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sexta-feira, 2 de junho de 2017

Guiné 61/74 - P17423: Agenda Cultural (564): Há Arraial da Mouraria, 10ª edição: atuação da banda musical portuguesa "Melech Mechaya", sexta-feira, dia 2 de junho, às 19h00, no Largo da Rosa, Mouraria, Lisboa


Página do Facebook de Renovar a Mouraria




Sexta feira, dia 2 de junho, às 19h00,
no coração da Lisboa  popular, festiva, 
inclusiva, pluriétnica e pluricultural

Lisboa (metro: Martim Moniz)
Espetáculo: Entrada de borla!...



1. Com a devida vénia à RTP  Notícias, de 29 de maio de 2017 > Nova "Aurora" dos Melech Mechaya passa por Lisboa e Castelo Branco


(...) Os Melech Mechaya já estão na estrada a apresentar o novo álbum "Aurora". O próximo concerto está marcado para dia 2 de junho no Arraial da Mouraria, em Lisboa. No dia seguinte é a vez do Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco. A comemorar 10 anos de carreira, o 4º álbum do quinteto conta com muitos amigos e algumas estrelas.

O disco foi misturado por Tony Harris (que trabalhou com nomes como R.E.M., Sinead O'Conner e Verve), "que lhe emprestou uma sonoridade tão peculiar que primeiro estranhamos, mas que rapidamente se entranhou em nós", revela Miguel Veríssimo. (...)


O quarto álbum de originais dos Melech Mechaya inclui as participações especiais dos portugueses Filipe Melo (piano) e Noiserv que para além de emprestar a voz fez a letra do tema "Boom", e da cantora espanhola Lamari de Chambao que cantou o tema "Un Puente".

"Hoje somos praticamente uma banda Ibérica. Para nós Espanha é quase como uma segunda casa. Nos últimos cinco, seis anos, damos quase tantos concertos lá como em Portugal. A participação de Lamari de Chambao neste disco é para nós algo e muito especial", explica no Jornal 2 Miguel Veríssimo. (...)


2. Vd. ainda Melech Melechaya > 


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Nota do editor:

Último poste da série > 31 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17416: Agenda Cultural (563): Apresentação das obras literárias: "Revisitar Goa, Damão e Diu", pelo Prof Doutor Valentino Viegas; "Memórias do Oriente", do Coronel Luís Dias Antunes; "De Bragança a Macau", do Superintendente Isaías Teles; e "Radiografia Militar e os 4 DDD", do Dr. Manuel Barão da Cunha, dia 3 de Junho de 2017, na Casa de Goa, Lisboa

terça-feira, 23 de junho de 2015

Guiné 63/74 - P14787: Manuscrito(s) (Luís Graça) (59): Lisboa, Mouraria, Rua do Benformoso

Rua do Benformoso

por Luís Graça (*)


Na Rua do Benformoso
já não manda o Intendente,
a rua agora
é da gente
que lá mora.

Passa um miúdo, preto,
com um saco de pão
na mão,
é o moço de recados
do restaurante onde cheira
a especiarias da Índia.

Diligente e esperto,
voluntarioso,
não nos parece que seja
um sem eira nem beira,
nem muito menos um potencial terrorista do estado islâmico,
diz o  relatório do chefe da esquadra policial.


Há talhos halal
pela rua abaixo,
e gente, rua acima,
que veio dos Himalaias
na última arca
de Noé.

Nas praias
do Tejo,
naufragam barcos de escravos,
uns são do marquês,
outros do patriarca,
mas a maior parte são propriedade
d'el-rei, sua majestade,
senhor de aquém e de além-mar.
Os outros, para aí uns três,
perigososos, foragidos,
sem valor na bolsa de valores,
não valem vinténs, réis ou centavos, 
são de quem os apanhar,
mortos ou vivos,
nas ruelas e escadinhas da cidade.

Na rua do psst!, psst!,
não adianta clamar pela rainha,
que ela é louca,
e toda a energia é pouca,
para marchar,
p'ró pretinho e p'rá pretinha,

Agora a Mouraria é que é,
grita o último marchante
da avenida da Liberdade;
chegou tarde
e deixou p'ra trás a acompanhante.

Rua acima, rua abaixo,
formosa mas não segura,
vai a mulatinha da Guiné,
de balaio à cabeça,
e pano garrido à cintura,
ainda à espera 
do milagre de Santo António.

Pode o mundo ir a pique,
podem até enforcar
o Pina Manique,
não adianta lamentar,
na rua do Benformoso,
o Mali é já ali,
não se canta o fado,
muito menos a despique
com os da rua do Capelão.

Vão à sopa dos pobres
até os das casas nobres,
caídos na pobreza, 
e agora merceeiros
da santa casa da misericórdia.

Se não há pão, 
não há concórdia,
mas a rua do Benformoso
é que é,
diz o antigo fuzileiro
lá nado e criado,
o “Mouraria”, 
hoje na casa dos quarenta:
andou nas guerras da Crimeia
ao serviço da Nato,
arranjou ao comandante um berbicacho,
foi apanhado a mijar na pia 
de água benta 
da mesquita azul
em Istambul;
estava bêbedo que nem um cacho.


O que nos salva é a fé,
e o que nos resta... do pé de meia;
daqui ninguém arreda pé,
mesmo em caso de haver peste
(de que Deus nos livre!, 
e, se tiver que ser, 
que Ele nos ajude!),
garante o guarda-mor
da porta da senhora da saúde.

A rua do Benformoso, agora
é de quem lá passa,
com mais jeito ou menos graça,
ou de quem lá namora,
ou muito simplesmente
de quem por lá se demora.


Lisboa, Largo do Intendente, 
Festival Lisboa Mistura 2015, 19/6/2015





Lisboa, Largo do Intendente > 19 de junho de 2015 > Mural da campanha Unidos pelo Fim da MGF [Mutilação Genital Feminina], projeto da APF - Associação para o Planeamento da Família.

O Mural END FGM foi criado pelos artistas Fidel Évora e Tamara Alves no âmbito da campanha europeia END FGM, que advoga a atuação enérgica do Parlamento Europeu na erradicação da Mutilação Genital Feminina (MGF) na Europa e no Mundo. 

A apresentação, em julho de 2014,  contou com os testemunhos de Aissato Djaló, Projeto Musqueba, e de Duarte Vilar, Diretor Executivo APF [, e irmão do nosso malogrado camarada, cap cav Luis Rei Vilar, comandante da CCAV 2538 / BCAV 2876, unidade de quadrícula de Susana (1969/71)].



Lisboa, Mouraria > Rua do Benformoso  > 19 de junho de 2015 > Uma habitante local, à janela... (Muitas das casas têm as paredes exteriores a azulejos oitocentistas,  como esta; a 100 metros , no largo do Intendente, fica a antiga e famosíssima Fábrica de Cerâmica da Viúva Lamego, fundada em 1849 (e que ajudou a fazer de Lisboa a cidade do azulejo).


Lisboa, Mouraria, eixo Praça Martim Moniz / Rua da Palma / Largo do Intendente  > 19 de junho de 2015 > A zona mais multiétnica da cidade. Sabe-se que entre os habitantes da Mouraria, para aalém dos nativos.   há mais de meia centena de etnias,  com origem na Ásia, África, Europa de leste e "Novo Mundo"... É um bairro histórico fascinante que importa conhecer, acarinhar e divulgar... Dicas podem ser encontradas aqui na página da associação Renover a Mouraria.


Lisboa, Praça do Martim Moniz  > 19 de junho de 2015 > "Sem bandeiras nem fronteiras", um slogan "anarquista".

Fotos (e legendas): © Luís Graça  (2015). Todos os direitos reservados.
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Nota do editor:

Último poste da série > 29 de maio de 2015 > Guiné 634/74 - P14677: Manuscrito(s) (Luís Graça (58): Cais de partida(s): Porto de Lisboa (Parte I): Gare Marítima de Alcântara: os painéis de Almada Negreiros