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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Guiné 63/74 - P3679: Trasladações dos nossos Camaradas. (Carlos Silva).

Trasladações dos nossos Camaradas – Direito à indignação





Tal como o nosso camarada José Martins refere no Post 3677, também vi, como milhões de Portugueses, a reportagem que foi transmitida no Jornal da TVI e que teve como pano de fundo a transladação dos nossos Camaradas, 2º Sargento Justino Teixeira da Mota e Soldado José Maria de Carvalho, tendo regressado de Angola o primeiro e o segundo da Guiné, para o cemitério de Travanca.


Voltamos ao problema do apoio aos cidadãos portugueses espalhados por esse Mundo fora seja em que situação for, por parte das nossas Embaixadas e em particular da nossa representação em Bissau na Guiné, pois parece ser timbre de funcionários daqueles Serviços dificultarem a vida aos portugueses e não só, aliás, como tem sido propalado pelos meios de comunicação daquele País e de casos conhecidos que foram divulgados através do Blogue.
Não quero linchar publicamente, quem quer que seja, tal como foi mencionado por um ou outro camarada relativamente a um dos casos referidos no Blogue, mas aceito como de boa fé o que foi assumido e dito publicamente pela irmã do nosso camarada José Maria de Carvalho, por isso, naquele momento senti-me indignado, chocado e revoltado com aquilo que vi e ouvi.

Desde já, aqui fica a minha solidariedade às famílias dos nossos camaradas que agora repousam em paz na Terra que os viu nascer, bem como, à coragem de denunciar publicamente a desfaçatez de uma pessoa que não nos merece o mínimo de respeito.

E é caso para dizer:

Essa pessoa que proferiu tais palavras, para além de não respeitar os sentimentos dos seus compatriotas, com certeza, não sabe o que é a guerra, o que foi a guerra colonial, não teve familiares na guerra (...).

Que essa pessoa desconhece que nos termos do Dec. Lei nº 204/2006 de 27/10, são atribuições do MNE:

- Assegurar a protecção dos cidadãos portugueses no estrangeiro, bem como, apoiar e valorizar as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

- Garantir a prestação de apoio consular aos cidadãos portugueses no estrangeiro.

Mais, essa pessoa desconhece que a Guiné-Bissau é um estado soberano e que o seu Povo respeita os seus mortos incluindo os portugueses que tombaram naquele território, tanto que, ao longo destes anos por onde tenho passado naquele pequeno País, tenho testemunhado que assim é.
Como tal, poderá essa pessoa ter vontade que uma “máquina arraste tudo lá para o fundo” mas essa vontade não lhe será feita pelo Povo da Guiné.

Acresce dizer ainda, que estas situações lamentáveis, levantam uma série de questões que lhe estão subjacentes, como de cidadania, educação, alteração de mentalidades, amor e respeito pelo próximo, etc, que me dispenso de desenvolver.

Contudo, a denúncia pública feita pela irmã do nosso Camarada é mais do que suficiente para tirar as ilações necessárias.

Há assim que denunciar todo este tipo de aberrações.

TODOS UNIDOS PELOS NOSSOS CAMARADAS QUE TOMBARAM

NÃO CONSENTIREMOS QUE SEJAM ENXOVALHADOS


Massamá, 29-12-2008

Carlos Silva

Ex- Fur Mil CCaç 2548/Bat Caç 2879

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Nota de vb:

Artigo relacionado em

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Guiné 63/74 - P2591: Guileje: Simpósio Internacional (1 a 7 de Março de 2008) (25): Notícia da Lusa (Virgínio Briote)

Simpósio Internacional de Guiledje
Notícia de Bissau
Lusa (transcrição com a devida vénia...)
Guiné-Bissau: Antigos combatentes portugueses e guineenses evocam batalha de Guiledje
Bissau, 27 Fev (Lusa) "Combatentes das forças armadas portuguesas e do movimento de libertação da Guiné-Bissau reúnem-se durante a próxima semana neste país africano para uma evocação do conflito armado em Guiledje, no sul do país.
Entre sábado e sexta-feira da próxima semana, os participantes no Simpósio Internacional de Guiledje visitam o antigo quartel desta localidade, no sul da Guiné-Bissau, e o acampamento Osvaldo Vieira, enquanto em Bissau decorrem a partir de segunda-feira debates, distribuídos por vários painéis.
A abertura do simpósio, na segunda-feira, num hotel da capital guineense, conta com a participação do Presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo "Nino" Vieira, que fará uma intervenção, bem como de vários embaixadores, nomeadamente o de Portugal, José Manuel Paes Moreira.
Na terça-feira, vários ex-combatentes portugueses e guineenses vão dissertar sobre o tema "Guiledje e a Guerra Colonial/Guerra de Libertação", num debate moderado por João José Monteiro, reitor da Universidade Colinas de Boé.
A problematização conceptual, a contextualização histórica e a importância historiográfica de Guiledje na guerra é o tema a debater na quarta-feira, dia 5 de Março, numa sessão moderada pelo historiador guineense Leopoldo Amado.
Os efeitos, consequências e implicações político-militares no pós-Guiledje são outros dos assuntos em discussão.
No dia seguinte, quinta-feira, os participantes do Simpósio Internacional de Guiledje vão ouvir depoimentos e testemunhos de veteranos da guerra colonial que ali combateram, num painel moderado pela ministra dos Combatentes da Liberdade da Pátria guineense, Isabel Buscardini.
O Simpósio Internacional de Guiledje termina na sexta-feira, dia 8 de Março, com a participação na cerimónia de encerramento do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal, João Gomes Cravinho, segundo o programa do evento.
Durante a guerra colonial na Guiné-Bissau, Guiledje foi um ponto estratégico para as duas partes em conflito e fundamental para as forças armadas do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) conseguirem ganhar a guerra, através do "Corredor de Guiledje", que lhes permitia o abastecimento de armas e alimentos."
MSE. Lusa
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Nota de vb: vd artigo de