António Vieira : en högrest gestalt i 1600-talets Portugal, övriga Europa och Brasilien.Inbunden, Svenska, 2020. Författare: Marianne Sandels, António Vieira. 316 kr
António Vieira: uma figura cimeira em Portugal do século XVII, bem como resto da Europa e Brasil. Capa dura, sueco, 2020. Autor: Marianne Sandels, António Vieira. 316 coroas suecas (c. 30,00 euros)
Infografia: José Belo (2022)
António Vieira ägnade en stor del av sitt liv åt att stödja de hårt exploaterade indianerna i Brasilien. Under långa perioder var han emellertid verksam i Europa. Under ett par år i Rom hade han flera olika uppdrag för drottning Christina av Sverige, som där befann sig i exil.
Både Portugal och Brasilien betraktar António Vieira som en av sina nationalförfattare. Poeten Fernando Pessoa har kallat honom för "kejsaren av det portugisiska språket".
(ii) Tradução, do Google e do editor LG:
Por longos períodos, no entanto, ele esteve ativo na Europa. Com alguns anos em Roma, ele teve várias missões diferentes ao serviço da rainha Cristina da Suécia, que estava lá exilada. Tanto Portugal como o Brasil consideram António Vieira um dos seus grandes escritores nacionais. O poeta Fernando Pessoa apelidou-o de "o imperador da língua portuguesa".
Data - terça, 5/07/2022, 17:25
Assunto - Padre António Vieira na Suécia
O Padre António Vieira (Lisboa, 1608 - São Salvador da Baía, 1697) tem agora uma coletânea dos seus textos publicados na Suécia.
“António Vieira-Expoente Intelectual do Século XVII em Portugal, Europa e Brasil “.
O primeiro ao considerá-lo o “Verdadeiro Imperador da língua portuguesa" foi Fernado Pessoa. Saramago, prémio nobel da literatura (em 1998), reconheceu em muito ter sido influenciado pela característica maneira de formular de António Vieira.
Depois de viajar pela Europa em diversas missões diplomáticas, terá sido a estadia em Amsterdão que, após contactos com judeus e cristãos-novos expulsos de Portugal, levou o Padre António Vieira a compreender a verdadeira extensão da perda intelectual, económica e comercial resultante da mesma.
Logo na primeira prédica, após o regresso a Lisboa, surge o “messianismo“ que a partir daí marcaria a sua obra.
Seria um cargo que o levaria a ter conhecimentos de tal modo “inconvenientes” que, a somarem-se à Santa Inquisição que o esperava em Lisboa, seriam…..demasiados!
1. Mensagem de José Belo:
Data - terça, 5/07/2022, 17:25
Assunto - Padre António Vieira na Suécia
Caro Luís
Espero que a saúde esteja bem controlada. Nas nossas idades fico-me pela “ bem controlada”.
Espero que a saúde esteja bem controlada. Nas nossas idades fico-me pela “ bem controlada”.
Vou enviar um texto sobre o tão nosso António Vieira, agora publicado na Suécia.
Nunca é demais referir “os nossos“ quando publicados fora de portas. Serão poucos mas... importantes figuras de referência da cultura europeia!
Um abraço,
Um abraço,
J. Belo
O Padre António Vieira (Lisboa, 1608 - São Salvador da Baía, 1697) tem agora uma coletânea dos seus textos publicados na Suécia.
“António Vieira-Expoente Intelectual do Século XVII em Portugal, Europa e Brasil “.
Tradução de Marianne Sandels que nela refere o interesse de Fernando Pessoa e José Saramago pela obra de António Vieira.
O primeiro ao considerá-lo o “Verdadeiro Imperador da língua portuguesa" foi Fernado Pessoa. Saramago, prémio nobel da literatura (em 1998), reconheceu em muito ter sido influenciado pela característica maneira de formular de António Vieira.
Depois de viajar pela Europa em diversas missões diplomáticas, terá sido a estadia em Amsterdão que, após contactos com judeus e cristãos-novos expulsos de Portugal, levou o Padre António Vieira a compreender a verdadeira extensão da perda intelectual, económica e comercial resultante da mesma.
Logo na primeira prédica, após o regresso a Lisboa, surge o “messianismo“ que a partir daí marcaria a sua obra.
Na “História do Futuro”, o Portugal de António Vieira tem um papel de vanguarda e utopia.
A restauração da grandeza nacional, com a esperança do “sebastianismo “ e de um “Quinto Império", passa a adquirir na obra de Vieira um…..lugar e tempo!
Uma tradição filosófica e literária que a partir daí tem vindo a adquirir as mais diversas formas, não menos as surgidas na obra de Fernando Pessoa.
Sobre o “Quinto Império “ é interessante o comentário de Eduardo Lourenço, quando afirma terem sido as prédicas de António Vieira durante o período Barroco o verdadeiro, e único,
“Quinto Império”de Portugal.
Numa perspectiva sueca, a estadia de António Vieira em Roma está ligada à amizade e admiração intelectual surgida entre este e a rainha sueca Kristina, então a residir em Roma. (Nasceu em Estocolmo, em 1626, morreu em Roma em 1689; foi rainha da Suécia de 1632 até à sua abdicação em 1654, e à sua conversão ao catolicismo; exilada em Roma, a cidade papal, tornou-se mecenas de artistas e escritores.)
Figura muito controversa no norte europeu por ter abandonado a religião Luterana do Reino, abdicado do trono, convertido ao Catolicismo,e fixado ostentosa residência em Roma. Muito próxima do Papa Alexandre VII, Cardeais e Aristocracia romana, Kristina passou a ter um muito importante papel na vida cultural, política e social, num período de mais de três décadas.
A restauração da grandeza nacional, com a esperança do “sebastianismo “ e de um “Quinto Império", passa a adquirir na obra de Vieira um…..lugar e tempo!
Uma tradição filosófica e literária que a partir daí tem vindo a adquirir as mais diversas formas, não menos as surgidas na obra de Fernando Pessoa.
Sobre o “Quinto Império “ é interessante o comentário de Eduardo Lourenço, quando afirma terem sido as prédicas de António Vieira durante o período Barroco o verdadeiro, e único,
“Quinto Império”de Portugal.
Numa perspectiva sueca, a estadia de António Vieira em Roma está ligada à amizade e admiração intelectual surgida entre este e a rainha sueca Kristina, então a residir em Roma. (Nasceu em Estocolmo, em 1626, morreu em Roma em 1689; foi rainha da Suécia de 1632 até à sua abdicação em 1654, e à sua conversão ao catolicismo; exilada em Roma, a cidade papal, tornou-se mecenas de artistas e escritores.)
Figura muito controversa no norte europeu por ter abandonado a religião Luterana do Reino, abdicado do trono, convertido ao Catolicismo,e fixado ostentosa residência em Roma. Muito próxima do Papa Alexandre VII, Cardeais e Aristocracia romana, Kristina passou a ter um muito importante papel na vida cultural, política e social, num período de mais de três décadas.
Nos seus contactos com António Vieira procurou que este se tornasse o seu confessor particular.
Este honroso convite foi ,de forma extremamente diplomática e elegante, recusado pelo mesmo, não interessado em ser arrastado para um ostentoso dia a dia, eivado de intrigas e conflitos palacianos, tanto entre os altos membros do Vaticano, aristocratas romanos, a somarem-se às ambições políticas europeias da Rainha.
Seria um cargo que o levaria a ter conhecimentos de tal modo “inconvenientes” que, a somarem-se à Santa Inquisição que o esperava em Lisboa, seriam…..demasiados!
A Rainha Kristina, que acabou por falecer em Roma, está sepultada (junto aos Papas!) na cripta da Basílica de São Pedro no Vaticano. (Creio ter sido a única mulher que, até hoje, recebeu tal honra).
Um abraço do J. Belo
Um abraço do J. Belo
José Belo, jurista, o nosso camarada luso-sueco, cidadão do mundo, membro da Tabanca Grande, (i) tem repartido a sua vida agora entre a Lapónia (sueca), Estocolmo e os EUA (Key West, Florida; (ii) foi nomeado por nós régulo (vitalício) da Tabanca da Lapónia, recusando-se a jubilar-se do cargo: afinal todos os anos pela primavera, corre o boato de que a Tabanca da Lapónia morre para logo a seguir ressuscitar, como a Fénix Renascida; (iii) na outra vida, foi alf mil inf, CCAÇ 2391, "Os Maiorais", Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70); (iv) é cap inf ref (mas poderia e deveria ser coronel) do exército português; (v) durante anos alimentou, no nosso blogue, a série "Da Suécia com Saudade"; (vi) tem 225 referências no nosso blogue.
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Nota do editor:
Último poste da série > 15 de julho de 2022 > Guiné 61/74 - P23432: Notas de leitura (1464): “A primeira coluna de Napainor”, por António S. Viana; Editorial Caminho, 1994 (2) (Mário Beja Santos)
Último poste da série > 15 de julho de 2022 > Guiné 61/74 - P23432: Notas de leitura (1464): “A primeira coluna de Napainor”, por António S. Viana; Editorial Caminho, 1994 (2) (Mário Beja Santos)