Mostrar mensagens com a etiqueta Camabatela. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Camabatela. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 15 de março de 2011

Guiné 63/74 - P7945: (Ex)citações (133): Editor, precisa-se! (Albino Silva, ex-Sold Maq, CCS/BCAÇ 2845, Teixeira Pinto, 1968/70,... com saudades da linda vila de Camabatela, Angola)




Blogue do Albino Silva  > Bat Caç 2845 Teixeira Pinto... Ou dos blogues...

O nosso camarada Albino Silva, além de poeta e escritor,  natural da Gandra, Esposende, apresenta-se na blogosfera como tendo como "ocupação: procurar camaradas".... E acerca dele diz mais o seguinte: "Muito jovem ainda, pois tinha apenas 11 anos quando fui para Angola trabalhar, pois foi dentro de um Balcão que comecei a despertar para o trabalho e para a vida. Hoje tenho saudades de Camabatela, aquela Linda Vila que deixei lá no Norte, e até hoje jamais esqueci.

"Já são muitos os anos,  é verdade, mas nem com o tempo esqueci todo o meu passado de menino, daquele Vila de Camabatela que me acolheu e de quem guardo muitas saudades. E por isso vou recordando Camabatela,  sempre que escrevo alguma coisa, com Amor e Dedicação" (...) .


1. Comentário de Albino Silva (Sold Maq, CCS/BCAÇ 2845, Teixeira Pinto, 1968/70) ao poste P7937 (*):

Sou o Albino Silva, aquele Soldado Maqueiro ali sentado e escrevendo,  com a G 3 a meu lado, no mato sim, e [escrevendo justamente]  um aerograma para uma madrinha de guerra.

Quero dizer ao José Vegar,conselheiro editorial, e colaborador do Expresso, que na Guiné e sempre que podia,  ia desabafando ao escrever fosse para quem fosse.

Cá, por trauma ou nem sei quê, escrevi um livro com a História da Unidade do BCAÇ 2845, e ainda outro, Armados para a Paz. [ Edição de autor, 2010].

O problema é que,  como falam da Guerra Colonial na qual participei, acabaram por ficar na Gaveta já que poucos foram para Camaradas do Batalhão, e editados por mim.

É claro que não são romances, nem ficção, mas relatam uma realidade vivida numa guerra,e por isso sem divulgação, o que me deixa triste já que ninguém mais saberá de sua existência.

Estão aqui na gaveta porque não tenho posses para ir mais longe, pois tenho muito para falar daquele passado triste que não se esgota nas nossas memórias.

Albino Silva
______________

Nota de L.G.:

(*) Vd. poste de 13 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7937: (Ex)citações (132): "Continuo a ter dúvidas de que as histórias [dos combatentes da guerra colonial] devem ter o livro como destino, mas não tenho dúvida alguma de que estas histórias precisam de um sítio onde fiquem acessíveis para os vindouros" (José Vegar, conselheiro editorial, Expresso, 12/3/2011)