Mostrar mensagens com a etiqueta Nova Lamego. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Nova Lamego. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Guiné 61/74 – P26146: (Ex)citações (430): Habitações palacianas de Gabu (José Saúde)

 


1. O nosso Camarada José Saúde, ex-Fur Mil OpEsp/RANGER da CCS do BART 6523 (Nova Lamego, Gabu) - 1973/74, enviou-nos a seguinte mensagem.

Camaradas,

Tenho lido textos no nosso blogue – Luís Graça & Camaradas da Guiné - de camaradas que visam literalmente a antiga Nova Lamego, atual Gabu. Digo-o, sem o mínimo de uma dúvida que porventura me suscitava hesitações, pois eles são tão claros que não retiro uma vírgula aos escritos aqui lançados pelos seus signatários, que Gabu tem, naturalmente, a sua própria história existencial.

Quando lancei o livro – “UM RANGER NA GUERRA COLONIAL – GUINÉ-BISSAU 2973/1974 – MEMÓRIAS DE GABU” – ocorreu-me em procurar a razão de como tudo terá acontecido. Ou seja, a razão da sua existência e de que como tudo terá evoluído até ao presente.

É óbvio que pelo meio ficou a nossa presença aquando da guerra colonial, mas ficarão também imagens que jamais esqueceremos. Por isso, aqui vos deixo a história de Gabu e dos então peiriquitos que ousaram explorar os recantos da então Nova Lamego.

Habitações palacianas de Gabu

Denominada como Nova Lamego, sobretudo ao longo da guerra colonial, Gabu é uma região cujas fronteiras confinam a norte com o Senegal, a Leste e a Sul com as regiões de Tombali e a Oeste com Bafatá.

Recorrendo a dados históricos contemplados na Wikipédia, enciclopédia livre, Gabu foi a capital do Império Kaabu, um reino Mandinga que existiu entre os anos de 1537 e 1867 e que se chamava Senegâmbia. Antes, tinha sido uma província do Império Mali. No século XIX a etnia fula impôs a sua supremacia na região e colocou ponto final no domínio de Kaabu.

Gabu é, igualmente, a pátria do chão fula (79,6%), existindo ainda a etnia mandiga (14,2%) que se espalha por toda a zona, mas numa menor escala. Foi-me dado a oportunidade em conhecer alguns dos princípios éticos de uma população que prima pela honra de uma herança que assumem como um indeclinável direito.

No plano territorial Gabu possui uma área de 9.150 kms2 e tinha no ano de 2004 uma população que se estimava em 178.318 almas, sendo, por isso, considerada uma das maiores, senão a maior, das regiões do país.

Introduzo como credível uma nota de rodapé que após a independência do país Gabu recuperou o seu nome tradicional existindo, atualmente, um pequeno núcleo urbano de inspiração colonial.

Detentora de clima tropical, quente e húmido, a região de Gabu é composta por uma população em que a doutrina praticada aponta como alvo principal a religião muçulmana (77,1%).

As temperaturas rondam, normalmente, os 30/33 graus durante o dia e os 18/23 à noite. As estações anuais definem-se como as das chuvas que vai de maio a novembro e a de seca de dezembro a abril. Dezembro e janeiro são considerados os mais frescos. Por outro lado, a economia assenta no comércio, agricultura e pecuária.

Os usos e costumes das gentes de Gabu derrapam para primórdios éticos onde é visível uma hierarquia humana que não abdica do erário tribal transmitido de gerações para gerações.

Redijo este tema sobre um “estágio” obrigatório nessa zona e na qual me foi proporcionado observar algo mais ao longo da minha comissão em solo guineense, embora encurtada devido à Revolução de Abril de 1974, uma vez que fui um dos cerca de 45 mil militares dos três ramos das Forças Armadas – Exército, Força Aérea e Marinha – quando por lá prestava serviço. Conheci, portanto, a guerra e a paz e um pouco das vivências tradicionais das suas gentes. 

Uma rua

Aliás, num trivial conhecimento com os nativos que muito me estimulou, pessoas simples que viviam no interior de um adensado mato e entre as duas frentes da guerra, usufrui da possibilidade em conhecer alguns dos seus expeditos hábitos, assim como as memórias que nós combatentes incessantemente recordaremos.

Vamos, pois, ao encontro de conteúdos passados em pleno palco da guerrilha. 

A população em movimento 

    
Periquitos exploram o centro de Nova Lamego 

Passeio na “5.ª Avenida”

Suavizavam o ar com o odor de uma “penugem” que os então pe9riquitos, nome usado pela tropa mais velha para identificar os recém-chegados a solo guineense, lançavam para o infinito de um horizonte inimaginável e onde surgiam quadros pesarosos pintados pelo negro de uma incerteza. Porém, a incubação nos ovos chegava ao fim. Tínhamos avezinhas. Um esticão de asas, um apalpar no escuro, uma vertigem dos mais fracos, o vociferar dos conteúdos da guerra, o trocar opiniões sobre os estratagemas do inimigo, as emboscadas, as minas, os ataques noturnos aos quartéis, entre tantos outros motes aflorados, davam azo a uma conversa sempre indeterminada entre o grupo acabado de chegar ao Leste da Guiné.

Cenário: a “5.ª Avenida” de Nova Lamego, quais turistas a passearem-se pelas ruas chiques das grandes metrópoles americanas! Ao fundo da dita cuja (“5ª Avenida”), eis o grupo a abancar no bar da Pensão Mar e a refrescar-se com as aprazíveis sagres. Era o princípio de uma jornada por terras de além-mar. Outras fainas se seguiriam!

 A Guiné parecia apenas um sonho. Aliás, jamais me tinha ocorrido à ideia de que o meu futuro militar me reservasse, como virtual conjetura, conhecer um dia a realidade da guerrilha no terreno guineense e as suas famosas bolanhas.

Falava-se da Guiné como o diabo foge da cruz. A guerra naquela província do Ultramar era terrível. Traçavam-se cenários mórbidos. A rapaziada comentava e a mensagem passava de boca em boca. Mas o destino contemplou-me e eu, tal como grande parte dos rapazes desses tempos, não fugi a esse fim. Fui e voltei tal como parti, restando resquícios de histórias que contemporizam o meu calendário de vida.

Camaradas houve, e foram muitos, que já não usufruem, infelizmente, do prazer de partilhar momentos de convívio e narrar as suas histórias de vida. Uns, morreram em combate na densidade de um mato cerrado; outros, faleceram numa emboscada; outros, encontraram a morte em ataques aos quartéis; outros, fecharam definitivamente os olhos em famigerados rebentamentos de minas anticarro e antipessoal e, ainda, há aqueles que morreram em momentos de pura infelicidade. Desastres com viaturas militares ou armas de fogo, carimbaram o seu derradeiro fim.

Convivi com situações que me deixavam apreensivo quando em causa esteve a razão do último adeus. Momentos fatídicos, mórbidos, de camaradas que ousaram abusar do facilitismo e se deixaram cair, inadvertidamente, em fatídicos fins proibidos. Exemplifico o infeliz que encontrou a morte a limpar a arma esquecendo, entretanto, que tinha deixado uma bala na câmara e outros em estúpidos acidentes com viaturas militares, todos, ou quase todos, temos histórias desta estirpe para contar.

Olho, atentamente, para duas fotos do meu álbum – Guiné - e revejo um passeio pela “avenida” principal de Nova Lamego, nos primeiros dias em que ali “ancorámos”. O clique foi justamente dado em frente a uma casa onde residiam duas irmãs cabo-verdianas que eram professoras primárias na escola local.

Vivendo momentos de uma juventude no seu auge, alguns furriéis e alferes, andavam doidos com as meninas que, por sinal, eram boas como o milho. Recordo que a malta andava mesmo vidrada com aquele duo de airosas donzelas mestiças. Parceiros? Não lhes conheci. Passemos à frente…

O grupo de turistas, todos janotas, embevecidos com a beleza natural que os rodeava e o cheiro a África a inalar as nossas narinas, eis o grupo de periquitos, à civil, sentados a uma mesa do bar da Pensão Mar. Um nome que nada tinha a ver com a realidade deparada. O mais indicado, na nossa conceção, seria substituir Mar por Bolanha. O mar, lá longe, nem vê-lo. A bolanha era, isso sim, o afrodisíaco mosaico constatado em terrenos circundantes, bem como em quase todo o território guineense. Mas aceitava-se a decisão do seu mentor.

África é sumptuosa no consumo de bebidas, principalmente cerveja. O calor afirma-se como um aditivo determinante pelo prazer de consulares gargantas ressarcidas. Num convívio saudável ficou uma tarde de passeio na apelidada “5ª Avenida”, o alforge recheado de cervejas bebidas e um conhecimento mais profícuo de uma urbe onde as bajudas passeavam os seus corpos embrulhados em pedaços de panos garridos que torneavam a preceito os seus joviais e esbeltos físicos. O militar – periquito – apreciava e… imaginava cenários quiçá inexequíveis de alcançar. Coisas de uma juventude irreverente.

Refastelados à volta de uma mesa o grupo de furriéis ressarciam-se com as cervejolas fresquinhas

Periquitos desbravavam o ambiente da “avenida”. Da esquerda para a direita: o Cardoso, Operações Especiais/Ranger, Eu, o Santos, Minas e Armadilhas, Freitas e o Rui, Operações Especiais/Ranger

Abraços camaradas e um até breve.
José Saúde
Fur Mil Op Esp/RANGER da CCS do BART 6523
___________

Nota de M.R.:

Vd. últimos postes desta série em:

20 de abril de 2024 > Guiné 61/74 – P25415: Os 50 anos do 25 de Abril (10): Até sempre, Nova Lamego! (José Saúde, ex-fur mil op esp/ranger, CCS / BART 6523, 1973/74)

sábado, 9 de novembro de 2024

Guiné 61/74 - P26133: As nossas geografias emocionais (31): Nova Lamego, região de Gabu, em jan / fev 1967 (Manuel Coelho, ex-fur mil trms, CCAÇ 1589 / BCAÇ 1894, Bissau, Fá Mandinga, Nova Lamego, Beli e Madina do Boé, 1966-68)



Foto nº 1 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > A rua principal de Nova Lamego... Do lado esquerdo vê-se a Casa Caeiro e o edifício que era o comando dos batalhões que passaram  por aqui ao longo da guerra (já era protegido por bidões cheios de terra).

No outro lado da rua, no lado direito da foto, um edifício não identificado (parece-nos ser o Cine-Clube local) e depois a estação dos CTT (Correios, Telégrafos e Telefones)...



Foto nº 2 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > Outra das artérias  da vila, com a estação dos CTT à esquerda, e o Cine-Clube (?) à direita, do outro lado (vd. foto nº 9, em que este edifício não aparece).



Foto nº 3 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > Um DC-3 em na pista de aviação


Foto nº 4 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > Um a rua em rebuliço, a do comando do batalhão, com a colocação de bidões cheios de arame como proteção em caso de ataque ou flagelação do IN


Foto nº 5 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > > Vista aérea da tabanca


Foto nº 6 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 >  Tabanca


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > > Tabanca (a avaliar pelos animais, porcos, à direita da foto, seria um tabanca de gente não-muçulmana)


Foto nº 7 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > > O ferreiro


Foto nº 8 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > c. jan / fev 1967 > Tecelão

Fotos do álbum de Manuel Caldeira Coelho (ex- fur mil trms, CCAÇ 1589 / BCAÇ 1894,
"Os Tufas") (Bissau, Fá Mandinga, Nova Lamego, Beli e Madina do Boé, 1966-68) (*)


Fotos (e legendas): © Manuel Caldeira Coelho (2011). Todos os direitos reservados, [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné ]



Foto nº  9 > Guiné > Região do Gabu > Nova Lamego > s/d > Foto aérea  (pormenor) > Povoação e quartel velho de Nova Lamego (hoje Gabu). Alguns edifícios civis de referência, Compare-se com as fotos acima, nºs 1 e 2.

Legenda: (1) Loja dos irmãos Libaneses (depois ocupada pelos comandos dos batalhões que passaram por esta vila); 
(2) Casas civis (para alugar) | Casa Caeiro (eata seria rua principal);
(3) Estação dos CTT (civil) (e a seguir deveria ser o Cine-Clube, no prolongamento da rua, que ia dar ao edifício da administração, mais tarde, com a independèncai,  sede do Governo Regional); 
(4) Parque de jogos.... (Do lado esquerdo da foto original, aparecia uma parte da tabanca, que cortámos, tal como a parte superior, ao fundo da vila, redimensionando a foto).

Foto (e legendas): © Roseira Coelho / Tino Neves (2007). Todos os direitos reservados. [Edição: e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > Carta (1957) (Escala 1/50 mil) > A vila de Nova Lamego tinha uma malha urbana ortogonal. A noroeste ficava o aeródromo e a(s) tabanca(s) (Gabu-Sara) mais a norte. De Nova Lamego partia-se para: (i) Bafatá (a oeste); (ii) Sonaco (a noroeste); (iii) Bajocunda, Pirada, Senegal (a nor-nordeste); (iv) Piche, Buruntuma, Guiné-Conacri (a és-nordeste); (v) Canjadude, Cheche, Madina do Boé, Guine-Conacri (a sul); (vi) Cabuca (a sudeste).


Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2024)




1. São fotos de Nova Lamego e seus arredores (tabancas e pista de aviação). 

O Manuel Coelho (ou Manuel Caldeira Coelho) é o nosso melhor fotógrafo de Madina do Boé. 

Quando entrou para o o nosso blogue, em 12/7/2011, disponibilizou cerca de 90 fotos do seu álbum. A maioria relativa (c.40) são dos sítios onde a CCAÇ 1589 passou mais tempo, ou seja, na região do Boé.(**)

Alentejano de Reguengos de Monsaraz, com 45 dezenas de referências no nosso blogue, vive em Paço d' Arcos, Oeiras.

2. Sobre a CCAÇ 1589, recorde-se aqui 
sumariamente a o seu percurso pelo CTIG:

(i) chegada em 4/8/1966, foi inicialmente colocada em serviço na guarnição de Bissau na dependência do BCaç 1876, em substituição da CCaç 728, com vista a garantir a segurança das instalações e das populações da área;

(ii) em 16dez66, passou a ser subunidade de intervenção e reserva à disposição do Comando-Chefe orientada para a zona Leste, instalando-se em Fá Mandinga e tendo tomado parte em diversas operações realizadas nas regiões de Xime, Sarauol, Nova Lamego, Madina do Boé e Enxalé.

(iii) de 28jan67 a 7fev67, esteve colocada em Nova Lamego como subunidade de reserva do Agr24, colmatando a saída da CCaç 1625 até à chegada da CCav 1662;

(iv) voltou para Fá Mandinga, onde assegurou a responsabilidade do respectivo subsector durante a adaptação operacional da CArt 1661;

(v) após a marcha de um pelotão em 25mar67 para Béli, foi deslocada em 7abr67 para Madina do Boé, a fim de substituir a CCaç 1416,

(vi) em 10abr67, assumiu a responsabilidade do respectivo subsector, com o pelotão já instalado em Béli, ficando então integrada no dispositivo e manobra do BCaç 1856 e depois sucessivamente do BCav 1915 e do BCaç 1933;

(vii) em 20jan68, foi rendida em Madina do Boé pela CCaç 1790 e em 12Fev68 no destacamento de Béli, tendo ambos os aquartelamentos sofrido fortes flagelações no periodo de jun a dez67;

(viii) em 31jan68, foi colocada em Bissau na dependência do BCaç 2834, para serviço de guarnição até ao seu embarque de regresso (em 9/5/1968), colmatando anterior saída da CCaç 1547 e sendo depois substituída em Bissau pela CCav 1617;

(ix) Cmdt: Cap Inf Henrique Vitor Guimarães Peres Brandão.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Guiné 61/74 - P26120: S(C)em Comentários (51): Que pena tenho eu não estar em Nova Lamego, em 1972/74, para ver as libanesas, porque em 1969/70 tínhamos que ir a Bafatá ver os seus olhos verdes (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 1969/70)



Valdemar Queiroz

1. Excerto do poste P13607 (*):


Que pena tenho eu de não estar em Nova Lamego, em 1972/74, para ver as libanesas, porque em 1969/70 tinhamos que ir a Bafatá ver os seus olhos verdes.

Ó Marcelino Martins, tens toda a razão e eu, em 1969/70, também não me lembro de estabelecimentos de libaneses, no Gabu. Havia a casa do sr. Caeiro. Vendia tudo, pomada prós calos, ventoinhas, frigoríficos a petróleo, e até material militar (facas de mato) pra algum 'piriquito' despassarado.

Também havia, no Gabu, outro português, que fazia uns frangos de churrasco, de caír pró lado. Era na saída, para Bafatá e lembro-me que o empregado, um africano, tinha hora de saída. E o patrão dizia: “Vocês é que são os culpados, destes gajos terem horário de saída”…. O que nós fomos 'arranjar'.

Mas, José Marcelino Martins,  nunca vi nenhuma libanesa em Nova Lamego e eu não era cego. Lembro-me da filha do Sr. Caeiro, aparecia poucas vezes, era de cair pró lado, boa como o milho, rapariga prós vinte e poucos anos, sempre à espera dum capitão. Mas, ver as libanesas, de olhos verdes, raparigas bonitas, tinhamos que ir a Bafatá.

Quem me dera, estar em Bafatá naquele tempo, tinha vinte e poucos anos. (**)


____________

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Guiné 61/74 - P26118: As nossas geografias emocionais (29): A antiga Nova Lamego ou Gabu Sara, em set 67/fev 68, ao tempo do Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)



Foto nº 1 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) >  O ex-alf mil SAM, junto a uma placa com as distâncias quilométricas, a partior de Gabu Sara: a povoação mais longe era Buruntuma, na fronteira com a Guiné-Conacri (67 km), a nordeste. Bafatá, a sudoeste, ficava a 53 km. E Madina do Boé, a sul, distava 65 km.



Foto nº 2 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > 4º trimestre de 1967 > Edifício do comando e do Conselho Administrativo, de estilo colonial, tal como o encontrámos, com paliçadas e bidões de protecção, ruas esburacadas e em terra batida, com pó ou lama. Foto tirada a partir do edifício dos CTT,  na outra esquina. 
 

Foto nº 3  > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Dezembro de 1967 > Junto ao Posto de Transmissões, com a mascote deles, um pequeno macaco.cão. Foto tirada na porta de acesso do serviço de  tansmissões, do qual era responsável o meu amigo alferes Mesquita.  


Foto nº 4 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) >  Janeiro de 1968  > O Posto de abastecimento da velhinha ‘SACOR’. Sendo uma vila  já importante [cidade só era Bissau, e mais tarde, já em 1970, Bafatá]  tinha a bomba de gasolina.  Devo ter abastecido lá a minha motorizada.


Foto nº 5 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > 4º trimestre de 1967 > >  Rua Principal da vila
 cheia de gente, mas sem carros. Verifica-se um movimento de pessoas locais e não só, com as suas bicicletas, a maioria a pé, com os seus bebés às costas, e não se vê aqui no centro, mulheres com os seios à mostra.


 Foto nº 6 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Novembro de 1967 > Uma das ruas principais, com casas modernas de habitação. A rua ainda era de terra batida, mas notava-se já um movimento de construção nova, quer para residência das populações locais, ou para arrendamento como cheguei a ouvir.


Foto nº 7 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Dezembro de 1967 >  A ‘Porta de Armas’ das instalações do Quartel. Junto ao local de entrada, uma legenda da BCAÇ 1856 (Nova Lamego, mar 1966/abr 67). Junto de mim (estava eu de oficial de dia), o alf mil inf Carneiro.


Foto nº 8  Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) >  c. Janeiro / fevereiro de 1968  > A 
 cerimónia,  cheia de significado,  da continência à Bandeira Nacional. Trata-se do hastear da bandeira, pela manhã. O  arrear era às 18 horas, já quase noite. Em Bissau, por exemplo, toda a gente ficava em sentido, até na estrada principal, paravam os carros e saiam as pessoas com destino ou vindas de Bissau, a passar em Brá.



Foto nº 9 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) >  Novembro de 1967 > Na entrada da Escola Primária do Gabu: uma visita à escola, na companhia do meu camarada o alf mil trms Mesquita.


Foto nº 10 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) >  4º trimestre de 1967 > Um passeio de bicicleta, a um domingo, numa rua bem arranjada. São pequenas vivendas, moranças,  para a população local, numa época em que era preciso  criar melhores condições de vida e habitação.


Fot6o nº 11 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Janeiro de 1968 >  Uma casa nova e moderna com cobertura de telha.  Sendo uma vila  em desenvolvimento, as casas faziam-se a bom ritmo.


Foto nº 12 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Novembro de 1967 > Passeio de bicicleta com a malta, numa tarde de Domingo:

(i) eu, em segundo plano, apoiado na árvore;  

(ii) a seguir o furriel Carvalho – que ficou ferido num dedo e mais tarde passou a fazer parte da ADFA no Porto;

(iii) a seguir o furriel enfermeiro – Carlos Veiga, com camisa aos quadrados, e que foi mais tarde, já na peluda, médico, entretanto já falecido infelizmente;

(iv)  depois outro furriel que não me lembro do nome;

(v)  um homem à vil civil, talvez militar, guineense;

(vi)  sentado o alferes Figueiredo, natural da Guiné, onde tinha já mulher e filhos, bem como os pais e o seu negócio de família.

 Este edifício pertencia naturalmente às instalações da tropa, mas não estou certo.



Foto nº 13 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) >  > Outubro de 1967 > Um passatempo nos primeiros tempos, a frequència do Clube do Gabu. Talvez numa tarde de domingo, no café do cllube,  com os meus amanuenses; os primeiros cabos Seixas (ao meio) e Horta (à esquerda), eu à direita.


Foto nº 14 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Setembro / outubro de 1967 > A melhor casa comercial, a Casa Caeiro. Foto tirada do 1º andar das instalações do Conselho Administrativo do batalhão (que esteve ali, de setembro de 67 a fevereiro de 68(.



Foto nº 15 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) >  21 Fevereiro de 68 > O comerciante, sr. Caeiro, e a sua filha, na sala de cinema do Gabu, nas últimas filas.   A família era portuguesa da metrópole. (Detalhe: a filha do sr.  Caeiro  ostenta, na foto, a capa de uma revista humorística brasileira, popular na época, "Vamos Rir!", de periodicidade mensal, da "Rádio Editora Lda.)


Foto nº 16 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) >  4º trimestre de 1967 > 
Vista aérea da cidade e quartel de Nova Lamego.  O avião – Dakota – a fazer-se à pista à sua frente, não se conseguem ver bem os contornos nem da cidade nem das ruas, nem casas nem quartel, só a pista.


Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. O nosso amigo e camarada Virgílio Teixeira, natural do Porto, a viver em Vila do Conde, refiormado (foi economista e gestor de empresas) é, dos nossos tabanqueiros,  quem tem mais fotos de Nova Lamego: cerca de 300. (*)

Esteve lá, em Nova Lamego,  entre setembro de 1967 e fevereiro de 1968. Era alf mil SAM,  presidente do Conselho Administrativo do comando do BCAÇ 1933. Esta unidade irá depois para São Domingos, na região do Cacheu, no final de fevereiro de 1968, sendo rendida pelo BCAÇ 2835,

Eis como descreve a Nova Lamego que conheceu no curto período de 5 meses (**):

(...) Também conhecida por Gabu, era uma vila de porte médio, sede de circunscrição, com vártios equipamentos sociais  correios, escola, cinema, igreja,  café, bar), algumas casas de comidas e bebidas, bem como, algumas lojas de comércio.

O concelho do Gabu era governado por um administrador de Circunscrição, com sede na vila,  e um administrador de posto com sede em Piche.

De todas as lojas, a que mais se destacava era a famosa Casa Caeiro, mesmo no centro da cidade. Ali vendia-se de tudo o que precisávamos e mais o que não era preciso para nada.

O Senhor Caeiro, dono da referida casa comercial, tinha uma bela filha, branca. (Fico na dúvida se a família era de origem libanesa, mas não, já me confirmaram que era portuguesa.)  

A Casa Caeiro localizava-se mesmo do outro lado da rua, frente a frente, onde estava o gabinete do Conselho Administrativo, e do respectivo Comando do Batalhão.

Era um edifício tipo colonial, e ficávamos no 1º andar desse edifício, e logo se poderia ver todo o andamento e movimento da loja, a Casa Caeiro, que não era nada pequena, e que era frequentada pelas variadas etnias locais.

De tal modo que era um passatempo, vir para o varandim, e ver as pessoas, locais e outras pessoas,  europeias ou não, com os seus negócios, e acima de tudo, quando a filha do Caeiro saia à rua, logo éramos  alertado por alguém com 'o grito do Ipiranga0, para irmos todos ver a beldade de mulher a sair à rua, com o seu corpo,  formoso para aquelas paragens.

Posto isto, a Casa Caeiro era visitada quase diariamente pela malta nem que fosse para comprar uma caixa de fósforos, ou um abano para o calor.

Era gente simpática, que enas se dedicava ao comércio, não alinhava nem de um lado nem de outro, eram independentes, o que já não era uma tarefa difícil numa zona de guerra, como aquela.

Quanto à filha do Caeiro, apenas falei com ela na loja, cruzávamo-nos na rua, no café ou no pequeno cinema semanal. Não sabia a vida que eles levavam fora das horas de serviço. (...)

(Seleção, revisão / fixação de texto, reedição e numeração das fotos: LG)

2. Em mail que os enviou, em 02/11/2024, 16:27,  o nosso camarada Virgílio Teixeira dá a seguinte lista  de "militares  que viveram com a família fora de Bissau", incluindo Nova Lamego (NL) e São Domingos (SD),  no seu tempo:

  • Capitão médico António Cortez, esteve com a mulher sempre, quer em NL, Bissau, e SD.
  • Capitão Cardoso, comandante da CCS, casou e foi com a noiva viver com o nosso Batalhão em SD, substituindo o antigo que foi para o QG de Bissau;
  • 2º Sargento do quadro, não sei o nome, que esteve em Nova Lamego no Pel Rec Daimler 1143;:
  • Alferes Figueiredo do Pelotão Informações e Operalões etc, que manteve a mulher por vários períodos não seguidos, quer em NL e SD.
  • Major Américo Correia, 2º Comandante do BCAÇ 1933, que esteve com a mulher em períodos curtos, em NL e SD.
________________

Notas do editor

(*) Último poste da série >4 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26115: As nossas geografias emocionais (28): Gabu, antiga Nova Lamego (Valdemar Queiroz, ex-fur mil at inf, CART 11, 1969/70)

(**) Vd. postes de:

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Guiné 61/74 - P26115: As nossas geografias emocionais (28): Gabu, antiga Nova Lamego (Valdemar Queiroz, ex-fur mil at inf, CART 11, 1969/70)



Guiné > Zona leste > Região de Gabu > CART 11 (Nova Lamego, Piche, Paunca, 1969/1970) > Nova Lamego >  Quartel de Baixo >  1969 > O Valdemar Queiroz , em frada nº 3, e com o típico capacete colonial.


Guiné > Zona leste > Região de Gabu > CART 11 (Nova Lamego, Piche, Paunca, 1969/1970) > Nova Lamego > Quartel de Baixo > 1969 > O Valdemar Queiroz  em dia de... sargento de dia (1)


Guiné > Zona leste > Região de Gabu > CART 11 (Nova Lamego, Piche, Paunca, 1969/1970) > Nova Lamego > Quartel de Baixo > 1969 > O Valdemar Queiroz  em dia de... sargento de dia (2)



Guiné > Zona leste > Região de Gabu > CART 11 (Nova Lamego, Piche, Paunca, 1969/1970) > Nova Lamego > 
Quartel de Baixo > 1969 >Porta d' armas. À   esquerda, o Valdemar e uma lavadeira.

Fotos (e legendas): © Valdemar Queiroz  (2034). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Zona leste > Região de Gabu > CART 11 (Nova Lamego, Piche, Paunca, 1969/1970) > Nova Lamego > Quartel de Baixo > 1969 >"Porta de armas": continência à bandeira nacional.

Foto (e legenda): © Abílio Duarte  (2013). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné-Bissau > Região de Gabu > Gabu > Sede do Governo Regional de Gabu > s/d (c. 2011) > Fonte: Página do Facebook de Rádio Gandal 104.7 FM - Gabú, Guiné-Bissau (com a devida vénia...)






Guiné-Bissau > Região de Gabu > Gabu > 16 de dezembro de 2009 > A rua comercial da nova Gabu, onde há banco (agência do BAO - Banco da África Ocidental) e multibanco... Em 2009, a velha "rainha do Gabu" havia já destronado a "princesa do Geba", do nosso tempo, Bafatá, a cidade "colonial" mais encantadora da Guiné... Mudam-se os tempos, mudam-se os lugares: aqui falava-se mais francês do que português, e corriam muitos CFA, escreveu o João Graça, médico e músico, que viajou por estas paragens...  

Fotos (e legenda): © João Graça (2009). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné-Bissau > Região de Gabu > Gabu > 2008 > Rua principal; ao fundo, a sede do governo regional. Fonte: Wikimedia Commons (com a devida vénia...)


"Repare-se nos magníficos poilões existentes nas traseiras do edifício e que faziam parte das sombras no nosso Quartel." (VQ)


Guiné-Bissau > Região de Gabu > Gabu > "Núcleo histórico"... Cortesia de:  Catálogo da exposição “Urbanidades – Arquitectura e Sítios Históricos da Guiné-Bissau”  Organização: Fundação Mário Soares (Alfredo Caldeira e Victor Hertizel Ramos); Curadoria: Ana Vaz Milheiro, com Filipa Fiúza,  ISCTE-IUL, DINÂMIA’CET, Lisboa, 2016)




Guiné-Bissau > Região de Gabu > Gabu > 16/2/2005 > Edifício da Estação dos CTT



Guiné-Bissau > Região de Gabu > Gabu > 16/2/2005 > Edifício da administração do Gabu

Fotos (e legendas): © José Couto / Tino Neves (2005). Fotos gentilmente cedida por José Couto (ex-fur mil trms, CCS/BCAÇ 2893, Nova Lamego, 1969/71), camarada do nosso grã-tabanqueiro Constantino Neves.



Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > s/d  (c. anos 1940) > Sede da circunscrição. Fonte: desconhecida



Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  1955 > Visita do Presidente da República, gen Craveiro Lopes, com o cortejo passando defronte do edifício da administração. Fonte: desconhecida.

(Fotos selecionadas por Valdemar Queiroz; nem todas se publicaram por falta de resolução; revisão / fixação de texto, edição de fotos: LG)




1. Mensagem de Valdemar Queiroz (ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70), membro da Tabanca Grande desde 16 de fevereiro de 2014; tem 186 referências no nosso blogue, de que é um leitor atento e comentador assíduo):



Data - sábado, 2/11, 14:55 (há 1 dia)

Assunto - Gabu (Nova Lamego) > Edifício do Governo Regional do Gabu

Parecia um Palácio.

Julgo que fora de Bissau não existia, em 1969/70, um edifício com a grandeza do da Administração de Nova Lamego, mais tarde do Governo Regional do Gabu.
 
A parte lateral esquerda e as traseiras do edifício, assim como um vasto terreno e um grande armazém, era ocupada por instalações militares, o chamado Quartel de Baixo, de Nova Lamego.

Todo o Quartel de Baixo era ocupado pela minha CART11, de soldados fulas do recrutamento local, que anteriormente por lá tinha estado instalada, julgo que parte, da CART 1742, do Abel Santos, que deixou interessantes vasos feitos das partes inferiores de barris de vinho.

Num piso superior, das traseiras do edifício, com acesso por uma escadaria para uma varanda a toda a volta, ficavam as instalações dos oficiais e sargentos e secretaria, sendo utilizada na parte da bela varanda virada à entrada pela messe de oficiais e sargentos.

Nas várias fotografias anexas, umas tiradas da Net e outras do nosso blogue, vê-se a parte frontal do edifício desde 1940 até à atualidade. 

Na fotografia do Abel Santos (à esquerda), embora pouco legível, vê-se a escadaria que dá acesso à grande varanda e instalações da Companhia, no rés do chão havia uma arrecadação. Como curiosidade, note-se a porta d'armas com um sentinela e usando uma simples corda a barrar a entrada.
 
É pena não haver fotografias no blogue com tropa fotografada junto da frontaria do edifício, assim como na 'parada' a apanhar a parte do Quartel instalado no edifício.

Dentro das nossas instalações havia uma porta trancada de ligação com um pátio do edifício que de uma das nossas janelas podíamos verificar tratar-se duma cadeia de penas leves de mulheres.

Havia valas e arame farpado em todo o perímetro do Quartel, tínhamos um morteiro 120 no meio da parada, um forte abrigo para o material e umas espessas paredes no edifício que aguentavam granadas de RPG-7.
 
Durante vários meses que estivemos instalados no Quartel de Baixo, apenas fomos atacados com os foguetões 122 que passaram por cima, mas os Pelotões da Companhia estavam em intervenção com acções de patrulhamento, reforço de outras unidades e segurança de outras tabancas.

Valdemar Queiroz





Guiné > Região do Gabu > Nova Lamego > CCS / BCAÇ 2893 (1969/71) > 1970 > Foto aérea > Povoação e quartel velho de Nova Lamego (hoje Gabu). Principais edifícios civis e militares 


Legendas:

(1) Caserna das Praças;
(2) Casas civis (para alugar);
(3) Loja dos irmãos Libaneses;
(4) Depósito de géneros;
(5) Estação dos CTT (civil);
(6) Destacamento de Engenharia;
(7) Messe de Oficiais;
(8) Messe de Sargentos;
(9) Parque e Oficinas Auto;
(10) Refeitório;
(11) Dormitório de alguns Sargentos;
(12) Sala do Soldado;
(13) Parque de Jogos.

Imagem aérea do quartel antigo e da vila de Nova Lamego.O quartel estava situado no centro da vila, formando um rectângulo e ocupando alguns edifícios civis. A foto já vinha com as marcas sem a respectiva legenda,que o Tino Neves completou. (Foto cedida por Roseira Coelho, que o Tino Neves presumia fosse ten pilav, mas não, segundo apurámos, trata-se de  José João Roseira Coelho, licenciado em Engenharia Eletrónica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, ex-alf mil sapador, e professor.) .

Foto (e legendas): © Roseira Coelho / Tino Neves (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagenm complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

_______________

Nota do editor: