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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Guiné 61/74 - P24063: Roncos que davam prémios (em dinheiro)... mas podiam custar a vida: a deteção e levantamento de minas...

Guiné > Região do Cacheu > Chão felupe > 1974 > BART 6522/72 (1972/74) > Deteção e levantamento de minas A/P. António Inverno, (*)

Foto (e legenda):  © António Inverno (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

Guiné > Região do Cacheu > Pel Caç Nat 60 > Estrada São Domingos - Susana > 13 de novembro de 1969 > A primeira mina A/C detetada e levantada: na imagem o alf mil Nelson Gonçalves e o 1º cabo Manuel Seleiro.

Foto (e legenda): © Manuel Seleiro (2009). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].

Citação: (1963-1973), "Guerrilheiros do PAIGC colocando uma mina", Fundação Mário Soares / DAC – Documentos Amílcar Cabral, disponível HTTP:http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_43786 (com a devida vénia)

Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) >  O rebenta-minas com rodado duplo à frente e sacos de areia na cabine, sem tejadilho... Uma GMC, adaptada, com 12 rodas...

Foto: © José Carlos Lopes (2013). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].

1. As minas (A/C e A/P) e armadilhas (fornilhos, etc.) foram um dos "ossos mais duros de roer" na guerra que tivemos de enfrentar no TO da Guiné... Não sabemos quantas foram montadas, identificadas e levantadas... De um lado e do outro... Impossível haver estatísticas. Mas foram dezenas e dezenas, senão centenas, de milhares, ao longo dos anos, as minas que montámos, de um lado e do outro, para provocar baixas no campo do inimigo e desmoralizá-lo... Uma "arma suja", nesta e noutras guerras...

Pior ainda, não sabemos quantas foram accionadas pelas nossas viaturas, ou pelos nossos pés... Nem o número de mortos, feridos e incapacitados, provocados por estes engenhos mortíferos... Falamos de minas terrestres, mas também as havia aquáticas... 

As minas eram o terror de quem fazia colunas logísticas, de quem tinha que se deslocar por picadas (intransitáveis no tempo das chuvas...), de quem fazia operações no mato e tinha que se aproximar de alvos do inimigo... Era o terror de guias e picadores, dos condutores dos "rebenta-minas" (que seguiam à frente das colunas logísticas)... Mas também da população: muitas tabancas, em autodefesa, bem como destacamentos e aquartelamentos das NT, eram cercadas  por campos de minas... 

Enfim, toda a gente tem histórias de minas e armadilhas, teve camaradas que morreram ou ficaram feridos com o accionamento de minas, A/C ou A/P, mas também conheceu camaradas que foram heróis, sobretudo a leventar minas: sapadores ou graduados (alferes e furriéis) com o curso de minas e armadilhas que se tirava em Tancos, se não erro...

O tema está bem documentado no nosso nosso blogue. Temos cerca de 220 referências sobre minas e armadilhas (**)... 

O que toda a gente também sabe é que as minas também davam... "patacão", desde que fossem identificadas e levantadas, ou só identificadas e destruídas... A partir de 22/9/1967, uma mina anticarro (desde que detectada e levantada/capturada com todos os seus componentes) valia tanto como um canhão s/r, um LGFog (RPG 2 ou 7), morteiro pesado ou médio, ou seja, 2 contos (o que equivaleria, a preços  de hoje,  a 771 euros). A mina ou "fornilho, antipessoal, só valia metade, mil escudos... (Afinal, uma GMC, um Unimog ou uma Berliet sempre valia mais do que um homem.)

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Capitulo IV - Ano de 1964 

Anexo n° 1 - Normas para a atribuição de prémios pela captura de material ao inimigo

(CIRCULAR N° 2219/B DE 25 DE Abril da 2ª- Rep/QG/CTIG)

1. Pela captura ao lN de pistolas, espingardas, pistolas metralhadoras e morteiros serão atribuídos prémios, desde que a sua apreensão se verifique nas seguintes condições:

a. Em acções de combate (sob o fogo do lN);

b. Como consequência directa de acções de combate.

Não é atribuído qualquer prémio ao material dos tipos indicados que seja simplesmente encontrado (inclui-se aquele que tenha sido abandonado pelo lN devido ao funcionamento de armadilhas montadas pelas NT).

2. Serão também atribuídos prémios pela captura de minas ou armadilhas  apess [antipessoal, A/P]  e minas ou fornilhos acar [anticarro, A/C].

A designação "fornilho", além do seu significado clássico, engloba também as cargas explosivas convenientemente preparadas e prontas a serem accionadas.

Terão a designação de fornilho acar [A/C]  ou armadilha apess [A/P] consoante a respectiva quantidade de explosivos e o fim a que se destinam.

A estes materiais serão atribuídos prémios nas seguintes condições:

a. Detectado e capturado com todos os seus componentes;

b. Detectado e destruído.

3. Os prémios a atribuir são os seguintes:










4. A atribuição de prémios individuais é dificil, além de se considerar passível de afectar a disciplina e a eficiência operacional das unidades, pelo que se considera excepcional.

Aos Comandos de Batalhão competirá definir, para cada caso, se o prémio deverá ser atribuído individual ou colectivamente.

5. Os Comandos de Batalhão, para os fins de atribuição de prémios, informam o QG das condições em que se verificou a apreensão de material (1.a. ou 1.b. e 2.a. ou 2.b.).

6. Os Comandos de Batalhão devem enviar ao QG, mensalmente, a relação do material apreendido.

7. Modelos para a relação a que se refere o número anterior.







8. A presente Circular substitui a de referência, n° 1843/B de 02Dez63.


Fonte: Excertos de: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 6.º Volume - Aspectos da actividade operacional: Tomo II - Guiné - Livro II (1.ª edição, Lisboa, 2014), pp. 288/289.


Capítulo I - Ano de 1967 (...): Directivas do Comandante-Chefe

Directiva para "Atribuição de prémos a militares e CIVIS por apreensão de material de guerra ao inimigo" do Comandante-Chefe de 22 de Setembro (referência ao oficio n° 1042/B, do SGDN, 2.ª Rep, de 31 Mar67). Esta directiva substituiu a distribuída com o n° 1980 em 101200Jul67.

" 1. Com vista a conseguir um procedimento uniforme nas Províncias Ultramarinas da Guiné, Angola e Moçambique quanto aos prémios a atribuir a militares e civis por apreensão de material de guerra ao inimigo, Sua Ex". o Ministro da Defesa Nacional, por seu despacho de 07Mar67, determinou o seguinte:

a - Os prémios devem ser iguais nas diferentes Províncias Ultramarinas e para os três Ramos das Forças Armadas;

b - Os prémios por captura de material inimigo devem ser atribuídos quaisquer que sejam as circunstâncias em que esta se efectue;

c - O montante dos prémios deve ser igual para militares e civis;

d - Deve ser também recompensado quem fornecer elementos que conduzam à captura de material do inimigo. O montante para cada caso deve ser fixado pelo Comando-Chefe;

e - No caso de apreensão do material levada a efeito por um grupo de civis ou unidade militar, a repartição do prémio pelos seus componentes ficará ao critério do Comando-Chefe;

f - Os prémios a atribuir deverão ser os constantes da tabela que a seguir se indica:


 [Tabela e negritos: editor LG ]


2. Os comandos dos três Ramos das Forças Armadas da Guiné, o Comando da Polícia de Segurança Pública da Guiné, a Organização Provincial de Voluntários, a Polícia Internacional e de Defesa do Estado e os Serviços de Administração Civil da Província, devem fazer entrar em vigor, em 22/9/67 a tabela de prémios estabelecida pelo despacho de Sua Excelência o Ministro da Defesa Nacional referido no número anterior. [...]"

Fonte: Excertos de: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 6.º Volume - Aspectos da actividade operacional: Tomo II - Guiné - Livro II (1.ª edição, Lisboa, 2015), pp. 47-48

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 20 de dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7480: Estórias avulsas (46): Desminagem entre S. Domingos e Susana (António Inverno)

(**) Ver uma pequena amostra de postes:

4 de dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2327: PAIGC - Instrução, táctica e logística (6): Supintrep nº 32, Junho de 1971 (VI Parte): Minas I (A. Marques Lopes)

8 de maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4304: (Ex)citações (27): Lembrando a memória de meu tio Manuel Sobreiro, morto por uma mina (Nelson Domingues)

4 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9850: Viagem à volta das minhas memórias (Luís Faria) (52): Bula - A guerra das minas (2) - Os "eleitos"

4 de janeiro de  2014 > Guiné 63/74 - P12540: Recordações de um "Zorba" (Mário Gaspar, ex-Fur Mil At Art, MA, CART 1659, Gadamael e Ganturé, 1967/68) (5): Sou do famigerado XX Curso de Explosivos de Minas e Armadilhas, iniciado a 8 de Agosto e terminado a 17 de Setembro de 1966, na Escola Prática de Engenharia (EPE), em Tancos


11 de agosto de 2015 > Guiné 63/74 - P14993: Caderno de Memórias de A. Murta, ex-Alf Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4513 (15): De 19 a 22 de Junho de 1973


sábado, 10 de outubro de 2020

Guiné 61/74 - P21437: Fotos à procura de... uma legenda (133): Levantamento de um campo de minas A/P: chão felupe, setembro de 1974, uma notável sequência fotográfica do António Inverno (ex-alf mil Op Esp / Ranger, 1º e 2ª CART / BART 6522 e Pel Caç Nat 60, São Domingos, 1972/74)



Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3


Foto nº 4



Foto nº 5


Foto nº 6



Foto nº 7

Guiné > Região do Cacheu > Chão felupe > 1974 > BART 6522/72 (1972/74)


Fotos (e legendas):  © António Inverno (2010). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. A propósito do Poste P21435 (*), achámos oportuno voltar a reproduzir uma notável sequência fotográfica de uma "desminagem", feita pela nosso camarada António Inverno (ex-alf mil Op Esp/Ranger, 1.ª e 2.ª CART / BART 6522 e Pel Caç Nat 60 (S. Domingos, 1972/74). As imagens foram hoje reeditadas e melhoradas. Não sabemos quem foi o fotógrafo, que também correu riscos: talvez tenha sido o fur mil Ferreira, que integrava o pequeno grupo de sapadores...

O poste P7480 (**)  tem já quase dez anos, e na altura não se pode dizer que tenha passado despercebido, uma vez que tem até agora cerca de 370 visualizações, mas sem qualquer comentário. Esperamos que desta vez os nossos leitores sejam mais generosos...


(...) A seguir anexo uma sequência de fotos de uma desminagem, efectuada por mim num campo de minas anti-pessoal, que eu havia montado numa zona descampada e que servia de protecção estratégica contra eventuais infiltrações do IN, por aquela parcela de terreno entre S. Domingos e Susana.

A instalação do dispositivo foi concretizada seguindo os habituais ensinamentos assimilados na instrução prática e teórica do CIOE [, Centro de Instrução de Operações Especiais].  partindo de um ponto de referência seguro e obrigatoriamente de fácil identificação no terreno, para melhor permitir, em dias futuros, também de modo perfeitamente seguro, o posterior efeito de levantamento.

A selecção de um ponto de referência único e inequívoco, e o desenho de um preciso e claro croqui, foi sempre a minha principal preocupação, pois podia dar-se o facto de não ser eu, quando necessário fazê-lo, a efectuar a sua desinstalação ou levantamento, com queiram chamar-lhe.

A instalação do campo em apreço, decorreu normalmente, mina a mina, calculando e preservando sempre o perigoso risco que representava o cumprimento rigoroso de uma missão destas.

Este sistema havia sido montado aquando da nossa chegada a Susana, em fins de 1972, e teve que ser levantado antes da nossa retirada em Setembro de 1974.

Penso que não era preciso dizer aqui que,  se a montagem foi, de algum modo, facilmente implantado no terreno, já não posso dizer o mesmo quanto ao acto de levantamento.

Quem sabe e/ou viu os efeitos físicos e psíquicos,  num ser humano, do rebentamento de uma mina anti-pessoal,  sabe do que eu falo.

Assim, lá parti para o terreno ciente que não podia errar, pois o lema que aprendera em Lamego com o monitor de Minas e Armadilhas, dizia que, com os explosivos deste género, só se podiam falhar 3 vezes: a primeira, a única e a última!

Tomadas todas as precauções e apesar da adrenalina e dos suores frios que nos causavam estes “trabalhinhos”, tudo correu bem felizmente.

Na última foto [, nº 7] podem ver um buraco com as ossadas de um pequeno animal, que morrera ao fazer detonar umas das minas.

Legendagem das fotos [, reproduzidas acima]:

"Melhor que uma excelente picagem, e tínhamos homens altamente especializados nessa matéria, era ter um detector de minas (metais)" [Foto nº 1]

"Rapidamente começamos a decobrir (eu, o fur Mil Ferreira, o sold "Castiço" e o Mulata) a primeira das piores e mais traiçoeiras assassinas da guerra" [, Foto nº 2].

"Dá-me aí uma faca se faz favor" [Foto nº 3]

"Aqui está a gaja" [Foto nº 4]

"Com cuidado... muito cuidado! ]Foto nº 5]

"Aqui está ela fora da terra, vou retirar-lhe a espoleta e pronto, já não fará mal a ninguém" [Foto nº 6]

"Esta não preciso levantá-la. Só um buraco e uns ossitos, como último sinal de que aqui acontecera uma morte." [Foto nº 7]

Um abraço, António Inverno Alf Mil Op Esp/Ramger, BART 6522/72 e Pel Caç Nat 60 (1972/74)



O António Inverno,   com a sua "inseparável AK 47,  ao fim do dia, na magnífica e sempre bela Ponta Varela".



Emblema do Batalhão de Artilharia nº 6522/72. Cortesia de Carlos Coutinho

 
Sobre o BART 6522/72 (1972 - 1974), ver a ficha de unidade.

Resumindo:

(i) mobilizado pelo  RAL 5,  Penafiel;

(ii) divisa: " Por uma Guiné Melhor":

(iii) comandante: ten cor art João Corte-Real de Araújo Pereira;

(iv) embarcou em Lisboa em 6 de dezembro de 1972, tendo desembarcado em Bissau a 13 desse mesmo mês; a  3ª Companhia embarcou por fases, via aérea, entre 7 e 15 de dezembro de 1972;

(v) receber a IAO . Instrução de Aperfeiçoamento Operacional, em Bolama; 

(v) guarneceu os seguintes aquartelamentos e destacamentos:  Ingoré, São Domingos, Susana, Sedengal, Varela, Antotinha, Apilho, Gendem, Barro, Bigene, e Ganturé;

(vi) a 1ª companhia esteve em São Domingos; a 2ª em Susana e Varela; a 3ª em Ingoré e Sedengal; a CCS, em Ingoré e Antonina;

(viii) coube-lhes já na retração, a desativação e entrega de diversos aquartelamentos e destacamentos ao PAIGC;

(ix) regressaram para Bissau, de onde embarcaram a 30 de agosto e 3 de setembro de 1974

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Guiné 63/74 - P7480: Estórias avulsas (46): Desminagem entre S. Domingos e Susana (António Inverno)

1. O nosso Camarada António Inverno (ex-Alf Mil Op Esp/RANGER da 1.ª e 2.ª CARTs do BART 6522 e Pel Caç Nat 60 – S. Domingos -, 1972/74, enviou-nos uma mensagem com mais algumas das fotos do seu álbum de memórias. Camaradas,
Inicio esta mensagem com uma foto minha, com a inseparável AK 47 ao fim do dia, na magnífica e sempre bela Ponta Varela.



A seguir anexo uma sequência de fotos de uma desminagem, efectuada por mim num campo de minas anti-pessoal, que eu havia montado numa zona descampada e que servia de protecção estratégica contra eventuais e infiltrações do IN, por aquela parcela de terreno entre S. Domingos e Susana.
A instalação do dispositivo foi concretizada seguindo os habituais ensinamentos assimilados na instrução prática e teórica do C.I.O.E., partindo de um ponto de referência seguro e obrigatoriamente de fácil identificação no terreno, para melhor permitir em dias futuros, também de modo perfeitamente seguro, o posterior efeito de levantamento.

A selecção de um ponto de referência único e inequívoco, e o desenho de um preciso e claro croqui, foi sempre a minha principal preocupação, pois podia dar-se o facto de não ser eu, quando necessário fazê-lo, a efectuar a sua desinstalação ou levantamento, com queiram chamar-lhe.

A instalação do campo em apreço, decorreu normalmente, mina a mina, calculando e preservando sempre o perigoso risco que representava o cumprimento rigoroso de uma missão destas.

Este sistema havia sido montado aquando da nossa chegada a Susana, em fins de 1972, e teve que ser levantado antes da nossa retirada em Setembro de 1974.

Penso que não era preciso dizer aqui, que se a montagem foi, de algum modo, facilmente implantado no terreno, já não posso dizer o mesmo quanto ao acto de levantamento.

Quem sabe e, ou, viu os efeitos físicos e psíquicos num ser humano do rebentamento de uma mina anti-pessoal sabe do que eu falo.

Assim, lá parti para o terreno ciente que não podia errar, pois o lema que aprendera em Lamego com o monitor de Minas e Armadilhas, dizia que, com os explosivos deste género, só se podiam falhar 3 vezes: a primeira, a única e a última!

Tomadas todas as precauções e apesar da adrenalina e dos suores frios que nos causavam estes “trabalhinhos”, tudo correu bem felizmente.

Na última foto podem ver um buraco com as ossadas de um pequeno animal, que morrera ao fazer detonar umas das minas.

 
Melhor que uma excelente picagem, e tínhamos homens altamente especializados nessa matéria, era ter um detector de minas (metais)


Rapidamente começamos a decobrir (Eu, o Fur Mil Ferreira, o Sold "Castiço" e o Mulata) a primeira das piores e mais traiçoeiras assassinas da guerra
Dá-me aí uma faca se f.f.


Está aqui a "gaja"



Com cuidado... muito cuidado!


Aqui está ela fora da terra, vou retirar-lhe a espoleta e pronto, já não fará mal a ninguém

Esta não preciso levantá-la. Só um buraco e uns ossitos, 
como último sinal de que aqui acontecera uma morte

Um abraço, António Inverno Alf Mil Op Esp/RANGER do BART 6522 e Pel Caç Nat 60  

Emblema de colecção: © Carlos Coutinho (2010).
Direitos reservados.Fotos: © António Inverno (2010). Direitos reservados.
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Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em: 14 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7432: Estórias avulsas (99): Reabertura da picada Galomaro-Duas Fontes-Saltinho (António Tavares)