A partir de 19/09/73, a Companhia passou a ter á sua responsabilidade o subsector de Nhacra, sob as ordens do COP 8, instalado no local.
A área do subsector de Nhacra, tinha por limite:
- a Norte o Rio Mansoa,
- a sul o Rio Geba,
- a Oeste o Canal do Impernal
- e, a leste, confinava com o Dugal.
Era atravessada, nos seus limites, por uma estrada asfaltada (com grande movimento de pessoas e viaturas), que ligava Bissau a Mansoa. Havia também a ligação entre Nhacra e Cumeré, em estrada asfaltada.
As tabancas mais populosas tinham ligações com as estradas principais, através de picadas largas.
Sobre o Canal de Impernal e no itinerário Bissau – Mansoa, encontrava-se a Ponte de Ensalmá, onde se mantinha em permanência um destacamento da Companhia, dada a sua importância estratégica e pelo facto capital de ser a única ponte que permitia a ligação por terra, entre Bissau e o resto do território da Guiné.
O terreno apresentava uma uniformidade e configuração incaraterísticas, em que os relevos praticamente não existiam. Er apenas entrecortado pelas bolanhas que abundavam nessa região, visto formarem-se a cotas inferiores às do terreno.
Hidrograficamente a região era rica, com os importantes rios Mansoa e Geba, bastante caudalosos na praia-mar, que chegavam a atingir cerca de três metros de amplitude e invadiam uma série de canais, do qual se destacava o Canal do Impernal, que estabelecia a ligação entre eles, dando origem à ilha de Bissau…
Sim, disse ilha, porque Bissau era uma ilha e, curiosamente, muitos dos nossos camaradas desconheciam o facto.
A mata era muita reduzida nessa região, exceptuando-se pequenas manchas existentes no extremo norte do Rio Geba e nas proximidades do Canal do Impernal.
Na zona interior a savana arbustiva, era salpicada aqui e além, por árvores de grande porte (poilões), mangueiros e cajueiros.
Nas zonas marginais dos rios e dos canais, zonas extremamente pantanosos, abundavam as plantas hidrófilas que se ramificavam em múltiplas raízes, formando o que se designava por “tarrafo”.
A fauna, sem ser abundante, poderia considerar-se rica em diversas espécies. Além dos animais considerados domésticos (bovinos, caprinos, suínos e galináceos), destacavam-se as gazelas, os porcos-espinhos, os macacos, as hienas e as cabras do mato.
Nas aves destacavam-se os pelicanos, as garças os periquitos, além das perdizes, rolas, codornizes, galinha-do-mato, patos, sem esquecer os jagudis. (...)