Foto nº 5
Foto nº 3
Foto nº 4
Foto nº 1 |
1. Mensagem do António Bastos [ex-1º Cabo do Pelotão de Caçadores 953, Cacheu, Bissau, Farim, Canjambari e Jumbembem, 1964/66]
Data: 10 de março de 2016
Data: 10 de março de 2016
Assunto: O meu álbum de fotografias
Ao grande régulo da Tabanca Grande, Luís Graça, companheiro: como já aprendi alguma coisa destas tecnologias novas (digitalizar, por exemplo), já não estou dependente das netas, vou enviar as fotos da minha vida militar, não são muitas, principalmente as de cá, agora da Guiné já tenho mais.
Foto 1> em 1963 quando fui ao distrito da reserva em Setúbal dar o nome.
Foto 2 > no dia da inspecção no quartel de Infantaria 11 em Setúbal
Foto 3 > o meu pelotão que pertencia à 1ª Bateria (eu estava no Porto Brandão que pertencia ao RAAF - Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa)
Foto 4 > era o cartão que davam para não esquecer o número
e a Bateria, vai um pouco riscado mas, quando se tinha rapazes pequenos, era o que acontecia.
Foto 5 > já era na semana de campo na Fonte da Telha, no pinhal mesmo junto ao posto da Guarda Fiscal.
Foto 6 > Essa também é na semana de campo no dia 10 de março de 1964, faz hoje 52 anos. (O processo de ampliar as fotos ainda não aprendi, fica para outra altura.)
Por hoje é tudo, logo se mandam mais amanhã ou noutro dia,
Um abraço, António Paulo S. Bastos
2. Comentário do editor:
Ao grande régulo da Tabanca Grande, Luís Graça, companheiro: como já aprendi alguma coisa destas tecnologias novas (digitalizar, por exemplo), já não estou dependente das netas, vou enviar as fotos da minha vida militar, não são muitas, principalmente as de cá, agora da Guiné já tenho mais.
Foto 1> em 1963 quando fui ao distrito da reserva em Setúbal dar o nome.
Foto 2 > no dia da inspecção no quartel de Infantaria 11 em Setúbal
Foto 3 > o meu pelotão que pertencia à 1ª Bateria (eu estava no Porto Brandão que pertencia ao RAAF - Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa)
Foto 4 > era o cartão que davam para não esquecer o número
Foto nº 2 |
Foto 5 > já era na semana de campo na Fonte da Telha, no pinhal mesmo junto ao posto da Guarda Fiscal.
Foto 6 > Essa também é na semana de campo no dia 10 de março de 1964, faz hoje 52 anos. (O processo de ampliar as fotos ainda não aprendi, fica para outra altura.)
Por hoje é tudo, logo se mandam mais amanhã ou noutro dia,
Um abraço, António Paulo S. Bastos
Obrigado, António, pelo teu esforço. Nunca é tarde para
aprender. As tuas netas merecem um xicoração muito ternurenta por ajudarem o avô nesta nobre tarefa de salvaguardar as fotos do seu álbum.
Podes mandar mais, já temos cá bastantes, tuas, do tempo de Guiné. Mas uma das fotos que querias mandar falhou, só mandaste cinco. Fica para a próxima.
Já agora recapitulamos aqui o teu currículo militar. Recebe um alfabravo do pessoal da Tabanca Grande.
3. A minha vida militar (António Bastos)
(i) No dia 12 de janeiro 1964 assentei praça no RAAF de Queluz;
(ii) depois fui transferido para uma Bateria que existia em Porto Btandão;
(iii) aí fiz a recruta e jurei bandeira em Queluz;
(iv) depois foi para o RI1 na Amadora onde fiz a especialidade: tinha como oficial, comandante de pelotão, um tenente que se chamava (já faleceu) Nuno Nest Arnout Pombeiro que era genro do Comandante da Unidade, coronel Américo Mendonça Frazão (faleceu como feneral);
(v) aí acabei a especialidade e fui mobilizado para a Guiné, incorporado num Pelotão Caçadores 953, independente;
(vi) embarquei para a Guiné no dia 15 de julho de 1964, onde cheguei a 21;
(vi) embarquei para a Guiné no dia 15 de julho de 1964, onde cheguei a 21;
(vii) desembarquei e fui para Amura, aí permaneci duas horas, sendo depois escoltado pela Polícia Militar até João Landim, onde rendemos o Pelotão Caçadores independente 857;
(viii) dali fomos para Bula, Comando de Batalhão 507, cujo comandante era o tenente coronel Hélio Felgas (já falecido, como major general):
(viii) dali fomos para Bula, Comando de Batalhão 507, cujo comandante era o tenente coronel Hélio Felgas (já falecido, como major general):
(ix) depois das apresentações fomos para Teixeira Pinto, onde ficámos adidos à Companhia de Artilharia 527, comandada pelo capitão António Amorim Varela Pinto;
(x) eram já 16 horas quando almoçámos, dali seguimos para Cacheu onde permanecemos até ao dia 9 de março de 1965, regressando novamente a Bissau para seguirmos para Farim, via Mansoa e Mansabá: jlantámos e às quatro horas da manhã seguimos então para Farim;
(xi) aí já nos esperava o BCav 490, comandada pelo tenente coronel Cavaleiro; permanecemos lá uns dias;
(xii) no dia 23 de março de 1965 deu-se a grande invasão de Canjambari onde a guarnição era composta pelas Companhias 487 e 488, Pelotão Morteiros 980, um Pelotão da 1.ª Companhia de Caçadores Africanos, um Pelotão Auto-metrelhadoras e o meu, o 953;
(xiii) eram 6,30 horas quando rebentou uma mina debaixo de uma GMC e começámos a embrulhar até às 16,00 horas; quando os T6 largaram as bombas, o IN logo nos deixou, mas por poucos dias, porque depois começaram a atacar-nos no acampamento: este era para ficar em Canjambari praça, mas o Comandante mandou-nos recuar para Canjambari Morcunda;
(xiv) começámos logo a fazer o aquartelamento com palmeiras; de dia trabalhava-se, de noite era um desassossego, porque vinham visitar-nos e fazer alguns tiritos; também tínhamos as operações a nível de duas secções de brancos e uma de africanos; infelizmente numa dessas operações tivemos duas baixas na 488; os trabalhos e até a pista para a avioneta foram todos feitos à força de braço;
(xv) com a saída do BCav 490, veio o 733, comandado por tenente coronel Glória Alves, que infelizmente já nos deixou [, em 2008]; passámos a descansar e viemos para Jumbembem onde permanecemos três meses, regressando um mês a Canjambari;
(xi) aí já nos esperava o BCav 490, comandada pelo tenente coronel Cavaleiro; permanecemos lá uns dias;
(xii) no dia 23 de março de 1965 deu-se a grande invasão de Canjambari onde a guarnição era composta pelas Companhias 487 e 488, Pelotão Morteiros 980, um Pelotão da 1.ª Companhia de Caçadores Africanos, um Pelotão Auto-metrelhadoras e o meu, o 953;
(xiii) eram 6,30 horas quando rebentou uma mina debaixo de uma GMC e começámos a embrulhar até às 16,00 horas; quando os T6 largaram as bombas, o IN logo nos deixou, mas por poucos dias, porque depois começaram a atacar-nos no acampamento: este era para ficar em Canjambari praça, mas o Comandante mandou-nos recuar para Canjambari Morcunda;
(xiv) começámos logo a fazer o aquartelamento com palmeiras; de dia trabalhava-se, de noite era um desassossego, porque vinham visitar-nos e fazer alguns tiritos; também tínhamos as operações a nível de duas secções de brancos e uma de africanos; infelizmente numa dessas operações tivemos duas baixas na 488; os trabalhos e até a pista para a avioneta foram todos feitos à força de braço;
(xv) com a saída do BCav 490, veio o 733, comandado por tenente coronel Glória Alves, que infelizmente já nos deixou [, em 2008]; passámos a descansar e viemos para Jumbembem onde permanecemos três meses, regressando um mês a Canjambari;
(xvi) em maio de 1966 regressámos a casa.