1. Mensagem do nosso leitor Mário Conceição com data de 21 de Outubro de 2023, enviada através do Formulário de Contacto do Blogger:
Viva!
Há dias esteve em Bambadinca e os habitantes foram mostrar-lhe uma nascente que abastece a Tabanca Grande(*), onde se encontra a inscrição "3873 TIRES".
Resolvi pesquisar e foi então que encontrei o vosso Blog. Acredito que alguns camaradas que lá estiveram irão gostar das imagens que o Paulo nos mostra.
O vídeo onde mostra a inscrição (por volta do minuto 47) pode ser visto aqui:
Paulo Cacela@PauloCacela | 22,8 mil subscritores | 186 vídeos
(Reproduzido aqui com a devida vénia...)
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Nota dos editores (CV/LG):
(*) - Tabanca Grande de Bambadinca.
Aconselha-se a ver o vídeo com legendas. O vídeo começa em Bafatá, onde o Paulo Cacela apanha uma carrinha de transporte público (tipo "toca-toca") para Bambadinba (ele diz "Babadinca", como toda a gente).
O alcatrão do tempo da tropa, na estrada Bafatá-Bambadinca, já desapareceu, em muitos troços... Parece haver bastante trânsito de camiões (de e para o leste, Gabu).
Faz depois uma visita a Bambadinca, que o surpreendeu pela seu "mercado" e "formigueiro humano" (a expressão é nossa, o Paulo fala em "confusão total") (Bambadinca tornou-.se a maior tabanca da Guiné, cresceu imenso depois da independência, 15 ou 20 vezes mais, hoje deve ter c. de 35 mil habitantes).
Na visita ele faz-se transportar de motorizada, conduzida por um futuro jovem professor, Sandji, que está ligado a uma ONG que apoia uma escola local e os direitos das mulheres (não conseguimos saber o nome dessa ONG)...
Depois o Paulo quer "conhecer uma tabanca", e o Sandji leva-o a Nhabijões (o grande reordenamento do nosso tempo, com cerca de 300 casas, está bastante modificado, e há novas moranças)... Balantas e muçulmanos (mandingas e outros) estão separados, enquanto comunidades... Podem-se ver aqui algumas das mais belas paisagens da Guiné: a grande bolanha de Nhabijões ("Nabejon"), o cultivo do arroz, as mulheres a mondar, o duro trabalho braçal dos jovens, munidos do "radi", a enxada balanta, etc.
A seguir o Paulo, sempre conduzido pelo Sandji, vai conhecer a instalação fotovoltaica que desde 2013/14 pôs Bambadinca no mapa. "Bafatá ficou parado no tempo", diz o jovem encarregado de gerir o sistema (que está com problemas de eficiència por falta de manutenção). Mas em Bambadinca há luz, só há outra comnunidade na Guiné (não se diz qual) que beneficia de luz eléctrica durante todo o dia e à noite até à meia noite.
O vídeo, de quase uma hora, termina na "mãe de água" que alimenta Bambadinca (pelo menos, a antiga zona colonial) e cuja localização exata ainda não descobrimos, numa primeira visualização rápida do vídeo... (E não temos ideia de a ter visitado, em 1969/71; a possível referència ao BART 3873, gravada no cimento, aparece ao minuto 53, já quase para o fim do vídeo).
A paisagem (onde se localiza esta captação de água, do tempo colonial) é luxuriante. O "poço " ou "mina" está muma cota mais elevada (cerca de 50 metros, diz o Paulo, que é engenheiro). A água chega à antiga "baixa" de Bambadinca", a tabanca do nosso tempo, junto ao rio, por gravidade... Reconhecemos, isso, sim, o fontenário de Bambadinca, de 1948 (do tempo do grande governador Morais Sarmento) , agora pintado de branco e azul, que aparece no fim, e que continua a dar água aos bambadinquenses (vd. poste P10806).