Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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sexta-feira, 14 de novembro de 2025
Guiné 61/74 - P27419: Parabéns a você (2433): César Dias, ex-Fur Mil Sapador Inf da CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa e Mansabá, 1969/71); Jacinto Cristina, ex-Sold At Inf da CCAÇ 3546/BCAÇ 3883 (Piche e Camajabá, 1972/74) e Maria Arminda Santos, ex-Ten Enfermeira Paraquedista (Angola, Guiné e Moçambique, 1961/1970)
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Nota do editor
Último post da série de 13 de Novembro de 2025 > Guiné 61/74 - P27415: Parabéns a você (2432): José Manuel Lopes, ex-Fur Mil da CART 6250/72 (Mampatá e Colibuia, 1972/74)
segunda-feira, 15 de setembro de 2025
Guiné 61/74 - P27220: In Memoriam (559): Isabel Bandeira de Melo (Rilvas) (1935-2025): uma mulher pioneira em vários domínios, interditos às mulheres, a começar pelo paraquedismo... Foi a "madrinha" das enfermeiras paraquedistas (1961).
Isabel Bandeira de Melo (Rilvas), filha dos condes de Rilvas. carinhosamente apelidada pelos paraquedistas e pelas enfermeiras paraquedistas por Isabelinha, faleceu ontem, 14 de setembro de 2025, aos noventa anos de idade. Nascera em 8 de janeiro de 1935.
Tinha festejado, a 4 de janeiro último, o seu 90º aniversário com salto em queda livre, um salto tandem, a uma altura de cerca de 3 mil metros, a partir do aeródromo de Tancos, numa aeronave do Para Clube os Boinas Verdes, segundo notícia de Mário Rui Fonseca, publicada no jornal Médio Tejo, em 7 de janeiro de 2025.
A Isabelinha, como colega e amiga da maioria das candidatas que integraram esse primeiro curso, teve também a sua quota-parte de influência, na decisão em aceitarem esse desafio.
Pela primeira vez iam ser treinadas em Portugal, mulheres para Paraquedistas. A sua preparação teve início a 6 de junho de 1961 e terminou a 8 de agosto, com a conquista da tão almejada boina verde e brevê, que lhes conferiram o título pelo qual passaram a ser designadas, “ As Enfermeiras Paraquedistas”.
Para se chegar a esse dia, foi preciso percorrer um duro e difícil caminho; vencer barreiras a que não estávamos habituadas, ultrapassar receios e preconceitos, superar debilidades físicas, momentos de fadiga, desânimo e medo do fracasso. Porém entrámos determinadas e convictas de que poderíamos chegar ao fim. Aceitámos voluntariamente esse grande desafio, de trocar a nossa vida rotineira, tranquila e profissionalmente estável, por outra que imaginávamos ser mais agitada, mas da qual não sabíamos como iria decorrer. Éramos jovens, e como tal generosas e aventureiras. (...)
"É com muita tristeza que a AFAP faz saber do falecimento da D. Isabel Rilvas, uma das pioneiras na aviação e no paraquedismo, e nossa sócia extraordinária. A nossa “Isabelinha” conseguiu o seu brevet (aos 19 anos) em 1954 em aviões e planadores; em 1956 tornou-se na primeira mulher paraquedista da Península Ibérica; e em 1981 obteve a licença de voo em balão de ar quente nos Estados Unidos.
O seu falecimento é realmente uma grande perda para a aviação portuguesa.
A AFAP expressa os seus sentidos pêsames à família e amigos!"
- começou a aprender a pilotar aviões na Escola de Aviação Civil do Aero Club de Portugal (Sintra),em 1953, apadrinhada pelo director das Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA), Pedro Avilez (para fazer o curso teve sempre a companhia de Chica, uma empregada da familia que fez o papel de dama de companhia dela, tais eram os preconceitos da época);
- em 1954, com 19 anos, tirou o brevê de pilotagem de aviões ligeiros (e posteriormente obteve as licenças equivalentes na África do Sul, Espanha, Itália e Estados Unidos da América, países onde viveu enquanto mulher do embaixador Leonardo Mathias);
- tirou também o brevê de voo à vela;
- em 1955, ao ir com o pai ver um festival aéreo no aeroporto Le Bourget, entrou em contacto com as Enfermeiras Paraquedistas Socorristas do Ar, da Cruz Vermelha francesa. e tem a ideia de criar um grupo de enfermeiras semelhante em Portugal:
- em 1955, é segunda mulher portuguesa a obter o brevê C que permite pilotar planadores;
- em França frequenta o curso de Instrutor Paraquedista no Solo no Centro de Paraquedismo de Biscarrosse onde é aluna da socorrista do ar Jacqueline Domerge;
- obtém, em 1956, brevê de 1.º grau de paraquedismo civil e no ano seguinte o de 2.º grau; foi então a primeira mulher portuguesa (e ibérica) a saltar de paraquedas, no contexto civil;
- para poder manter as suas licenças de paraquedista, Isabel tinha de completar um número específico de saltos, mas foi confrontada com a inexistência de locais onde fosse possível fazê-lo em Portugal; por isso, pediu à Força Aérea que a autorizasse a saltar na base militar de Tancos, local de treino dos soldados paraquedistas; obteve uma licença provisória para saltar no país; foi-lhe também concedida autorização para o fazer com os paraquedistas militares; o seu primeiro salto em Tancos teve lugar em 18 de janeiro de 1959, aos aos 24 anos;
- fez o curso de instrutora de paraquedismo, completando 25 saltos;
- em 3 de maio de 1959, convidada pelo Aeroclube de Luanda, saltou em queda-livre em Angola, perante luandenses maravilhados; repetiu a proeza em 17 de maio em Lourenço Marques, fascinando uma multidão de moçambicanos;
- efectuou saltos de paraquedas de diversos tipos de aviões, entre eles: Stampe, Junkers JU52, Dakota, Tiger Moth, Dragon Rapid e Noratlas;
- bateu o recorde português de voo sem motor: permaneceu no ar por 11 horas e 15 minutos em Alverca, em julho de 1960;
- foi a primeira mulher a fazer acrobacias aéreas da Península Ibérica, tendo entrado em várias competições de festivais da modalidade, pilotando vários tipos de aviões;
- foi a grande impulsionadora da criação do Corpo de Enfermeiras Paraquedistas Portuguesas em 1961 (o 1º curso começou em 6 de junho e terminou em 8 de agosto, na Base de Tancos; das candidatas iniciais, foram selecionadas 11, e só 6 concluíram e receberam o brevê, sendo conhecidas como as “Seis Marias”, como lembru a nossa amiga e camarada Maria Arminda);
- conseguiu concretizar o seu sonho em 1961, quando Kaúlza de Arriaga, face aos desafios e exigências do inicio da guerra colonial em Angol, apresentou a ideia a Salazar que, com ressalvas, autorizou a criação do grupo de enfermeiras;
- em 1981, obteve uma licença de voo em balão de ar quente, nos EUA, sendo a primeira portuguesa a fazê-lo; de regresso a Portugal tentou junto da Direcção-Geral da Aeronáutica Civil obter uma equivalência, uma licença portuguesa, mas foi impossível, por não haver legislação para balões de ar-quente, nem sequer balões;
- em 2017, foi condecoarada, pelo Presidente da República, com o grau de Grande-oficial da Ordem do Infante D. Henrique,
(**) Vd. poste 5 de novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8998: As nossas queridas enfermeiras pára-quedistas (28): Comemoração dos 50 anos dos cursos de 1961 das Tropas Pára-quedistas (Rosa Serra / Maria Arminda)
domingo, 3 de agosto de 2025
Guiné 61/74 - P27084: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (12): Ercília Ribeiro Pedro, ex-srgt grad enfermeira paraquedista, do 2º curso (1962)
Foto: Página do Facebook "Quem Vai à Guerra" (documentário de 2011, da realizadora Marta Pessoa) (Com a devida vénia.)
Brasil > 2012 > Grupo de militares portugueses e suas esposas, em visita a diversos estabelecimentos do exército brasileiro, no qual se incluiu o cor art e docente da Academia Militar, Morais da Silva. Foto reproduzida com a devida autorização do autor. A senhora assinalada com círculo a vermelho foi identificada pela Maria Arminda Santos como sendo a Ercília Ribeiro Pedro (*).
Foto (e legenda): © António Luís Morais da Silva (2012 ). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Grça & Camaradas da Guiné]
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Ercília (Fonte: página do Facebook de Fernando Miranda, com a devida vénia |
1. Durante a guerra de África, guerra do ultramar ou guerra colonial, formaram-se 46 enfermeiras paraquedistas, depois graduadas em alferes ou sargentos... Num total de 9 cursos, o último já em 1974 (que apenas formou uma enfermeira, que já não chegou a ser mobilizada). Só nos primeiros quatro cursos, de 1961 a 1964, formaram-se 58,7% dos efetivos (n=27) (*).
A Ercílio Ribeiro Pedro é do 2º curso (1962). Sabemos pouco sobre a sua biografia. O nome completo, de casada, é Ercília Conceição Silva Ribeiro Pedro. Provavelmente foi curta a sua "carreira" como enfermeira paraquedista. Logo em 1962 foi mobilizada para Angola e era a única mulher, militar, no seio do BCP 21.
Foi o teatro de operações que mais a marcou, Angola, não tendo estado em mais nenhum outro, presumimos nós, porque entretanto se casou, em Luanda, com um paraquedista, Ribeiro Pedro.
Recorde-se que as enfermeiras paraquedistas, ao tempo, e pelo menos até 1963. tinham que ser solteiras ou viúvas sem filhos, tal como as restantes enfermeiras. Admitimos a hipótese que a Ercilia tenha continuado a trabalhar como enfermeira do Hospital Militar da Força Aérea.
No livro coletivo "Nós, as enfermeiras paraquedistas" (ed. lit., Rosa Serra) (Porto, Fronteira do Caos Editores, 2014, 2ª ed., 439 pp.), a Ercília tem 3 contribuições memorialísticas, todas relativas à sua comissão em Angola, integrada no BCP 21:- Viagem para um destino exótico (pp. 164-1760);
- Um jovem alferes sem interesse pela vida (pp. 276-278);
- Uma ida ao "cabaret" (pp. 361/363).
A minha inscrição na Força Aérea como enfermeira paraquedista veio alterar e condicionar todo o resto da minha vida. E sempre para o Bem...
Este foi um tempo de sonho, onde valores que muito prezo como o da Amizade e da Solidariedade, estiveram sempre presentes. Mas nessa etapa da minha vida também houve dificuldades, sobretudo quando sofri a dureza da formação, em Tancos, e quando experimentei, pela primeira vez, em Angola, o quão amarga é por vezes a profissão de enfermeira no tratamento de feridos de guerra.
Mas essaas dificuldades e amarguras foram a têmpera para moldar e reforçar o meu ânimo, por forma a poder mais tarde enfrentar obstáculos, contrariedades e riscos difíceis de imaginar, mas que passaram a ser as constantes da minha vida.
Posso afirmnar, sem qualquer dúvida, que foi este período militar das Tropas Paraquedistas que me fortaleceu como ser humano e como enfermeira.
Costumo dizer, por brincadeira, que cumpri o meu serviço militar obrigatório nas Tropas Paraquedistas. Depois, namorei e casei com um militar paraquedista, e fiz questão que o enlace ocorresse na igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Luanda, onde ia rezar pelos "meus doentes e pelos meus feridos", quando era "alferes enfermeira paraquedista".
Terminada a guerra do Ultramar, e sendo os meus filhos já adultos e independentes, imbuída do espírito altruista e de missão que criara nas Tropas Paraquedistas, decidi abraçar o voluntariado, fazendo missões humanitárias integradas em várias ONG...
Estive no meio de várias guerras: no Iraque, durante a guerra do Golfo; depois na Guiné (Boé) e em Angola no tempo da guerra civil, e em Timor e Moçambique.
Em todas estas missões passei frequentemente por situações de grande risco e tive de assumnir pesadas responsabilidades. Mas sempre me saí muito bem... Consegui lidar com essas situações pondo em prática o que tinha aprendido e vivido na Força Aérea como enfermeira paraquedista em África,
E assim decorreu uma vida - a minha vida... Hoje, quando a recordo, posso afirmar que tenho muito orgulho do meu passado.
Ercília
Excerto de: "Nós, as enfermeiras paraquedistas" (ed. lit., Rosa Serra), 2ª ed. (Porto, Fronteira do Caos Editores, 2014), pp. 393/394. (**)
(Revisão / fixação de texto: LG)
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Notas do editor LG:
(*) Vd. poste de 2 de agosto de 2025 > Guiné 61/74 - P27079: (De)Caras (237): Ercília Ribeiro Pedro, ex-enfermeira paraquedista, do 2º curso (1962), reconhecida pela Maria Arminda em foto de grupo, tirada no Brasil, em 2012, e pertença do álbum do cor art ref Morais da Silvasábado, 2 de agosto de 2025
Guiné 61/74 - P27079: (De)Caras (237): Ercília Ribeiro Pedro, ex-enfermeira paraquedista, do 2º curso (1962), reconhecida pela Maria Arminda em foto de grupo, tirada no Brasil, em 2012, e pertença do álbum do cor art ref Morais da Silva
1. Mensagem do nosso camarada e amigo, cor art ref Morais da Silva (*):
Data - quarta, 30/07/2025, 22:41
Caro Luís
Em 2012 fiz parte de uma caravana de militares e família que deambulou 15 dias pelo Brasil.
Na foto esta senhora que assinalei e cujo nome esqueci, viajava com o marido, militar paraquedista. Será a enfermeira Maria Arminda, nossa camarada no blog?
Abraço
Morais da Silva
Luís,
Só agora vi o email. A minha colega é a Ercília Ribeiro Pedro, casada com um oficial, Ribeiro Pedro. Ela também foi paraquedista do segundo curso, se não estou em erro, e ambos ainda estão vivos.
M Arminda
Boa tarde.
Muito obrigado.
Como ex-Cmdt de Gadamael 70-72, tive que, infelizmente, ter muitas vezes a ajuda preciosa das equipas piloto-enfermeira pqdt. Foram e continuam a ser merecedoras da estima de todos os ex-combatentes.
Para a minha camarada Maria Arminda o obrigado do velho capitão. Para o Luís o abração costumado.
Morais Silva
Data - 31/07/2025, 17:48
Obrigado, Arminda. É uma boa ajuda para o nosso cor art ref, Antonio Luís Morais da Silva, também nosso camarada da Guiné (*).
A Ercília é, de facto, do 2º curso (1962) (escreveu-me em tempo o Miguel Pessoa), curso que formou 5 enfermeiras pqdt. Esteve em Angola como alferes graduada enfermeira pqdt. Casou em Luanda com o Ribeiro Pedro, paraquedista. Segundo ela diz no vosso livro, "Nós, as Enfermeiras Paraquedistas"... (2014, pag. 394) integrou depois várias ONG, como voluntária e apanhou várias guerras (do Iraque, guerra do Golfo, a Angola, guerra civil, passando pela Guiné-Bissau, Timor e Moçambique (**).
Boa continuação da fisioterapia (a minha está a correr, na expectativa da próxima cirurgia: a minha prótese da anca ainda meia solta, já tem 12/13 anos)...
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5. Resposta da Maria Arminda:
Data - 31/07/2025, 18:06
Obrigada pelas notícias. Confirmo as informações sobre a Ercília e do seu trabalho. Ao lado, de bigode. é hoje o major-general paraquedista, Hugo Borges [ex-tenente pqdt, e 2.º cmdt, CCP 121 / BCP 12, um dos bravos de Guidaje, na batalha de Guidaje, em 23/5/1973].
Um abraço
M Arminda
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Notas do editor LG:
(*) Morais Silva:
(i) foi cadete-aluno n.º 45/63 do Corpo de Alunos da Academia Militar (e depois, mais tarde, professor de investigação operacional na AM, durante cerca de 2 décadas);
(ii) no CTIG, foi comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre jan 1971 e fev 1972; instrutor da 1.ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga; adjunto do COP 6, em Mansabá;
(iii) fez parte do Grupo L34, na Op Viragem Histórica, no 25 de Abril de 1974;
(iv) é membro da nossa Tabanca Grande, com mais de 150 referências no blogue.
quarta-feira, 30 de julho de 2025
Guiné 61/74 - P27072: Felizmente ainda há verão em 2025 (3): recordando o meu esforçado, voluntarioso, amável , efémero e... clandestino professor de pilotagem do DO-27, o "Pombinho", que veio expressamente do Brasil para assistir ao lançamento do nosso livro "Nós, as enfermeiras paraquedistas", em 26/11/2014, no Estado Maior da Força Aérea, em Alfragide (Maria Arminda Santos, Setúbal)
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Maria Atminda Santos (n. 1937) |
Data - 30/7/2025 | 11:25
Assunto - "Pombinho"
Olá, Luís. Obrigada por esta bela recordação do meu amigo e estimado "Pombinho". Não foi por muito tempo que nos deu aulas.
Veio do Brasil ao lançamento do nosso livro. Que esteja em paz bem como a minha amiga e colega Zulmira. Eu cá vou fazendo a caminhada!... até completar o meu ciclo de vida.
Vou ver se aqui consigo pôr a última foto que tenho com o Pombo Rodrigues (Pombinho).
M Arminda Santos
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(*) Vd. poste de 30 de julho de 2025 > Guiné 61/74 - P27070: Humor de caserna (208): As duas gloriosas malucas das máquinas voadoras, a Zulmira e a Maria Arminda, enfermeiras pqdt a quem o "Pombinho" meteu na cabeça que haveriam de aprender a pilotar o Dornier DO-27
(**) Último poste da série > 29 de julho de 2025 > Guiné 61/74 - P27067: Felizmente ainda há verão em 2025 (2): E na próxima segunda-feira, dia 4 de agosto, às 19h30, os mordomos da Festa do Emigrante na Ventosa do Mar, Lourinhã, vão armar a "manjedouro do povo" para a monumental batatada de peixe seco!... Sigamos a "arraia", que o cherne está pela hora da morte!
Guiné 61/74 - P27070: Humor de caserna (208): As duas gloriosas malucas das máquinas voadoras, a Zulmira e a Maria Arminda, enfermeiras pqdt a quem o "Pombinho" meteu na cabeça que haveriam de aprender a pilotar o Dornier DO-27
Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Bambadinca > CCAÇ 12 (1969/71) > Pista de Bambadinca... Ao fundo, o muro do cemitério... Uma DO-27 na pista...
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| 1º srgt Pombo, piloto de F-86-F Sabre, BA 5, Monte Real, 1961. Cortesia de José Cabeleira (2011) |
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Maria Atminda Santos (n. 1937) |
(...) Em nenhum dos muitos locais onde trabalhei (incluindo hospitais), senti um ambiente de tão forte coesão e solidariedade entre todos os que me rodeavam, e em que a palavra "amizade" tivesse uma expressão tão forte e fosse tão marcante para a vida, como o ambiente em que vivi na Guiné.
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Maria Zulmira André Pereira (1931-2010) |
Último poste da série > 29 de julho de 2025 > Guiné 51/74 - P27065: Humor de caserna (207): A fome aguça o engenho: roubar vacas, não prenhas, aos balantas de Nhacra, com recurso aos serviços de um "ginecologista"; e "pescar" galinhas com anzol... (Eduardo Campos, ex-1º cabo trms, CCAV 4540, 1972/74)
segunda-feira, 12 de maio de 2025
Guiné 61/74 - P26792: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (11): Três fotos para a história... O pequeno/ grande passo das seis Marias (1º Curso de Enfermeiras Paraquedistas, Tancos, 6 de julho-8 de agosto de 1961)
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Maria Atminda Santos (n. 1937) |
1. São três fotos para a História...Foi um grande passo para elas, as primeiras seis enfermeiras paraquedistas portuguesas, aprovadas (num total de 11 selecionadas) no 1º curso, em Tancos , de 6 de julho a 8 de agosto de 1961,
Fotos e legendas fornecidas pela Maria Arminda Santos, tenente graduada enfermeira paraquedista reformada (deixou a carreira militar antes do 25 de Abril, ainda em 1970; nasceu em 1937, em Póvoa da Galega, Mafra; vive em Setúbal):
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Maria Zulmira André Pereira (1931-2010) |
Foto nº 1 > "Zulmira com a Diretora da Escola de Enfermagem das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, Irmã Emaús" [A instituição que o Subsecretário de Estado da Aeronáutica, ten-cor Kaulza de Arriaga, escolheu para fazer a seleção das primeiras 11 candidatas ao 1º curso de enfermeiras- paraquedistas; esta foto com a Madre Superiora das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria foi tirada "antes do primeiro salto"; é uma fotografia soberba, de antologia: a Irmã Emaús está incutir a coragem à sua "pupila", neste caso a Zulmira, infelizmente já falecida, em 2010].
Foto nº 2 > "Vê-se que também estou eufórica" [A Arminda parecia-nos ser a segunda, e "a mais contida", na foto da revista "Ilustração Portuguesa" (*), mas afinal é a terceira, a seguir à Ivone Reis].
Foto nº 3 > "Enquanto se aguardava pela feitura das fardas, fomos em tipo estágio para a urgência do Hospital de São José e aí com as nossas fardas das respetivas Escolas. Todas iguais menos eu que fui a única da Escola de São Vicente de Paulo, atualmente integrada na Universidade Católica". [Se assim é, quanto a nós a Arminda é a última da ponta direita.].
Nota do editor LG:
Guiné 61/74 - P26790: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (11): Enfermeiras & paraquedistas!... Que desaforo, terão pensado os "velhos do Restelo" do "Estado Velho", em 8 de agosto de 1961...
29 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26742: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (9): Giselda Pessoa: foi o CTIG (1972/74) que a marcou para o resto da vida
26 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26618: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (8): Grande coragem, sangue frio, inteligência emocional, autocontrolo, empatia, serenidade, a da Rosa Exposto!
12 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26575: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (6): Homenagem às enfermeiras paraquedistas em livro recente sobre a "História da Enfermagem em Portugal"... Por sua vez, reproduzimos excerto de um depoimento de Aura Teles sobre a morte da fur grad enfermeira pqdt Maria Celeste Ferreira da Costa (Tarouca, 1945 - Bissalanca, 1973)
15 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26497: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (5): Em Mueda, no planalto dos Macondes, num dos piores cenários da guerra em Moçambique - Parte I (enf pqdt Maria de Lourdes Gomes)
7 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26470: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (4): "Meu amor, se depender de mim não morres aqui"... Palavras que me ficaram para a vida (Carlos Parente, natural de Viana do Castelo, ex-sold at inf, CCAÇ 1787)
15 de janeiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26392: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (2): O que é feito de ti, Maria Rosa Exposto ?... "Nunca vos esqueci nem esquecerei", escreveu ela em depoimento para o livro "Nós, Enfermeiras Paraquedistas", 2ª ed., 2014, pág. 403)
14 de janeiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26388: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (1): Uma portuguesa, mulher de um furriel, perdida num aquartelamento do Nordeste... (Giselda Pessoa)
domingo, 4 de maio de 2025
Guiné 61/74 - P26763: In Memoriam (546): Eugénia do Espírito Santo Sousa, cap enf pqdt (Ribeira Grande, Santo Antão, Cabo Verde, 1935 - Sesimbra, 2025): era do 2º curso (1962) e passou pelos 3 teatros de operações
Cabo Verde, 1935 - Sesimbra, 2025)
1. Faleceu, no Hospital Militar das Forças Armadas, em 28 de abril passado, aos 89 anos (iria completar os 90 em 13 de novembro próximo), a Eugénia (*).
Foi enfermeira paraquedista durante 12 anos, passou pelos TO de Angola, Guiné e Moçambique. Fez parte do 2º Curso (1963) (que formou 5 enfermeiras pqdt).
Foi nomeada em 1982 para prestar serviço, a partir de 1/1/1982, na Escola do Serviço de Saúde Militar, com o posto de "capitão enfermeiro paraquedista (001373-A)", nos termos do Decreto-Lei nº 266/79, de 2 de agosto (**), e da Portaria nº 257/81, de 11 de março.
2. A notícia, triste, foi-nos dada pela Maria Arminda Santos, pessoalmente e pela sua página no Facebook. (A Arminda, do 1º curso, 1961, é a decana das antigas enfermeiras paraquedistas, e membro, nº 500, da nossa Tabanca Grande, desde 23/5/2011).
O corpo da Eugénia repousa no cemitério de Aiana, Sesimbra, no talhão dos combatentes, segundo informação do Aristides Santos, nosso amigo no Facebook e antigo 2º srgt pqdt do Regimento de Caçadores Paraquedistas (que deixou em 1970).
A Eugénia participou, com dois textos, no livro "Nós, enfermeiras paraquedistas", 2ª ed., org. Rosa Serra, prefácio do Prof. Adriano Moreira (Porto: Fronteira do Caos, 2014).
Reproduzimos aqui, em sua homenagem, o que ela escreveu, no Cap XII ("Olhando para trás...", pág. 391) (com a devida vénia).
Oportunamente publicaremos um outro texto seu, autobiográfico. Por informação da Maria Arminda, sabemos que a Eugénia não tinha filhos, ficou solteira, tendo apenas uma sobrinha (que vive nos EUA e veio ao funeral).
Notas do editor LG:
quarta-feira, 12 de março de 2025
Guiné 61/74 - P26575: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (6): Homenagem às enfermeiras paraquedistas em livro recente sobre a "História da Enfermagem em Portugal"... Por sua vez, reproduzimos excerto de um depoimento de Aura Teles sobre a morte da fur grad enfermeira pqdt Maria Celeste Ferreira da Costa (Tarouca, 1945 - Bissalanca, 1973)
Capa de "História da Enfermagem em Portugal (1143 - 1988). Ed lit: Ana Pires, Ana Paula Gato, Analisa Candeias, Carlos Subtil, Constança Festas, Lucília Nunes, Paulo Queirós, Rui Costa. Lisboa: Universidade Católica Editora, 2025, 301 pp.
(***) Último poste da série > 15 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26497: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (5): Em Mueda, no planalto dos Macondes, num dos piores cenários da guerra em Moçambique - Parte I (enf pqdt Maria de Lourdes Gomes)
quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Guiné 61/74 - P26392: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (2): O que é feito de ti, Maria Rosa Exposto ?... "Nunca vos esqueci nem esquecerei", escreveu ela em depoimento para o livro "Nós, Enfermeiras Paraquedistas", 2ª ed., 2014, pág. 403)
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Guiné > Região do Oio > Jumbembem > CART 730 (1964/66) e CCAÇ 1565 (1966/68) > Domingo, 10 de julho de 1966 > Um dia trágico: pormenor da evacuação do cap mil inf Rui Romero, na foto a ser transferido para a maca do helicóptero Alouette II... A enfermeira paraquedista é (pou parece ser) a alf Maria Rosa Exposto. (*) Em primeiro plano, de costas, e quico na mão, o 1.º cabo operador cripto Florival Fernandes Pires, natural de Portalegre, que foi, com o Artur Conceição, sold trms, uma das primeiras testemunhas das circunstâncias trágicas em que morreu o cap mil inf Rui Anónio Nuno Romero, cmdt da CCAÇ 1565, de 32 anos, casado, pai de 2 filhas menores, natural de Portalegre, residente em Lisboa, filho de pai militar, desenhador de construção civil a frequentar o curso de arquitetura quando foi chamado para o curso de capitães. O Artur Conceição estava a 2 metros do local da tragédia. Embora já cadáver, o corpo do malogrado oficial foi levado de helicóptero para o Hospital Militar de Bissau e o funeral realizou-se um mês e tal depois em Lisboa, no cemitério do Alto de São João. A enfermeira na foto parece ser a Rosa Exposto, do curso de 1964, segundo apurámos junto do nosso camarada Miguel Pessoa e das nossas camaradas enfermeiras paraquedistas Giselda Pessoa e Maria Arminda. A CCAÇ 1565 foi mobilizada pelo RI 1, partiu para o TO da Guiné em 20/4/1966, e regressou a 22/1/1968. Esteve em Bissau, Jumbembem, Canjambari e Bissau. Comandantes, além do cap mil inf Rui António Nuno Romero: cap inf José Lopes e cap mil inf José Alberto de Sá Barros e Silva (vivia em Lisboa em 2007). Por sua vez, a CART 730 / BART 733, foi mobilizada pelo RAL 1, partiu para o TO da Guiné em 8/10/1964, e regressou a 14/8/1966. Pasou por Bironque, Biossorã, Jumbembem e Farim, Foi seu comandante o cap art Amaro Rodrigues Garcia. O BART 733 esteve em Bissau e Farim. Foto ( e legenda): © Artur Conceição (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 726 (Out 64 / Jul 66) > O pessoal em operações militares: na foto, acima, transporte às costas de um ferido, evacuado para o HM 241, em Bissau, por um helicóptero Alouette II (versão anterior do Alouette III, que nos era mais familiar, sobretudo para aqueles que chegaram à Guiné a partir de 1968). Maria Arminda Santos: (...) "A partir daí a guerra na Guiné estava instalada e assim que foi possível fomos colocadas na Base de Bissalanca, para o início das evacuações aéreas com enfermeiras. Havia os aviões Auster e os helicópteros Alouette II; nestes não nos era possível acompanhar de perto os feridos, os quais eram transportados fora do helicóptero, numa espécie de caixas colocadas por cima dos patins do heli, uma de cada lado. Nos Auster a maca quase entrava pela cadeira ao lado do piloto e na cauda do avião. "Felizmente mais tarde chegaram os DO-27 e os Alouette III, onde passámos a fazer inúmeras evacuações, adaptando e modificando os meios sanitários e a nossa actuação, com a finalidade de uma mais eficaz prestação de cuidados aos feridos, os quais iam sendo cada vez em maior número. Infelizmente tivemos que chegar a fazer evacuações no Dakota, quando havia ao mesmo tempo muitos feridos e a pista era adequada para a sua aterragem." (...) (**) Foto (e legenda): © Alberto Pires (Teco) / Jorge Félix (2009). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] Maria Rosa Exposto, ex-alf grad enfermeira paraquedista Brevet nº 2846, 26-4º enf nov 64 1. O que é feito de ti, Maria Rosa Exposto ? Há tempos correu, por aí, pelos "mentideros" das redes sociais, a notícia da tua morte... O que nos deixou sobressaltados... Boato ? Mentira ? Verdade ? Quem desejaria a tua morte, a ti, que salvaste tantas vidas ?!... Mas nenhuma das tuas antigas camaradas (a Rosa Serra, a Maria Arminda, a Giselda...) puderam confirmar ou infirmar essa infeliz notícia, que esperamos, de todo o coração, seja falsa. Infelizmente, não temos dados biográficos detalhados sobre ti, Rosa. Não sabemos onde vives. E o que é feito de ti... Havia três enfermeiras paraquedistas com o nome ou apelido Rosa:
Sabemos que fizeste a tua primeira comissão na Guiné. Como alferes graduada. Estiveste com a Maria Arminda. Republicamos acima uma foto em que tu apareces na evacuação do cap mil inf Rui Romero, "vítima de acidente com arma de fogo", em 10 de julho de 1966. É muito provável que depois da Guiné tenhas passado também pelos TO de Angola e Moçambique. E, tudo indica, pelos dois ou três teus escritos (no vosso livro, "Nós, enfermeiras paarquedistas", 2ª ed., 2014) que tenhas voltado à Guiné em 1969. Sabemos pertenceste ao 4º curso (1964) (o 5º Curso foi em 1966). Segundo tu própria nos contas, no livro "Nós, as enfermeiras paraquedistas", a tua "primeira comissão foi na Guiné, após um pequeno 'estágio' nos Açores" (pág, 175). Não dizes o ano, mas terá sido em 1966, a avaliar pela foto que nos mandou o nosso camarada Artur Conceição (que vive na Amadora, ex-sold trms, CCAÇ 730, 1964/66).E a Maria Arminda confirma. Sabemos que és transmontana de Bragança. E estudaste enfermagem em Coimbra (pág. 175), na então Escola de Enfermagem Dr. Ângelo da Fonseca (hoje integrada, desde 2004, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra). A Rosa Serra (que foi a corrdenador do vosso livro) não também não me soube responder a algumas questões que lhe pus a teu respeito. Sabe que tu eras mais velha (a Rosa Serra nasceu en 1946, tu provavelmente em 1940/41). E, há uns anos atrás, quando te telefonou, ficou a saber que já eras viúva e tinhas um filho. A Maria Arminda não falava contigo há um ano. Sabia que vivias para os lados de Portalegre. Também não sabemos qual era o teu apelido de casada. Mas tudo indica que o teu nome completo seja Maria Rosa Exposto Olivença. Encontrei-o no "Diário da República" (II Série, nº 168, de 24/7/1986): foste promovida, por progressão na carreira, desde 1/1/1986, à categoria de enfermeira de grau 1, 3º escalão, do quadro geral do pessoal civil da Força Aérea... Terás lá ficado até quando ? Participaste no livro "Nós, as enfermeiras paraquedistas" (2014). Desse livro vamos destacar o seu testemunho de vida (pág. 403). Não te conhecemos pessoalmente. Mas queremos que te juntes a nós, com os amigos e camaradas da Guiné, queremos que se sentes à sombra do nosso mágico e fraterno poilão, ao lado da Giselda, da Rosa Serra, da Maria Arminda, da Aura Teles e da Ivone Reis (que infelizmente já morreu em 2022). Recordemos que terminas o teu depoimento, para o vosso livro coletivo, com um agradecimento à FAP pela oportunidade que te deu de te realizares como ser humano e como enfermeira, e com palavras de grande nobreza para com aqueles com quem trabalhaste e conviveste: "Nunca vos esqueci nem esquecerei!"... Não nos cansamos de lembrar, no nosso blogue, que vocês, as ex-enfermeiras paraquedistas, são as únicas mulheres a quem, "de jure" e "de facto", podemos chamar camaradas de armas, no sentido puro e duro da etimologia da palavra... ![]() Fonte: "Nós, enfermeiras paraquedistas", 2ª ed., org. Rosa Serra, prefácio do Prof. Adriano Moreira (Porto: Fronteira do Caos, 2014), pág. 4032 (com a devida vénia) (***) _______________ Notas do editor: (*) Vd. poste de 13 de outubro de 2014 > Guiné 63/74 - P13729: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (88): Revivendo, 48 anos anos depois, a tragédia de Jumbembem, a morte do cap mil inf Rui Romero, da CCAÇ 1565, em 10/7/1966 (Ana Romero / Artur Conceição) (**) Vd. postes de 27 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20503: FAP (114): O helicóptero Alouette II (***) Último poste da série > 14 de janeiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26388: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (1): Uma portuguesa, mulher de um furriel, perdida num aquartelamento do Nordeste... (Giselda Pessoa) |

































