Luís Graça, CCAÇ 12, CIM Contuboel, c. jun/jul 1969 |
Cirurgião no Hospital Militar de Bissau, 1968/70 - II (e última) Parte (Luís Graça)
(Continuação)
Recordo-me da péssima disposição com que me levantei, nessa sexta-feira, dia 26 de fevereiro de 2010 (*). Era o meu último dia de trabalho. Segunda feira era já o início de outro mês. Costumo dizer que só faço anos de quatro em quatro anos, nos anos bissextos.
Nessa semana eu atingia o limite legal de idade para trabalhar na função pública, neste caso no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Já me podia ter reformado alguns anos antes, acumulando os anos de função pública com o tempo da tropa. Mas não quis. Chamavam-me o “dinossauro” do Hospital.
É uma imposição estúpida: sentia-me ainda, aos 70 anos, em boa forma, física e mental, com forças para continuar a dirigir o serviço de ortopedia. É certo que já não operava há uns tempos. Ou melhor: ia fazendo uns “biscates” para não perder a firmeza da mão… Enfim, umas coisas mais leves: fraturas simples, joanetes, uma ou outra artroplastia da anca…
De qualquer modo reconheço que um tipo, aos 70 anos, já não tem o mesmo treino de mão, a mesma agilidade, a mesma paciência, a mesma resistência e os mesmos reflexos de quando era mais novo. E sobretudo a mesma pachorra para aturar os diretores clínicos e os administradores hospitalares e as suas folhas de excel, enfim, para lidar com a burocracia e a numeracia da saúde. Um hospital, público ou privado, é uma fábrica e é cada vez mais gerido como uma fábrica.
A maior parte dos meus colegas reformam-se do público, logo que preenchem os requisitos legais, na expetativa de virem a poder trabalhar na privada. Alguns até aceitam ser penalizados na contagem de tempo. Mas é uma ilusão. No privado são esmifrados até ao tutano. E têm que alimentar todos os setores da fábrica, da imagiologia ao bloco operatório, da hotelaria aos cuidados médicos e de enfermagem, do nascer ao morrer...
Nunca pensei em vir a trabalhar na privada, quero eu dizer, numa clínica ou num hospital fora do SNS. E muito menos depois de acabar a carreira no público. Afinal estava cansado de aturar doentes cada vez mais reivindicativos, para além dos constrangimentos impostos pela direção técnica e o conselho de administração, da escassez de recursos humanos e materiais, das birras dos anestesistas, dos narizes empinados das senhoras doutoras enfermeiras…
Acho que fiz bem em pôr um ponto final na minha aventura terrena no domínio da saúde… Na próxima encarnação, serei o que Deus ou o Diabo quiserem…
Estava em regime de exclusividade, o que era raro na minha especialidade. De qualquer modo, aos 70 anos, punha-se o dilema: o que vais fazer agora, com todo o tempo do mundo à tua frente ?!... Cedo me apercebi, depois de reformado,que o tempo é, afinal, depois da saúde e da liberdade, o recurso mais precioso que temos, e que o gerimos mal... Afinal, desperdiçamos uma boa parte da vida. E, de ciência certa, só se vive uma vez.
Não era escritor nem pintor como alguns dos meus colegas médicos, mais talentosos. Vivia em Lisboa e tinha perdido as minhas raízes em Setúbal e no Alentejo. Perdi completamente o rasto aos meus parentes de Grândola e de Estremoz. Também nunca tive o culto da família. E infelizmente também nunca tive um filho. A minha vida conjugal não foi feliz. Casei-me, descasei-me, e acho que fiquei ou estou a ficar cada vez mais... misógino.
Nessa semana eu atingia o limite legal de idade para trabalhar na função pública, neste caso no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Já me podia ter reformado alguns anos antes, acumulando os anos de função pública com o tempo da tropa. Mas não quis. Chamavam-me o “dinossauro” do Hospital.
É uma imposição estúpida: sentia-me ainda, aos 70 anos, em boa forma, física e mental, com forças para continuar a dirigir o serviço de ortopedia. É certo que já não operava há uns tempos. Ou melhor: ia fazendo uns “biscates” para não perder a firmeza da mão… Enfim, umas coisas mais leves: fraturas simples, joanetes, uma ou outra artroplastia da anca…
De qualquer modo reconheço que um tipo, aos 70 anos, já não tem o mesmo treino de mão, a mesma agilidade, a mesma paciência, a mesma resistência e os mesmos reflexos de quando era mais novo. E sobretudo a mesma pachorra para aturar os diretores clínicos e os administradores hospitalares e as suas folhas de excel, enfim, para lidar com a burocracia e a numeracia da saúde. Um hospital, público ou privado, é uma fábrica e é cada vez mais gerido como uma fábrica.
A maior parte dos meus colegas reformam-se do público, logo que preenchem os requisitos legais, na expetativa de virem a poder trabalhar na privada. Alguns até aceitam ser penalizados na contagem de tempo. Mas é uma ilusão. No privado são esmifrados até ao tutano. E têm que alimentar todos os setores da fábrica, da imagiologia ao bloco operatório, da hotelaria aos cuidados médicos e de enfermagem, do nascer ao morrer...
Nunca pensei em vir a trabalhar na privada, quero eu dizer, numa clínica ou num hospital fora do SNS. E muito menos depois de acabar a carreira no público. Afinal estava cansado de aturar doentes cada vez mais reivindicativos, para além dos constrangimentos impostos pela direção técnica e o conselho de administração, da escassez de recursos humanos e materiais, das birras dos anestesistas, dos narizes empinados das senhoras doutoras enfermeiras…
Acho que fiz bem em pôr um ponto final na minha aventura terrena no domínio da saúde… Na próxima encarnação, serei o que Deus ou o Diabo quiserem…
Estava em regime de exclusividade, o que era raro na minha especialidade. De qualquer modo, aos 70 anos, punha-se o dilema: o que vais fazer agora, com todo o tempo do mundo à tua frente ?!... Cedo me apercebi, depois de reformado,que o tempo é, afinal, depois da saúde e da liberdade, o recurso mais precioso que temos, e que o gerimos mal... Afinal, desperdiçamos uma boa parte da vida. E, de ciência certa, só se vive uma vez.
Não era escritor nem pintor como alguns dos meus colegas médicos, mais talentosos. Vivia em Lisboa e tinha perdido as minhas raízes em Setúbal e no Alentejo. Perdi completamente o rasto aos meus parentes de Grândola e de Estremoz. Também nunca tive o culto da família. E infelizmente também nunca tive um filho. A minha vida conjugal não foi feliz. Casei-me, descasei-me, e acho que fiquei ou estou a ficar cada vez mais... misógino.
Mas, voltando ao meu almoço de despedida e à minha retirada de cena…
Desde o início do ano de 2010, tinha o sacana do meu adjunto à perna, a contar os dias do calendário, sempre à espera do "grande dia" em que o "o filho da puta do velho" (sic) arrumasse de vez o bisturi… Se ele não o dizia, bem o pensava: “O filho da puta do velho”…
Reconheço que eu era o último obstáculo para ele subir até ao topo da hierarquia do serviço… Para isso, era preciso "matar o pai"…
Mas eu não o condeno… No lugar dele, eu faria o mesmo. De certo modo, aconteceu-me o mesmo com o meu "patrão" no Hospital anterior, onde comecei a minha carreira. Desisti de esperar que ele arrumasse as botas, tinha mais três ou quatro rivais à frente… O que fiz foi concorrer para outro hospital, que ia abrir e que tinha vagas para ortopedistas. Aliás, fui eu que, aos quarenta e tal anos, fui montar o serviço…
Em suma,já estava ali, no último Hospital em que trabalhei, há um eternidade… Enfim, chegara a vez do render da guarda, por muito que isso me custasse.
Mas voltando ao meu sucessor: e se eu fui um pai para ele!... Recebi-o de braços abertos, ajudei-o a fazer o internato da especialidade e, se ele hoje é um grande ortopedista, muito melhor do que eu, talvez o melhor ou o segundo melhor do Hospital, a mim também o deve. Pelo menos em parte. O resto é mérito dele e da estrelinha da sorte que o levou até ao estrangeiro onde aprendeu novas técnicas que eu não dominava... Em contrapartida, ele foi o filho que eu nunca tive.
Reconheço igualmente que eu fui uma espécie de pai tirano. Fui muito mais exigente e menos condescendente com ele do que com qualquer outro dos internos que por cá passaram. Porque ele era melhor do que os outros, ou tinha que ser o melhor. Provavelmente ficou-me a odiar… Mas nunca o deixou transparecer. É apenas o meu “feeling”…
Em suma, tínhamos então, na véspera da minha passagem à reforma, uma relação de amor-ódio, latente.
No almoço, nesse tal sábado, foi ele que fez o discurso da praxe… E que discurso! Deixou-me sensibilizado, quase até às lágrimas… É difícil, se não impossível, saber se foi sincero, ele era um homem, ainda jovem, de verbo fácil, de grande inteligência e um sedutor nato, um "charmoso", bendito entre as mulheres.
Foi ele e a minha secretária clínica que organizaram tudo… Apareceu quase toda a gente, médicos, enfermeiras, assistentes técnicas e administrativas… O mulherio em peso, não tanto por mim mas mais provavelmente por ele, que era o meu sucessor.
Desde o início do ano de 2010, tinha o sacana do meu adjunto à perna, a contar os dias do calendário, sempre à espera do "grande dia" em que o "o filho da puta do velho" (sic) arrumasse de vez o bisturi… Se ele não o dizia, bem o pensava: “O filho da puta do velho”…
Reconheço que eu era o último obstáculo para ele subir até ao topo da hierarquia do serviço… Para isso, era preciso "matar o pai"…
Mas eu não o condeno… No lugar dele, eu faria o mesmo. De certo modo, aconteceu-me o mesmo com o meu "patrão" no Hospital anterior, onde comecei a minha carreira. Desisti de esperar que ele arrumasse as botas, tinha mais três ou quatro rivais à frente… O que fiz foi concorrer para outro hospital, que ia abrir e que tinha vagas para ortopedistas. Aliás, fui eu que, aos quarenta e tal anos, fui montar o serviço…
Em suma,já estava ali, no último Hospital em que trabalhei, há um eternidade… Enfim, chegara a vez do render da guarda, por muito que isso me custasse.
Mas voltando ao meu sucessor: e se eu fui um pai para ele!... Recebi-o de braços abertos, ajudei-o a fazer o internato da especialidade e, se ele hoje é um grande ortopedista, muito melhor do que eu, talvez o melhor ou o segundo melhor do Hospital, a mim também o deve. Pelo menos em parte. O resto é mérito dele e da estrelinha da sorte que o levou até ao estrangeiro onde aprendeu novas técnicas que eu não dominava... Em contrapartida, ele foi o filho que eu nunca tive.
Reconheço igualmente que eu fui uma espécie de pai tirano. Fui muito mais exigente e menos condescendente com ele do que com qualquer outro dos internos que por cá passaram. Porque ele era melhor do que os outros, ou tinha que ser o melhor. Provavelmente ficou-me a odiar… Mas nunca o deixou transparecer. É apenas o meu “feeling”…
Em suma, tínhamos então, na véspera da minha passagem à reforma, uma relação de amor-ódio, latente.
No almoço, nesse tal sábado, foi ele que fez o discurso da praxe… E que discurso! Deixou-me sensibilizado, quase até às lágrimas… É difícil, se não impossível, saber se foi sincero, ele era um homem, ainda jovem, de verbo fácil, de grande inteligência e um sedutor nato, um "charmoso", bendito entre as mulheres.
Foi ele e a minha secretária clínica que organizaram tudo… Apareceu quase toda a gente, médicos, enfermeiras, assistentes técnicas e administrativas… O mulherio em peso, não tanto por mim mas mais provavelmente por ele, que era o meu sucessor.
Veio também o meu colega de Ortopedia B, que nunca foi meu amigo, mas era um colega leal, e mais alguns médicos, esses, sim, amigos, dos poucos que eu tinha no Hospital. Nunca fui um homem muito sociável mas sempre foram vinte e tal anos passados neste Hospital. Acho que era respeitado e até estimado.
O Hospital, ou seja, o conselho de administração, ofereceu-me uma salva de prata com o meu nome gravado, e duas linhas de blá-blá de cujo teor já não me lembro; e o pessoal do serviço, incluindo os participantes no almoço, tiveram a gentileza de me presentear com um “voucher” para eu fazer um cruzeiro à Grécia, com visita ao sul da Itália (Vesúvio,Nápoles, Pompeia...), e uma excursão ao templo de Asclépio, em Epidauro, no Peloponeso, na Grécia, onde começou a aventura da medicina ocidental de que eu, embora insignificante ator, fazia parte.
Não sei porque é que estou agora a recordar o meu passado. E depois, camarada (posso tratá-lo por camarada ?!), a conversa é como as cerejas. Tem piada, há séculos que não falava do meu passado como alferes miliciano médico, entre 1968 e 1970, na Guiné de má memória. Em boa verdade, desde que regressei em 1970...
Confesso que não tenho saudades desse tempo, a não ser pelo que aprendi como médico e como ser humano.
Com os primeiros tempos de Spínola, logo em meados de 1968, tenho a ideia de que a guerra se agravou, de um lado e do outro. Chegavam feridos graves e muito graves ao Hospital de Bissau, bastante politraumatizados, que era preciso tratar de imediato. O meu maior orgulho foram as muitas vidas que conseguimos salvar, embora alguns tenham ficado deficientes para o resto da vida.
A Guiné era pequena, aí do tamanho do Alentejo, a Força Aérea chegava a todo o lado, nomeadamente os helicópteros, os Al III, que faziam as evacuações Ypsilon. Eram as nossas ambulâncias, o nosso 112, que estavam equipadas com bom material de suporte de vida, e enfermeiras paraquedistas que prestavam logo, "in loco", no mato, os primeiros socorros, essenciais para manter o fio da vida até Bissau.
Elas eram poucas, mas desdobravam-se em múltiplas missões e foram uma mais-valia para os serviços de saúde militares. Eram muito jovens mas corajosas e competentes. Já não me lembro do nome de nenhuma delas, nem sequer da cara. Sei que, às vezes, ao domingo, chegávamos a almoçar juntos, os médicos do HM 241 e elas. Se bem recordo, os oficiais paraquedistas e os pilotos de Bissalanca guardavam-nas com algum ciúme... patológico. Na realidade, elas pertenciam à Força Aérea, se bem que não dormissem na base de Bissalanca.
Do mato, propriamente dito, tenho poucas recordações. Fotos, devo ter, mas não sei onde param. Uma das situações que me marcou, talvez pela positiva, foi a receção que me fizeram em Bambadinca, ao tempo do batalhão de artilharia, já não me recordo o número do número, talvez o 1904,se a memória não me atraiçoa.
Eu já estava avisada que os gajos mais velhos gostavam de pregar partidas aos "periquitos"… Mas nunca mais me lembrei desse precioso "lembrete", que já trazia de Mafra… (Ou Máfrica, não era?!)
Recordo-me de ter chegado a Bambadinca, por volta de meados de março de 1968, ainda na estação seca, a de maior atividade operacional, de parte a parte. Creio que o quartel nunca tinha sido atacado, nem nas proximidades havia atividade inimiga, a não ser a norte do rio Geba e ao longo da margem direita do rio Corubal donde o PAIGC nunca fora desalojado...
Fui de avioneta, pelo que nunca cheguei a conhecer o Xime e a temível picada que seguia até Bambadinca. Era a porta de entrada na zona leste. Conhecerei o Xime mais tarde.
Mal acabara de arrumar os meus pertences, num quarto partilhado com mais dois alferes, no edifício do comando, oiço alguns rebentamentos e rajadas de armas automáticas. E depois um profundo silêncio… Nem tive tempo de ficar acagaçado, veio logo um militar chamar-me à pressa, porque tinha havido uma emboscada com mina anticarro, ao fundo da pista, ali a menos de um quilómetro… Havia “manga de mortos e feridos”!…
Logo as Daimlers e o piquete que estava de serviço, partiram a toda a velocidade pela pista fora, ao longo do arame farpado…
Um dos majores, talvez o segundo comandante, já não posso precisar, eufórico, quase histérico, apareceu, equipado a rigor (, o que me surpreendeu, já que tinha estado com ele, há meia-hora!), a conduzir um jipe, mais o furriel enfermeiro, com a bolsa dos primeiros socorros… Os maqueiros já tinham seguido com o piquete, garantia-me o furriel. Havia uma grande excitação no ar, com gente a correr pelo corredor que ia dar à messe, atropelando-se uns aos outros...
O major deu-me ordens, com voz grossa (mas que me pareceu... teatral), para eu subir para o jipe… Eu não sequer estava fardado, de camuflado, nem tinha nenhuma arma de defesa distribuída… Fiquei sem pinga de sangue, devo confessá-lo, mas veio ao de cima o meu sentido do dever hipocrátrico, mais forte do que o do cagarolas do militar "periquito"… Peguei no meu estojo, ali à mão, e lá seguimos a todo o gás…
Só faltavam os helicópteros para as evacuações… Até apareceu uma "enfermeira paraquedista", vinda de não sei donde, de calça de camuflado e T-shirt branca, que, para minha vergonha, era bem bem expedita do que eu, no socorro aos "feridos"… Eles eram tantos que eu não sabia para onde me virar…
Ainda levou uns bons minutos até eu perceber que tinha caído… na esparrela!... Fora praxado, para gáudio daqueles malandros todos, que estavam a escassos meses de acabar a comissão!... Disseram-me depois que os oficiais "periquitos", de rendição individual, eram todos praxados à chegada... Mas nem todos gostavam da brincadeira!...
A encenação estava tão bem feita que até o sangue era sangue mesmo, embora de galinha ou de vaca, não era mercurocromo, como nos filmes … Soube mais tarde que a "enfermeira paraquedista" era a esposa de um dos furriéis ou dos alferes da CCS, e o que o furriel enfermeiro tinha sido o "cérebro" da brincadeira, com a cumplicidade do major…
Não levei a mal, mostrei o "fair play", fomos para o bar, paguei logo uma rodada de uísque a toda a malta, atores e figurantes… Em boa verdade, duas rodadas, que me custaram o equivalente a duas ou três garrafas!
Pronto, meu caro, são estas as histórias de que ainda me lembro do meu passado, da infância, da juventude, e da guerra, ou das guerras, a da Guiné e dos hospitais onde, num caso como noutro, procurei sempre fazer (e dar) o meu melhor…
Espero que o camarada faça também tão bom uso destas histórias como eu fiz da minha vida (sem falsa modéstia).
© Luís Graça (2019). Revisáo; 5/8/2023
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Nota do editor:
Último poste da série > 8 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19563: A Galeria dos Meus Heróis (23): Cirurgião no Hospital Militar de Bissau - Parte I (Luís Graça)
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Nota do editor:
Último poste da série > 8 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19563: A Galeria dos Meus Heróis (23): Cirurgião no Hospital Militar de Bissau - Parte I (Luís Graça)