Mostrar mensagens com a etiqueta Gen Lemos Pires. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Gen Lemos Pires. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Guiné 61/74 - P22426: Tabanca Grande (523): O cap art Otelo Saraiva de Carvalho, com quem trabalhei na Rep ACAP, QG/CCFAF, em 1971, ao tempo do major inf Ramalho Eanes e do ten cor inf Mário Lemos Pires (Ernestino Caniço)... Em sua memória,.é reserado o lugar nº 846, à sombra do nosso poilão


Foto 1 > Guiné > Bissau > Amura > QG / CC FAG > Rep ACAP (Assuntos Civis e Acção Piscológica) > 1971 > Uma foto histórica: o  Major Ramalho Eanes (Diretor da Secção de Radiodifusão e Imprensa). à ponta esquerda; o ten cor Lemos Pires (chefe da repartição), na ponta direita;  o alf m,il Ernestino Caniço está ao centro, na segunda fila.



Foto 1A > Guiné > Bissau > Amura > QG / CC FAG > Rep ACAP (Assuntos Civis e Acção Piscológica) > 1971 > Uma foto histórica: o  Major Ramalho Eanes, de óculos de sol  (Diretor da Secção de Radiodifusão e Imprensa). à ponta esquerda; o ten cor Lemos Pires (chefe da repartição), na ponta direita;  o alf mil Ernestino Caniço está ao centro, na segunda fila.



Foto 1B > Guiné > Bissau > Amura > QG / CC FAG > Rep ACAP (Assuntos Civis e Acção Piscológica) > 1971 > Uma foto histórica:   na segunda fila, o  então capitão de artilharia Otelo Saraiva de Carvalho, na ponta esquerda, na segunda fila; ao centro, o terceiro a contar da direita deve ser o então já ten cor Luz Almeida (, será comandante da Polícia Militar em 1973).


Foto 2 > Guiné > Bissau > Fortaleza da Amura > QG/CCFAG > 1971 > Rep ACAP (Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica)  > Departamento de Fotocine > Ao centro, o Cap Art Otelo Saraiva de Carvalho e à sua esquerda o Alf Mil Cav Ernestino Caniço, seu colaborador.


Fotos (e legendas): © Ernestino Caniço (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] 
-

1. Mensagem do nosso camarada Ernestino Caniço (ex-Alf Mil Cav, Comandante do Pel Rec Daimler 2208, Mansabá e Mansoa; Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, Bissau, Fev 1970/DEZ 1971, hoje médico, e que aos  77 anos teima em continuar ao serviço dos outros de acordo com o seu juramento hipocrático; vive em Tomar, estando reformado do SNS):


Date: sexta, 30/07/2021 à(s) 17:59
Subject: Otelo

Amigo Luís Graça:

Perante o teu convite para umas referências à Rep ACAP, a propósito do Coronel Otelo Saraiva de Carvalho, pela sua empatia, munificência e humanismo, vou espichar algumas linhas, tentando que, após meio século, não seja atraiçoado pela memória.

Como já tinha referido,  fiz parte da Rep ACAP, no QG/CCFAG, na Fortaleza da Amura -Bissau no ano de 1971. À data era chefe da repartição o Major Lemos Pires (posteriormente promovido a Tenente Coronel).

Faziam parte, com funções de relevo, o Major Ramalho Eanes, o Major Luz Almeida, o Capitão Otelo Saraiva de Carvalho, o Alferes Arlindo Carvalho e o 1º Cabo João Paulo Dinis.

O Major Ramalho Eanes era o Diretor da Secção de Radiodifusão e Imprensa do Comando-Chefe. Com ele partilhei a responsabilidade da biblioteca, além de outros contactos nas nossas funções.

Na manobra psicológica em curso no T.O.  o Capitão Otelo era Relações Públicas por mim coadjuvado e dentro da missão da Rep ACAP, com enfoque nos contactos internacionais, acompanhando figuras proeminentes, nomeadamente jornalistas, atores, senadores, etc., instalando-os e preparando programas, que o Tenente Coronel Lemos Pires apresentava ao General Spínola.

O louvor que me foi atribuído pelo Agrupamento de Bissau, foi redigido pelo Capitão Otelo por indicação do Tenente Coronel Lemos Pires.

Para a entrada na ACAP (após a desativação do meu pelotão Daimler) tinha-me sido destinado a Secção de Assuntos Civis. À minha chegada e pelos contactos anteriores, entendeu o Major Lemos Pires que eu tinha perfil para a Ação Psicológica, pelo que me colocou na Secção de Operações Psicológicas, dirigida pelo Major Luz Almeida

Competia-me então (entre outros) dar apoio logístico ao General Spínola, Governador e Comandante Chefe,  nas suas intervenções nas populações, bem como a feitura de ofícios para as entidades civis e militares por determinação do chefe da repartição. 

Numa outra área intervinha na sensibilização das populações, nomeadamente através de
obras e estruturas efetuadas pelas nossas tropas. A gestão e fruição destas informações estavam a cargo do Alf mil Arlindo Carvalho, de acordo com as normas emanadas superiormente e com a supervisão do Major Ramalho Eanes.

O 1º Cabo João Paulo Diniz animava a rádio das Forças Armadas na Guiné-Bissau, sendo locutor no Pifas (Programa de Informação para as Forças Armadas).

Espero ter correspondido ao solicitado.

Um abraço, Ernestino Caniço

Médico – Chefe Serviço MGF
Gestor Serviços Saúde – Ordem Médicos
Pós Graduação em Direito da Medicina – Faculdade Direito Universidade de Coimbra

2. Comentário do editor L.G.:

Dois camaradas, o José Belo e o Ernestino Caniço, já aqui fizeram o elogio fúnebre do cor art Otelo Saraiva de Carvalho (1936-2021), que fez duas comissões de serviço em Angola e a última na Guiné (1970/73). (*)

Independentemente do seu lugar na nossa História, ele aqui é tratado como qualquer outro "camarada da Guiné", desde que tenha referências no nosso blogue. E o Otelo tem quase duas dezenas

O Ernerstino Caniço, que trabalhou com o Otelo, em 1971, já tinha feito questão de "o ver aqui sentado, à sombra do poilão da Tabanca Grande, embora infelizmente a título póstumo."

E aqui vai o nº que lhe coube, à sombra do nosso poilão, o lugar nº 846 (**). Obrigado ao Ermestino Caniço pela sua resposta à nossa sugestão para escrever alguns linhas sobre a ACAP e o Otelo, bem como pelas preciosas fotos que partilhou connosco.

No seu "site", "Poeta Todos os Dias", outro camarada que  trabalhou com o Otelo (e com o Eanes), o Silvério Dias, o 1º srgt ref, radialista do PIFAS, escreveu os seguintes versinhos sobre o Otelo, na passada quarta-feira, 28 de julho:

O Otelo faleceu

Segundo li no jornal
não haverá luto nacional
para o mentor da Revolução.
Dele ficará, pois, "enfermo".

Este, será, um termo
que indico como senão.
Mas já consta da História,
à margem da reles escória.

O povo não o esqueceu.
À despedida, acorreu.

____________

Notas do editor:

(*) Vd. postes de:


25 de julho de 2021 > Guiné 61/74 - P22404: In Memoriam (400): O Otelo Saraiva de Carvalho (1936-2021) que eu conheci... Ou "As armas e as mãos - Carta ao Otelo amigo" (José Belo, cap inf ref, Lapónia, Suécia)

25 de julho de 2021 > Guiné 61/74 - P22402: In Memoriam (399): Coronel Otelo Saraiva de Carvalho (1936 - 2021), autor do Plano de Operações do 25 de Abril de 1974 e que cumpriu uma comissão de serviço na Guiné entre 1970 e 1973

(**) Último poste da série > 22 de julho de 2021 > Guiné 61/74 - P22394: Tabanca Grande (522): Ildeberto Medeiros ex-1º cabo condutor auto, CCAÇ 2753, "Os Barões" (Brá, Bironque, Madina Fula, Saliquinhedim/K3 e Mansabá, 1970/72): açoriano de Ginetes, Ponta Delgada, a viver em New Bedford, senta-se no lugar nº 845, à sombra do nosso fraterno e sagrado poilão

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Guiné 63/74 - P6634: (Ex)citações (82): Meu pai, meu herói (Sofia Carvalho, filha do nosso camarada J. Casimiro Carvalho, Ex-Fur Mil Op Esp., CCAV 8350, Piratas de Guileje, 1972/74)

Lamego (?) > s/d > Na foto, o nosso ranger, à esquerda, posa com a Kika, o General Mário  Lemos Pires (1930-2009), a Sofia e o General José Alberto Cardeira Rino (Op Especiais)... J. Casimiro Carvalho  mora em Vermoim, na Maia, e é casado há 35anos. Tem duas filhas, a Kika, de 33 anos (secretária administrativa) e a Sofia, de 28 (economista).  E já tem netos (a primeira neta, Beatriz, nasceu em 2008).




Guiné > Região de Tombali > Gadamel > Maio ou Junho de 1973 > O Fur Mil Op Esp, J. Casimiro Carvalho, da CCAV 8350 (Piratas de Guileje, 1972/74), numa das famosas valas de Gadamael...

"(...) Em Gadamael não havia casamatas como em Guileje, só valas. Os bombardeamentos eram tão intensos que nem dava para acreditar, quando ouvíamos as saídas, tínhamos 22 ou 23 segundos até as granadas 120 caírem em cima de nós ou , muito raramente, caírem mais além. O pessoal começou a fugir para o rio, e as granadas caíam no rio, o pessoal corria para o parque Auto e as granadas caíam no parque Auto, o pessoal saltava para as valas e as granadas iam cair nas valas.



Numa dessas quedas (voos) para a vala - e já lá ! -, senti as nádegas húmidas e, ao pôr lá a mão, esta veio encharcada em sangue... Berrei que estava ferido e fui evacuado num patrulha da Marinha para Cacine (entretanto no barco fui tratado e apaparicado pelos marujos). (...)

Fotos:  © J. Casimiro Carvalho (2009). Direitos reservados


1. Comentário de Sofia Carvalho, filha do Pirata de Guileje (ninguém escolhe o pai...) J. Casimiro Carvalho, inserido no poste P6554 (*):

Olá,  a todos! Sou a Sofia Carvalho, filha do ex-furriel José Casimiro Carvalho. Desde sempre, ouço o meu pai falar sobre a Guiné. E as emoções são muito diversas: ora de mágoa, de dor, por todo o sofrimento que passou e viu os amigos passarem, ora de grande carinho e saudade pois, apesar de tudo, houve companheirismo entre os colegas e muito convívio com as gentes africanas. 

O que o meu pai me conta (**), não parece real; só vi imagens parecidas em filmes e, talvez por isso, por vezes, não lhe dê o valor e a atenção que ele merece. Para mim, todos vocês são heróis, dignos de louvores e,  quem sabe, dignos até de serem imortalizados numa estátua. 

O orgulho que sinto do meu pai é imensurável. É o meu Herói e fico muito feliz por ver todo o esforço e dedicação que ele coloca em tudo o que está relacionado com este acontecimento. 

Ao Sr. Luís Graça, muitos parabéns pelo blogue e também a todos os que o ajudam na sua construção diariamente.

______________

Notas de L.G.:

(*) Último poste desta série, (Ex)citações:

16 de Junho de 2010 > Guiné 63/74 - P6602: (Ex)citações (64): Chafurdar na lama da guerra... e querer lá voltar... voltar a pisar aquela terra vermelha, antes da Grande Viagem (Hélder Sousa /Luís Borrega)
(**) Vd. poste de 25 de Março de 2007 > Guiné 63/74 - P1625: José Casimiro Carvalho, dos Piratas de Guileje (CCAV 8350) aos Lacraus de Paunca (CCAÇ 11)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Guiné 63/74 - P3449: O Tigre Vadio, o novo livro do nosso camarada Beja Santos (8): Apresentação do Maj Gen Lemos Pires (I)

Download:
FLVMP43GP

(No caso de haver problemas no visionamento deste vídeo, clicar em watch in high quality)

Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio (*) > Excerto da apresentação do livro e do autor por Mário Lemos Pires, major general na reforma e antigo colaborador do Gen Spínola, na Guiné (1969/70).

Vídeo: © Luís Graça (2008). Direitos reservados. Vídeo (4' 29') alojado em: You Tube >Nhabijoes


Major General na Reforma, Mário Lemos Pires nasceu a 30 de Junho de 1930, sendo mais conhecido da opinião pública portuguesa como o último governador português e comandante-chefe de Timor-Leste (de 18 de Novembro de 1974 a 27 de Novembro de 1975).

Sobre a tragédia de Timor (território e povo que lhe são caros) escreveu, de resto o livro Descolonização de Timor: Missão Impossível ? (Lisboa: Dom Quixote. 1994. 468 pp.).

No seu currículo faz-se menção os seguintes cargos desempenhados, entre outros, no passado: (i) Chefe de Gabinete do Ministro da Defesa Nacional; (ii) Director do Curso de Defesa Nacional no IDN – Instituto de Defesa Naciomnal; (iii) Secretário Geral da Eurodefense-Portugal, etc.

Fez comissões de serviço em Angola (1961/63) e na Guiné (1969/70). Na Guiné foi um colaborador muito próximo de Gen Spínola, governador e comandante-chefe, à frente da Repartição de Assuntos Civis e Acção Psicológica (Rep Apsico). Foi Fundador do Centro de Instrução Física do Exército. Igualmente fundador do Centro de Instrução de Operações Especiais.

É diplomado com o Curso de Estado-Maior do Exércitod e Portyga e do Exército dos EUA. Diplomado pelo Colégio de Defesa da NATO. É membro do Centro de Estudos de Estratégia do IAEM – Instituto de Altos Estudos Militares. É presença habitual em conferências nacionais e internacionais sobre sobre temas de estratégia militar, segurança, terrorismo, etc.


Algumas ideias-força deste excerto da sua intervenção:

- Convidado para fazer a apresentação do 2º volume... "Disse ao autor: Outra vez ?"... Mas depois percebeu que só com o 2º volume é que a obra ficava completa (**);
- Esteve na Guiné em 1969/70, período a que se reporta este 2º volume, portanto na mesma altura que o Alf Mil Beja Santos, embora com funções, responsabilidades e visões diferentes.... "Somos, portanto, combatentes da mesma guerra"... Aprendeu-a ainda antes do início da guerra do ultramar, como observador na Argélia...
- Exerceu funções "muito ligadas à política", à política da Guiné Melhor do General Spínola, "política de que me orgulho muito";
- Nas três frentes do teatro de operações, ninguém podia alimentar a ilusão de que podia ser ganha militarmente; na Guiné, onde a situação era mais dura, apostou-se muito na estratégia da promoção sócio-económica e da acção psiocossial para ganhar o apoio das populações;
- Sabia-se que "a guerra não tinha solução militar"... O que o smilitares fizeram foi dar tempo (militar) ao tempo dos políticos para encontrar soluções, não-militares, para os conflitos que travávamos, na Guiné, em Angola, em Moçambique... Infelizmente os políticos não o conseguiram, em tempo oportuno...
- As duas coisas mais marcantes da obra (mais do que deste livro, que de resto deve ser lido depois do 1º): afirmação do autor como comandante e como homem, como homem que se sente particularmente atraído pela Guiné, pelas suas gentes e, muito em particular, pelos seus soldados que ele não tem pejo em classificar como os melhores do mundo (***). (LG)

(Continua)
________

Notas de L.G.:

(*) Vd. os três últimos postes anteriores desta série

12 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3442: O Tigre Vadio, o novo livro do nosso camarada Beja Santos (7): A leitura de António Valdemar

12 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3441: O Tigre Vadio, o novo livro do nosso camarada Beja Santos (6): Notícia do lançamento (Lusa) + Fotos (Luís Graça)

11 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3440: O Tigre Vadio, o novo livro do nosso camarada Beja Santos (5): As primeiras imagens do lançamento (V. Briote)

(**) 11 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2429: Lançamento do meu/nosso livro: 6 de Março de 2008, na Sociedade de Geografia, com Lemos Pires e Mário Carvalho (Beja Santos)

(***) Vd. poste de 27 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P2002: Blogoterapia (29): O Mário escreve com a mesma teimosia, perseverança, paixão e coragem com que ia a Mato Cão (Luís Graça)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Guiné 63/74 - P3441: O Tigre Vadio, o novo livro do nosso camarada Beja Santos (6): Notícia do lançamento (Lusa) + Fotos (Luís Graça)


Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Cerimónia do lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio (*) > No anfiteatro do museu > Da esquerda para a direita, o jornalista e escritor António Valdemar, a Dra. Guilhermina Gomes, representante da Editora (Círculo de Leitores e Temas & Debates), o Gen Ref Mário Lemos Pires, e o autor, o nosso querido amigo e camarada Mário Beja Santos. O embaixador da Guiné-Bissau chegou ligeiramente atrasado, tendo-se depois sentado à mesa e feito uma pequena alocução no fim.



Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > O Gen Lemos Pires, que esteve na Guiné, no período de 1969/70, como chefe da Rep Apsico, foi o principal apresentador do livro, tendo-se debruçado sobre os aspectos militares, humanos e operacionais, da actuação do autor, que alferes miliciano, comandante do Pel Caç Nat 52, e de mais dois pelotões de milícias, de Finete e de Missirá (cerca de 100 homens em armas). A seu lado, o embaixador em Lisboa da República da Guiné-Bissau, Constantino Lopes, um antigo Combatente da Liberdade da Pátria, que esteve preso no Tarrafal, de 1962 a 1969, e que é hoje o único herdeiro e proprietário da Ponta do Inglês (exploração agrícola, de 50 hectares; o seu pai, Luís Lopes, tinha por alcunha o Inglês).



Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > António Valdemar, amigo pessoal do autor, apresentou a obra, valorizando em especial os seus aspectos literários. Disse publicamente que, como homem de esquerda, era contra a guerra, em geral, e contra a guerra colonial, em particular. A seu lado, a Dra. Guilhermina Gomes, representante dos editores (Círculo de Leitores e Temas & Debates), que abriu a cerimónia, com um especial agradecimento à Associação Nacional de Farmácias, pela disponibilização do magnífico espaço que é o Museu da Farmácia, sito num palacete da Rua Marechal Saldanha, nº 1, ao Bairro Alto.


Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > Emocionado, Beja Santos agradeceu a presença de tantos amigos e camaradas que ali se deslocaram, e fez questão de sublinhar o significado da presença do embaixador guineense em Portugal, Constantino Lopes. Este, por outro lado, reafirmou o desejo profundo dos guineenses de viverem em paz e de ganharem o direito a completar a sua luta de libertação.



Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > Sessão de autógrafos: em primeiro plano, o escritor e os membros dos da nossa Tabanca Grande, Carlos Silva, que mora em Massamá-Queluz, e Carlos Marques dos Santos, que veio de Coimbra, com a sua esposa, a nossa amiga Teresa.



Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > O Benjamim Durães, residente em Setúbal, que foi Fur Mil da CCS do BART 2917 (Bambadinca, 1970/72).



Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > O Raul Albino e o nosso (elegantíssimo) co-editor Virgínio Briote. O Raul foi Alf Mil da CCAÇ 2402, unidade a que pertencia originalmente o Beja Santos e o Medeiros Ferreira (este não compareceu ao embarque para a Guiné, tendo pedido asilo político na Suiça; o Beja Santos, por sua vez, foi transferido para o Pel Caç Nat 52). Contou-me o Raul que há dias encontrou na rua o seu antigo camarada Medeiros Ferreira, hoje uma conhecida figura pública, mas que não teve lata de lhe falar... "Foi pena" - comentei eu. "Ele deveria de gostar de saber tuas notícias tuas".



Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > Um dos maiores representantes, na diáspora, da cultura guineense actual, o mestre, tocador de Kora e cantor (didjiu) Braima Galissá, mandinga do Gabu. (Recorde-se que o didjiu era, no passado, o tocador e cantor que ia, de tabanca em tabana contando estórias e transmitindo as últimas notícias)…Foram os seus tetravós que inventaram este instrumento único que é o Kora. Na festa do Beja Santos, ele tocou, cantou e encantou. Temos registos em vídeo da sua audição, e que ele nos autorizou a reproduzir no nosso blogue. Será também futuramente um dos membros da nossa Tabanca Grande.



Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > No hall do museu da Associação Nacional de Farmácias(riquimamentre revestido a tapeçarias de Portalegre, assinadas por conhecidos artistas plásticos portugueses como o Manuel Cargaleiro ou o Cruzeiro Seixas), três camaradas nossos fazem horas: Carlos Marques dos Santos (de costas), o António Santos, à sua direita, e o Belarmino Sardinha.


Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > Representantes femininas da FAP - Força Aérea Portuguesa, que estiveram no teatro de operações durante da guerra do ultramar / guerra colonial. Este grupo de camaradas nossas fez doações ao Museu, de grande valor museológico, documental e simbólico. Tal como o Beja Santos que ofereceu um aerograma, enviado à noiva, Cristina Allen, onde são referidos alguns dos medicamentos que lhe foram prescritos, por ocasião de um internamento no Hospital Militar de Bissau.

Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > O Carlos Marques dos Santos, ex-Fur Mil da CART 2339 (Mansambo, 1968/70), cumprimentando, a enfermeira pára-quedista, do 1º curso, Zulmira André, que conheceu bem o TO da Guiné.



Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > Em primeiro plano, o antigo major Cunha Ribeiro, hoje Coronel, rijo nos seus 84 anos... Ei-lo aqui, o nosso querido Major Eléctrico, segundo comandante do BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/72), à fala com o nosso camarada J. L. Vacas de Carvalho. Em segundo plano, à esquerda, o Cor Art Ref Coutinho e Lima, antigo comandante do COP 5 (Guileje), e membro da nossa tertúlia, que vai também fazer o lançamento do seu já anunciado livro de memórias, em 13 de Dezembro próximo. A seu lado, um Alferes Miliciano que também passou por Bambadinca em 1970 e que foi depois transferido para o Batalhão de Comandos Africanos. (Desculpa, camarada, mas não registei o teu nome).



Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > O primeiro comandante do Pel Caç Nat 52 (Porto Gole e Enxalé, 1966/68), Henrique Matos, com o Queta Baldé. Depois desta cerimónia, estive o grato prazer de ir à Cervejaria Trindade jantar com o Henrique e mais um grupo de camaradas: o Humberto Reis, o Carlos Silva, o Jorge Cabral, o João Reis (Pel Caç Nat 52) e o José António Viegas (Pel Caç Nat 54). Estes dois últimos, mais o Henrique, vieram de propósito do Algarve para assistir à cerimónia. Vão também entrar na nossa Tabanca Grande.



Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > O Queta Baldé, a "memória de elefante" do Beja Santos, e o Cherno Suane, guarda-costas do autor quando comandante do Pel Caç Nat 52 (Missirá e Bambadinca, 1968/70).

Fotos e legendas: © Luís Graça (2008). Direitos reservados.



1. Com a devida vénia, reproduzimos aqui um excerto da notícia da Lusa, publicada no Marão on line, Diário regional de Trás-Os-Montes, Douro, Tâmega e Sousa, onde o nosso camarada Mário é colaborador regular (igualmente reproduzida no sítio PNETliteratura, do Grupo PortugalNet):

Marão 'On Line'> 12 de Novembro de 2008 > GUERRA COLONIAL: Lançado segundo volume de memórias de Beja Santos sobre a guerra na Guiné-Bissau:


Mário Beja Santos, ex-combatente no Ultramar português, lançou terça-feira, em Lisboa, o segundo volume de memórias da guerra, no qual conta episódios que marcaram a sua passagem pela Guiné-Bissau.

Diário da Guiné - O Tigre Vadio é um testemunho e não me refugiei num heroísmo que nunca tive”, disse o autor do livro que, emocionado, recordou as histórias de pessoas que lhe morreram nos braços enquanto estava na guerra.

Beja Santos é um reconhecido especialista em questões de política do consumidor e colaborador do Marão Online e do Repórter do Marão há quase 20 anos, meios onde publica regularmente artigos sobre assuntos de consumo, saúde e cidadania.

Nas palavras do jornalista António Valdemar, que fez a apresentação do livro, a obra de Beja Santos tem “um forte conteúdo humano, narrado com a verdade de quem esteve presente em todos os momentos”.

Neste livro, com 440 páginas, o autor relata acontecimentos da guerra entre 1969 e 1970 e, segundo o prólogo escrito pelo próprio, Tigre Vadio foi, de todas, a operação “mais sangrenta” em que esteve envolvido.

Mário Beja Santos garantiu, na apresentação do livro, que vai continuar a escrever. “A memória está viva e vou procurar ser digno dela, trabalhando-a o melhor possível”, afirmou.

O primeiro volume do Diário da Guiné diz respeito aos anos de 1968 e 1969 - Na Terra dos Soncó. Ambos os volumes foram publicados pelas editoras Círculo de Leitores e Temas e Debates.

Beja Santos, assessor principal da Direcção-Geral do Consumidor, foi autor de programas televisivos, colaborador da rádio e da imprensa e é professor do ensino superior.

O lançamento do livro, a que assistiu o embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa, integrou-se na celebração do Dia do Armistício, em que o Museu da Farmácia homenageou o soldado português.

Na homenagem estiveram presentes representantes da Força Aérea Portuguesa, que ofereceram várias farmácias portáteis utilizadas na guerra colonial.

Aproveitando também o 90.º aniversário do Armistício da Grande Guerra Mundial 1914-1918, seis enfermeiras pára-quedistas ofereceram uma farda utilizada quando vinham a Portugal.

Lusa

___________

Nota de L.G.:

(*) Vd. poste anterior > 11 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3440: O Tigre Vadio, o novo livro do nosso camarada Beja Santos (5): As primeiras imagens do lançamento (V. Briote)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Guiné 63/74 - P3440: O Tigre Vadio, o novo livro do nosso camarada Beja Santos (5): As primeiras imagens do lançamento (V. Briote)


O Tigre Vadio



As primeira imagens da apresentação do novo livro do Mário Beja Santos,no Museu da Farmácia, em Lisboa, para os que não puderam estar presentes


à entrada do Museu, na Associação Nacional das Farmácias, encontrei, vindos de Coimbra, o Carlos Marques dos Santos e a mulher, Teresa


No anfiteatro, logo no início, um aspecto geral da assistência. Iria ficar praticamente cheio, mais lá para o fim, que o Mário Beja Santos bem mereceu (e já agora, todos nós também...)

o General Lemos Pires, numa intervenção que mereceu o apreço geral, em pouco mais de meia hora, sintetizou os motivos porque acha que a obra do Mário (os dois volumes) merece ser lida. Ele esteve na Guiné nesse período (1969/70), era o chefe da repartição da APSICO. E acrescentou alguns pormenores com interesse, nomeadamente o caso do heli caído em Mansoa, que vitimou o piloto e acompanhantes, entre os quais se encontravam os deputados da então chamada "ala liberal". Ele próprio acompanhou os deputados que acabavam de fazer uma visita ao reordenamento de Nhabijões, em Bambadinca. No regresso a Bissau, seguia noutro heli, cujo piloto, mais experiente, conseguiu sair da zona do tornado.



Mais um pormenor da assistência, a que não faltou o Dr. João Cordeiro, Presidente da Associação Nacional de Farmácias (com o livro na mão, na fila atrás do casal Luís Graça e Alice), que gentilmente disponibilizou o espaço e instalações. Ainda na mesma fila, logo à direita, os nossos camaradas Carlos Silva e Humberto Reis


O jornalista e escritor António Valdemar, que iniciou a sessão do lançamento, a representante da editora, Guilhermina Gomes, o General Lemos Pires, o Embaixador da República da Guiné-Bissau e o Mário Beja Santos.



Encerrou a sessão o Sr. Embaixador da República da Guiné-Bissau, natural da Ponta do Inglês, no Xime, que deixou mensagens com significado: que o seu País está consciente que basta de guerras e conflitos; que as eleições em marcha têm decorrido sem incidentes; que lhe têm chegado, de participantes do Simpósio Internacional de Guileje, algumas propostas com interesse, nomeadamente a reconstrução de escolas e edifícios públicos; e, finalmente, que mais do que evocar tempos de conflitos, é importante levar à prática projectos de cooperação entre os dois Povos.
__________

Nota de vb: artigo relacionado em

11 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3435: O Tigre Vadio, o novo livro do nosso camarada Beja Santos (4): Pequena homenagem ao Tigre de Missirá (J. Mexia Alves)

domingo, 16 de março de 2008

Guiné 63/74 - P2647: Bibliografia (27): Imagens da apresentação do Diário da Guiné, 1968-1969: Na Terra dos Soncó, do Mário Beja Santos (Virgínio Briote)

Mais Imagens da apresentação do Diário da Guiné, do Mário Beja Santos

O Tino Neves, o Fernando Chapouto, o Fernando Franco e o Helder Sousa na sala do restaurante da Casa do Alentejo.



Um grupo de Camaradas troca impressões, já com os pés debaixo da mesa.



Da direita para a esquerda, o Ten Cor Helder Pereira (Cmd na Guiné), o Helder Sousa, o F. Franco e o F. Chapouto aguardam o bacalhau.


Enquanto o Mário Beja Santos conversa com o Carlos Vinhal, o António Abreu dedica o seu Diário da Guiné, Sangue, Lama e Água Pura ao Albano Costa.



O General Pezarat Correia a ser recebido pelo Mário Beja Santos.



Ainda o Mário e o General Pezarat Correia.


O António Graça de Abreu, um orador que dá gosto ouvir.



No Gabinete da Direcção da Sociedade de Geografia de Lisboa, o Carlos Cardoso, o Carlos Vinhal, a Dina, sua mulher, a Susana do projecto Ignara que nos honrou com a siua presença, o António Santos e a Eduarda, mulher do Albano Costa.



O Albano Costa (de Guidage e de Guifões) com a Eduarda.



A Susana do Projecto Ignara explica ao Rui Alexandrino Ferreira as razões e o interesse do Projecto de que é protagonista.


A ouvirmos com toda a atenção as explicações que iam sendo amavelmente prestadas por uma Senhora da Sociedade de Geografia de Lisboa.


o Mário estava assim.

Camaradas das Terras dos Soncó. Mexia Alves, Beja Santos e Jorge Cabral, em primeiro plano. Mais atrás, o Rui Fonseca (Sargento-Mor), o Helder Pereira (Ten Cor) e o João Parreira, três Comandos.


Os três não se largavam. Falariam de quê?


Aspecto da sala onde se procedeu à apresentação oficial do Diário da Guiné, Na Terras dos Soncó. A fila para as assinaturas rapidamente tomou forma, mesmo antes do início da cerimónia.


Na mesa de honra o General Lemos Pires preparava-se para a apresentação do Diário do M. Beja Santos.



A Dina, mulher do Carlos Vinhal, a Susana do Projecto Ignara e a Eduarda, mulher do Albano Costa.



O Beja Santos e o Albano com um Camarada que não consigo identificar. No canto da sala, atrás, repousa o primeiro padrão colocado em terras da Guiné por Nuno Tristão.


No Gabinete da Direcção da Sociedade de Geografia, o Beja Santos dá-nos algumas informações sobre a Sociedade, tendo à sua direita um elemento da Direcção da Sociedade de Geografia. O Helder Sousa, o Tino Neves, o Carlos Cardoso e o F. Franco.




O Helder Sousa com o João Parreira e o Artur Conceição.

Fotos: © Mário Fitas (2008). Direitos reservados.