Blogue coletivo, criado e editado por Luís Graça, com o objetivo de ajudar os antigos combatentes a reconstituir o puzzle da memória da guerra da Guiné (1961/74). Iniciado em 23 Abr 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência desta guerra. Como camaradas que fomos, tratamo-nos por tu, e gostamos de dizer: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande. Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
Capa do livro do António Lobato, "Liberdade ou evasão: o mais longo cativeiro da guerra" (5ª edição, DG Edições, Linda-A-Velha, 2014, 276 p.).
Capa da Revista do Expresso, de 29 de Novembro de 1997 (pormenor). Uma notável reportagem do jornalista José Manuel Saraiva , que conseguiu juntar em Lisboa 16 dos 25 militares portugueses, presos em Conacri, às ordens do PAIGC, e libertados na sequência da Op Mar Verde, em 22 de Novembro de 1970. Trata-se, sem dúvida, de um documento para a história.
Imagem: Digitalização feita por Henrique Matos, da capa da revista, a partir de um exemplar, pessoal, que ele comprou e guardou no seu arquivo. Foi através desta já famosa capa que ele localizou o seu antigo fur mil Jão Neto Vaz, do Pel Caç Nat 52.
Neste grupo de dezasseis, está também o António Lobato (que nos parece ser o último da segunda fila, à esuerda, de cabelo branco).
1. Morreu no passado dia 8,no hospital onde estava internado. o nosso camarada da FAP, António Lourenço de Sousa Lobato: ia fazer 86 anos, amanhã, dia 11. Foi hoje inumado no cemitério de Rio de Mouro.
 família, aos amigos e aos camaradas da FAP manifestamos aqui a solidariedade na dor por parte dos editores, colaboradores e demais mais membros da Tabanca Grande (*)
O nosso camarada nasceu em Sante, freguesia de Paderne, concelho de Melgaço. Era major piloto-aviador, na situação de reforma... Tem 17 referências no nosso blogue.
De 22 de maio de 1963 a 22 de novembro de 1970 foi prisioneiro do PAIGC. Seguramente o mais célebre, o mais inconformado e o mais resistente dos militares portugueses que passaram pelos cárceres do PAIGC na Guiné-Conacri. Foi libertado na sequència da Op Mar Verde. A sua história é publicamente conhecida.
Escreveu um notável livro de memórias do seu longo cativeiro, um grande documento humano, que já tem várias várias edições e pelo menos em duas versões (1995 e 2015) , "Liberdade ou Evasão", e de que temos vários notas de leitura publicadas no blogue.(*).
Guiné-Bissau > Bissau > Hotel Palace > 7 dde Março de 2008 > Último dia do Simpósio Internacional de Guileje (1-7 de Março de 2008) > Mensagem do Joseph Turpin, um histórico do PAIGC, para o nosso camarada da FAP, hoje major piloto reformado, António Lobato, que esteve prisioneiro em Conacri, sete anos, de 1963 a 1970.
2. Reproduz-se de novo o depoimento gravado por Luís Graça, em Bissau, no Hotel no dia 7 de Março, por voltas 13h11, no último dia do encerramento do Simpósio Internacional de Guileje (1-7 de Março de 2008) (**)
As condições de luz eram más e a máquina era uma digital, de fotografia e não de vídeo. Joseph Turpin era um dos históricos do PAIGC, juntamente com Carmen Pereira e Carlos Correia, que estiveram presentes no Simpósio. Pediu-nos para mandar uma mensagem para o António Lobato, o antigo sargento piloto aviador portuguesa, aprisionado pelo PAIGC na sequência da queda, por acidente, do seu T 6 em 22 de maio de 1963, na Ilha do Como.
Levado para a Guiné-Conacri, permanecerá sete longos e penosos anos de cativeiro, com várias tentativas, frustradas, de evasão. Eis uma alguns excertos da mensagem do Joseph Turpin,
"Ó Lobato, depois da tempestade, depois de tantos anos, não sei se te vais lembrar de mim..." - são as primeiras palavras deste representant do PAIGC, na altura a viver em Conacri, sendo então membro do Conselho Superior da Luta.
Neste curto vídeo, o Turpin recorda os momentos em que, por diversas vezes, visitou o nosso camarada na prisão. Não esconde que foram momentos difíceis, para ambos, mas ao mesmo tempo emocionantes: dois inimigos que revelaram o melhor da nossa humanidade...
Joseph Turpin agradece ao Lobato as palavras de apreço com ele se referiu à sua pessoa, ao evocar em entrevista à rádio, a sua experiência de cativeiro. Agradece o exemplar do livro que o Lobato lhe mandou e que ele leu, com interesse. Diz que ficou sensibilizado com as palavras e o gesto do Lobato.
"Mas tudo isso hoje faz parte da história...Seria bom que viesses a Bissau" - são as últimas palavras, deste homem afável, dirigidas ao teu antigo prisioneiro português que ele trata por camarada...
O Joseph Turpin insistiu comigo para entregar pessoalmente ao António Lobato esta mensagem. Nunca tive nenhum contacto pessoal com o António Lobato, que só vi uma vez, por ocasião da estreia do filme-documentário As Duas Faces da Guerra, de Diana Andringa e Flora Gomes, e em que ele é dos participantes.
Para o António Lobato na alt7ura, em 2008, deixámos registada, em nome pessoal, dos demais editores, bem como de toda a nossa Tabanca Grande, "uma palavra de respeito, camaradagem, solidariedade e apreço". ~~
Presumimos que sim, mas nunca saberemos ao certo se esta menagem chegou ao seu destinatário. Quatro anos depois o único "feedback" que tivemos foi o da filha de Joseph Turpin (***)
Música Klezmer na casa de Clara Schwarz da Silva em São Martinho do Porto, por João Graça (violino). 7 de agosto de 2007. A mãe da Clara era russa, de Odessa, hoje Ucrânia. A Clara também formação musical superior, tocava violino. O João tocou o "Bulgar de Odessa", um tema "klezmer" clássico que a emocionou...(Tinha então 92 anos, morreria em 2016, com 101.) (LG)
I. Este e outros são alguns dos recursos, em suporte audiovisual, que estão disponíveis no fabuloso blogue do nosso amigo João Schwarz da Silva (*), irmão do nosso Pepito (Bissau, 1949-Lisboa, 2012), filho de Clara Schwarz (Lisboa, 1915 - Oeiras, 2017) e de Artur Augusto Silva (Ilha Brava, 1912- Bissau, 1983.
A sua antiga página sobre histórias de vida de gente "interessante" (seus familiares, uns mais próximos, outros mais afastados) passou a ter um novo endereço:
Eis, a seguir, mais alguns vídeos (em geral, em português, alguns em francês), que podem interessar os nossos leitores. Recorde-se que, em vida do Pepito e da Clara Schwarz, havia um dia de agosto em que a casa do Facho, na Praia de São Martinho do Porto, se transformava em Tabanca de São Marinho do Porto...
Alguns de nós tivemos o privilégio de conhecer um pouco melhor o Pepito e a sua família, na inbtimidade, a começar pela matriarca, a dra. Clara Schwarz da Silva (durante vários anos, até à sua morte, aos 101 anos, em 2016, foi a "decana da Tabanca Grande").
Estamoa falar da famosa "casa do Cruzeiro", em São Martinho do Porto, no sítio do Facho, uma casa que o pai da Clara (e avô do Pepito), o engenheiro de minas Samuel Schwarz (1880-1953), judeu de origem polaca, lhe comprara quando ainda solteira, antes da II Guerra Mundial...
Por seu turno, o pai do Pepito, Artur Augusto Silva (1912-1983) tinha sido advogado em Alcobaça e em Porto de Mós no pós-guerra. O casal viveu em Alcobaça entre 1945 e 1949, antes de partir para a Guiné (ele, em finais de 1948 e o resto da família em 1949). Foram amigos pessoais e visitas de casa do pintor Luciano Santos (Setúbal, 1911-Lisboa, 2006), que vivia então em Alcobaça. (**)
________________
Apresentação do livro “La Découverte des Marranes”, Musée d’Art et d'Histoire du Judaïsme de Paris, 18 de fevereiro de 2016 (em francês)
Entrevista de Clara Schwarz, José Melo e Antonieta Garcia sobre a vida e obra de Samuel Schwarz. Filme realizado pela Comunidade Israelita de Lisboa em 2004
Editado em DVD pelo jornal Público e pela Midas Filmes
Sinopse:
(...) "Natal 71 é o nome de um disco oferecido aos militares em guerra no Ultramar português nesse mesmo ano.
Cancioneiro do Niassa é o nome que foi dado a uma cassete áudio, gravada clandestinamente por militares ao longo dos anos de guerra, em Moçambique.
Era o tempo em que Portugal era um grande império colonial pelo menos era o que eu lia nos livros da escola - e para que assim continuasse, o meu pai e grande parte da sua geração combateu nessa guerra, que durou treze anos.
Hoje transportamos, em silêncio, essas memórias. Olho para trás e tento ver.
Em casa do meu pai encontrei algumas fotografias, a cassete e o disco.
A cassete é uma voz de revolta, o disco é uma peça de propaganda nacionalista. São memórias de uma ditadura fascista. Memórias de um país fechado do resto do mundo, pobre e ignorante, adormecido por uma propaganda melosa e primária que nos tentava esconder todos os conflitos, e que nos impedia de pensar e de reconhecer a natureza repressiva do regime em que vivíamos. (...)
Fotograma nº 1 > Bissau > Praça Heróis da Pátria (antiga Praça do Império) (é cruzada na vertical pela Av. Amílcar Cabral e na horizontal pela Av. Francisco Mendes)
Fotograma nº 2 > Bissau > Av. Amílcar Cabral (antiga Av. da República)... Ao fundo, o palácio presidencial (há uns anos reconstruído pelos chineses)... Do lado direito, a catedral de Bissau, do tempo colonial.
Fotograma nº 3 > Bissau > Forte da Amura (fortificação do séc. XVIII, hoje Panteão Nacional onde repousam os restos mortais de alguns heróis da liberdade da Pátria, como o Amílcar Cabral, o Domingos Ramos, o Osvaldo Vieira, etc.) (Sobre a nova toponímia de Bissau, a partir de 1975, vd. poste P20340 (*)
Fotograma nº 4 > Bissau > Casa N'té, uma gelataria tradicional. Na foto o Paulo Cacela e a Tita Pipoka. A Casa N'té tem página no Facebook. Fica na Rua de Angola, frente à RTP.
Fotograma nº 5 > Bissau > O novo Mercado Central de Bissau, recém construído no mesmo sítio do velho mercado do tempo colonial, em plena Bissau Velha, perto da Amura. Foi inaugurado em 26/12/2023, é um edifício de três pisos contando com 360 lugares para venda e com capacidade para albergar 480 comerciantes. Na foto o Paulo Cacela comendo uma saborosa manga com casca.
Fotograma nº 6 >Bissau > Mais um artéria da cidade, em obras
Fotograma nº 7 > Bissau > o novo Mercado Central de Bissau: entrada. O antigo mercado construido na época colonial, ficou fechado durante 16 anos devido aos bombardeamentos de que foi alvo durante a guerra de 7 de Junho 1998, tendo sido reabilitado um ano depois, mas, em 2006, um incêndio voltou a destruí-lo por completo. Os feirantes acabaram por montar o seu negócio ao longo das ruas adjacentes (Fonte: FAAPA, 27 dez 2022).
Guiné - Bissau > Bissau > 2023 > O "novo" rosto da cidade... Fotogramas do vídeo de Paulo Cacela na sua canal no You Tube, reproduzidos aqui e editados por nós, com a devida vénia>
1. O vídeo tem pelo menos três meses, foi c0locado em 21/7/2023. O nosso já conhecido Paulo Cacela, "youtuber", português a viver em Cabo Verde, desde 2010 (**), faz um visita de carro pela "nova" Bissau Velho, sendo guiado por dois conhecias "influencers", a Tita Pipoka e a Liliana Correia. A época ainda é a da estação seca, a avaliar pela ausência de poças de água nas ruas. (Surpreendeu-me a frota automóvel de Bissau: há ali dinheiro a correr...)
O vídeo, colocado no You Tube, tem já mais de 32 mil visualizações.
Sinopse
(...) "Junta-te a nós para acompanhar as mudanças urbanas que estão acontecer na capital Bissau. Ninguem melhor que Tita Pipoka e Liliana Correia que dispensam qualquer tipo de apresentaçãoes na comunidade da lingua portuguesa, para nos mostrar um pouco sobre as ruas da capital, vamos perceber o que est+a a ser feito em prol da melhoria urbana. Podem seguir no Facebook: Tita Pipoka e Mrs Correia no Facebook e no Youtube onde iráo certamente encontrar excelentes videos sobre a Guine Bissau. (...)
Não se esqueçam também de dar o respectivo like e subscrever também".(,,,)
O Paulo Cacela é conduzido por ruas da "nova" Bissau Velha, umas já remodeladas e alcatroadas, outras ainda em obras (como é o caso da Av Amílcar Cabral, que vem da antiga Praça do Império ao porto do Pijiguiti).
Nesta avenida realizam-se as cerimónias da comemoração dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau (24 de setembro de 1973) (Vd foto abaixo, enviada há dias pelo nosso colaborador Patrício Ribeiro) (***).
2. O Paulo Cacela é já um nosso conhecido: jovem engenheiro civil português (formou-se em 2006, no ISEP - Instituto Superior de Engenharia do Porto), mudou-se para Cabo Verde em 2010.
Até 2019 trabalhou na área da construção civil. E formou lá família. Com a pandemia de Covida-19 , decidiu viajar e mostrar as ilhas do arquipélago de Cabo Verde (vencendo a fobia de viajar de avião). Tornou-se "youtuber", criador de vídeos.
Mais recentemente, em meados de 2023, esteve na Guiné-Bissau, país de que se tornou rapidamente um apaixonado, Os seus vídeos (sobre Bissau, Bubaque, Bafatá, Bambadinca, Saltinho...) merecem ser vistos,
Como forma de o ajudar a tornar este projeto sustentável, sugerimos que subscrevam o seu canal. Tem já cerca de 23 mil subscritores, cerca de 190 vídeos de viagens. O número de visualizações atinge já os 3,5 milhões. Aderiu ao You Tube em 2013 (@PauloCacela). Tem também página no Instagram e no Facebook (aqui com 13 mil seguidores).
Há dias divulgámos um dos seus recentes vídeos, justamente sobre Bambadinca, a que ele chamou "a maior tabanca da Guiné-Bissau" (**).
Os fotogramas que reproduzimos, retirados do vídeo (com a devida vénia...) remetem-nos para lugares que pertencem às nossas geografias emocionais (****)
Guiné-Bissau > Bissau > Av Amílcar Cabral > 12 de novembro de 2023 > A tribuna VIP que irá receber as entidades oficiais (incluindo representantes do Estado Português), presesntes nas próximas celebrações dos 50 anos da independència do país (que se realizam hoje, 16 de novembro de 2023, com a presença. entre outros do nosso presidente da República e o nosso primeiro ministro). Por detrás da tribuna, o nosso velho conhecido cinema UDIB, ainda da época colonial.
1. Duas belas recordações de Bafatá, relativas à presença histórica portugesa:
(i) de um lado a fonte pública construída em 1918, ao tempo da I República, no sítio da "Mãe de Água" ou "Sintra de Bafatá" (mais conhecido por "Boma", pelos guineenses da geração do Cherno Baldé, que estudou no liceu de Bafatá, a seguir à independência);
(ii) do outro, a mesquita, inaugurada em abril de 1968, aquando da isita, à "princesa do Geba", do governador geral da Guiné, gen Arnaldo Schulz.
As duas fotos forma tiradas pelo Amílcar Ventura (ou pertencem ao seu álbum).
Comentários e legendas:
Foto nº 1: "22 Agosto de 74, no regresso a Bissau da minha Companhia que estava em Bajocunda, com passagem por Bafatá. Foto tirada no Fontanário de Bafatá. São os Furriéis da Companhia."
Foto nº 2: "No mesmo dia, mesquita de Bafatá" (percebe-se pelas poças de água, que estamos na época das chuvas)
O Amílcar Ventura foi fur mil mec auto, 1ª CCAV / BCAV 8323 (Pirada, Bajocunda, Copá, 1973/74); é natural de (e residente em) Silves; membro da nossa Tabanca Grande desde 9 de maio de 2009; publicou as fotos acima na nossa na página do Facebook da Tabanca Grande Luís Graça, no passado dia 30 de 0utubro de 2023.
2. Sobre a mesquita de Bafatá, sugerimos o visionamento da reportagem da RTP sobre a visita do Governador Geral, gen Arnaldo Schulz, a Bafatá, num dos seus últimos atos públicos (abril de 1968). Apesar do vídeo não ter som, as suas imagens falam por si. Leia-se primeiro o resumo analítico disponível aqui, em RTP Arquivos. O vídeo tem a duração de 05' 34''. E passou no noticiário nacional da RTP de abril de 1968.
Aeródromo: esposa do Governador Geral cumprimenta individualidade militar, multidão nativa caminha na pista, guarda de honra da Mocidade Portuguesa, Arnaldo Schultz caminha no recinto;
caravana automóvel na estrada e a entrar em Bafatá;
esposa do Governador Geral descerra lápide do Bairro Social Arnaldo Schultz, a construir; placa; Arnaldo Schultz, individualidades e populares assistem;
missa na igreja paroquial: Arnaldo Schultz dirige-se para o edifício e assiste à celebração, fiéis, crianças nativas e esposa do Governador assistem, celebração;
inauguração de instalação industrial: bênção, Arnaldo Schultz acciona manivela; comitiva na estrada.
(Resumo analítico: Revisão / fixação de texto / negritos: LG)
Até 2019 trabalhou na área da construçáo civil. E formou lá família. Com a pandemia de Covida-19 , decidiu viajar e mostrar as ilhas do arquipélapo de Cabo Verde (vencendo a fobia de viajar de avião). Tornou-se "youtuber", criador de vídeos.
Mais recentemente, em meados de 2023, esteve na Guiné-Bissau, país de que se tornou rapidamente um apaixonado, Os seus vídeos (sobre Bissau, Bubaque, Bafatá, Bambadinca, Saltinho...) merecem ser vistos,
C0mo forma de o ajudar a tornar este projeto sustentável, sugerimos que subscrevam o seu canal. Tem já cerca de 23 mil subscritores, cerca de 190 vídeos de viagens. O número de visualizações atinge já os 3,5 milhões. Aderiu ao You Tube em 2013 (@PauloCacela). Tem também página no Instagram e no Facebook (aqui com 13 mil seguidores).
Há dias divulgámos um dos seus recentes vídeos, justamente sobre Bambadinca, a que ele chamou "a maior tabanca da Guiné-Bissau" (*).
Hoje tomamos a liberdade de reproduzir, com a devida vénia, alguns dos seus fotogramas, com destaque para a parte do vídeo em que visitou os Nhabijóes e a "máe-de-água" de Bambadinca.
A nossa legendagem complementar também pretende ajudar a perceber melhor o conteúdo do vídeo de cerca de uma hora, e o seu contexto. Para quem, como nós conheceu Bambadinca e os seus arredores, no tempo da guerra (incluindo Nhabijões, "de má memória", já que caímos lá em duas minas anticarro, em 13 de janeiro de 1971, na altura em que se estava a construir o respetivo reordenamento), este "regresso" é sempre emocionante... São lugares que pertencem às nossas geografias emocionais (**)
2. Transcreve-se o nosso comentário (*), agora enriquecido com os oito fotogramas do Paulo Cacela, reproduzimos acima (com a devida vénia) (trata-se de capturas de écrã):
Aconselha-se a ver o vídeo com legendas. O vídeo começa em Bafatá, onde o Paulo Cacela apanha uma carrinha de transporte público (tipo "toca-toca") para Bambadinba (ele diz "Babadinca", como toda a gente).
O alcatrão do tempo da tropa, na estrada Bafatá-Bambadinca, já desapareceu, em muitos troços... Parece haver bastante trânsito de camiões (de e para o leste, Gabu). Há paisagens que nos vêm, de imediato à memória (fot0 nº 1), das muitas viagens que fizemos entre junho de 1969 e março de 1971, ao temp0 em que estivemos em Contuboel (oito semanas) e depois em Bambadinca (21 meses).
Na altura, o único troço de estrada alcatroada na zona leste (Regiões de Bafatá e de Gabu) eram justamente os 30 km entre Bambadinca ("a cova do lagarto") e Bafatá ("a princesa do Geba").
Faz depois uma visita a Bambadinca, que o surpreendeu pela seu "mercado" e "formigueiro humano" (a expressão é nossa, o Paulo fala em "grande confusão", de gentes e viaturas) (Bambadinca tornou-.se a maior tabanca da Guiné, cresceu imenso depois da independência, 15 ou 20 vezes mais, hoje deve ter c. de 35 mil habitantes), e muito também graças à "eletrificação" operada em 2013/2014, com a instalação de um sistema fotovoltaico.
Na visita ele faz-se transportar de motorizada, conduzida por um futuro jovem professor, Sandji, que está ligado a uma ONG que apoia uma escola local e os direitos das mulheres (não conseguimos saber o nome dessa ONG)...
Depois o Paulo quer "conhecer uma tabanca", e o Sandji leva-o a Nhabijões ou Nha Bidjon (o grande reordenamento do nosso tempo, com cerca de 300 casas, está bastante modificado, e há novas moranças) (fotos nºs 2, 3, 4 e 5).
Balantas e muçulmanos (mandingas e outros) estão separados, enquanto comunidades... Na foto nº 2, vè-se uma mesquista (que pendsamos ser do tempo da construção do reordenamento), e na º 3, uma escola corânica ou muçulmana ("madraça"),,, (A maior parte da população é balanta, mas havia um núcleo mandinga. que professa a religião muçulmana).
Podem-se ver aqui algumas das mais belas paisagens da Guiné: a grande bolanha de Nhabijões ("Nabedjon"), o cultivo do arroz, as mulheres a mondar, o duro trabalho braçal dos jovens, munidos do "radi", a enxada balanta, etc. (Fotos nºs 4 e 5).
A seguir o Paulo, sempre conduzido pelo Sandji, vai conhecer a instalação fotovoltaica que desde 2013/14 pôs Bambadinca no mapa. "Bafatá ficou parado no tempo", diz o jovem encarregado de gerir o sistema (que está com problemas de eficiència por falta de manutenção: as baterias atingiram o seu prazo de validade, já não funcionam, à noite e em dias sem sol tem se recorrer ao gerador e ao gasóleo...).
Mas em Bambadinca há luz, só há outra comunidade na Guiné (não se diz qual. ,mas julgamos ser Contuboel) que beneficia de luz eléctrica durante todo o dia e à noite até à meia noite.
O vídeo, de quase uma hora, termina na "mãe de água" que alimenta Bambadinca (pelo menos, a antiga zona colonial) e cuja localização exata ainda não descobrimos, numa primeira visualização rápida do vídeo... (E não temos ideia de a ter visitado, em 1969/71; a possível referència ao BART 3873, gravada no cimento, aparece ao minuto 53, já quase para o fim do vídeo). (Fotos nºs 7 e 8).
A paisagem (onde se localiza esta captação de água, do tempo colonial) é luxuriante. O "poço " ou "mina" está muma cota mais elevada (cerca de 50 metros, diz o Paulo, que é engenheiro). A água chega à antiga "baixa" de Bambadinca", a tabanca do nosso tempo, junto ao rio, por gravidade...
Reconhecemos, isso, sim, o fontenário de Bambadinca, de 1948 (do tempo do grande governador Morais Sarmento) , agora pintado de branco e azul (foto nº 8), que aparece no fim, e que continua a dar água aos bambadinquenses, desde há 75 anos! (vd. poste P10806).
1. Mensagem do nosso leitor Mário Conceição com data de 21 de Outubro de 2023, enviada através do Formulário de Contacto do Blogger:
Viva!
O Youtuber Paulo Cacela (https://www.youtube.com/@PauloCacela), um Eng Civil Português que reside em Cabo Verde, está a atualmente a fazer uma série de vídeos na Guiné.
Há dias esteve em Bambadinca e os habitantes foram mostrar-lhe uma nascente que abastece a Tabanca Grande(*), onde se encontra a inscrição "3873 TIRES".
Resolvi pesquisar e foi então que encontrei o vosso Blog. Acredito que alguns camaradas que lá estiveram irão gostar das imagens que o Paulo nos mostra.
O vídeo onde mostra a inscrição (por volta do minuto 47) pode ser visto aqui:
Paulo Cacela@PauloCacela | 22,8 mil subscritores | 186 vídeos
(Reproduzido aqui com a devida vénia...)
____________
Nota dos editores (CV/LG):
(*) - Tabanca Grande de Bambadinca.
Aconselha-se a ver o vídeo com legendas. O vídeo começa em Bafatá, onde o Paulo Cacela apanha uma carrinha de transporte público (tipo "toca-toca") para Bambadinba (ele diz "Babadinca", como toda a gente).
O alcatrão do tempo da tropa, na estrada Bafatá-Bambadinca, já desapareceu, em muitos troços... Parece haver bastante trânsito de camiões (de e para o leste, Gabu).
Faz depois uma visita a Bambadinca, que o surpreendeu pela seu "mercado" e "formigueiro humano" (a expressão é nossa, o Paulo fala em "confusão total") (Bambadinca tornou-.se a maior tabanca da Guiné, cresceu imenso depois da independência, 15 ou 20 vezes mais, hoje deve ter c. de 35 mil habitantes).
Na visita ele faz-se transportar de motorizada, conduzida por um futuro jovem professor, Sandji, que está ligado a uma ONG que apoia uma escola local e os direitos das mulheres (não conseguimos saber o nome dessa ONG)...
Depois o Paulo quer "conhecer uma tabanca", e o Sandji leva-o a Nhabijões (o grande reordenamento do nosso tempo, com cerca de 300 casas, está bastante modificado, e há novas moranças)... Balantas e muçulmanos (mandingas e outros) estão separados, enquanto comunidades... Podem-se ver aqui algumas das mais belas paisagens da Guiné: a grande bolanha de Nanhabijões ("Nabejon"), o cultivo do arroz, as mulheres a mondar, o duro trabalho braçal dos jovens, munidos do "radi", a enxada balanta, etc.
A seguir o Paulo, sempre conduzido pelo Sandji, vai conhecer a instalação fotovoltaica que desde 2013/14 pôs Bambadinca no mapa. "Bafatá ficou parado no tempo", diz o jovem encarregado de gerir o sistema (que está com problemas de eficiència por falta de manutenção). Mas em Bambadinca há luz, só há outra comnunidade na Guiné (não se diz qual) que beneficia de luz eléctrica durante todo o dia e à noite até à meia noite.
O vídeo, de quase uma hora, termina na "mãe de água" que alimenta Bambadinca (pelo menos, a antiga zona colonial) e cuja localização exata ainda não descobrimos, numa primeira visualização rápida do vídeo... (E não temos ideia de a ter visitado, em 1969/71; a possível referència ao BART 3873, gravada no cimento, aparece ao minuto 53, já quase para o fim do vídeo).
A paisagem (onde se localiza esta captação de água, do tempo colonial) é luxuriante. O "poço " ou "mina" está muma cota mais elevada (cerca de 50 metros, diz o Paulo, que é engenheiro). A água chega à antiga "baixa" de Bambadinca", a tabanca do nosso tempo, junto ao rio, por gravidade... Reconhecemos, isso, sim, o fontenário de Bambadinca, de 1948 (do tempo do grande governador Morais Sarmento) , agora pintado de branco e azul, que aparece no fim, e que continua a dar água aos bambadinquenses (vd. poste P10806).
Marco de Canaveses > Paredes de Viadores > Candoz > Quinta de Candoz > 2012 > O forno a lenha onde se faz(ia) o milagre do pão... Agora só se acende para fazer "o anho assado com arroz de forno" em dias de festa,,,
Vila Nova de Famalicão > c. meados dos anos de 1950 > A família Costa: foto nº 1A, da esquerda para a direita na fila de trás: José (pai) e Gracinda (Mãe), e a irmã Maria; na fila da frente o João (o Don Juan da família), a Noémia e o Joaquim, o mais novo.
Na foto nº 1B, da esquerda para a direita, os irmãos Avelino, Manuel (que esteve na Guiné) e Eduardo (o columbófilo)
(i) ex-fur mil at Armas Pesadas Inf, CCAV 8351 (Cumbijã, 1972/74);
(ii) membro da Tabanca Grande desde 30/1/2021, tem cerca de 7 dezenas de referências no blogue;
(iii) autor da série "Paz & Guerra: memórias de um Tigre do Cumbijã (Joaquim Costa, ex-mil arm pes inf, CCAV 8351, 1972/74)" (de que se publicaram 28 postes, desde 3/2/2021 a 28/7/2022), e que depois publicou em livro ("Memórias de um Tigre Azul - O Furriel Pequenina", por Joaquim Costa; Lugar da Palavra Editora, 2021, 180 pp);
(iv) tirou o curso de engenheiro técnico, no ISEP - Instituto Superior de Engenharia do Porto;
(v) foi professor do ensino secundário;
(vi) minhoto, de Vila Nova de Fmalicão, vive em Fânzeres, Gondomar.
Data - segunda, 2/10/2023, 11:38
Assunto - O Pão que Deus Amassou.
Olám Luís,
Espero que tudo esteja bem contigo.
As histórias da nossa meninice estão a despertar a curiosidade dos nossos “tabanqueiros”! (*)
Deixo ao teu critério a oportunidade e interesse na publicação de mais este minha vivência no verde Minho.
Um abraço, Joaquim
O PÃO QUE DEUS AMASSOU
por Joaquim Costa
“É o Senhor que faz crescer o pasto para o gado, e as plantas que o homem cultiva, para da terra tirar o alimento: o vinho, que alegra o coração do homem; o azeite, que lhe faz brilhar o rosto, e o pão, que sustenta o seu vigor.”
A Sexta Feira era o dia mais esperado. Dia de cozer uma fornada de pão para oito dias. Para além de ser o único dia da semana em que se comia pão fresco, era o dia em que eu começava a salivar logo pela manhãzinha pois não via chegar o momento de saborear a minha pequena malga de sopas de vinho tinto (sopas de cavalo cansado).
Ao contrária dos nosso netos, que julgam que tudo o que aparece nas superfícies comerciais é feito nas fábricas, no meu tempo, quando comia um “naco” de pão de milho sabia, melhor do que ninguém, como se chegou e este momento tão extraordinário de saborear esta dádiva da natureza.
A casa era rodeada por campos onde se cultivava, alternadamente, milho e centeio. Eu, da janela do meu quarto, acompanhava todo o ciclo, rendido à força e sabedoria do homem e aos milagres da natureza:
era acordado pela alva com o som da charrua puxada por uma junta de bois lavrando a terra;
acompanhava extasiado a sementeira manual com gestos precisos e elegantes;
abria a janela todos os dias pela manhãzinha para ver o que a natureza tinha feito, durante a noite, à sementeira (às vezes, de madrugada, sorrateiramente abria a janela tentando surpreender a natureza vendo a semente romper a terra; como nunca vi ainda hoje penso que é um milagre);
assistia à rega do milho abrindo e tapando carreiros, com a ajuda de uma enxada, onde passava um pequeno regato de água (contam-se histórias de morte, neste Minho de gente calma e serena, por causa desta água quando retida por vizinhos);
caminhava por entre o milho, cortando uma espiga, ainda verde, para assar na lareira da cozinha;
fumava (às escondidas) os primeiros “cigarros” com as barbas de milho já secas enroladas em papel;
participava na apanha do milho, fazendo o trajeto para a eira em cima dos carros de bois com uma alegria espelhada no rosto que hoje até dói só de pensar;
participava nas magníficas, e tão esperadas, desfolhadas, com muitas cantorias acompanhadas pelas tradicionais concertinas e gaitas de beiços (a que chamávamos harmónica), com muito vinho e presunto; i clímax destes momentos era quando alguém desfolhava um milho-rei, com os rapazes em êxtase dando beijos às cachopas solteiras;
assistia à malha do milho com gestos precisos, coordenados e elegantes dos malhadores;
acompanhava o moleiro carregando os sacos de milho do lavrador até ao moinho de água, construído num ribeiro afluente do Ave e acompanhava-o no regresso já com a cara e a roupa toda enfarinhada;
ajudava a levar o moleiro em braços até à sua carroça, puxada por um elegante e inteligente cavalo, depois de adormecer, na taberna, bem bebido, e dar uma pancada certa no cavalo que o levava direitinho até casa, escolhendo o melhor caminho para não acordar o patrão.
Ainda hoje me comove ao ver na casa que foi dos meus pais, uma réplica de um jugo, feito por mim na aula de trabalhos manuais, que sempre me transporta para esses dias de grande felicidade. Como eram lindos os jugos, particularmente os utilizados nos dias de festa ou de feira.
Depois de todas estas tarefas do homem e do milagre da natureza, tudo ficava nas mãos da minha mãe:
amassar a farinha numa masseira de madeira, fazendo uma reza e benzendo várias vezes a massa já devidamente posta em sossego, depois de uma valente coça;
aquecer o forno com caruma (pruma) e carqueja apanhada nas bouças vizinhas (altura em que as matas estavam sempre limpas);
meter toda a fornada no forno já quente e limpo, utilizando uma gamela de madeira para dar forma à broa;
fechar o forno, tapar todas as frinchas com um material, que me escuso de desvendar evitando ferir a sensibilidade de leitores mais suscetíveis (sim!, é a bosta, com a sua licença, dos bois!), e mais uma reza e umas benzeduras.
Depois, o milagre acontece... com o pão, que “Deus” amassou... na malga embebido em vinho tinto: partia-se com a mão a broa quentinha e estaladiça, acabada de sair do forno, para uma malga onde se embebia em vinho verde tinto, ficava em sossego durante umas horas e ao fim da tarde era um regalo ver todos os meus irmãos a “lambuzarem-se” com tão extraordinária iguaria.
Eu não ficava de fora e tinha direito a uma pequena tigela, onde deitava um pouco de açúcar. Não estava autorizado a beber vinho mas estava autorizado, uma vez por semana, a comê-lo (gostava mesmo daquilo).
Crentes e não crentes, acreditem: Todas as sextas feiras havia “milagre”.
“Amen"
Joaquim Costa
Lourinhã > Ribamar > Valmitão > 18 de Julho de 2009 > Dia de acender o forno a lenha, amassar a farinha, enfornar e cozer o pão de trigo... o delicioso pão de trigo da nossa infância. Ainda hoje há famílias que cozem o seu próprio pão, na região do oeste estremenho, como esta, a família do Ramiro Caruço e a Rosa, meus primos da grande família Maçarico, da vila de Ribamar... Voz off de Luís Graça, Alice Carneiro, Ramiro Carruço e uma neta do casal. A Rosa e eu temos antepassados comuns, conhecidos desde pelo menos meados do séc. XVIII.
Coimbra > Claustros do antigo Colégio da Graça, hoje sede no núcleo local da Liga dos Combatentes, na Rua Sofia, 136 > 27 de maio de 2023 : 50.º convívio de confraternização da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1971/74) (a chamada 2ª e 3ª geração de graduados e especialistas, de origem metropolitana) > Um grupo de "coralistas": da esquerda para a direita, José Sobral, Jorge Lalalande, Manuel Lino e e António Duarte... Os dois camaradas da ponta direita, na primeira e segunda fila, não lhes fixei o nome
Coimbra > Claustros do antigo Colégio da Graça, hoje sede no núcleo local da Liga dos Combatentes, na Rua Sofia, 136 > 27 de maio de 2023 : 50.º convívio de confraternização da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1971/74) (a chamada 2ª e 3ª geração de graduados e especialistas, de origem metropolitana) > Outro grupo de "coralistas": da esquerda para a direita, o Florindo Gonçalves Costa, o Firmino Ribeiro, o António Santos e o António Bonito. (O António Santos é de Guimarães ou vive em Guimarães; o Costa veio de Lisboa; o Ribeiro vive no Porto; e o Bonito é de Montemor-O-Velho,)
Coimbra > Claustros do antigo Colégio da Graça, hoje sede no núcleo local da Liga dos Combatentes, na Rua Sofia, 136 > 27 de maio de 2023 : 50.º convívio de confraternização da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1971/74) (a chamada 2ª e 3ª geração de graduados e especialistas, de origem metropolitana) > Mais outro grupo de "coralistas": da esquerda para a direita, o Jaime Pereira, a Ermelinda Sobral, o José Sobral, o Jorge Lalande e o Ferreira
Coimbra > Claustros do antigo Colégio da Graça, hoje sede no núcleo local da Liga dos Combatentes, na Rua Sofia, 136 > 27 de maio de 2023 > 50.º convívio de confraternização da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1971/74) (a chamada 2ª e 3ª geração de graduados e especialistas, de origem metropolitana) > Um grupo de "coralistas", cantando uma paródia de uma canção tradicional, que a Amália Rodrigues imortalizou ("Tiro-Liro-Liro") ("Cá em cima está o tiro-liro-liro, / cá em baixo está o tiro-liro-ló / Juntaram-se os dois à esquina / A tocar a concertina, a dançar o solidó"), transformada em cantiga de escárnio e maldizer, em que os visados seriam o comando do BART 2917 (major art Anjos de Carvalho, conhecido como o "major negra", e o ten cor inf Polidoro Monteiro) que "infernalizou" a vida da CAÇ 12... Uma peça a juntar ao Cancioneiro de Bambadicna, ou melhor, ao Cancioneiro da Nossa Guerra... Julgo que a letra é do médico e coimbrão José Sobral
Coimbra, claustros do antigo Colégio da Graça, hoje sede no núcleo local da Liga dos Combatentes > 27 de maio de 2023 : 50.º convívio de confraternização da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1971/74) (a chamada 2ª e 3ª geração de graduados e especialistas, de origem metropolitana) > O ex-fur mil mecânico António Jorge Lalande e a dra, Odete Cardoso, esposa do Jaime Pereira, ex-alf mil at inf.
Coimbra, claustros do antigo Colégio da Graça, hoje sede no núcleo local da Liga dos Combatentes > 27 de maio de 2023 : 50.º convívio de confraternização da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1971/74) (a chamada 2ª e 3ª geração de graduados e especialistas, de origem metropolitana) > O ex-fur mil at inf António Bonito, que pertenceu à CART 3494 e ao Pel Caç Nat 52 (Xime e Mato Cão, 1971/74): é natural de Momntemor-O-Velho. É membro da nossa Tabanca Grande e tem 15 referèncias no nosso blogue.
Coimbra, claustros do antigo Colégio da Graça, hoje sede no núcleo local da Liga dos Combatentes > 27 de maio de 2023 : 50.º convívio de confraternização da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1971/74) > Os nossos "coralistas": de costas, o José Sobral, ex-alf mil at inf (1971/72), hoje médico estomatologista; natural de e residente em Coimbra, e organizador do encontro; ao centro, o ex-fur mil art, Manuel Lino (vive em Lisboa).
Coimbra > Claustros do antigo Colégio da Graça, hoje sede no núcleo local da Liga dos Combatentes, Rua Sofia, 136 > 27 de maio de 2023 > 50.º convívio de confraternização da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1971/74) > Um camarada de quem eu, infelizmente não fixei o nome: percebi que era natural de Cabeceiras de Basto, mas vivia cá mais para baixo, talvez Vila do Conde...
Coimbra > Claustros do antigo Colégio da Graça, hoje sede no núcleo local da Liga dos Combatentes, Rua Sofia, 136 > 27 de maio de 2023 > 50.º convívio de confraternização da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1971/74) > O Carlos Alberto M. Simões, ex-1º cabo cripto (1971/72), que foi substituir o "nosso" GG - Gabriel Gonçalves, "grande baladeiro", também conhecido pelo "Joselito de Portugal"... Chegou tarde a Bambadinca, em maio de 1971, para desespero do "Arcanjo Gabriel" que já estava completamente passado dos carretos... Vive em Telheiras, Lisboa, e trabalhou nos seguros, tal como o GG... Disse-me que nunca saiu do seu buraco, em Bambadinca... Mas talvez um louvor do comando do BART 2917...
Coimbra > Claustros do antigo Colégio da Graça, hoje sede no núcleo local da Liga dos Combatentes, Rua Sofia, 136 > 27 de maio de 2023 > 50.º convívio de confraternização da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1971/74) > O João M. Folgado, e a esposa... Ex-fur mil op especiais, foi o "periquito" do Humberto Reis... Ainda pus os dois em contacto, por telemóvel, na outra ponta de Coimbra, no restaurante "Saudade do Mondego" estava decorrer o encontro (**). O casal vive em Vila Nogueira de Azeitão, terra que também foi do Zeca Afonso.
Coimbra > Claustros do antigo Colégio da Graça, hoje sede no núcleo local da Liga dos Combatentes, Rua Sofia, 136 > 27 de maio de 2023 > 50.º convívio de confraternização da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1971/74) > O Firmino Ferreira, do Porto, e o António Santos (não fixei a terra onde vive)... Julgo que os dois eram furriéis milicianos.
Coimbra > Claustros do antigo Colégio da Graça, hoje sede no núcleo local da Liga dos Combatentes, Rua Sofia, 136 > 27 de maio de 2023 > 50.º convívio de confraternização da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1971/74) > O Jaime Pereira e o Ferreira, dois antigos alferes milicianos da CCAÇ 12, Bambadinca, 1971/72, vivendo o Ferrreira em Felgueiras, professor do ensino básico aposentado... O Jaime Pereira o comandnte do 4º Gr Comb, tendo rendido o António Rodrigues.
1. No passado sábado, 27 de maio, apanhei uma boleia do António Duarte (ex-fur mil, CART 3493 / BART 3873, Mansambo, 1971/72, e CCAÇ 12, Bambadinca e Xime, 1972/74), que teve a gentileza (e sobretudo um grande gesto de solidariedade e camaradagem, que eu registo com gratidão!) de passar pela Lourinhã, e levar-me, pela A8 e depois A1, até Coimbra, para participar no 50º almoço de confraternização do pessoal da CCAÇ 12 e demais subunidades que passaram por Bambadinca entre 1971 e 1974 (*).
Acompanhou-nos também o camarada Manuel Lino, meu vizinho (é da Merceana, Torres Vedras, e vive ao pé do estádio de Alvalade, Lisboa, nas costas da Escola Nacional de Saúde Pública, onde trabalhei quase 40 anso).
O Lino foi fur mil art, do 2º Pel Art (obus 10,5 cm) que estava no Xime (foi na prática o seu comandante durante a maior parte do tempo). Eram poucos mas bons, a avaliar pela alegria, a saudade, a boa disposição e a irreverência com que evocaram os tempos de Bambadinca (março de 1971/março de 1973) e do Xime (março de 1973/agosto de 1974).
Dos elementos que não pertenciam à CCaç 12, tive o grato de prazer de reencontrar e abraçar o António Bonito (Pel Caç Nat 52, 1972/74) ) e o Zé Luís Vacas de Carvalho (Pel Rec Daimler 2206, 1969/71). Tive de pena de não ter podido dar um salto ao restaurante "Saudade do Mondego" onde decorria o encontro dos "velhinhos" de Bambadinca (CCS/BCAÇ 2852, CCAÇ 2590/CCAÇ 12 e outras subunidades adidas) (**).
Voltaremos ainda a falar deste convívio (***). (LG)