Mostrar mensagens com a etiqueta Pel Mort 1242. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Pel Mort 1242. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 19 de março de 2021

Guiné 61/74 - P22019: Tabanca Grande (516): Joaquim da Silva Correia (Penalva do Castelo, 1946 - Oliveira de Azemeis, 2021), ex-1.º Cabo, Pel Mort 1242 (Buba, 1967/69): em sua memória, no dia do Pai (e em apreço ao gesto do seu filho, António Correia), reservamos o talhão n.º 838, sob o nosso simbólico poilão

Chaves > BC 10 > 1967 > Joaquim da Siva Correia (1946-2021)


S/l > 1967 > O Joaquim da Silva Correia, o terceiro a contar da esquerda na instrução da especialidade de armas pesadas de infantaria (na foto, um morteiro 81)
 

Guiné > Bissau > Outubro de 1967 > Render da guarda ao palácio do Governador > O 1º cabo Correia, na ponta esquerda, seguido de três praças


Guiné > Região de Quínara > Bula > Pel Mort 1242 (1967/69) >  O 1.º Cabo Correia, posando para a fotografia, a "tocar guitarra elétrica", frente ao espaldão do morteiro 81.


Guiné > Região de Quínara > Bula > Pel Mort 1242 (1967/69) > Um momento de confraternização: ao centro, na mesa, de camuflado, em segundo plano, reconhecemos a figura de um alferes, que seria o comandante do pelotão, ou o Clemente, ou o Simão. Pode ser o Simão, que deve ter rendido o Clemente (a avaliar pela lista gravada na "pedra de Buba").


Guiné > Região de Quínara > Bula > Pel Mort 1242 (1967/69) > Dois graduados do pelotão: o do lado esquerdo, deve ser o alf mil Simão, comandante do pelotão que deve ter rendido o Clemente, o outro deve ser um furriel, talvez o Albuquerque (, como na consta na "pedra de Buba").


S/l > S/d >  O Joaquim da Silva Correia, à civil, antes da tropa, presume-se

 
 
S/l > s/d > O Joaquim, já casado e pai de dois filhos, depois do regresso da Guiné
Fotos (e legendas) : © António Correia (2021). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. O Joaquim da Silva Correia foi 1.º cabo, apontador de armas pesadas de infantaria, do Pel Mort 1242 (Bula, outubro de 1967 / agosto de 1969).  Acaba de morrer, de doença oncológica, no passado dia 11. Foi o seu filho, António Correia, quem nos deu  a triste notícia (*). 

Residia em Macieira de Sarnes, Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro, embora fosse natural de Penalva do Castelo, distrito de Viseu. Deixa viúva, dois anos mais velha, e três filhos; além do António, mais duas raparigas. Ia fazer 75 anos em 16 de junho.

Em conversa telefónica com o António Correia, prometi-lhe, em homenagem ao pai e por apreço pelo seu amor filial, integrar o nosso camarada a título póstumo na Tabanca Grande, se ele entretanto no mandasse, digitalizadas, algumas das fotos do álbum da Guiné. Foi o que ele fez, fotografando, cheio de boa vontade, com o telemóvel, diversas folhas, por inteiro,  com fotos do tempo da Guiné. A qualidade é fraca, e são raras as legendas, mas dá para recuperar algumas imagens. Ele prometeu-me mandar novos ficheiros com melhor resolução.

No dia do Pai, 19 de março de 2021, prestamos aqui a nossa pequena homenagem ao nosso infortunado camarada Joaquim da Silva Correia e, através dele,  ao seu valoroso Pel Mort 1242 que até agora não tinha ninguém que o representasse condignamente na nossa Tabanca Grande. Ele fica no lugar n.º 838. (**)

Recorde-se que o Pel Mort 1242 foi mobilizado pelo BC 10, Chaves, Esteve em Buba, desde outubro de 1967 até agosto de 1969, adido ao BART 1896 (Buba, 1966/68), e depois ao BCAÇ 2834 (Buba, 1968/70). Este pelotão deve ter tido esquadrões de morteiro 81 destacados noutros aquartelamentos, do sector de Buba, S2. Sabemos que regressou no T/T Uige, em 23/8/1969. Em 2013 havia, em Buba, ainda de pé um memorial com o brasão e a lista, gravada na pedra, de todo o pessoal do pelotão (*).

Como dissemos ao António Correia, os filhos dos nossos camaradas nossos filhos são. Apreciamos o seu gesto, ao procurar, ainda em vida do pai, procurar camaradas do pelotão. Com pena, disse-nos que o só o ex-alferes mil Simão respondeu ao seu apelo, em tempo útil. Ele autoriza-nos, entretanto,  a publicitar aqui os seus contactos:

Telem: 919 966 724
Email: antonio.correia@live.com.pt


2. Na passada quarta-feira, dia 17, o António, mandou-nos a seguinte mensagem:

Olá, boa tarde, Sr Luís,

Desde já agradeço, da parte da minha família, pelo que fez pelo meu pai.

Hoje vim a casa da minha mãe e tirei umas fotos do álbum, amanhã digitalizo para ficar melhor.

Cumprimentos, 
António Correia.
__________

Notas do editor:

terça-feira, 16 de março de 2021

Guiné 61774 - P22010: In Memoriam (385): Joaquim da Silva Correia (1946-2021), ex-1.º Cabo, Pel Mort 1242 (Buba, 1967/69) (António Correia, filho)

 
Pel Mort  1242 (1967/69) > Alf Mil Clemente, 2.º [?] Srgt Mil Gomes, Fur Mil Albuquerque, Alf Mil Simão, 1.º Cabo [Joaquim da Silva] Correia (sublinhado a vermelho) (1946-2021), 1.º Cabo Fernandes, 1.º Cabo Gonçalves, 1.º Cabo Brito, 1.º Cabo Sousa, Soldados Cerqueira, Pepa [ou Pipa?]...

 Guiné-Bissau > Região de Quínara > Buba > 2013 > Memorial do Pel Mort 1242 (1967/69) > ... Soldados Neto, Gomes, Sarmento, Aurélio, Pereira, Branquinho, Matias, ilegível [Silva?], Escaveira [?], E. Costa. ilegível [...Soto ?], [C]osta, ilegível [...eira]...

Guiné-Bissau > Região de Quínara > Buba > 2013 > Memorial do Pel Mort  1242 (1967/69) >... Soldados Rodrigues, Félix, Macedo, Farropas, Teixeira,  ilegível [M. Oliveira?], M. Vieira, Domingos, Laginha, Couto, Venâncio, P. Vieira...

Guiné-Bissau > Região de Quínara > Buba > 2013 > Memorial do Pel Mort 1242 (1967/69) >  ... Soldados P. Barbosa, Lopes, G. Barbosa, Ribeiro, Alves, Carvalho, Reis, Marques, B. Peneira, Oliveira, Anacleto... e os restantes ilegíveis



Guiné-Bissau > Região de Quínara > Buba > 2013 > Memorial do Pel Mort 1242 (1967/69) > "Por aqui passou o Pel Mort 1242 (1967/69)"... Restos do seu memorial, com o respetivo brasão e a lista do pessoal (posto e apelido)... Tudo indica que o memorial foi alvo de um tosco (mas bem intencionado) "restauro"... 
 
Foto (e legenda) : © José Teixeira (2013). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guião do Pel Mort 1242 (Buba, 1967/69). 
Cortesia de Joaquim da Silva Correia / António Correia (2015)

1. Comentários deixado aqui, no poste P11653 (*), por António Correia, em  duas datas diferentes (13 de março de 2016  e 20 de fevereiro de 2020)...

Olá, boa tarde, o meu pai esteve no Pelotão de Morteiros 1242. Era o 1º cabo Correia. Ainda está vivo neste momento. Chama se Joaquim da Silva Correia. A  única pessoa que me respondeu foi o Sr Simão [ exs-alf mil, cmdt do Pelotão]. O meu pai vive em Oliveira de Azeméis. Este é  o meu contacto de telemóvel:  919966724


2. Mas também já nos tinha escrito em 2 de agosto de 2015, mandando-nos uma imagem (de fraca qualidade), como guião do Pelotão [, que reproduzimos em baixo]:

Olá, boa noite, Sr Luís. Sou António Correia, filho de Joaquim da silva Correia, que andou no Pel Mort 1242, Guiné, 1967/69. Neste momento vive em Macieira de Sarnes, concelho de Oliveira de Azeméis, Aveiro. Estou a escrever-lhe por talvez possa conhecer alguém de perto que gostaria de voltar a vê-lo. Muito obrigado, António Correia.


3. Recebi ontem, às 15h56 outra mensagem do António Correia infelizmente a comunicar o falecimento do pai:  


Olá,  boa tarde,  Sr. Luís, o meu pai faleceu dia 11 de março.

Cumprimentos, António Correia.

[, Foto à esquerda: Joaquim da Silva Correia, 74 anos (16 de junho de 1946 - 11 de março de 2021). Cortesia da agência funerária Alcino & Filho, através do portal infofunerais.pt]


4. Comentário do editor:

É muito triste a notícia que o  António nos dá. Já falei com ele  ao telefone. É o filho mais velho, tem mais duas irmãs. Aproveitei o ensejo  para lhe transmitir a ele, às irmãs, à mãe (, dois anos mais velha que o marido) e demais  família os votos de pesar da Tabanca Grande.  (**)

O nosso camarada Joaquim da Silva Correia morreu de doença prolongada (cancro no estômago, no IPO do Porto). Infelizmente, o diagnóstico da doença já foi tardio. Era natural de Penalva do Castelo, mas residia em Macieira de Sarnes, Oliveira de Azeméis., concelho onde também mora o filho.

Tem um bom álbum fotográfico do tempo da Guiné. O filho comprometeu-se a digitalizar e a mandar-nos algumas fotos. Gostaríamos que o nosso camarada entrasse para a Tabanca Grande,  a título póstumo,  não tendo nós nenhum representante do Pel Mort 1242. É, de resto, de louvar o gesto do seu filho António, procurando, em vida do pai, contactos com camaradas do seu tempo de Guiné. 

Para além dos seus camaradas de pelotão, haverá por certo outros camaradas do tempo do Joaquim da Silva Correia que o terão conhecido em Buba, entre 1967 e 1969. O Pelotão estava adido ao BART 1896 e depois ao BCAÇ 2834.

 Nas fotos acima  listados estão os apelidos e os post0s do pessoal que compunha o Pel Mort 1242. O 1.º Cabo Correia aparece em 5.º lugar na "pedra de Buba". Os nomes, em  maio de 2013, ainda continuavam  gravados nesse memorial que, esperamos,  hoje ainda se conserve em Buba, região de Quínara, Guiné-Bissau. 

5. Desta subunidade. o Pel Mort 1242 (Buba, 1967/69), de que temos poucas referências no blogue (, apenas cinco), sabemos o seguinte:

(i)  foi mobilizado pelo BC 10, Chaves;

(ii) parte do pessoal devia ser nortenho;

(iii)  esteve no TO da Guiné, em Buba, desde outubro de 1967 até agosto de 1969;

(iv) esteve adido ao BART 1896 (Buba, 1966/68); e depois ao BCAÇ 2834 (Buba, 1968/70);

(v)  regressou no T/T  Uige, em 23/8/1969, juntamente com outras tropas;

(vi) o pelotão deve ter tido esquadrões de morteiro 81 destacados noutros aquartelamentos, do sector de Buba, S2.

Recorde-se que o BART 1896 (Buba,  1966/68) em 5Abr67 foi render o BCaç 1861, assumindo então  a responsabilidade do Sector S2, com sede em Buba, e que  englobava  os subsectores de Sangonhá, Gadamael, Cameconde, Guileje, Aldeia Formosa e Buba e ainda uma companhia em Mejo. Isto até 28Mai68, sendo uma das suas missões a actuação continuada no corredor do Guileje.

Em 9Abr68, foi criado o subsector de Gandembel, e, em 12Jun68, a zona de acção  do Sector S2 foi foi reduzida da área de Aldeia Formosa.

_____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 30 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11653: Em busca de... (223): Pessoal do Pel Mort 1242 (Buba, outubro de 1967/ agosto de 1969) cujos nomes ficaram gravados na "pedra de Buba"... O que é feito de ti, camarada Clemente, ex-alf mil e comandante? E de ti, Simão? E de ti, Laginha?... E de vocês todos, 44 anos anos depois de terem regressado no T/T Uíge, em 23/8/1969?

(**) Último poste da série > 14 de março de 2021 > Guiné 61/74 - P22007: In Memoriam (384): Ex-Fur Mil Cav Vítor Manuel de Carvalho Serrão da CCAV 703/BCAV 705, Bissau, Cufar e Buruntuma, 1964/66 (Manuel Luís Lomba, ex-Fur Mil Cav)

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Guiné 61/74 - P18283: Buba e os pelotões de morteiro 81 no período entre 1964 e 1974: um espaldão com história (Jorge Araújo)

Figura 1

Infografia: Jorge Araújo (2018)



Jorge Alves Araújo, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger, CART 3494 
(Xime-Mansambo, 1972/1974): nosso colaborador permanente


BUBA E OS SEUS PELOTÕES DE MORTEIRO 81 NO PERÍODO ENTRE 1964 E 1974: UM ESPALDÃO COM HISTÓRIA

por Jorge Araújo


1. INTRODUÇÃO

Têm sido particularmente interessantes os comentários produzidos no fórum sobre a foto de um espaldão localizada na Casa Comum – Fundação Mário Soares – na pasta: 05360.000.325, com o título: “Ponto de tiro de morteiros, do pelotão de morteiros 2139, do exército português”. O assunto é: “Estrutura militar portuguesa à beira de um rio [?]: ponto de tiro de morteiros, do pelotão de morteiros 2139 [2138].

E a principal interrogação/incógnita é, agora, saber quem foi o seu autor, em que época e como foi ela parar às mãos da guerrilha e/ou ao Arquivo Amílcar Cabral, já que a sua localização deixou de ser objecto de investigação quando o camarada Fernando Oliveira (Brasinha), do Pel Mort 2138 (1969/71), fez questão de provar que estávamos perante o espaldão construído na embocadura do rio Grande de Buba, junto ao arame farpado do Aquartelamento de Buba [poste P18231]. (*)

Terá ela sido tirada antes ou depois do «25 de Abril de 1974», ou seja, antes ou depois de ter terminado o conflito?

Não dando este assunto por encerrado, conseguimos reunir novos dados, certamente não definitivos, pois acreditamos que algo mais pode surgir a qualquer momento, nomeadamente daqueles que ainda têm presente muitas memórias de Buba.


Foto nº 1 > Guiné > Região de > Buba > Esapaldão de morteiro 81
Citação:
(1963-1973), "Ponto de tiro de morteiros, do pelotão de morteiros 2139 [2138], do exército português.", CasaComum.org, Disponível HTTP:http://hdl.handle.net/11002/fms _dc_44169 (2017-1-20)


2. BUBA E OS SEUS PELOTÕES DE MORTEIRO 81 NO PERÍODO ENTRE 1964 E 1974

Como elemento facilitador da análise sobre a presença dos diferentes pelotões de morteiros que passaram pelo aquartelamento de Buba, sentimos necessidade de elaborar um quadro cronológico onde constassem as datas do início (chegada a Bissau) e do final da comissão (embarque para a metrópole), para identificar e seleccionar as fontes de informação e/ou consulta.

Acresce esclarecer que o período entre as datas indicadas no quadro abaixo não pode, em todos os casos apresentados, corresponder ao período em que as diferentes Unidades aí estiveram aquarteladas, uma vez que, em quase todas as épocas, as Unidades circulavam por diversos locais do território e daí essa questão não ser relevante para a presente problemática.

Outra nota importante, esta talvez decisiva para identificar a data ou o período da foto do espaldão, está relacionada com a total ausência de informações sobre a última Unidade indicada – Pel Mort 4277/72 – mas que presumimos ter estado lá pela simples razão de termos encontrado uma mensagem de um elemento desse pelotão, identificado por Joaquim Francisco Gonçalves, com data de 06Abr2013, nos seguintes termos:

“O6Abr[2013] – Procura: Joaquim Francisco Gonçalves procura pelos seus camaradas-de-armas do Pelotão de Morteiros 4277 «OS CASTIÇOS», que prestaram serviço na Guiné (Aldeia Formosa, Empada, Buba, Nhala, Mampatá, Calibuia, Cobijé, Chamarra, Pate Embaló, Chugué, Corumbá, Bedanda e Nhacubá), no período de 1973 a 1974”. [In http://ultramar.terraweb.biz/ActMensais201304Abr.htm (com a devida vénia)].

Eis, então, a ordem da permanência dos Pelotões de Morteiros 81 em Buba (Vd. figura 1, acima)

De seguida, seleccionámos um conjunto de fotos, apresentadas também por ordem cronológica, com o objectivo de poder encontrar resposta sobre o período em que ocorreu a construção do espaldão [Foto nº  1].


Foto 2 >  LDG no rio Grande Buba, com maré cheia (período 1968/71 – BCAÇ 2892). Foto do ex-alf, mil Joaquim Rodrigues, in: http://guine6871.blogspot.pt/ (com a devida vénia).

Será que a foto foi tirada do espaldão? E os bidões velhos da imagem, será que foram substituídos pelos do espaldão da “nossa” foto inicial?


Foto 3 >  Buba, Dezembro de 1968. Aprendendo a trabalhar com o morteiro 81 (elementos do Pel Mort 1242, 1967/69). Foto do camarada e grã-tabanqueiro Francisco Gomes, 1.º Cabo Escriturário da CCS/BCAÇ 2834 (Buba, Aldeia Formosa, Guileje, Cacine, Gadamael (1968/69), com a devida vénia. In: http://inforgom.pt/guine6869/?p=400.


Foto 4 > Rio Grande Buba (período 1968/71 – BCAÇ 2892). Foto do ex-alf mil Joaquim Rodrigues, in: http://guine6871.blogspot.pt/ (com a devida vénia).

Será que o espaldão está situado na parte de trás da casa ao centro da imagem?


Foto 5 > Espaldão de morteiro 81, junto ao arame farpado (o mesmo da foto 1), virado para o rio, ao tempo do Pel Mort 2138 (Buba, 1969/71). Foto de Fernando Oliveira [poste P18231].(*)

Quanto ao período em que ocorreu a construção do espaldão, consideramos apenas duas hipóteses:

(i) ou foi construído durante a permanência do Pel Mort 1242 (1967/69):

(ii) ou foi no período anterior ao tempo do Pel Mort 1086 (1966/67), do qual não temos qualquer referência no blogue.

Obrigado pela atenção.

Com forte abraço de amizade,
Jorge Araújo.
24JAN2018.
_______________

Notas do editor:

(*) 20 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18231: Memória dos lugares (370): Buba e os bravos do Pel Mort 2138... Mais fotos (Fernando Oliveira, "Brasinha", ex-sol apont Arm Pes Inf, Pel Mort 2138, Buba, Aldeia Formosa, Nhala, Mampatá e Empada, 1969/71)


Vd. também postes de:

30 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11653: Em busca de... (223): Pessoal do Pel Mort 1242 (Buba, outubro de 1967/ agosto de 1969) cujos nomes ficaram gravados na "pedra de Buba"... O que é feito de ti, camarada Clemente, ex-alf mil e comandante? E de ti, Simão? E de ti, Laginha?... E de vocês todos, 44 anos anos depois de terem regressado no T/T Uíge, em 23/8/1969?

15 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18214: Pelotões de Morteiros mobilizados para o CTIG: elementos históricos e estatísticos (Jorge Araújo)

18 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18223: Pelotão de Morteiros 2138 (Buba, Nhala, Mampatá, Aldeia Formosa e Empada, 1969/71): espaldão com história (Jorge Araújo)

19 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18226: Memória dos lugares (370): Buba e o espaldão do morteiro 81 onde eu dormia... (Fernando Oliveira, "Brasinha", ex-sol apont Arm Pes Inf, Pel Mort 2138, Buba, Aldeia Formosa, NHala, Mampatá e Empada, 1969/71)

23 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18244: (D)o outro lado do combate (17): ataque a Buba em 12 de outubro de 1969, ao tempo da CCAÇ 2382 e Pel Mort 2138: os fracassos assumidos pelo PAIGC (Jorge Araújo)

23 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18245: Memória dos lugares (371): Buba, o espaldão do morteiro 81 e os Pel Mort [1086, 1242, 2138, 3020...] que por lá passaram

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Guiné 61/74 - P18245: Memória dos lugares (371): Buba, o espaldão do morteiro 81 e os Pel Mort [1086, 1242, 2138, 3020...] que por lá passaram


Inscrições:

Lado esquerdo: P M 3020  71-73 | SALGADO   [Pel Mort 3020 1971-73, mobilizado pelo RI 15, Tomar,em setembro de 1973; Salgado devia ser o apelido de um dos militares que trabalharam na construução ou, melhor, na manutenção do espaldão, c. 1971-73];

Lado direito: Pel Mort 213 [8] [, mobilizado pelo BC 10, Chaves, em agosto de 1969.



Inscrição: P M 3020  71-73 | SALGADO


Inscrição na parte de cima do paredão interior: P M 1086   [mobilizado pelo RI 15, Tomar, em maio de 1966]  |  [P M] 1242 [mobilizado pelo BC 10, Chaves, em outubro de 1967...]


Inscrição: P M 1086 | [ P M] 1242


Por este detalhe do espaldão do morteiro 81 (*), verifica-se que afinal não era obra do BENG 447, mas sim dos "artistas da casa", com bidões cheios de areia, com secções cheias de areia ou terra (já que não havia muita pedra na Guiné...), com as paredes revestidas de chapa de bidões... e na parte superior "acimentadas"... Uma canhoada em cheio rebentava facilmente o espaldão... Visto de cima e de longe, parecia todavia ser uma construção sólida...

 Guiné-Bissau >Região de Quínara > Buba > Esquadrão de morteiro 81 >  Em forma concêntrica, com dois anéis...

Casa Comum > Fundação Mário Soares > Arquivo Amílcar Cabarl > Pasta: 05360.000.325 > Espaldar de morteiro 81. Já existia no tempo do Pel Mort 2138 [, Buba, 1969/71]. Os Pel Mort que por lá passaram a seguir ou  antes [Pel Mort 1086, Pel Mort 1242, Pel Mort 3020...] (**) foram fazendo a respetiva manutenção e deixaram lá a sua "assinatura"...

Como o espaldão está desativado, a foto deve ser posterior à retração do dispositivo das NT, em meados de 1974.

Citação: (1963-1973), "Ponto de tiro de morteiros, do pelotão de morteiros 2139, do exército português.", CasaComum.org, Disponível HTTP:http://hdl.handle.net/ 11002/fms_dc_44169 (2018-01-20)




Guiné-Bissau > Região de Quínara > Buba > Maio de 2013 > "Por aqui passou o Pel Mort 1242 (1967/69)"... Restos do seu memorial, com o respetivo brasão e a lista do pessoal  (posto e apelido) (***)

Foto (e legenda) : © José Teixeira (2013). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] (****)




Espaldão do morteiro 81, junto ao arame farpado e virado para o rio, ao tempo do Pel Mort 2138 (Buba, 1969/71). Local do impacto de uma granada de canhão s/r, do PAIGC. noutro ataque a seguir ao de 12/10/1969.

Foto (e legenda): © Fernando Oliveira ("Brasinha") (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


___________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 23 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18244: (D)o outro lado do combate (17): ataque a Buba em 12 de outubro de 1969, ao tempo da CCAÇ 2382 e Pel Mort 2138: os fracassos assumidos pelo PAIGC (Jorge Araújo)

(**) Vd. poste de 15 de janeiro de  2018 >  Guiné 61/74 - P18214: Pelotões de Morteiros mobilizados para o CTIG: elementos históricos e estatísticos (Jorge Araújo)

(***) Vd. poste de 30 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11653: Em busca de... (223): Pessoal do Pel Mort 1242 (Buba, outubro de 1967/ agosto de 1969) cujos nomes ficaram gravados na "pedra de Buba"... O que é feito de ti, camarada Clemente, ex-alf mil e comandante? E de ti, Simão? E de ti, Laginha?... E de vocês todos, 44 anos anos depois de terem regressado no T/T Uíge, em 23/8/1969?

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11653: Em busca de... (223): Pessoal do Pel Mort 1242 (Buba, outubro de 1967/ agosto de 1969) cujos nomes ficaram gravados na "pedra de Buba"... O que é feito de ti, camarada Clemente, ex-alf mil e comandante? E de ti, Simão? E de ti, Laginha?... E de vocês todos, 44 anos anos depois de terem regressado no T/T Uíge, em 23/8/1969?


Foto nº 1 >Guiné-Bissau > Região de Tombali > Buba > Maio de 2013 > "Por aqui passou o Pel Mort 1242 (1967/69)"... Restos do seu memorial, com o respetivo brasão.


Foto nº 2 >Guiné-Bissau > Região de Tombali > Buba > Maio de 2013 > "Por aqui passou o Pel Mort 1242 (1967/69)"...  O que resta do memorial, em pedra, com os nomes de todos os seus militares (1)


Foto nº 3 > Guiné-Bissau > Região de Tombali > Buba > Maio de 2013 > "Por aqui passou o Pel Mort 1242 (1967/69)"...  O que resta do memorial, em pedra, com os nomes de todos os seus militares (2)


Foto nº 4 > Guiné-Bissau > Região de Tombali > Buba > Maio de 2013 > "Por aqui passou o Pel Mort 1242 (1967/69)"...  O que resta do memorial, em pedra, com os nomes de todos os seus militares (3)

Fotos : © José Teixeira (2013). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: LG]



1.  O que é feito de vocês, camaradas do Pel Mort 1242 (Buba, 1967/69)? Por onde param?  Que histórias têm para contar? (*)... A "pedra" de Buba registou para a posteridade os vossos nomes... O José Teixeira e o Francisco Silva passaram por lá, no passado dia 1 de maio (**)  e trouxeram-nos uma foto do vosso memorial que não era aos mortos, mas aos vivos!...

Ainda bem visíveis, gravados na pedra (quase intacta) estão os nomes de:

Clemente
Gomes
Albuquerque
Simão
Correia
Fernandes
Gonçalves
Brito
Sousa (?)
Cerqueira
Pipa (?)
Neto
Gomes
Sarmento
Aurélio (?)
Neto
Pereira
Branquinho (?)
Matias
[...]

[vd. foto nº 3]

e também

Rodrigues
Félix
Macedo
Farropas (?)
Teixeira
M [...]
M. Vieira
Domingos
Laginha
Couto
Venâncio
P. Vieira
P. Barbosa
Lopes
G. Barbosa
Ribeiro
Alves
Carvalho
Reis
Marques
B. Peneira (?)
Oliveira
Anacleto
[...]

[Vd, foto nº 4].

Sabemos, das pesquisas no nosso colaborador José Martins, que o Pel Mort 1242 foi mobilizado pelo BC 10, Chaves, e esteve no TO da Guiné, em Buba, desde  outubro de 1967 até agosto de 1969.  É bem possível que tivesse secções e esquadras espalhadas por outros aquartelamentos e destacamentos da região de Quínara.

Muito provavelmente, o pessoal era transmontano, sendo a unidade mobilizadora o BC 10, de Chaves.  Sabemos que regressou no Uige, em 23/8/1969, juntamente com outras tropas... Esta era lista dos "passageiros", segundo apontamentos do nosso camarada da Reserva Naval, Manuel Lema Santos:

Cmd BCaç 1933/RI 15
CCaç 1790/1791/1792 RI 15
Cmd BCaç 1932/RI 15 CCaç 1787/1788/1789 RI 15
CCaç 1801/1802/ BC 10
Pel Mort 1242/BC 10
Pel AA 1257/RAAF
Pel Rec D 1258/ RC 6.

Se alguém souber do paradeiro atual de algum destes camaradas, que nos avise. Ou se alguém souber da sua história lá pelas terras de Buba, que nos escreva. Eles não têm ninguém que os represente na nossa Tabanca Grande. Há escassas referência, no nosso blogue, ao Pel Mort 1242. (***)
______________

Notas do editor:

(*) Último poste da série > 17 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11582: Em busca de ... (222): Quem confirma a ida de Brigitte Bardot às praias de Ponta Varela no início dos anos 60? (José Belo)

(**) Vd. poste de 28 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11649: Crónicas de uma viagem à Guiné-Bissau: de 30 de abril a 12 de maio de 2013: reencontros com o passado (José Teixeira) (2): De Bissau até ao sul: Jugudul, Xitole, Saltinho, Contabane, Buba, Quebo...

(***) Em 1968 estava em Buba o BCAÇ 2834:

Sobre o BCAÇ 2834:

Unidade Mobilizadora: RI 15 - Tomar
Comandante: TCor Inf Carlos Barroso Hipólito
2.º CMDT: Maj Inf Rui Barbosa Mexia Leitão
Of Inf Op/Adj: Maj Inf Albino Simões Teixeira Lino

CMDTs CCS:
Cap SGE António Freitas Novais
Cap Mil Art António Dias Lopes
Cap Inf Eugénio Batista Neves

CMDT CCAÇ 2312: Cap Mil Inf Júlio Máximo Teixeira Trigo
CMDT CCAÇ 2313: Cap Inf Carlos Alberto Oliveira Penim
CMDT CCAÇ 2314: Cap Inf Joaquim de Jesus das Neves

Divisa: "Juntos Venceremos" - "Para Vencer, Convencer"
Partida: 10JAN68
Regresso: 23NOV69

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11649: Crónicas de uma viagem à Guiné-Bissau: de 30 de abril a 12 de maio de 2013: reencontros com o passado (José Teixeira) (2): De Bissau até ao sul: Jugudul, Xitole, Saltinho, Contabane, Buba, Quebo...


Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Xitole > Maio de 2013 > Restos do forte na Ponte dos Fulas

Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Xitole > Maio de 2013 > A mesquita do Xitole


Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Xitole > 1 de Maio de 2013 > O Francisco Silva junto ao memorial (ou o que resta dele) aos mortos da CART 2413.

[ A CART 2413 (Xitole, 1968/70), uma companhia com quem a CCAÇ 12 fez diversas operações no seu sector Esta subunidade, que será substituída pela CART 2716 (1970/72), teve 4 mortos, a saber (e de acordo com a lápide constante da imagem acima):

(i) Sold At Manuel de Sousa Branco, natural de Areosa, Rio Tinto, Gondomar, CART 2413/BCAÇ 2852, morto em combate, 25/10/1968. Os restos mortais estão no cemitério da sua Freguesia Natal (segundo a completíssima lista publicada pelo portal Utramar Terraweb, relativa aos mortos da guerra do Ultramar do concelho de Gondomar; acrescente-se: não só a mais completa como a mais fiável da lista dos mortos da guerra do ultramar, disponível na Internet);

(ii) Sold At Joaquim Gomes Dias Vale de Ossos, natural de Fradelos, Vila Nova de Famalicão, morto por afogamento em 7/11/1968. Está sepultado no cemitério da sua Freguesia Natal (Fonte: Portal Ultramar Terraweb);

(iii) Sold At Crispim Almeida da Costa, natural de Monte Calvo, Romariz, Santa Maria da Feira, falecido por doença em 3/4/1969 doença, e sepultado no cemitério da sua Freguesia Natal (Fonte: Portal Ultramar Terraweb);

(iv) Sold At Mário Ferreira de Azevedo, nascido em Cavadas, Vermoim, Maia, falecido também por doença, em 22/12/1969, e sepultado no cemitério concelhio (Fonte: Portal Ultramar Terraweb).



Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Xitole > 1 de Maio de 1974 > O Francisco Silva (e em segundo plano a Armanda e a Elisabete) com habitantes do Xitole, falando do passado.



Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Saltinho  > 1 de Maio de 2013 > O Rio Corubal... Ainda um "paraíso do Saltinho"...


Guiné-Bissau > Região de Tombali  > Contabane > 1 de Maio de 2013 > O Régulo de Contabane, o Suleimane, com a sua família,  mais o  Zé Teixeira e esposa, Armanda:  amizades que perduram.


Guiné-Bissau > Região de Tombali  > Quebo > 1 de Maio de 2013 > A feira semanal, sempre colorida e movimentada.



Guiné-Bissau > Região de Tombali  > Buba > 1 de Maio de 2013  > Por aqui passou o Pel Mort  1242 (1967/69).


Guiné-Bissau > Região de Tombali  > Buba > Maio de 2013  > Memorial do Pel Mort  1242 (1967/69). Ainda legíveis os nomes e quase todo os militares portugueses que o compunham. Era seu comandante o alf mil Clemente.

Fotos (e legendas): © José Teixeira (2013). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar:  LG]


Crónicas de uma viagem à Guiné-Bissau (28 de Abril - 12 de maio de 2013) - Parte II

por José Teixeira [, membro sénior da Tabanca Grande e ativista solidário da Tabanca Pequena, ONGD, de Matosinhos; partiu de Casablanca, de avião, e chegou a Bissau, já na madrugada do dia 30 de abril de 2013]


Partimos de Bissau pela manhã do dia seguinte [, 1 de maio, 4ª feira],  bem cedinho, com destino à Pousado do Saltinho [, onde pernoitámos]. O nosso destino final era Iemberém. Por agora queríamos peregrinar pelo Xitole, terra que o Francisco Silva bem conhecia e da qual estava roído de saudades (1).

Depois continuaríamos por Quebo, Mampatá Forreá e Buba, atravessar o rio Balana, subir a Gandembel, apanhar o carreiro da morte ou estrada da liberdade e seguir até Guiledje para apreciar o museu que a AD Acção para o Desenvolvimento está a construir para memória futura dum tempo que foi de sangue suor e lágrimas, muitas lágrimas.

Pernoitámos no Saltinho, depois de uma tarde bem vivida no Xitole, onde o Francisco Silva poisou e viveu grande parte da "sua" guerra, mas antes atravessamos parte da Guiné profunda em que em cada canto há uma estória para contar. 

A pista de Amedalae, ou a estrada transformada em pista de aviação para descarga da mal fadada droga, o Matu Cão, do Alfero Cabral, a Ponte dos Fulas, ou o Sr. Manuel Simões.  do Jugudul, o senhor que geria a empresa, à qual o exército português fretava os barcos para levar os mantimentos às suas tropas no interior. Amigo do Amílcar Cabral, a cujo funeral foi, transportando a bandeira do clube onde ambos eram associados e não foi preso quando regressou a Bissau. No fim da guerra comprou ao Nino Vieira o quartel do Jugudul e montou um alambique de água ardente de cana.

O negócio está mau, também para o Sr. Manuel,  ou o Nelinho Simões,  como era conhecido nos seus tempos de menino em Bolama. Hoje o alambique está parado. Não há dinheiro para comprar aguardente. Até o "choro" aos mortos deixou de ser aquela festança de arromba. Vai-se servindo o vinho de palma e o vinho de cajú, à falta de melhor.

Esta paragem no Saltinho foi uma oportunidade para mim de visitar um velho amigo de Mampatá, o Suleimane, atual Régulo de Contabane e sua mulher,  a Náná. Companheiros da minha juventude no que foi o melhor tempo que vivi na guerra. Não, porque houvesse paz, mas porque o povo de Mampatá, melhor que ninguém soube acolher-me na juventude perdida na guerra em que não queria participar.

Saboroso acolhimento, na companhia da minha esposa, que desta vez aceitou o desafio de me acompanhar nesta peregrinação à Guiné que não me cansa. Em cada passagem ficam memórias que persistem e obrigam a repensar um regresso

Gente extremamente simpática que sabe receber com calor humano e carinho. Gosto de conversar com eles e aprendo sempre qualquer coisa de novo. Aguardo agora que venham a Portugal para os poder acolher em minha casa.

Aqui, no Saltinho,  houve tempo para dar um mergulho no Rio Corubal, com as suas margens que nos transportam ao paraíso pela verdejante beleza natural que nos permitem desfrutar e lá seguimos para Quebo à procura do Habibo, o chefe da polícia local, também ele companheiro de outros tempos. Foi só um abraço, uma passagem pela feira que decorria e partimos de novo até Mampatá, a minha segunda terra. Um saltinho a Buba para rever a bela paisagem, agora perdida numa extensa plantação de cajueiros e onde não se pode tirar uma foto, nem aos memoriais deixados pelos militares portugueses.

 Zé Teixeira

Continua)

_______________

Nota do autor:

(1) Este reencontro do Francisco, no Xitole, vai merecer uma crónica especial.