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sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Guiné 63/74 - P2271: Tabanca Grande (40): Joaquim Gomes de Almeida, O Custóias, bazuqueiro, CCAÇ 817 (Canquelifá e Dunane, 1965/67)



Joaquim Gomes de Almeida
Soldado
CCAÇ 817
Canquelifá e Dunane
1965/67






Guiné> Canquelifá> O nosso camarada Joaquim Almeida em concorrência desleal e descarada ao nosso companheiro Joaquim Mexia Alves, pois em Canquelifá as condições Termais eram péssimas, embora os preços fossem económicos.


1. Mail de 7 de Novembro de 2007 dirigido ao nosso Editor

Exmo. Sr. Luís Graça,

Venho por este meio prestar uma grande homenagem ao incondicional serviço de informação que o seu blog presta a todos os ex-combatentes.

Passo a apresentar-me: Chamo-me Joaquim Gomes de Almeida, conhecido entre os camaradas por Custóias, sou residente em Guifões-Matosinhos.

Fiz parte do pessoal da CCAÇ 817; soldado de infantaria; operador de bazuca.
Passei maior parte do tempo da comissão em Canquelifá e Dunane, embora tivesse passado anteriormente por outras unidades.

Cheguei à Guiné em 26 de Maio de 1965 tendo regressado à Metrópole em 8 de Fevereiro de 1967.

Faço uma correcção ao que escreveu o camarada Francisco Palma: a CCAÇ é a 817 de 1965/1967 da qual eu fiz parte e não a CCAÇ 187 de 1965/1966 como por lapso mencionou o camarada Francisco Palma (*).

Em relação ao brazão, confesso que fiquei triste por saber que a CCAÇ 1623 destruiu o nosso em favor do deles.

Anexo uma fotografia com informação: Canquelifá-Termas, placa informativa para todo o pessoal que por lá ia passando e entrando para o tratamento adequado.

Sem outro assunto de momento,
Joaquim Almeida (Custóias)


2. Em 7 de Novembro, o co-editor CV respondia:

Caro Joaquim Almeida:

Estou a escrever-te na qualidade de co-editor do Blogue do Luís Graça & Camaradas da Guiné.

Recebemos a tua mensagem e registamos a homenagem que prestas ao Luís Graça. Na verdade, é unânime o reconhecimento do seu imenso trabalho para manter vivo o Blogue.

Queremos convidar-te a fazeres parte da nossa Tabanca Grande. Para tal deverás enviar uma foto do teu tempo de guerra (se possível com mais qualidade daquela que já enviaste) e outra actual para figurares na nossa fotogaleria.

Se quiseres e puderes podes mandar estórias que se passaram contigo e com a tua Unidade, assim como fotografias devidamente legendadas para as podermos enquadrar nos teus textos.

As fotos deverão vir em formato JPEG ou, em última hipótese, em Word para as podermos trabalhar.

Poderás consultar a página da nossa Tertúlia onde estão escritos os princípios fundamentais da nossa conduta e convivência. Poderás ver lá também a fotogaleria.

Aqui na Tabanca não há Exmos Senhores nem postos militares. Tratamo-nos todos por tu como deve ser entre camaradas.

Já agora na próxima mensagem dá mais pormenores sobre ti e a tua Unidade e usa preferencialmente o endereço luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com

Antes de terminar quero dizer-te que temos cá no Blogue um teu conterrâneo de Guifões, o Albano, que é fotógrafo e que tem o seu ateliê em frente à Igreja. Eu moro em Leça da Palmeira e ainda há mais gente do concelho de Matosinhos entre nós.

Recebe um abraço da parte do Luís. De mim o mesmo
O camarada
Carlos Vinhal


3. Em 8 de Novembro o camarada Albano Costa escrevia, em resposta a um mail de CV:

Caro amigo Carlos Vinhal:

Conheço o Custóias há muitos anos, é quase meu vizinho. Durante muitos anos sempre falamos de tudo, menos da Guiné.

Há bem pouco tempo, encontramo-nos e ele falou-me do blogue onde tinha navegado, dizendo que me tinha encontrado lá. Depois desse dia passamos a falar mais vezes e muito sobre a Guiné e o blogue.
Ele por acaso já tinha comentado comigo que ia chamar atenção do Francisco Palma sobre as imperfeições que tinha visto. Eu incentivei-o, porque a função do blogue é contar sempre e só a verdade, e que este era o sítio certo para o fazer, que neste caso era só para rectificar.

Quanto ao apelido Custóias, eu já lhe perguntei como é que sendo ele natural de Guifões, gosta que o tratem assim, ainda hoje no meio guineense. Ele respondeu-me que quando foi para a tropa, tinha ocorrido o desastre ferroviário no lugar das Carvalhas (**), em Custóias, e então o seu comandante possou a chamar-lhe assim. Ele aceitou com agrado e em todo o seu tempo de tropa e ainda hoje pelos seus colegas é tratado por Custóias. Quanto ao entrar no blogue já lhe falei e o Joaquim Gomes está a ganhar coragem, visto que não passa um único dia sem lhe fazer uma visita.

Um grande abraço,
Albano Costa

4. Em 9 de Novembro o Almeida voltava ao nosso contacto

Caro Carlos Vinhal:

Acuso a recepção do teu e-mail de 7 de Novembro de 2007.

Em relação ao Albano Costa, somos amigos e vizinhos. Ele mora na Lomba e eu em Gatões.

Todos os fins-de-semana, nos falamos no seu estabelecimento. Ele foi um grande impulsionador para que eu me metesse nestas andanças.

Relativamente a material fotográfico do tempo da minha estadia na Guiné, é relativamente pouco, porque há uns anos atrás, quando eu fui deslocado para o estrangeiro em serviço, foram-me assaltados os anexos de minha casa e levaram-me tudo, fotografias, o díário da minha Companhia, o diário do meu pelotão e um caderno de apontamentos pessoal. Tudo isto se encontrava dentro de um baú. Todas as fotografias que eu possuo, foram recolhidas na minha família, e alguns amigos.Assim que possível, enviarei as ditas fotografias para o blogue.

Um abraço virtual deste ex-combatente.

Joaquim Gomes de Almeida - Custóias
__________________

Notas de CV:

(*) - No Post de 5 de Novembro de 2007> Guiné 63/74 - P2242: Tabanca Grande (39): Francisco Palma, ex-Condutor Auto, ferido em combate, CCAV 2748/BCAV 2922, Canquelifá (1970/72), o nosso camarada Francisco Palma referia:

(...) Aproveito para informar que a mensagem atingiu o alvo e tenho estado em contacto com o Custóias, operador de bazuca, ex-combatente da CCAÇ 187_(?), Canquelifá 1965/66, que terá sido o obreiro da construção do brazão da sua Companhia. O brazão foi posteriormente aproveitado pelos que vieram a seguir, a CCAÇ 1623 (Canquelifá, 1966/68), tendo sido alterados os dados (...)

(**) - No dia 26 de Julho de 1964, ocorreu um terrível desastre ferroviário na Linha da Póvoa (Porto/Trindade - Póvoa de Varzim), onde houve um número de mortos nunca especificado, pois na única carruagem sinistrada, superlotada, morreram oficialmente 96 pessoas.

O acidente deu-se porque a última de duas carruagens da automotora se soltou da primeira, presume-se que por excesso de peso, e em aceleração livre e desgovernada, ao descrever uma curva apertada, inclinou-se e foi de encontro a um muro suporte de uma passagem superior, que funcionou como uma lâmina. A carruagem foi literalmente cortada ao meio no sentido do comprimento, ferindo e matando principalmente que se encontrava daquele lado.