enquanto a vida nos deixar andar por cá, por esta Terra da Alegria, que ele tanto amava.


3. Algumas das primeiras homenagens que nos chegaram,  da autoria de amigos, condiscípulos e camaradas:

João Crisóstomo (Nova Iorque), sábado, 23/11/2019, 21h30

Não sei o que dizer…

Juntamo-nos e estamos com vocês neste momento de dor. Entregamo-lo nas mãos do Senhor . Como há uma missa agora vou assistir e pedir ao Celebrante que o lembre também. Grande abraço, 
João e Vilma




À
BOA MEMÓRIA
DO
EDUARDO




Quem foi? quem te abateu tão de traição,
Meu bravo e generoso companheiro?!
Na última batalha do Vimeiro
Tombaste, já não és mais "sargentão"

Foste mestre do bem e do amor,
Ensinaste os caminhos da concórdia;
Se aonde foste, houver misericórdia,
Ela te sirva glória e louvor!

Que a tua eternidade agora seja
O prémio dessas lutas que travaste,
E tenhas paz onde quer que estejas!...

Não foste tu que nos abandonaste…
Foi Deus que te recrutou, com inveja
Daqueles que te amam e que amaste.
















Joaquim Pinto Carvalho (Vila Nova / Vilar / Cadaval)


Rui Chamusco (Lourinhã, Malcata / Sabugal, Timor)

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P19039: Convívios (875): Paradas Party, do João Crisóstomo: 16 de setembro de 2018... Foi bonita a festa, pá!


Foto nº 1 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João Crispim Crisóstomo e Vilma Kracun,  casados em segundas  núpcias em 2013... Ele, luso-americano, ela, eslovena.


Foto nº 2 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e Vilma.


Foto nº 3 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e Vilma.


Foto nº 4  > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e Vilma.


Foto nº 5 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e Vilma.


Foto nº 6 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e Vilma.


Foto nº 7 >  Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e familiar.


Foto nº 8 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e  e familiar.


Foto nº 9 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 >  Amigo do João, o António Rodrigues, mordomo reformado, de Nova Iorque, hoje a viver em Aljubarrota, Batalha. Companheiro de causas, como Foz Coa, Timor, Aristides Sousa Mendes... "O meu braço direito"...


Foto nº 10 >  Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 >  Três grandes amigos: João, Rio Chamusco e António Rodrigues.


Foto nº 11 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 >  O Rui, exímio tocador de acordeão,  exibindo um recorte de jornal onde se fala da recente homenagem dos correios israelitas ao João Crisóstomo, o português nascido em Bombardeira, A-dos.Cunhados, Torres Vedras, em 1943...


Foto nº 12 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João e Rui, tocando e (en)cantando.


Foto nº  13 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João cantando.


Foto nº 14 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > João  cantando em grupo. Na ponta, direita, a nossa grã-tabanqueira Alice Carneiro.


Foto nº 15 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > Dois camaradas da Guiné: no lado esquerdo, o régulo da Tabanca de Porto Dinheiro, Eduardo Jorge; no lado direito, um camarada de Achada, Mafra que esteve com o João no Enxalé e 1965/67  (, pertencia ao Pelotão de Morteiros, era 1º cabo apontador do morteiro 81; um grande contador de histórias, a quem já convidei para integrar a Tabanca Grande; de seu nome completo, Manuel Calhandra Leitão; não se lembrava do nº do Pel Mort, que estava sediado em Bambadinca; falou-me de homens "lendários" como o Luís Zagallo e Abna Na Onça).


Foto nº 16  > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > O camarada do Enxalé,  o Manuel Calhandra Leitão, o "Ruço" (, será o organizador do próximo encontro, em Mafra, da malta que esteve no Enxalé, entre 1965/67,  incluindo o seu Pel Mort e a CCAÇ 1439)... Ausente, com pedido de desculpas, foi a nossa amiga Helena Carvalho (mais o marido, Álvaro), a nossa Helena do Enxalé...


Foto nº 17 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 >  A esposa do Eduardo, a São, que viveu parte da infância e adolescência na Guiné, filha do chefe dos correios de Bissau.


Foto nº 18 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 >  O nosso camarada Carlos Silvério, próximo grã-tabanqueiro nº 783.


Foto nº 19> Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 >  O Carlos Silvério, ao centro, a esposa Zita, do lado direito, a Alice, do lado esquerdo.




Foto nº 20 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 >  Uma festa de família a que não faltaram crianças, aqui a dançar, sob o olhar ternurento do tio-avô ou tio-bisavô João... (Como estão de costas, na foto, fica protegida a sua identidade.)



Foto nº 21 > Portugal > Torres Vedras > A-dos-Cunhados > Paradas > 16 de setembro de 2018 > Uma amiga do João, que veio de propósito de Leiria... Não fixei o nome. Sei que trabalhou em tempos no CIDAC e na causa de Timor... Está deliciada a comer caracóis com o Eduardo...Estes "moluscos gastrópodes terrestres", muito nutritivos e ecológicos, foram trazidos da Achada, Mafra, pelo "Ruço"...

Fotos: © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].



Paradas Party: 
Soneto da amizade e do amor

É a lição da festa de cada ano:
Não há passaporte para a amizade,
Diz o João, o luso-americano,
Nem fronteiras para a liberdade.

Não se escolhe ser Kacrun ou Crispim,
Nem a terra onde se vai nascer,
Mas é bom ter uma família assim,
Bem como estes amigos poder rever.

Querido João, estás em casa em toda a parte,
Na Eslovénia, nos States, em Timor,
E sabes repartir com engenho e arte,


Com a Vilma, que é doce e querida,
O tempo da amizade e do amor.
Prós dois, muita saúde e longa vida!

Paradas, 16 de Setembro de 2018,

Festa da família Crisóstomo e Crispim e amigos

Luís Graça
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Versão em inglês, livre:

Paradas Party: Sonnet of Friendship and Love

It is the lesson of the feast of each year:
There is no passport for Friendship,
Says João, the Portuguese-American,
Neither frontiers for Freedom.

You don't' choose to be Kacrun or Crispim,
Neither the land where you’re  going to be born,
But it's good to have such a family,
As well as these friends to welcome.

Dear John, you are at home everywhere,
In Slovenia, in the States or in Timor,
And you know how to share with hard work and art,

With Vilma, a darling, sweet lady,
The time of Friendship and Love.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P19012: Convívios (874): João e Vilma Crisóstomo convidam-nos para a sua festa de família, domingo, dia 16, às 15h00, em Paradas, A-dos-Cunhados, Torres Vedras... Porque a amizade não tem pátria nem exige passaporte!







Vilma e João Crisóstomo, ela, eslovena, enfermeira, reformada, ele nosso camarada da diáspora, ex-alf mil, CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67), luso-americano, mordomo reformado,  ativista de causas sociais e humanitárias.

O casal vive em Queens, Nova Iorque. O João nasceu em 22 de junho de 1944, em Paradas, Torres Vedras. Depois da Guiné, emigrou para  o Brasil e, em 1975, para os EUA. Tem um curso superior em gestão hoteleira, Em Nova Iorque fez parte d: a elite portuguesa dos mordomos que serviam a elite nova-iorquina. Principais causas humanitárias e sociais pelas quais ele se tem batido: defesa das gravuras de Foz Côa, autodeterminação de Timor Leste, e reabilitação da memória de Aristides Sousa Mendes...


João Crisóstomo (com a a esposa Vilma Kracun, 4º e 5º lugares,  respetivamente, a contar da esquerda, de pé), com a nova família eslovena...

Foto de cronologia do Facebook do João Crisóstomo. Foto de Vlasta Knapic, amiga do casal, sobre o qual escreveu (em esloveno): "Prelepa ljubezenska zgodba, ki je obšla svet, se srečno nadaljuje. Vilma Kracun in Joao Crisostomo iskrene čestitke"... Em português quer dizer mais menos isto: "Uma linda história de amor que deu a volta ao mundo, e  que continua, felizmente. Vilma Kracun e João Crisóstomo, os meus  sinceros parabéns"...


1. Recordo um dos convívios destas famílias Crispim e Crisóstomo, no mesmo local, em 15 de outubro de 2013... 

Além da família e amigos do João e a Vilma, "just married", recém-casados, estiveram presentes diversos camaradas nossos, gente da Tabanca de Porto Dinheiro (representada pelo régulo Eduardo Jorge Ferreira e  sua esposa, São, pelo Jaime Bonifácio Marques da Slva e a Dina, pelo Joaquim Pinto Carvalho e a Maria do Céu, e ainda pelo Luís Graça e a Alice Carneiro).

Esteve também presente um camarada de armas do João Crisóstomo, que veio do Norte (, Recarei. Paredes, distrito do Porto), com a esposa, expressamente para lhe dar um abraço de parabéns e conhecer a noiva... Há quase 50 anos que não se viam... Estamos a falar do Júlio Martins Pereira, soldado de transmissões da CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67),  e nosso grã-tabanqueiro desde então. (Infelizmente, não passa bem de saúde, segundo informação do João Crisóstomo.)

Desta vez, em 2018, vão falhar o casal Pinto Carvalho, os "duques do Cadaval", O nosso Joaquim está hospitalizado, em Lisboa, mas felizmente em franca recuperação. A família e os amigos não ganharam, todavia,  para o susto. Daqui vai um grande alfabravo para ele e ela, os "duques do Cadaval", que este ano falharam alguns momentos importantes da vida social da Tabanca de Porto Dinheiro, como as festas da Atalaia e do Seixal... da Lourinhã.

2. Na ocasião, e em nome dos "amigos do Oeste", o nosso editor disse uns versinhos ao casal Crisóstomo, de que se recordam aqui algumas quadras (, bem ao gosto popular):

(,,,) 

É o João um senhor,
Que faz o culto da amizade,
E amanhã comendador
Da Ordem da Liberdade.

Mordomo de profissão,
Portugal nunca esquece,
No verde e rubro coração
Onde a Pátria não esmorece.

Fez a guerra, coisa má,
Lá nas terras da Guiné,
Finete e Missirá,
Porto Gole e Enxalé,

Animador libertário,
Foi de causas defensor,
Do Cônsul Humanitário [, Aristides Sousa Mendes, ]
A Foz Côa e a Timor.

P’ra um casal, lindo como este,
P’rá Vilma e p’ró João,
Dos amigos do Oeste
Vai um grande… xicoração! (...)

Estes convívios das famílias Crispim e Crisóstomo, alargadas aos "amigos e camaradas da Guiné", são organizados pelo João, desde há mais de duas décadas... As últimas foram em 2009,  2013, e  2015.  Cinco anos depois, iremos de novo participar, com o gosto,  neste saudável convívio. Lá estaremos no próximo domingo, na Associação para o Desenvolvimento de Paradas. E esperamos lá encontrar mais algumas caras novas da Tabanca Grande, e os demais amigos  e familiares do João e da Vilma.

Relembra-se aqui que, para os "amigos camaradas da Guiné" (e de Timor), não é preciso... nem convite nem "farda nº 1"...  O João e a Vilma ficarão muito felizes com a vossa/nossa presença!

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Nota do editor: