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sábado, 5 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26655: Os nossos seres, saberes e lazeres (676): Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (199): O Museu de Cerâmica das Caldas da Rainha, este meu ilustre desconhecido – 1 (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 1 de Novembro de 2024:

Queridos amigos,
Que bela surpresa, tantas vezes visitei as Caldas da Rainha na completa ignorância de que havia este fabuloso museu à minha espera. Aqui fica a advertência para quem visitar as Caldas, é destino irrecusável, os tesouros cerâmicos são mais do que primeira classe. Deve haver ali uma grande falta de dinheiro para a manutenção dos parques e há degradações no interior do edifício, é pena porque todo aquele ambiente tardo-romântico, se for bem preservado, tem todo o direito de ser apresentado pelo turismo como uma grande casa de cultura. E temos que agradecer ao visconde de Sacavém este fenomenal legado, ainda bem que ele possuía um gosto eclético tão apurado; e as coleções ligadas à Fábrica Rafael Bordalo Pinheiro são magníficas, deixam-nos embasbacados. Pois bem, a visita vai continuar.

Um abraço do
Mário


Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (199):
O Museu de Cerâmica das Caldas da Rainha, este meu ilustre desconhecido – 1


Mário Beja Santos

Para ser sincero, das muitas vezes que passei pelas Caldas da Rainha, e durante anos os meus padrinhos ofereceram período de férias na Foz do Arelho, o que havia a visitar na cidade era o parque, o Museu José Malhoa, naquele tempo funcionava a Fábrica da Secla, era um prazer ir ver aquelas belas peças, muitas delas únicas, desenhadas por uma húngara que ali trabalhou, Hansi Staël, e inevitavelmente entrar na Igreja de Nossa Senhora do Pópulo. Ora, em 1983, abriu ao público o Museu de Cerâmica de que eu nunca ouvi falar. Há uns tempos, visitando a loja da Fábrica Bordallo Pinheiro, veio à conversa um comentário sobre os tesouros ali existentes, curioso, perguntei onde era o museu, é só subir até o Avenal, encontrará facilmente uma velha moradia numa área em que há centro de artes. E lá fui, bem me regalei, como passo a contar. Sobre a história deste museu vale a pena citar alguns parágrafos do que vem no site oficial deste templo da cerâmica:
“Encontra-se instalado no antigo Palacete do Visconde de Sacavém, no Avenal, mandado construir na década de 1890 pelo 2.º Visconde de Sacavém, José Joaquim Pinto da Silva (1863-1928), colecionador, ceramista e importante mecenas dos cerâmicos caldenses.
Encontra-se rodeado por jardins com alamedas, canteiros, floreiras, lagos e um auditório ao ar livre, sendo de realçar a decoração profusa que ornamenta todo o conjunto e inclui azulejos do século XVI ao século XX, elementos arquitetónicos cerâmicos e estatuária.
O acervo do Museu integra diversas coleções representativas da produção das Caldas da Rainha e de outros centros cerâmicos do país e do estrangeiro. As coleções compreendem peças da cerâmica antiga caldense dos séculos XVII e XVIII e núcleos da produção do século XIX e primeira metade do século XX. São de salientar os trabalhos da barrista Maria dos Cacos, autora de peças utilitárias antropomórficas, e de Manuel Mafra.

Merece um especial destaque o núcleo de obras da autoria de Rafael Bordalo Pinheiro, um dos conjuntos mais representativos da produção do grande mestre da cerâmica caldense e que documenta a intensa laboração da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, entre 1884 e 1905. Apresentam-se também núcleos de faianças da Real Fábrica do Rato, de olaria tradicional e de produção local de escultura e miniatura dos séculos XIX e XX.
Destaca-se, um núcleo de cerâmica contemporânea de autor, que inclui, entre outros, peças de Llorens Artigas, de Júlio Pomar e de Manuel Cargaleiro. O Museu possui ainda uma coleção de azulejaria que integra produção portuguesa, hispano-mourisca e holandesa do século XVI ao século XX, constituída por cerca de 1200 azulejos e 40 painéis.
O Museu apresenta ainda uma coleção de 40 peças contemporâneas, ilustrativas de design e produção de cerâmica e vidro do século XX, que fazem parte de uma doação feita em 2007, constituída por 1205 peças.”




Imagens da entrada principal do edifício e das suas traseiras
O maravilhamento azulejar começa logo à entrada, haverá esplendorosa cerâmica em toda o palacete do 2.º Visconde de Sacavém
Uma das maravilhas do azulejo do século XVIII, pois então
Placa comemorativa do palacete do visconde de Sacavém
Um outro olhar sobre o palacete
É indesmentível que o senhor visconde tinha muito bom gosto e uma boa museografia faz o resto
Esta composição do Adamastor acompanha as ilustrações de Os Lusíadas, há gente assombrada e aterrada com o gigante, Vasco da Gama está firme, vai mesmo passar o Cabo das Tormentas.
Eu guardo lembrança deste Rafael Bordalo Pinheiro no museu do seu nome, ali no fim do Campo Grande, onde um conjunto de amigos reuniu numa moradia exemplares do seu génio. Um dia, numa entrevista, perguntaram à Paula Rego qual fora o maior artista plástico do século XIX, ela respondeu sem qualquer hesitação: Rafael Bordalo Pinheiro.
Gosto da ousadia do museógrafo que é capaz de transformar um recanto de uma cozinha num espaço de fascínio, uma iluminação perfeita, uma boa adequação de objetos, um passado renovado, com sensibilidade e inteligência.
Escultura de Nossa Senhora com o Menino, autor desconhecido, século XVII
Não há lambril do palacete que não esteja revestido, achei de enorme beleza estes três cavaleiros, parece que estão a pousar para nos impressionar com a sua arte equestre
O mínimo que se pode dizer desta bela fonte bordaliana é que é uma maravilha
A orelha faz parte da tradição da cerâmica caldense e a legenda é uma séria advertência para pessoas que andam descuidadamente a fazer comentários em voz alta: as paredes têm ouvidos.
Painel de Azulejos, Querubins, Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha

(continua)
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Nota do editor

Último post da série de 29 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26627: Os nossos seres, saberes e lazeres (675): Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (198): Bruscamente, no Natal passado, uma viagem relâmpago a Ponta Delgada – 2 (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P26654: (De)Caras (229): Mais postais ilustrados da coleção do Agostinho Gaspar (ex-1.º cabo mec auto, 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1972/74), que ontem fez 75 anos, três quartos de século

 

Guiné > Bissau > s/d  (c. 1960/70) >  "Banho de menino (Fulacunda)". Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 140". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL).

Guiné > Bissau > s/d  (c. 1960/70) > "Fulas batendo pano (Bissau)". Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 114". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL).

Guiné > Bissau > s/d  (c. 1960/70) > "Mercado nativo (Bissau). Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 103". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal). Imprimarte, SARL.


Guiné > Bissau > s/d  (c. 1960/70) >   "Nova Lamego, Guiné Portugesa".  Colecção "Guiné Portuguesa, (s/n) ". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal,  Imprimarte, SARL).

Guiné > Bissau >  s/d (c. 1960/70) > "Bafatá".  Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 136". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal). Imprimarte, SARL.

De cima para baixo, edifício da administração de Bafatá (circunscrição) (as duas primeiras imagens); o mercado (3ª); a mesquita (4ª); a catedral (católica) (5ª); vista aérea (6ª); postal ilustrado nº 136, da edição Foto Serra.

Guiné > Bissau >  s/d (c. 1960) > Aeroporto Craveiro Lopes. Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 121". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal,  Imprimarte, SARL).  

Coleção: Agostinho Gaspar / Digitalizações, edição e legendagem: Luís Graça & Camaradas da Guiné (2010).


1. Continuação da publicação de uma seleção dos postais ilustrados da Guiné do
nosso tempo (c. 1960/70),  da coleção do nosso camarada, natural do concelho de Leiria, Agostinho Gaspar (ex-1.º Cabo Mec Auto Rodas, 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1972/74). 
O pretexto foram os seus 75 anos (*).

Para além da Foto Serra, havia outros editores de postais ilustrados:

  • Agência-Geral do Ultramar.
  • Casa Mendes (com destaque para o fotógrafo A. B. Geraldo);
  • Casa Gouveia;
  • Foto Íris, etc-

 2. Comentário do editor LG:

Aproveita-se a oportunidade para pedir aos nossos camaradas o envio de cópias digitalizadas, com boa resolução, dos postais dos seus álbuns, que eventualmente ainda tenham guardados no "baú da Guiné"... Imagens e respetivas legendas, por favor (como as que acima reproduzimos)...

É uma pena que estes postais se percam, dado o seu valor iconográfico e documental.  Mais: é "pecado" estes postais irem para o lixo... E um "crime" de lesa-memória, lesa-património...

Digam lá se não é um ternura aquele primeiro postal que publicamos, a de uma mãe (biafada ?), em Fulacunda, a dar o banho ao seu menino numa cabaça cortada ao meio ?!... Claro   que o Facebook não mo deixa publicar, a esta hora já removeu o "conteúdo por  nudez e atividade sexual" (!)...

Pergunto: amigos e camaradas, o que é feito deles, desses postais ilustrados, com motivos do folclore local ou paisagens da Guiné, que comprávamos em Bafatá, Nova Lamego, Teixeira Pinto ou em Bissau, como lembranças ou como  bilhetes de correio que, depois de devidamente selados, mandávamos para a família, vizinhos, colegas  e amigos, com uma simples nota a dizer que "estávamos de boa saúde mas cheios de saudades"?!..

Muitos terão acabado, ingloriamente, no caixote do lixo, tal como os nossos aerogramas e cartas. Outros, compram-se agora por aí, em alfarrabistas e antiquários, procurados por coleccionadores de postais, saudosistas da Guiné, da África, do Império, ou apenas por simples coleccionadores... Outros ainda pairam no fundo dos nossos baús... Quantos, onde ?...

Bom, no último caso, é altura de lá ir tirar-lhes o pó, digitalizá-los e mandar-nos a respectiva imagem, para publicação no blogue, se possível com a reprodução dos respectivos dizeres... 

No caso de o bilhete postal (ilustrado) ter alguma mensagem escrita que possa ter interesse para o nosso blogue, para o conhecimento e a compreensão do nosso quotidiano de guerra, ou até para a divulgação da história e da cultura dos povos da Guiné-Bissau, peço para me tirarem também uma cópia...

Para alguns de nós, estes postais podem ter algum valor afectivo, sentimental, raramente estético... Noutros casos, eles podem ter interesse, documental, para os estudiosos da Guiné e da guerra colonial: sociólogos, antropólogos, historiadores... Terão seguramente algum interesse para os mais jovens, portugueses e guineenses, com pouca ou nenhuma informação sobre os seus países, de há 50/60 anos atrás...

Não vale a pena também esconder que muitos deles eram um arma de propaganda, usada pelo regime político de então, para reforçar a ideia do Portugal plurirracial e pluricontinental, que ia supostamente do Minho a Timor...  Têm valor também por isso. Sobvretudo, fazem parte da nossa história, a grande e a pequena.


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sexta-feira, 4 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26653: (In)citações (264): Morreu Roberta Flack aos 88 anos, a mesma Roberta Flack que acompanhava as noites do medo no mato da Guiné... (Ramiro Figueira, ex-Alf Mil Op Especiais)

1. Em mensagem do dia 3 de Abril de 2025, o nosso camarada Ramiro Figueira, médico na situação de reforma, que foi Alf Mil Op Especiais na 2.ª CART/BART 6520/72 (Nova Sintra, 1972/74), enviou-nos esta reflexão motivada pela notícia da morte da cantora norte-americana Roberta Flack (1937-20225):

Ouvi agora na rádio. Morreu Roberta Flack aos 88 anos, a mesma Roberta Flack que acompanhava as noites do medo no mato da Guiné, acompanhava as cervejas mais ou menos frescas, acompanhava as piadas de gosto duvidoso, os risos nervosos, as corridas para os abrigos e a gritaria na noite escura.

Vinha a guiar tranquilamente quando o locutor com voz impessoal me comunicou que, a cantora morrera. Encostei o carro e fiquei a ouvir aquela voz suave “Strumming my pain with his fingers…” e veio tudo de repente ao meu encontro. O tipo que disparava sofregamente granadas de morteiro, o outro acocorado por baixo da mesa da messe a tremer, o bêbado caído no chão por baixo dos bancos feitos de pipas, a gritaria ao longe nas valas, os rebentamentos sucessivos por todo o lado e… de repente o silêncio, só ela continuava a cantar “Singing my life with his words…” Aqueles homens suados de tronco nu e olhos arregalados furando a noite à procura de alguma coisa para lá do arame. Mas… homens? Não eram, era sim um bando de garotos assustados que as teias que o império tece tinham arrancado da família, das suas vidas e decepado a sua juventude.

Agora tudo isso já lá vai, passaram-se muitos anos e o tempo foi-se encarregando de esbater as memórias e nas gerações mais novas são estórias que os velhos contam (os que contam…). Coisas de velhos, sim talvez, mas devagarinho, pé ante pé, começa a desenhar-se o que poderá ser coisa de novos. Ventos agrestes sopram por aí, as cores do céu no horizonte variam entre o cinzento e o negro e os tecelões do império já estão a trabalhar… Talvez, quem sabe, irão as novas gerações atirar-se ao chão ao som de explosões e tiroteio enquanto a Roberta Flack vai cantando:

“Telling my whole life with his words”



“Killing me softly with his song"

RF 2025.02.24
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Nota do editor

Último post da série de 10 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26569: (In)citações (263): Palavras de homenagem e de agradecimento da família do Valdemar Queiroz da Silva (1945-2025): "Perdi um pai mas encontrei muitos tios! (José da Silva) | "Pai, como você diria de uma forma muito teatral, no final de uma boa garrafa de vinho: Deste..? Deste já não há mais! " (Maaike da Silva)

Guiné 61/74 - P26652: Recortes de imprensa (144): GNR põe fim a 20 anos de falsos peditórios dos bombeiros. Publicação do Jornal de Notícias (JN) do passado dia 3 de Abril de 2025, que aqui reproduzimos com a devida vénia

RECORTES DE IMPRENSA

Com a devida vénia ao JN, reproduzimos uma notícia publicada neste diário no dia 3 de Abril de 2025, que é do interesse geral e particularmente de todos os Antigos Combatentes.

GNR põe fim a 20 anos de falsos peditórios dos bombeiros

Bilhetes para sorteio da Associação Portuguesa de Veteranos de Guerra foram vendidos em falsos peditórios

Roberto Bessa Moreira
Jornalista


Associação Portuguesa de Veteranos de Guerra é suspeita de dar cobertura à burla e foi alvo de buscas.

Um grupo hierarquizado e com várias células acumulou muitos milhares de euros, nos últimos 20 anos, com falsos peditórios para os bombeiros. O esquema estendeu-se a todo o país e, suspeita a investigação da GNR, terá tido a cobertura da Associação Portuguesa de Veteranos de Guerra. Esta instituição foi alvo de buscas ontem, no âmbito da Operação “The Scheme”, que levou os militares a Braga, Moimenta da Beira, Loures ou Pombal. No final, oito pessoas e duas entidades foram constituídas arguidas por burla, branqueamento de capitais e associação criminosa.

O esquema era simples. Um grupo de três ou quatro pessoas instalava-se junto a semáforos, cruzamentos ou rotundas de diferentes cidades e abordava os automobilistas que ali eram obrigados a parar. Fardados integralmente ou envergando um colete vermelho da Associação Portuguesa de Veteranos de Guerra, os operacionais facilmente se confundiam com bombeiros e pediam um donativo para a compra de uma ambulância para a corporação local. Esta, porém, nada sabia do que estava a acontecer e nunca recebia qualquer verba.

Se tudo corresse de acordo com o planeado, o grupo abandonava o local na posse da quantia angariada durante várias horas, mas se a GNR ou a PSP fossem alertadas para o falso peditório, a desculpa estava preparada: os burlões diziam que estavam a vender bilhetes para um sorteio promovido pela Associação Portuguesa de Veteranos de Guerra e devidamente autorizado pelo Ministério da Administração Interna (MAI). Dessa forma, evitavam qualquer problema com a Justiça.

Burla era modo de vida

A investigação, que começou em 2020 e foi conduzida pelo Núcleo de Investigação Criminal de Viseu, suspeita que os responsáveis da Associação Portuguesa de Veteranos de Guerra deram cobertura à burla, recebendo uma percentagem dos lucros obtidos com os falsos peditórios. O último relatório e contas da instituição mostra que, em 2023, esta auferiu mais de 70 mil euros com um “sorteio nacional”, que, no ano anterior, lhe rendera 95 mil euros.

Quem também recebia uma percentagem do dinheiro angariado eram os autores dos falsos peditórios. Muitos deles faziam da burla o seu modo de vida. O restante montante era distribuído pelos elementos de topo da organização, incluindo o líder, que tem residência em Lisboa.

Ao Jornal de Notícias, a GNR confirma que, ontem, foram constituídos como arguidos oito homens, entre os 24 e os 65 anos, mais duas instituições. Todos estão indiciados por burla, branqueamento de capitais e associação criminosa, mas nenhum deles foi detido.

Liga fez queixas às autoridades

O presidente da Liga dos Bombeiros, António Nunes, assegura que há vários anos que são feitas queixas nas autoridades devido a falsos peditórios para associações humanitárias. “São feitos por grupos de pessoas, que se vestem com uma farda vermelha, que se confunde com a dos bombeiros”, para enganar os automobilistas. “Algumas pessoas fazem-no há muito tempo e outras são novas”, diz.

Operação

Fardas apreendidas

A GNR apreendeu ontem dezenas de fardas semelhantes às dos bombeiros e outros bens associados a corporações. Também foram recolhidos extratos de transferências e depósitos bancários, alguns internacionais.

Quase 70 militares
A Operação “The Scheme” foi liderada pelo Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Viseu e executada por 68 militares, também dos comandos da GNR de Braga, Leiria e Lisboa. A Direção de Investigação Criminal participou igualmente nas diligências.

Apreensão
27 mil euros foram apreendidos nas 20 buscas em Moimenta da Beira, Braga, Magoito (Sintra), Amadora, Queluz, Agualva-Cacém, Loures e Pombal.
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Nota do editor

Último post da série de 19 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26511: Recortes de imprensa (143): Na Série Especial "A minha Guerra", do Correio da Manhã do passado dia 16, foi publicado um pequeno texto sobre o nosso camarada José Maria Monteiro, ex-Marinheiro Radiotelegrafista (LFP Bellatrix, 1969/71 e Comando Naval da Guiné, 1971/73), que aqui reproduzimos com a devida vénia

Guiné 61/74 - P26651: Notas de leitura (1786): Philip J. Havik, um devotado historiador da Guiné: Na Terra do Novo Deus: O general Henrique Dias de Carvalho na Guiné (1898-1899) (5) – 2 (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá, Finete e Bambadinca, 1968/70), com data de 1 de Abril de 2025:

Queridos amigos,
No virar do século, as autoridades de Lisboa, com os cofres exaustos, e bem mais preocupadas com a ocupação de Angola e Moçambique, não encontravam solução expedita para deletar a presença portuguesa na Guiné, tinha havido o fim da escravatura, a administração limitava-se a algumas praças e presídios e a uma paupérrima capital em Bolama. Surgiram então algumas hipóteses de entregar a colónia a companhias de comércio, é nesse contexto que o Marquês de Liveri convida o general Henrique Dias de Carvalho a ir até à Guiné e emitir um parecer quanto às potencialidades da colónia. O general socorreu-se da documentação mais recente, confiou num conjunto de opiniões sobre as populações da Guiné, há que admitir que a etnografia e a etnologia ainda não tinham dado passos fundamentados, daí ele ter tecido considerações que correspondiam, em muitos casos, a pouca realidade no campo das etnias, quanto aos usos e costumes e até aos espaços ocupados por todas estas populações. Revela-se profundamente otimista quanto ao valor da terra e com uma exaltação contida diz a quem o lê que poderá estar ali um novo Brasil. Estes apontamentos do general Dias de Carvalho têm seguramente o valor histórico de versarem um incitamento ao presumível investidor, que não chegou a ser. Insista-se que em Lisboa não se sabia muito bem o que fazer da Guiné; mas naquele tempo estava em desenvolvimento uma cultura que iria dar os seus frutos: o amendoim.

Um abraço do
Mário



Philip J. Havik, um devotado historiador da Guiné:
Na Terra do Novo Deus:
O general Henrique Dias de Carvalho na Guiné (1898-1899) (5) – 2


Mário Beja Santos

Continuando a leitura deste ensaio de Philip Havik sobre apontamentos do general Dias de Carvalho referentes à sua estadia na Guiné no virar do século, ele vai tecer um acervo de considerações sobre o quadro étnico, viu-se que procurou olhares e considerações de outros viajantes e estudiosos, mas muito do que escreve não era nem exatamente assim nem os números dados e até a leitura etnológica e antropológica carece de rigor. Comentário meu, veja-se o que ele diz de Fulas.

Os Fulas vieram do interior e encontraram já estabelecidos na Guiné os Mandingas e os Biafadas; têm origem em pastores e nómadas que foram avançando no Sudão, em direção ao litoral. O Fula é de cor, vermelho acobreado, lábios delgados, dentes verticais, cabelos lisos que usam entrançados, feições inteligentes, extremidades finas, formas de corpo esbeltas e corpulência mediana. O Fula usa vestuário idêntico ao dos Mandingas, cabaia flutuante, bubu, calção em forma de saco apertado nos joelhos e cintura; usa geralmente sandálias fabricadas pelos Mandingas; os homens ocupam-se apenas dos rebanhos, deixando aos escravos de outras raças o amanho das terras; atualmente no Forreá já se entregam à colheita da borracha. O general, sabe-se lá com base em quê diz que os Fulas tendem a desaparecer por inúmeras miscigenações e doenças venéreas. Dividem-se em Forros e Pretos. Os Fulas-Pretos consideram os Forros uma raça inferior e ocupam a zona mais interessante do Forreá entre Buba e o rio Cogon; juntaram-se estas duas raças para se libertarem do jugo dos Mandingas e dos Biafadas. Os Fulas-Forros têm, como riqueza principal, o gado vacum; reconhecem a soberania dos Almamis de Timbo, chefes supremos do Futa Djalon.

Nos seus apontamentos, Dias de Carvalho destaca os Bijagós, nomeadamente o começo da plantação de amendoim sobretudo em Bolama e nas Galinhas. “A ênfase dada às ilhas na introdução desta cultura demonstra a mesma consciência histórica da sua relevância para a transição do comércio de bens e tráfico de escravos para uma economia de plantação.” Refere a parceria entre governadores e negociantes da época, procurou nos Bijagós obter uma concessão para o Marquês de Liveri, procurava-se estabelecer uma feitoria agrícola e comercial na ilha de Orango.

Revelou interesse pelo feiticismo, deu o exemplo de um curioso fenómeno a que assistiu, tratava-se da chegada do Deus Branco à Guiné, percorreu vários chãos em 1898 e depois desvaneceu-se. A passagem deste Deus Branco serviu-lhe para ilustrar a natureza supersticiosa das sociedades africanas.

Bem importante são as conclusões que Havik estabelece para a leitura dos apontamentos de Dias de Carvalho:
“Até aos anos 90 de oitocentos, a Guiné, que é na altura composta por aproximadamente 70 km2 de algumas ‘tiras de terra’, aparece como uma colónia fantasma, por causa da falta de soberania efetiva portuguesa sobre o território dentro das fronteiras delineadas no tratado com a França em 1886. Quando da chegada de Dias de Carvalho à Guiné, o poder sobre a maior parte da colónia ainda é exercido pelos povos nativos, que só cederam perante intensas campanhas militares na parte continental do território em 1915.
O Ultimatum Britânico fez com que a Coroa, novamente, apostou nas colónias para resgatar a metrópole da crise financeira e económica em que se encontrava. Para tal, facultou grandes concessões a companhias estrangeiras e portuguesas para facilitar a exploração agrícola e comercial da Guiné, e valorizar os seus recursos naturais e humanos. Começando com a concessão dos ‘terrenos públicos baldios’ aos Condes Buttler em 1892 e dos ‘terrenos incultos ou desocupados’ ao Mateus Augusto Ribeiro de Sampaio e o Conde Valle Flôr em 1894, que essencialmente incluíram a maior parte do então distrito, a Guiné ornou-se um alvo apetecível para a ‘exploração agrícola, comercial e industrial’.
A constituição da Companhia de Comércio e de Exploração da Guiné, criada nos anos 90 de oitocentos para mais tarde ser comprada por capitais belgas e que Dias de Carvalho é convidado integrar, visava também obter através de compra terrenos para desenvolver a agricultura de renda na Guiné. Esta política das grandes concessões a companhias estrangeiras não era, no entanto, nada pacífica entre os demais ponteiros e comerciantes no território, que protestaram veementemente contra a concessão que por incluir a maior parte dos terrenos férteis no litoral, era vista como um ameaça.”


As casas de comércio estrangeiras eram o sustentáculo da província, o único comerciante de origem portuguesa era António da Silva Gouveia, a Casa Gouveia, mais tarde integrada na CUF. O pequeno comércio era dominado por cabo-verdianos. Vê-se que é um observador sem ilusões da nossa ténue presença, cita mesmo um dos governadores da Guiné quando realça que “é vergonha confessar que desde séculos a nossa ação se não estende além dos muros que circundam a povoação de Bissau”. Havik recorda que foi precisamente na década e meia imediatamente anterior à chegada de Dias de Carvalho à Guiné que os governantes começaram a olhar para a maneira como se podia tirar proveito dos seus amplos recursos naturais. Não surpreende, pois, que estivesse centrado nos seus relatórios enviados a Lisboa sobre o que a terra da Guiné podia dar, como podia ser ocupada e valorizada. Adverte que era preciso aumentar a força militar para que houvesse uma boa administração, ou seja, impunha-se a tropa para garantir ocupação, e é bastante auspicioso do que o solo guineense poderá dar. Num arrobo contido, fala mesmo da Guiné como o novo Brasil. E é bastante temperado, no fundo comprova o seu tato político, ao fazer duras críticas e observações impiedosas à administração colonial e à gestão dos recursos pelos colonos e comerciantes, equilibrando nas suas apreciações ao dar uma vibrante cor local e despertar a atenção de quem o lê para a chamada Babel Negra, os tais apontamentos que provavelmente considerava fiéis sobre etnografia e etnologia, o que comprovadamente não era verdade.

Igreja de Nossa Senhora da Natividade, Cacheu. Constitui a primeira igreja portuguesa erigida na costa ocidental africana.
Azulejos de Bissau
Pormenor do rio Cacheu
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Notas do editor:

Vd. post de 28 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26626: Notas de leitura (1784): Philip J. Havik, um devotado historiador da Guiné: Na Terra do Novo Deus: O general Henrique Dias de Carvalho na Guiné (1898-1899) (5) – 1 (Mário Beja Santos)

Último post da série de 31 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26632: Notas de leitura (1785): "Futuros Criativos"; edição da Associação para a Cooperação Entre os Povos, Fundação Portugal-África e Instituto Camões, 2019 (2) (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P26650: (De)Caras (228): Homenagem ao leiriense Agostinho Gaspar (ex-1.º cabo mec auto, 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1972/74), que hoje faz 75 anos, três quartos de século, e tem uma bela coleção de postais ilustrados da "nossa Guiné"




Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70) > Vista aérea de Bissau. Ao centro, o Palácio do Governador e a Praça do Império. Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 118". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal, Imprimarte - Publicações e Artes Gráficas, SARL).

Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70) >  Guarda de honra do palácio do Governador: desfile na Praça do Império >  Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 104". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL.)

Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70) >  "Monumento ao Esforço da Raça (Bissau)". Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 131". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL).

Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70) >  "Monumento ao Esforço da Raça (Bissau)". Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 109". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL). 

Guiné > Bissau >  s/d (c. 1960/70) > "Praça Honório Barreto e Hotel Portugal".  Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 130". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL).

Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70) > Centro de Estudos da Guiné Portuguesa. Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 143". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL).


Guiné > Bissau > s/d  (c. 1960/70) > Avenida da República, ao fundo o Palácio do Governador. Bilhete Postal. Colecção "Guiné Portuguesa, 138. (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL). 

Guiné > Bissau > s/d  (c. 1960/70) > Avenida da República (hoje, Av Amílcar Cabral)  ao fundo o Palácio do Governador. Do lado esquerrdo, a Cadsa Gouveia.  Bilhete Postal. (Edição Comer, Trav do Alecrim, 1, Lisboa).

Guiné > Bissau > s/d  (c. 1960/70) >  Palácio do Governador. Bilhete Postal. Colecção "Guiné Portuguesa, 139. (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL). 


Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70) >    Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Bissau Bilhete Postal. Colecção "Guiné Portuguesa, 144. (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL)


Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70) >  
Monumento a Diogo Gomes e Edifício das Alfândegas.  Bilhete Postal. Colecção "Guiné Portuguesa, 136. (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL)


Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70>  "Mesquita muçulmana". Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 145". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal.  Imprimarte, SARL)


Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70>  
Vista aérea da Ponte Cais,  Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 119". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal.  Imprimarte, SARL)

Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70>   Ponte-cais, do aldo da Fortela da Amura.  Em primeiro, vê-se o monumento a Diogo Cão. Ao fundo, o ilha de Rei. Bilhete Postal, colecção "Guiné Portuguesa, 110". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal,  Imprimarte, SARL).


Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70>   "Paisagem da Guiné" (sic)... Marginal, junto ao estuário0 do Geba. . Bilhete Postal. Edição exclusiva das Galerias Jota Éme para a "Casa Gouvêa".

Colecção: Agostinho Gaspar / Digitalizações, edição e legendagem: Luís Graça & Camaradas da Guiné (2010).



1. Agostinho Carreira Gaspar, Alqueidão, Boavista, 2420-378 Leiria. (Boavista, em Leiria, a terra de bom leitão...).  Mecânico na Mitsubish, como mecâncio e responsável de sector.  Reformado.  Ex-1º cabo mecâncio auto, 3ª C / BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1972/74


Faz hoje 75 anos (*). Três quartos de século. Merece um poste especial. Entrou para a Tabanca Grande em 27/2/2010... Tem 53 referências no nosso blogue. 

Acompanhava o nosso blogue, de há muito, mas até então ainda "não tinha tido jeito" de se inscrever formalmente. Usava até 2010 o mail da filha, mas ainda não lidava bem com estas novas tecnologias.

Hoje já tem página no Facebook, e já voltou à Guiné-Bissau, onde tem amigos.

Em 2010 já fazia (e continuava a fazer) parte da Tabanca do Centro. Conheci-o em 2009, se não erro. Esteve presente no nosso IV Encontro Nacional da Tabanca Grande, em 20 de Junho de 2009, Ortigosa, Monte Real. Voltei a encontrá-lo uns meses depois, em 26/2/2010, mas em Monte Real, por ocasião do convívio da Tabanca do Centro.

Disse-me que não tinha histórias de guerra para contar. Em contrapartida, trazia um saco de plástico onde guardava, como algo de precioso, a sua colecção de recordações da Guiné, constituída por vários álbuns: moedas, selos, notas e postas ilustrados...Insistiu em que levasse a sua colecção, para digitalizar e depois devolver. Trouxe apenas, a título de empréstimo, o seu álbum de postais ilustrados (cerca de 90).,

 Em dia de festa por ocasião do seu 75º aniversário natalício, quero desejar ao Agostinho boa continuação da caminhada pela picada da vida. Saúde, muita e boa, é a gente precisa agora, Agostinho. Um grande dia para ti e os teus. (**)

Mas deixem-me, caros leitores, fazer aqui hoje uma selcção dos melhores postais ilusttrados da coleção do Agostinho Gaspar, do seu álbum da Guiné. Eram, em 2010, quase uma centena (alguns dos postais, eram a poreto e branco). Devo ter selecionado e digitalizado um quarto ou um terço. 

Para ele hoje selecionei uns tantos, da cidade(zinha) de Bissau, que continua no nosso coração, como o resto daquela terra verde-rubra e do povo da Guiné-Bissau para quem desejamos omelhor do mundo. Muita coisa mudfou, a coneçar pela toponímia de Bissau (***). Mas estes postais da "época colonial" (e quase todas da  "Foto Serra") t`^em um grande valor iconogrãfico e documental.


2. Comentário do editor L.G.: 

A propósito desta coleção... Quem de nós não mandou à família e amigos um postalinho da Bissau colonial dos anos 60/70 ? Escrito à pressa, tranquilizador, a 4 mil quilõmetros de distâqncia de caas... "Nós por cá todos bem, como podem ver isto até é bonito, e calmo, e limpinho, há gente a passear nas ruas e avenidas novas"... 

Quem de nós não passou uns dias, desenfiado em Bissau, longe do Vietname, ou simplesmente em trânsito, e portanto quem não reconhece estes lugares ? Muitos dos nossos camaradas que não se podiam dar ao luxo de vir à Metrópole no gozo da licença de férias, escolheram Bissau como a solução menos dispendiosa...É certo que não havia muito para fazer e para ver em Bissau, mas sempre se saía dos Bura..kos em que vivíamos, no sul, no leste, no oeste...

A colecção de postais ilustrados "Guiné Portuguesa", editada pela Foto Serra (C.P. 239, Bissau), era provavelmente a mais conhecida e a de melhor qualidade fotográfica... Muitos destes postais (a colecção completa deverá ter deverá ter perto de 2 centenas) eram impressos em Portugal, na Imprimarte - Publicações e Artes Gráficas, SARL. 

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Notas do editor LG:

(*) Vd. poste de 4 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26649: Parabéns a você (2363): Agostinho Gaspar, ex-1.º Cabo Mecânico Auto da 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72 (Mansoa, 1972/74)

(**) Último poste da série > 14 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26494: (De)Caras (227): A Cecílica Supico Pinto (2021-2011), que eu conheci, em Có, em visita do MNF, a 2 de maio de 1969 (Miguel Rocha, ex-alf mil inf, a exercer na altura as funções de cmdt, CCAÇ 2367, 1968/70)

(***) Vd. poste de 13 de novembro de 2019  > Guiné 61/74 - P20340: Memória dos lugares (400): Roteiro de Bissau, antes e depois de 1975: principais artérias e pontos de referência